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Minas Gerais amplia lista de doenças triadas pelo Teste do Pezinho 1024 403 Andre

Minas Gerais amplia lista de doenças triadas pelo Teste do Pezinho

Exame passa a detectar em recém-nascidos a Atrofia Muscular Espinhal (AME), a Imunodeficiência Combinada Grave (SCID) e a Agamaglobulinemia (AGAMA), totalizando 15 doenças na lista da triagem neonatal no estado.

 

A partir de 30 de janeiro de 2024, todas as amostras de sangue de crianças que nascerem em Minas Gerais e que realizarem o teste pelo SUS também terão o diagnóstico para mais essas três doenças consideradas como raras e com elevada taxa de mortalidade: Atrofia muscular espinhal (AME), Imunodeficiência Combinada Grave (SCID) e Agamaglobulinemia (AGAMA). Além dessas, outras 12 que já compõem o painel de triagem realizado pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad), que foram contempladas na primeira ampliação em 2021.

O anúncio da inclusão das três novas doenças no Programa de Triagem Neonatal foi feito na sexta-feira, 26/01/2024, em coletiva de imprensa realizada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com o Nupad. De acordo com a SES-MG, serão investidos R$12 milhões em 2024 nesta fase de expansão da triagem, abrindo caminho para a testagem em massa de crianças para doenças de difícil diagnóstico, uma vez que seus efeitos começam antes da fase clínica de sintomas.

No país, apenas o Distrito Federal inclui também essas doenças no seu painel em termos de rotina. E no caso da AME, Minas será o primeiro estado no país, de elevada população, a triar a doença pelo SUS em seus recém-nascidos, garantindo o tratamento gratuito, de elevado custo, para todos os casos detectados.

Segundo o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, Minas Gerais possui uma rede de cuidados de doenças raras bem estabelecida para o tratamento e acompanhamento dos pacientes. “Temos grandes referências, como o Hospital Pediátrico João Paulo II e o Hospital Júlia Kubitscheck, ambos da rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Falta muito pouco para completarmos todas as doenças estabelecidas pelo teste do pezinho ampliado e isso deve acontecer em pouco tempo. O nosso compromisso é garantir que toda criança mineira tenha o diagnóstico de doença rara logo ao nascer e inicie o tratamento no menor tempo possível”, afirma Baccheretti.

As três doenças que entram para o Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG) contam com tratamentos disponíveis no SUS, por meio do Hospital das Clínicas da UFMG. Entre as possibilidades estão o transplante de medula óssea, o uso de imunoglobulina humana endovenosa e medicamentos que impedem a degeneração neuronal. 

A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença rara, degenerativa e hereditária, que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover. Já a Imunodeficiência Combinada Grave (SCID) e Agamaglobulinemia (AGAMA) são imunodeficiências primárias que atingem o sistema imunológico do paciente, expondo os bebês a infecções graves e seus tratamentos são urgentes desde os primeiros dias de vida.

De acordo com a diretora técnica da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), Eliane Santos, além de MG e do DF, a ampliação do teste do pezinho por meio de leis estaduais e municipais está acontecendo também nos estados Rio de Janeiro e Paraíba e no município de São Paulo-SP. Ela comenta que outras ampliações podem estar ocorrendo no Brasil, mas de forma pontual e via projetos de pesquisa específicos e regionais.

Pela lei federal Nº 14.154, de 26 de maio de 2021, em vigor desde junho de 2022, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para aperfeiçoar o Programa Nacional de Triagem Neonatal por meio do estabelecimento de 14 novos grupos de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho em todo o país, a ampliação ocorrerá de forma escalonada, em 5 fases, e caberá ao Ministério da Saúde estabelecer os prazos para implementação de cada etapa do processo, o que ainda não aconteceu.

Aguardamos a determinação e divulgação desses prazos pelo Ministério da Saúde para que a lei federal seja colocada em prática e o Teste do Pezinho Ampliado seja, um dia, uma realidade para todos os recém-nascidos do Brasil. Saiba mais sobre a lei federal aqui.

 

Confira a notícia da ampliação do teste do pezinho em Minas Gerais no G1 e Globo Play!

 

*Fonte: Assessoria de Imprensa da Faculdade de Medicina da UFMG

 

 

Proteja seu filho do sol! 1024 403 Andre

Proteja seu filho do sol!

Cerca de 75% da exposição solar acumulada durante a vida ocorre até os 20 anos de idade. Isso mesmo, o efeito da radiação é cumulativo, o que quer dizer que a luz solar recebida desde a infância até a idade adulta só mostrará seus efeitos a longo prazo, com o envelhecimento precoce e o potencial surgimento do câncer.

O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele é a radiação ultravioleta (UV), sob exposição precoce e intensa durante a infância. Assim, cabe aos pais ou responsáveis tomar as medidas para evitar a exposição excessiva ao sol e as queimaduras solares.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) explica qual é a melhor maneira de proteger seu filho do sol, confira as recomendações abaixo. E não deixe de conversar com um dermatologista para tirar suas dúvidas.

