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Prematuridade em meio à pandemia: entenda os cuidados e as dificuldades nesse período 1024 403 Andre

Prematuridade em meio à pandemia: entenda os cuidados e as dificuldades nesse período

A pandemia do coronavírus, até então desconhecido e muito fácil de ser transmitido, matou milhões de pessoas e ainda causa muita preocupação em todo o mundo. Entre as futuras mamães, o medo de uma infecção fez com que muitas deixassem de ir até mesmo às consultas de pré-natal, o que é um erro, segundo a fundadora e presidente da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.

“O pré-natal é imprescindível mesmo durante a pandemia, já que as gestantes fazem parte do grupo de risco. São nestes momentos que se detectam situações para um parto prematuro, por isso, nós recomendamos que as mulheres tentem se organizar com a família e seguindo todas as orientações de saúde”, explica.

Nesse período, a preocupação com os casos de prematuridade também aumentou por causa do risco de infecção pela Covid-19 durante a gestação: segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, contrair a Covid-19 na gravidez também pode aumentar o risco de parto prematuro. 

No Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que nascem 300 mil bebês prematuros por ano, colocando o país na 10º posição do ranking mundial de prematuridade. 

Ainda não há informações sobre a possibilidade de uma gestante infectada com a Covid-19 transmitir a doença para o bebê. Caso a infecção apareça após o nascimento de um prematuro, é recomendado que o contato mãe e filho seja feito normalmente, assim como a amamentação, mas utilizando máscara, álcool em gel e em um local arejado, além da necessidade de seguir o calendário de vacinas da criança.

Entretanto, outro problema que surgiu durante a pandemia foi o afastamento dos bebês prematuros recém-nascidos dos pais. Ainda de acordo com a presidente da ONG, muitas unidades de saúde fecharam as portas e não permitiram a entrada de ninguém. 

“É algo absurdo. Já é sabido por muitos órgãos oficiais, inclusive a recomendação da OMS e do Ministério da Saúde é que se mantenha os bebês com seus pais. A presença materna, principalmente, beneficia o processo de cura do prematuro e isso se sobressai aos riscos da Covid. Um dos nossos trabalhos é trazer essas informações às unidades e mostrar que isso não pode ser feito”, diz Denise.

 

Novembro Roxo “Épico”

 

A presidente da ONG Prematuridade.com classificou o #NovembroRoxo2020 como histórico e épico. De acordo com ela, neste ano foram realizadas transmissões ao vivo, reuniões e encontros com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde (ANS), Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), APAE, AACD e outras empresas e pessoas que não faziam parte da luta em prol da prematuridade. 

Novembro Roxo: mês de sensibilização global para a causa da prematuridade 1024 403 Andre

Novembro Roxo: mês de sensibilização global para a causa da prematuridade

É o momento de jogar luz em um tema extremamente sensível: a prematuridade. No Brasil, as ações do Novembro Roxo são conduzidas pela ONG Prematuridade.com, única instituição do país de apoio aos bebês prematuros e suas famílias. Este ano, a campanha traz o tema “Juntos pelos prematuros, cuidando do futuro”. Durante todo mês, serão realizadas uma série de atividades com foco em informação, educação e acolhimento. Os trabalhos envolvem e beneficiam as famílias com bebês prematuros, os profissionais de saúde, instituições e parceiros interessados, além de autoridades e personalidades.

Entre as instituições representadas no evento, estão o Ministério da Saúde, a APAE, a AACD, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Segurança do Paciente. Diante ao cenário de pandemia, evidentemente, boa parte das ações serão realizadas online. 

Segundo a fundadora e Diretora Executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Leão Suguitani, há um trabalho forte de conscientização a fazer junto à sociedade como um todo durante o ano inteiro, mas novembro é uma oportunidade única e especial para evidenciar ainda mais o tema da prematuridade. “O sonho de ser pai ou mãe envolve inúmeras emoções e expectativas, principalmente o desejo de uma criança saudável. Mas se esse bebê nasce prematuramente, é nosso dever enquanto sociedade garantir que ele receba o atendimento mais adequado e que seja acolhido com muito amor, para que tenha todas as condições para uma rápida e plena recuperação. Novembro Roxo é sobre isso: é sobre acolher a vida e cuidar do futuro”, explica. 

 

Prematuridade e COVID-19

 

A incidência de bebês prematuros já é um problema bastante concreto no Brasil e no mundo e é claro que a pandemia tornou esse quadro ainda mais complexo. Atualmente, o Brasil é o 10º país com mais partos prematuros no mundo, com cerca de 340 mil nascimentos de bebês nessas condições por ano, aponta a OMS. Vale destacar ainda que, no mundo, ocorrem 15 milhões de nascimentos nesse perfil, ou seja, um em cada dez bebês nascem prematuros todo ano, sendo que 1 milhão deles morre, consolidando assim a prematuridade como a principal causa de mortalidade infantil até 5 anos. E quando a realidade do coronavírus se mistura à realidade da prematuridade, o tema se desdobra em várias problemas. 

