Proteja seu filho do sol! 1024 403 Andre

Proteja seu filho do sol!

Cerca de 75% da exposição solar acumulada durante a vida ocorre até os 20 anos de idade. Isso mesmo, o efeito da radiação é cumulativo, o que quer dizer que a luz solar recebida desde a infância até a idade adulta só mostrará seus efeitos a longo prazo, com o envelhecimento precoce e o potencial surgimento do câncer.

O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele é a radiação ultravioleta (UV), sob exposição precoce e intensa durante a infância. Assim, cabe aos pais ou responsáveis tomar as medidas para evitar a exposição excessiva ao sol e as queimaduras solares.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) explica qual é a melhor maneira de proteger seu filho do sol, confira as recomendações abaixo. E não deixe de conversar com um dermatologista para tirar suas dúvidas.

 

Como assegurar uma exposição saudável ao sol?

A exposição ao sol ajuda na síntese de vitamina D, que é necessária para que os ossos sejam saudáveis. No entanto, para isso é necessária a radiação ultravioleta B, que está presente nos horários de pico de radiação solar (entre 10h e 16h). Dessa forma, o Consenso Brasileiro de Fotoproteção NÃO INDICA a exposição solar sem proteção para esse fim. Caso haja a indicação de reposição da vitamina D, essa deve ser feita pela dieta ou suplementação vitamínica.

 

Qual é a melhor maneira de proteger seu filho do sol?

As recomendações mudam de acordo com a faixa de idade. Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por meio do seu Departamento Científico de Dermatologia Pediátrica, faz os seguintes alertas quanto à correta proteção solar, os quais devem ser observados especialmente por pais e responsáveis:

1) Durante os seis primeiros meses de vida, os bebês não devem ser expostos diretamente ao sol;

2) A partir dos seis meses e até o primeiro ano de vida, as exposições solares devem ser curtas e em horários apropriados (até às 10h e após as 16h), sempre com a utilização de protetor solar. Fuja da exposição das horas próximas ao meio dia;

3) Durante exposições solares prolongadas (praias, clubes, piscinas), é preciso usar chapéus e roupas adequadas e procurar deixar a criança na sombra ou sob o guarda-sol pelo maior tempo possível;

4) Para as crianças maiores e adolescentes, é recomendado também o uso de óculos de sol, os quais devem ser testados para avaliar a sua eficiência contra os raios ultravioletas;

5) Use sempre guarda-sol, bonés, óculos, viseiras ou chapéus. Cerca de 70% dos cânceres de pele ocorrem na face, proteja-a sempre. Não se esqueça de proteger os lábios e as orelhas;

6) Aplique generosamente o filtro solar 20 a 30 minutos antes de se expor ao sol. Este é o tempo necessário para a estabilização do protetor solar na pele, de modo que sua ação seja mais eficaz;

7) Evite exposições prolongadas e repetidas ao sol. Queimaduras solares acumuladas durante a vida predispõem o surgimento do câncer da pele;

8) Incentive seu filho a usar o protetor solar diariamente, dê o exemplo e use em você também.

 

Como proceder para a escolha do protetor solar mais adequado?

Sugere-se ficar atento às seguintes orientações gerais da SBP, feita pelo seu Departamento Científico de Dermatologia Pediátrica:

1) Os protetores solares contêm substâncias que absorvem e bloqueiam as radiações UV. A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que abaixo dos 6 meses sejam utilizados bonés, roupas, guarda-sol ou sombrinha;

2) Dos seis meses aos cinco anos de idade, recomenda-se o uso dos filtros infantis, que geralmente contêm menos substâncias químicas prejudiciais à pele da criança. Costumam ser mais espessos e possuir coloração esbranquiçada ou rosada;

3) O filtro solar ideal deve ter amplo espectro (bloquear tanto radiação ultravioleta A quanto ultravioleta B), custo acessível, ser fácil de espalhar e ser resistente à água. Não existem filtros totalmente à prova d´água. Eles devem ser reaplicados depois de entrar na água ou quando a criança suar muito, sempre secando bem a pele antes de reaplicar o protetor;

4) Os filtros solares diferem entre si nos tipos e concentrações dos ingredientes utilizados na sua fabricação. Geralmente os filtros acima do número 15 fazem uma proteção razoável por até duas horas, sendo ideal o uso de filtros com proteção 30 ou superior. Filtros com número 30 ou maior apresentam a mesma eficácia na proteção ao sol, diferindo apenas no tempo de reaplicação.

 

Roupas podem ajudar na proteção ao sol?

Sim, mas fique atento ao seguinte: diferentes tecidos conferem proteções diferentes. Camisetas de malha branca e tecidos molhados ou com tramas largas, protegem menos. Tecidos de trama mais fechada e cores escuras protegem mais. Lembre-se que existem tecidos que contêm substâncias fotoprotetoras.

 

Outras dicas importantes…

As pessoas de pele clara exigem maiores cuidados, pois são mais propensas ao câncer da pele. O mormaço também queima: em dias nublados, cerca de 40% a 60% da radiação solar atravessa as nuvens e chega à terra.

Portanto, use filtros solares também nestes dias. O filtro solar deve ser usado diariamente. Todos os dias estamos expostos ao sol, seja dentro do carro, na hora do almoço, no recreio ou nas atividades desportivas ou de lazer.

Use sempre a regra da sombra para saber se está se expondo em horário perigoso: ou seja, quanto maior a sua sombra refletida no chão, melhor.

 

*Com informações da Sociedade Brasileira de Pediatria / Pediatria para famílias

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