 

Como assegurar uma exposição saudável ao sol?

A exposição ao sol ajuda na síntese de vitamina D, que é necessária para que os ossos sejam saudáveis. No entanto, para isso é necessária a radiação ultravioleta B, que está presente nos horários de pico de radiação solar (entre 10h e 16h). Dessa forma, o Consenso Brasileiro de Fotoproteção NÃO INDICA a exposição solar sem proteção para esse fim. Caso haja a indicação de reposição da vitamina D, essa deve ser feita pela dieta ou suplementação vitamínica.

 

Qual é a melhor maneira de proteger seu filho do sol?

As recomendações mudam de acordo com a faixa de idade. Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por meio do seu Departamento Científico de Dermatologia Pediátrica, faz os seguintes alertas quanto à correta proteção solar, os quais devem ser observados especialmente por pais e responsáveis:

1) Durante os seis primeiros meses de vida, os bebês não devem ser expostos diretamente ao sol;

2) A partir dos seis meses e até o primeiro ano de vida, as exposições solares devem ser curtas e em horários apropriados (até às 10h e após as 16h), sempre com a utilização de protetor solar. Fuja da exposição das horas próximas ao meio dia;

3) Durante exposições solares prolongadas (praias, clubes, piscinas), é preciso usar chapéus e roupas adequadas e procurar deixar a criança na sombra ou sob o guarda-sol pelo maior tempo possível;

4) Para as crianças maiores e adolescentes, é recomendado também o uso de óculos de sol, os quais devem ser testados para avaliar a sua eficiência contra os raios ultravioletas;

5) Use sempre guarda-sol, bonés, óculos, viseiras ou chapéus. Cerca de 70% dos cânceres de pele ocorrem na face, proteja-a sempre. Não se esqueça de proteger os lábios e as orelhas;

6) Aplique generosamente o filtro solar 20 a 30 minutos antes de se expor ao sol. Este é o tempo necessário para a estabilização do protetor solar na pele, de modo que sua ação seja mais eficaz;

7) Evite exposições prolongadas e repetidas ao sol. Queimaduras solares acumuladas durante a vida predispõem o surgimento do câncer da pele;

8) Incentive seu filho a usar o protetor solar diariamente, dê o exemplo e use em você também.

 

Como proceder para a escolha do protetor solar mais adequado?

Sugere-se ficar atento às seguintes orientações gerais da SBP, feita pelo seu Departamento Científico de Dermatologia Pediátrica:

1) Os protetores solares contêm substâncias que absorvem e bloqueiam as radiações UV. A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que abaixo dos 6 meses sejam utilizados bonés, roupas, guarda-sol ou sombrinha;

2) Dos seis meses aos cinco anos de idade, recomenda-se o uso dos filtros infantis, que geralmente contêm menos substâncias químicas prejudiciais à pele da criança. Costumam ser mais espessos e possuir coloração esbranquiçada ou rosada;

3) O filtro solar ideal deve ter amplo espectro (bloquear tanto radiação ultravioleta A quanto ultravioleta B), custo acessível, ser fácil de espalhar e ser resistente à água. Não existem filtros totalmente à prova d´água. Eles devem ser reaplicados depois de entrar na água ou quando a criança suar muito, sempre secando bem a pele antes de reaplicar o protetor;

4) Os filtros solares diferem entre si nos tipos e concentrações dos ingredientes utilizados na sua fabricação. Geralmente os filtros acima do número 15 fazem uma proteção razoável por até duas horas, sendo ideal o uso de filtros com proteção 30 ou superior. Filtros com número 30 ou maior apresentam a mesma eficácia na proteção ao sol, diferindo apenas no tempo de reaplicação.

 

Roupas podem ajudar na proteção ao sol?

Sim, mas fique atento ao seguinte: diferentes tecidos conferem proteções diferentes. Camisetas de malha branca e tecidos molhados ou com tramas largas, protegem menos. Tecidos de trama mais fechada e cores escuras protegem mais. Lembre-se que existem tecidos que contêm substâncias fotoprotetoras.

 

Outras dicas importantes…

As pessoas de pele clara exigem maiores cuidados, pois são mais propensas ao câncer da pele. O mormaço também queima: em dias nublados, cerca de 40% a 60% da radiação solar atravessa as nuvens e chega à terra.

Portanto, use filtros solares também nestes dias. O filtro solar deve ser usado diariamente. Todos os dias estamos expostos ao sol, seja dentro do carro, na hora do almoço, no recreio ou nas atividades desportivas ou de lazer.

Use sempre a regra da sombra para saber se está se expondo em horário perigoso: ou seja, quanto maior a sua sombra refletida no chão, melhor.