Todos são graves, mas três merecem maior atenção: o isolamento de prematuros na UTI, a evasão de consultas de gestantes e um quadro de pânico e desinformação. De maneira resumida, um parto é considerado prematuro quando acontece antes de 37 semanas de gestação. São várias as causas que podem levar à prematuridade, mas o principal passo para evitar esse problema é a prevenção. 

Nesse sentido, o pré-natal é uma das medidas mais eficazes para uma gestação saudável e completa. Para a fundadora da ONG Prematuridade.com, a apreensão das mulheres grávidas, das mães de prematuros e dos profissionais de saúde quanto à infecção pelo vírus é legítima, mas o efeito colateral de uma decisão extrema, como a de faltar a uma consulta do pré-natal ou restringir a presença dos pais na UTI Neonatal, podem levar a um agravamento contundente de casos e do quadro geral da prematuridade. 

Não é exagero dizer que pode custar a vida do bebê e da própria mãe, além de quadros de ansiedade, estresse e depressão, comuns na prematuridade e agora mais frequentes durante o período da pandemia. “Mesmo com o distanciamento social, é importante pensarmos estratégias para garantir o vínculo e o melhor desfecho possível para o bebê e para a família. As gestantes precisam realizar o pré-natal. Os prematuros precisam da presença dos pais. Esses pequenos são mais vulneráveis, e podem ficar com diversas sequelas. Precisamos adequar o combate ao coronavírus a essa realidade, ressaltando a importância do acompanhamento da gravidez, da manutenção de consultas dos bebês, de manter a vacinação das crianças em dia e da extrema importância da presença dos pais ao lado do prematuro sempre que possível”, pondera. 

 

Por que Novembro Roxo?

 

No dia 17 de novembro, é celebrado o Dia Mundial da Prematuridade, data escolhida pelo significado especial para Jürgen Popp, um dos fundadores da EFCNI (European Foundation for the Care of Newborn Infants), parceira da ONG Prematuridade.com. Após a morte de seus trigêmeos prematuros, em dezembro de 2006, ele tornou-se pai de uma filha nascida em 17 de novembro de 2008. Ao mesmo tempo, o March of Dimes, organização de caridade americana para prematuros e recém-nascidos teve uma ideia semelhante e lançou um Dia da Consciência para a Prematuridade, em 17 de novembro, nos EUA. 

O roxo simboliza sensibilidade e individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros. Além disso, o roxo também significa transmutação e mudança, ou seja, a arte de transformar algo em outra forma ou substância, assim como no desenvolvimento de um bebê prematuro.

Confira mais informações sobre a campanha no site da Prematuridade.com  e nas redes sociais. Acompanhe e participe! 😉

 

Fonte: ONG Prematuridade.com

 

Larissa Carvalho conta sua história de luta no TEDx PUCMinas 1024 682 Andre

Larissa Carvalho conta sua história de luta no TEDx PUCMinas

A jornalista Larissa Carvalho, grande parceira da campanha pela ampliação do Teste do Pezinho no SUS, organizada pelo Instituto Vidas Raras, palestrou no TEDx PUCMinas 2020 e contou os bastidores da sua história de dor, amor e luta pela causa dos pacientes com doenças raras em busca de um diagnóstico precoce mais completo para todos. Larissa é mãe do Théo, que tem a doença rara Acidúria Glutárica, com sequelas por não ter feito o teste do pezinho ampliado e receber o diagnóstico tardio.

Conheça essa história e aproveite para abraçar a causa com a gente!

Vamos juntos, assine a petição e compartilhe com familiares e amigos.

A informação pode salvar vidas!

 

Amamentação requer informação e acolhimento. Leia mais. 1024 403 Andre

Amamentação requer informação e acolhimento. Leia mais.

Durante o Agosto Dourado, mês dedicado à conscientização sobre a Amamentação, muitas informações são compartilhadas em diversos canais de comunicação, inclusive o nosso, reforçando a importância desta linda missão de alimentar e nutrir o bebê com o melhor, o leite materno. Mas é preciso lembrar sempre que amamentar é também um ato de escolha da mulher, deve ser uma decisão confortável e feliz com a participação e apoio de toda a família e de toda a sociedade. Em muitos casos e por diversos motivos, pode ser que a amamentação não aconteça. E está tudo bem, ninguém será mais ou menos mãe por ter ou não ter amamentado. 

A Enfermeira Especialista em Amamentação, Marcelly Cossi, nos enviou um texto como sugestão para a reflexão sobre o assunto. Confira abaixo! 