 

*Com informações da Sociedade Brasileira de Pediatria / Pediatria para famílias

Leite materno: um “alimento de ouro”! Entenda sua composição e suas funções 1024 403 Andre

Leite materno: um “alimento de ouro”! Entenda sua composição e suas funções

“O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade [índice de incidência das doenças e dos óbitos na população] infantil. Permite ainda um grandioso impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade”.
Assim, o Ministério da Saúde apresenta o Aleitamento Materno no Caderno de Atenção Básica Saúde da Criança, 2ª edição, 2015.

Os seus benefícios já são mundialmente difundidos e conhecidos: estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas evitáveis. Além disso, o leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Ele também diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Ainda há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo dos bebês.

Isso, sem falar nos tantos benefícios para a mãe, como: ajuda a reduzir o peso mais rapidamente após o parto; ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia nesse período; reduz o risco de diabetes; e reduz o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário.

Ou seja, a amamentação é sem dúvida um processo natural muito sábio e valioso, insuperável e recomendado, inclusive, quando a mãe está com suspeita de COVID-19 ou confirma a doença e está bem e se sente à vontade para amamentar, seguindo os cuidados adequados de higiene. O leite materno é o melhor e mais nutritivo alimento para os bebês, um “alimento de ouro” como associado na campanha Agosto Dourado , da Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP.

Mas você sabe quais são suas características, composição e funções em cada fase da amamentação?

 

Pesquisamos sobre esse assunto e trazemos as principais informações e curiosidades para você:

 

1 – Sabia que, apesar da alimentação variar muito entre as pessoas, o leite materno apresenta composição semelhante para TODAS as mulheres que amamentam do mundo? E apenas nos casos de desnutrição grave elas podem ter o leite afetado na sua qualidade. Surpreendente, não?

2 – Nos primeiros dias, o leite materno é chamado de colostro, que contém mais proteínas e menos gorduras do que o leite maduro, que é aquele leite produzido do sétimo ao décimo dia pós-parto.

3 – O leite de mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo – que são os nascidos entre a 39ª e a 41ª semana de gestação, duração considerada ideal para a saúde da criança.

4 – O leite de vaca tem muito mais proteínas que o leite humano e são proteínas diferentes. A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana.

 

Veja na tabela essas diferenças:

5 – De fato, a concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Ou seja, não é mito aquela orientação de que é importante a criança esvaziar bem a mama, pois o leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico sim em energia (calorias) e sacia melhor a criança.

6 – Você já deve ter ouvido falar, mas é sempre importante ressaltar que o leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções. A “IgA” secretória é o principal anticorpo, atuando contra microrganismos presentes nas superfícies mucosas. Segundo o Ministério da Saúde, “os anticorpos IgA no leite humano são um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos contra agentes infecciosos com os quais já teve contato, proporcionando, dessa maneira, proteção à criança contra os germens prevalentes no meio em que a mãe vive”. A concentração de IgA no leite materno diminui ao longo do primeiro mês, permanecendo relativamente constante a partir de então.

7 – No Caderno do MS sobre Amamentação, são citados outros fatores de proteção do leite materno, além da IgA, como: anticorpos IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e fator bífido. Esse último favorece o crescimento dos Lactobacillus bifidus que compõem a flora intestinal predominantemente em crianças amamentadas exclusivamente ao peito, acidificando as fezes e assim dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia.

8 – Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente destruídos pelo calor, por isso é preciso muito cuidado para aquecer o leite humano, pois em elevadas temperaturas sofre alteração na sua composição e não terá o mesmo valor biológico.

 

Além dessas informações sobre a composição do leite materno, o Caderno do Ministério da Saúde tem um guia completo sobre Aleitamento Materno e Alimentação Complementar.
Ele está disponível aqui para quem quiser saber mais. 😉

O que é o teste da linguinha? 1024 184 Andre

O que é o teste da linguinha?

O teste da linguinha é um exame simples realizado por Fonoaudiólogos, profissionais treinados e capacitados, que consiste na avaliação do frênulo da língua em bebês recém-nascidos para diagnóstico precoce da língua presa. No Brasil, é obrigatório em hospitais e maternidades por lei sancionada em junho de 2014 (veja mais sobre essa lei aqui).

O que é língua presa?

É uma alteração comum, mas muitas vezes ignorada. Ela está presente desde o nascimento e ocorre quando uma pequena porção de tecido, que deveria ter desaparecido durante o desenvolvimento do bebê na gravidez, permanece na parte de baixo da língua, limitando seus movimentos.

A língua presa impede que a língua se movimente adequadamente, desenvolvendo então, adaptações e/ou compensações para sugar, engolir, mastigar e falar. Há bebês com dificuldades para mamar, causando estresse tanto para ele quanto para a mãe, o que pode levar à introdução desnecessária da mamadeira e ao desmame precoce. Há também crianças, jovens e adultos com dificuldades na mastigação/deglutição e alterações na fala, afetando a alimentação, a comunicação, o relacionamento social e o desenvolvimento profissional.


Como funciona o teste da linguinha?

A técnica não causa dor alguma ao bebê. Ele é dividido em história clínica, avaliação anatômica e funcional e avaliação da sucção não nutritiva e nutritiva. É um teste rápido e seguro, sem custo, que detecta precocemente a língua presa, possibilitando o tratamento adequado e evitando esses problemas decorrentes dela, dos quais falamos acima.

Caso a lei não seja respeitada e o teste não seja feito na maternidade, pode ser realizado até o sexto mês de vida do bebê. Após esse período, deverá ser feita outro tipo de avaliação para diagnosticar o problema.


Tratamento e correção da língua presa

Caso seja observada alteração na membrana da língua, pode ser indicada a correção, feita, na maioria das vezes, com um pequeno corte no freio, um “piquezinho”, para que a língua possa ter mais movimento. No procedimento, que dura poucos minutos, é usado a anestesia local e o bebê já pode ser amamentado na sequência. A cirurgia libera os movimentos da língua, aumentando a eficiência da sucção durante a amamentação, diminuindo, assim, a incidência do desmame precoce.


Existem graus diferentes de língua presa e, por isso, o tratamento varia. Nem todas têm a indicação do tratamento do pique na língua, mas caso a cirurgia seja necessária, quanto menor a criança, mais rápida é a recuperação. Isso porque nessa fase a cirurgia seria praticamente indolor.

A doença AME – atrofia muscular espinhal 1024 403 Andre

A doença AME – atrofia muscular espinhal

Atualização em: 03/08/2022

 

A Atrofia Muscular Espinhal,  também é conhecida como amiotrofia espinhal progressiva. O adjetivo “espinal” também pode ser empregado. Trata-se de uma doença de origem genética, ou seja, não se adquire ela em algum lugar, mas se nasce com ela, alocada no DNA, sendo passada de geração em geração.

Mas como a Atrofia Muscular Espinhal  acontece?

Pra responder essa pergunta, a gente precisa saber a causa.

Todos nós possuímos o gene SMN1 – uma cópia herdada do pai e outra da mãe. São justamente mutações nessas cópias que podem causar a AME. Aproximadamente 95% dos indivíduos afetados apresentam a deleção, isto é, perda de uma ou mais unidades que compõem um gene, em ambas as cópias SMN1.

Indivíduos que possuem uma só cópia mutada não terão sintomas da doença. Porém, são portadores mesmo assim. Isso significa que caso eles tenham filhos com outras pessoas que carreguem uma cópia mutada, as chances dessa criança nascer com atrofia muscular espinhal são de 25%.

O SMN1 é responsável por produzir uma proteína fundamental chamada proteína de sobrevivência do neurônio motor. Embora ela esteja presente em todas as células, a proteína é mais importante para o sistema nervoso, sendo a gravidade da doença atrelada à quantidade que o doente consegue produzir. Essa falta acarreta degeneração e perda motora na medula espinhal e do tronco cerebral.

Com os movimentos progressivamente limitados com o avanço da doença, os músculos atrofiam. E é todo tipo de músculo: além dos mais óbvios como braços e pernas, os responsáveis pela deglutição de alimentos e respiração são comprometidos também. Esse triste cenário leva o paciente a precisar de aparelhos pra comer e respirar, infelizmente.

A atrofia muscular espinhal é a segunda doença recessiva letal mais comum em pessoas de pele branca, com recorrência média de 1 para cada 10 mil nascimentos. Dependendo da idade em que ela aparece e sua evolução, a ela é subdividida em tipos:

Tipo 1 – AME infantil ou de Werdnig-Hoffmann

O neurologista alemão Johann Hoffmann cunhou o nome amiotrofia espinhal progressiva em 1893. Dois anos antes disso, o neurologista austríaco Guido Werdnig descreveu o tipo infantil, que é o mais grave de todos, apresentando sintomas ainda na vida intrauterina. Essas crianças normalmente não conseguem passar dos 3 anos de idade. A maior causa de mortandade delas é o subdesenvolvimento do sistema respiratório.

Tipo 2 – AME intermediária

Após o nascimento, os sintomas começam a aparecer e são um pouco menos intensos que na versão anterior. Com cerca de um ano e meio de vida, a criança pode desenvolver a habilidade de sentar, desde que colocadas nessa posição. Andar, entretanto, não conseguem.

Tipo 3 – AME juvenil – Kugelberg-Welander

Os neurologistas suecos Lisa Welander e Erik Kugelberg diferenciaram esta doença das outras distrofias musculares em 1956. Aqui os sintomas aparecem entre o 2º e o 17º ano de vida e os membros superiores são os mais afetados. Precisam de ajudar pra se locomover e fazer coisas do dia-a-dia, mas a progressão da doença é mais lenta.

Tipo 4 – AME adulta

A forma menos grave da doença acomete pessoas entre 30 e 40 anos de idade. Possui a progressão mais lenta de todas as AMEs.

 

Os medicamentos para AME estão entre os mais caros do mundo e precisam ser administrados o mais rápido possível, juntamente com terapias multidisciplinares.

 

A impotância do diagnóstico precoce

A Atrofia Muscular Espinhal (AME) deve ser diagnosticada o mais rápido possível, pois a intervenção precoce – farmacológica ou não – pode mudar o futuro do paciente e da família, melhorando a qualidade de vida de todos.
Esse é um grande desafio quando se considera um país desigual e de dimensões continentais. A articulação para chegarmos ao diagnóstico precoce exige empenho importante de diferentes atores dentro do nosso sistema de saúde.

O diagnóstico da AME pode ser feito em pacientes sintomáticos ou pré-sintomáticos
Pacientes sintomáticos: Aqueles que já desenvolveram algum sintoma da AME. O diagnóstico parte, geralmente, da suspeita clínica.
Pacientes pré-sintomáticos: Aqueles que ainda não apresentam sinais ou sintomas de AME. O diagnóstico parte de uma suspeita familiar, em casos de parentes com AME, ou da triagem neonatal por meio do Teste do Pezinho Ampliado, na população em geral.

 

A triagem neonatal para AME

Aprendizados com projetos piloto de triagem neonatal para AME ao redor do mundo mostram que o diagnóstico precoce é viável considerando aspectos sociais, clínicos e financeiros.

O número de doenças que integram a triagem neonatal, assim como a taxa de cobertura e os métodos laboratoriais variam de acordo com as condições geográficas, econômicas, políticas, demográficas e epidemiológicas de cada país.1-2 No Brasil, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) contempla seis doenças, mas com a aprovação da Lei 14.154, de maio de 2021, a cobertura será ampliada, e a atrofia muscular espinhal (AME) entrará na quinta etapa do processo de implementação da lei, no Teste do Pezinho Ampliado, o que ainda pode levar anos para ser efetivado.

A aprovação em si já é um grande avanço para a comunidade da AME no Brasil. Porém, acelerar o processo de ampliação das doenças cobertas no PNTN é essencial e pode gerar impacto positivo na vida de muitas famílias, que encontram no diagnóstico precoce uma esperança de que seus bebês possam ser tratados no momento ideal, como indicam diversos estudos realizados ao redor do mundo.

Mãe Que Ama deseja que cada vez mais pessoas tenham acesso ao diagnóstico precoce, a tratamentos imediatos, adequados e acessíveis.

Saiba mais sobre a Atrofia Muscular Espinhal em: Juntos pela AME com Biogen.

Nova lei define agosto como Mês da Primeira Infância 1024 403 Andre

Nova lei define agosto como Mês da Primeira Infância

A partir de agora, todo mês de agosto será dedicado às ações de conscientização sobre a importância da atenção integral às gestantes e suas famílias e às crianças de zero a 6 anos de idade nesse período que é chamado de “Primeira infância”, especialmente nos primeiros mil dias de vida. A Lei nº14.617 , publicada no Diário Oficial da União nessa terça-feira (11/07), se soma à diversas outras temáticas e iniciativas como o Agosto Dourado, pela conscientização do aleitamento materno, e a campanha Pezinho no Futuro, que compartilha informações e desenvolve ações desde 2018 sobre a importância da Triagem Neonatal e sua ampliação no SUS para a saúde e futuro da criança.

Segundo o IBGE, o Brasil registrou, em 2021, cerca de 2,6 milhões de nascimentos. Essas crianças se somaram às nascidas em anos anteriores e que completam as pouco mais de 20,6 milhões que estavam na primeira infância naquele ano, de acordo com o DataSUS. É pensando nesse público extremamente importante e significativo que a nova norma será dedicada, prevendo iniciativas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além da sociedade civil organizada, em oferta de atendimento integral e multiprofissional, promoção dos vínculos afetivos, da nutrição, imunização, direito de brincar e prevenção de acidentes e doenças. A lei também determina que as casas legislativas votem e priorizem debates sobre matérias voltadas às crianças na primeira infância no mês de agosto. 

“Esse é um período de ouro que pode impactar no futuro das nossas crianças em diversos aspectos. No caso das doenças raras congênitas, por exemplo, a conscientização sobre a importância do Teste do Pezinho para o diagnóstico precoce salva vidas e permite o início do tratamento adequado de imediato, antes mesmo do aparecimento de sintomas, podendo barrar o curso natural de desenvolvimento da doença”, explica Amira Awada, presidente do Instituto Vidas Raras, instituição organizadora da campanha Pezinho no Futuro. E ela completa: “Esse é um dos inúmeros exemplos que poderíamos citar para reforçar a relevância dessa nova lei, que é, sem dúvida, um grande ganho para as crianças, gestantes, familiares e para toda sociedade”.

No ano 2000, o economista James Heckman recebeu o Prêmio Nobel de Economia pelo estudo, que realiza com uma equipe multidisciplinar, sobre o impacto da qualidade do desenvolvimento na primeira infância nos resultados econômicos, sociais e na saúde de uma sociedade. Essa importância e as especificidades dessa fase da vida também deverão ter ampla divulgação em todos os setores da sociedade, em especial nos órgãos públicos, meios de comunicação, setores empresariais e acadêmicos, define a nova lei. 

 

*Com informações da Agência Senado e Agência Brasil.

Alimentos gelados não causam infecção de garganta! Entenda. 1024 403 Andre

Alimentos gelados não causam infecção de garganta! Entenda.

Na literatura médica não há nenhuma comprovação de que alimentos gelados possam causar infecção e, consequentemente, a dor de garganta. No caminho contrário deste mito, inclusive, está a utilização desses alimentos para aliviar dores, proporcionar sensação de refrescância e, em casos de cirurgia de amígdalas, por exemplo, o uso como agente anti-inflamatório, já que o frio provoca contração dos vasos sanguíneos, ajudando a controlar a inflamação. 

 

Segundo o otorrinolaringologista Alexandre Colombini, alimentos de baixas temperaturas não são nocivos desta forma, pois não carregam consigo vírus ou bactérias que podem causar infecções. No entanto, muitas vezes, ao abusar de seu consumo, somado ao contato com vírus e baixa imunidade, existe o risco de sentir a famigerada dor de garganta. “Quando você abusa do [alimento] gelado, alguns mecanismos de defesa do organismo podem ficar temporariamente prejudicados”, explica. 

 

Sobre os cuidados com a garganta, o médico comenta a respeito de alimentos como o mel, que tem propriedades anti-inflamatórias, adere à mucosa com facilidade e pode ser utilizado, mas sempre com moderação. “Ouvido e garganta não é salada para usarmos tempero”, brinca o especialista, referindo-se ao uso indiscriminado de misturas caseiras. As “receitas de casa” para tratar doenças são muito utilizadas, mas não encontram respaldo científico e não têm efeito contra inflamações e infecções. 

 

O médico alerta ainda que o ideal, sempre, é procurar um especialista e evitar a automedicação. 

 

Para este artigo, participou o Dr. Alexandre Colombini (CRM-SP 134.348), que é otorrinolaringologista há 12 anos e atua nas áreas clínica e cirúrgica. 

 

Site: https://www.dralexandrecolombini.com/

Instagram: @dralexandrecolombini

Teste do Pezinho Ampliado é destaque no Jornal Nacional e Jornal Hoje 1024 403 Andre

Teste do Pezinho Ampliado é destaque no Jornal Nacional e Jornal Hoje

Telejornais da Globo mostram como está a ampliação do exame no SUS dois anos após a assinatura da lei federal

 

“Teste do pezinho: estados e municípios têm dificuldade de implementar lei que amplia lista de doenças diagnosticadas no exame”, essa foi a matéria exibida no Jornal Nacional de sábado, 27/05/2023, que contou com a contribuição da equipe Pezinho no Futuro e entrevista com a presidente do Instituto Vidas Raras, Amira Awada.

A repórter Larissa Carvalho mostra que a Lei que determina a ampliação do teste do pezinho foi aprovada em 2021, mas, na prática, nos postos de saúde, pouca coisa mudou. E, dependendo das doenças, bebês que têm síndromes raras vão para casa sem diagnóstico.

 

Assista:

 

Na segunda-feira, 29/05/2023, a lei que determina a ampliação do teste do pezinho no Brasil, assinada há 2 anos, também foi tema de reportagem do Jornal Hoje, outro importante telejornal da Globo. De acordo com levantamento realizado pela equipe de produção da TV, 13 estados ainda não implementaram a lei que amplia a lista de doenças diagnosticadas no teste do pezinho.

A matéria do JH explica que a lei prevê que essa ampliação seja feita em cinco etapas – já que a mudança exige equipamentos de tecnologia avançada e profissionais capacitados. E que ainda não foi dado um prazo para estados e municípios se adequarem. O vídeo mostra bem alguns instrumentos de análise da PerkinElmer/Revvity, utilizados em laboratórios de referência em triagem neonatal no país.

 

Assista:

 

As reportagens reforçam que o grande passo foi dado em 2021 e, agora, é preciso dar mais um passo em direção ao Teste do Pezinho Ampliado para todos no Brasil. Nosso papel continua sendo muito importante, vamos seguir juntos nessa caminhada!

️Informe-se, cobre as autoridades locais, compartilhe informações, vamos seguir juntos nessa caminhada! 😉👣💜

Acompanhe nossas redes sociais para saber mais.

 

Teste do Pezinho Ampliado no Distrito Federal: exame vai detectar 58 doenças raras 1024 403 Andre

Teste do Pezinho Ampliado no Distrito Federal: exame vai detectar 58 doenças raras

Mais um grande passo para a saúde das crianças: recentemente, o Distrito Federal fez nova ampliação no teste do pezinho. Agora, a lista de doenças a serem detectadas pelo exame de triagem neonatal na rede pública local passará de 50 para 58 doenças raras. O Hospital de Apoio do Distrito Federal (HAB) recebeu dois novos equipamentos de análise que permitem o rastreio de seis doenças lisossomais, da Atrofia Muscular Espinhal (AME) e da Imunodeficiência Combinada Grave (IDCG).

O novo maquinário foi adquirido para cumprir as etapas de ampliação do teste do pezinho, em conformidade com a Lei Distrital nº 4.190/2008 e com o Programa Nacional de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde.
Essa é a realidade esperada por milhares de famílias e que está prevista para acontecer nos próximos anos no SUS em todo o país, a partir da Lei federal Nº 14.154, de 26 de maio de 2021.

Saiba mais…

Em reportagem publicada pelo Jornal de Brasília, o diretor-geral do HAB, Alexandre Lyra, salienta o comprometimento da unidade com o diagnóstico precoce das enfermidades consideradas raras. “O Hospital de Apoio e o Governo do Distrito Federal avançam mais do que qualquer outro estado da federação. Somos os únicos a realizarem o teste do pezinho ampliado e é 100% público, em que não há nenhum custo aos pacientes”, enfatiza Lyra.

A gerente de Assistência Multidisciplinar e Apoio Diagnóstico do HAB, Raquel Beviláqua, acrescenta que o empenho tem como objetivo “evitar sequelas e oferecer o tratamento adequado em tempo oportuno a todos que precisam”. O serviço está disponível nos hospitais públicos do DF há mais de dez anos. Nesse período, já foram feitos mais de 526 mil exames.

Tecnologia

O rastreio de patologias raras conta com duas novas máquinas: um espectrômetro de massa e um termociclador de PcR – equipamento que automatiza o processo de amplificação de uma sequência específica de DNA a partir de uma pequena amostra – em tempo real. O primeiro aparelho verifica, por meio da carga e da massa de uma molécula específica, se a criança tem alguma doença lisossomal. O espectrômetro começou a ser usado pelo HAB em 2011, em versões mais simples do que a atual.

As doenças lisossomais relacionam-se ao acúmulo progressivo de substâncias não metabolizadas devido a deficiência do organismo em produzir enzimas. São elas: Mucopolissacaridoses Tipo 1, doença de Gaucher, doença de Fabry, doença de Pompe, doença de Krabbe e deficiência de esfingomielinase ácida.

Já o termociclador de PcR em tempo real identifica, pelo DNA do paciente, se a criança carrega genes da IDCG e da AME. O aparelho compara imagens genéticas da criança examinada a imagens de outros pacientes, estabelecidos como saudáveis, para verificar se há alguma alteração.

A AME é uma doença rara degenerativa e hereditária, que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. E a IDCG, por sua vez, é um grupo de doenças genéticas hereditárias caracterizadas por deficiência nas imunidades celular e humoral.

Os equipamentos chegaram no decorrer do último ano e passaram por uma série de ajustes para possibilitar o rastreio das oito doenças. O espectrômetro de massa já está funcionando, enquanto o termociclador de PcR em tempo real deve estar apto para uso até o final de abril, conforme prevê o assessor técnico do Laboratório de Biologia Molecular Claudiner Oliveira.

“Após a fase de preparação do aparelho, será possível incluir no laudo dos pacientes o rastreio do IDCG e da AME. É um avanço que não é visto em outros estados, cumprimento às legislações distrital e federal”, explica Oliveira.

Pioneirismo que salva

O teste do pezinho ampliado é feito de forma compulsória em todas as crianças nascidas na rede pública de saúde do Distrito Federal desde 2008, mesmo ano em que o exame se tornou obrigatório também na rede privada. O material colhido é enviado para o Serviço de Referência em Triagem Neonatal, localizado no HAB.

Caso seja identificada alguma alteração, a equipe médica procura a família para começar o acompanhamento. “Fazemos uma estratégia que chamamos de busca ativa, para encontrar os pais e responsáveis do paciente, para que seja iniciado o tratamento o quanto antes, já que a ideia do teste do pezinho é, justamente, detectar doenças e tratá-las antes que possam causar sequelas ao organismo e até óbitos”, diz o chefe do Laboratório de Triagem Neonatal, Vitor Araújo.

A chefe da Unidade de Genética do HAB, Carina Albuquerque, ressalta que a pressa permite que as crianças possam ser tratadas antes que a patologia prejudique o desenvolvimento do organismo.

“Existem doenças em que se a criança não tiver o diagnóstico precoce, pode ter dificuldade de crescimento, dificuldade de aprendizado, epilepsia de difícil controle. Por isso, é grande a importância do diagnóstico precoce. E quanto mais cedo instituído o tratamento, melhor essas crianças vão se desenvolver”, destaca.

*FONTE: Jornal de Brasília 

 

Ampliação no SUS para todo Brasil…

Estamos aguardando o Ministério da Saúde apresentar o planejamento com os prazos de ampliação para cada novo grupo de doenças a serem triadas na rede pública, conforme prevê a Lei federal Nº 14.154, de 26 de maio de 2021.

Vamos acompanhar tudo e divulgar em nossos canais de comunicação, continue com a gente! E converse com seu médico de confiança para tirar suas dúvidas.

 

Primeiros dentinhos: entenda o processo de dentição do bebê 1024 359 Andre

Primeiros dentinhos: entenda o processo de dentição do bebê

É claro que cada bebê é único e o seu desenvolvimento, assim como o nascimento dos seus dentinhos, pode variar, mas existe uma linha do tempo típica indicada como referência que pode ajudar os pais a passarem por esse período. A primeira dentição completa do bebê tem 20 dentinhos, 10 em cima e 10 em baixo, e todos eles já devem ter nascido até os 5 anos, fase em que os dentinhos de leite podem começar a cair, sendo trocados pelos definitivos.

O desenvolvimento dos dentes já começa antes mesmo do bebê nascer. Durante a oitava semana de gestação, os botões dentários começam a se formar debaixo da gengiva, permanecendo nesse estado ao longo do restante da gravidez e depois do nascimento.

A erupção deles inicia-se geralmente quando o bebê deixa de mamar exclusivamente, por volta dos 6 meses, sendo um marco de desenvolvimento importante. O processo tem início quando as raízes começam a crescer e empurram os dentes para cima. Isso pressiona a gengiva do bebê, por isso pode causar algum desconforto.
O primeiro dentinho do bebê pode nascer entre os 6 e os 9 meses de vida, no entanto, alguns bebês podem chegar a 1 ano e ainda não ter nenhum dentinho. Esses casos devem ser avaliados pelo pediatra e também pelo dentista.

Essa ordem ocorre de acordo com as alterações do tipo e consistência do alimento dado ao bebê. Os dentes incisivos cortam os alimentos, os caninos são responsáveis por furar e rasgar os alimentos e os molares por esmagar.

 

Sintomas

De acordo com os especialistas, o nascimento dos dentinhos é bastante incômodo para os bebês, mas não causa febre, principalmente febre alta, com temperatura maior que 38ºC. ❌🤒❌

O início da dentição pode causar coceira, dor na gengiva e inchaço e por isso a criança pode apresentar alteração do sono, mais salivação, desconforto e irritação. E a ideia de que a febre está relacionada a esse momento seria, na verdade, devido a uma série de coincidências.

✅Geralmente, essa fase acontece quando a criança tem mais ou menos 6 ou 7 meses e é quando ela começa também a ter novos hábitos: ela passa a ter mais contato com o ambiente, colocando as mãos e objetos na boca, ou está na fase em que entra na escola e adoece mais, aí sim, vem a febre, relacionada às novas infecções.
✅E como acontece tudo na mesma época, muitas vezes, a febre é associada aos dentinhos, que quase nunca são os culpados.
✅É muito importante entender esses processos, observar as reações da criança e acompanhar essa e todas as outras fases com o pediatra para tirar as dúvidas e adotar as recomendações corretas sempre. Converse com o médico, informe-se! 😉

 

Como aliviar o desconforto?

Os mordedores são ótimas opções, já que que ajudam a criança a coçar a gengiva. Alguns modelos podem ser colocados na geladeira. A baixa temperatura reduz a inflamação e o inchaço das gengivas, diminuindo o mal-estar e ajudando a amenizar a dor. Também pode-se dar ao bebê alimentos frios, como maçã ou cenoura frias, cortadas em formato grande para que não engasgue de maneira que ele consiga segurar, sempre sob vigilância.
Pomadas com anestésicos não são recomendadas, pois podem causam efeitos adversos.

 

Como cuidar?

Deve-se limpar a boca do bebê antes mesmo do nascimento dos dentes. Recomenda-se a limpeza da gengiva, bochecha e língua com fralda ou gaze umedecida em água filtrada ou fervida, com a finalidade de criar hábitos de higienização.

Quando começarem a nascer os dentes de leite da frente, a limpeza deve ser feita com gaze ou fralda umedecida em água limpa. Logo que começarem a nascer os dentes de trás, a limpeza dos dentes e da língua deve ser feita com escova de dente pequena, macia, sem pasta de dente, apenas molhada em água filtrada ou fervida. A escova deve ser trocada quando estiver gasta.
Recomenda-se também o uso do fio dental. Os adultos devem escovar os dentes das crianças até que elas aprendam a escová-los corretamente.

 

Importante:

A primeira consulta do bebê no dentista deve acontecer logo após o aparecimento do primeiro dentinho. 😉