Nesse momento, o mundo nos fez um convite inadiável para olhar para quem nós somos: a natureza. Alguns dizem que somos parte dela, mas digo que somos a própria natureza. E esse convite para se sentir dessa maneira é desafiador e, ao mesmo tempo, urgente. A degradação ambiental que afeta o mundo favorece o surgimento de pandemias como o coronavírus, então olhar para nossas ações e sobre como elas têm afetado o meio ambiente se faz sempre pertinente.  Nessa perspectiva, a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) 2020 trouxe em agosto um tema interessante de ser debatido: Apoie o aleitamento materno por um planeta saudável.

Como o apoio ao aleitamento materno colabora para um planeta saudável?  A SMAM destacou o leite materno como um fator que colabora para o desenvolvimento de um sistema alimentar saudável, pois a alimentação com substitutos do leite materno está diretamente relacionada à degradação ambiental. Desde sua produção, que gera emissão de gases de efeito estufa e desmatamento, até o seu descarte, que produz elevada quantidade de resíduos que poluem o meio ambiente. Sim, esse tema é muito relevante, principalmente mediante às prescrições desmedidas dos substitutos de leite materno e marketing pesado das indústrias. 

Porém, é também muito relevante perguntar-se: o que o planeta está fazendo para apoiar o aleitamento materno? Quem dá sustento à mulher em meio à complexidade da maternidade? E aqui eu destaco que mediante a discussão de apoiar o aleitamento materno, é necessário ampliar o debate sobre a importância de apoiar as mulheres envolvidas nesse processo, pois amamentar está longe de ser fácil. Distante do discurso de que é de graça, a amamentação é onerosa para quem amamenta. E essa compreensão requer consciência global para que haja um real apoio individual e institucional às mulheres. 

Para além da rede de apoio individual, é necessário o suporte das comunidades e garantias de apoio dos sistemas de saúde com profissionais aptos para o acompanhamento e aconselhamento em amamentação. As mulheres têm direito à informação e aqui eu destaco o papel essencial dos consultores em amamentação, que são profissionais capacitados e imersos na realidade posta e capazes de desenvolver um plano de ação para cada família, envolvendo habilidades de aconselhamento, avaliação, reconhecimento e resolução de intercorrências no processo de aleitamento e, mais importante de tudo, um profissional que deve respeitar e apoiar a escolha da mulher sobre amamentar. Sim, as mulheres têm também o direito de escolher e serem acolhidas na sua opção. Nenhuma mulher será menos mãe por isso, a amamentação não irá determinar a maternidade! 

Destaco também a necessidade de se discutir as garantias relativas ao local de trabalho acerca de como os empregadores precisam reconhecer e facilitar a vivência da maternidade pelas mulheres que empregam. Sem falar na construção de políticas que deem o amparo que a maternidade necessita, bem como o fortalecimento do monitoramento da promoção comercial dos produtos que interferem no aleitamento materno.

Para que a amamentação apoie a saúde do planeta, o planeta precisa também cumprir seu papel de apoiar a amamentação.

Amamentar deve ser um pacto social e não é só responsabilidade da mulher! É um compromisso de todos!

*Autora: Marcelly Cossi, Enfermeira Especialista em Amamentação, Professora Dra. da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), coordenadora do Grupo Deleite. 

Teste do Pezinho: justiça condena Anápolis (GO) por extravio de amostra de sangue 1024 184 Andre
teste do pezinho

Teste do Pezinho: justiça condena Anápolis (GO) por extravio de amostra de sangue

Mamães e papais, sempre alertamos aqui sobre a importância de realizar o Teste do Pezinho e de ter acesso ao resultado o quanto antes. Um caso muito sério aconteceu em Goiás e reforça o alerta:

A justiça condenou o município de Anápolis (GO) a pagar uma indenização de R$ 10 mil à mãe de uma criança que não recebeu o resultado do teste do pezinho na rede municipal de saúde. De acordo com a matéria publicada no Mais Goiás, a amostra foi colhida normalmente em uma unidade de saúde pública e uma enfermeira teria informado que o teste seria feito pelo laboratório da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) na região e o resultado ficaria pronto em 30 dias. Nesse período, a mãe poderia buscá-lo onde foi feita a coleta, mas ao retornar ao local várias vezes, depois do prazo estipulado, foi informada que o teste ainda não estava pronto e os funcionários diziam que o problema estava no laboratório. 

Entre tantas tentativas, ela resolveu ir ao laboratório e descobriu que o material colhido na unidade de saúde não tinha sido encaminhado para análise. Ou seja, a amostra colhida na rede pública nunca chegou ao laboratório e a demora em informar a mãe sobre o acontecido impossibilitou a realização de um novo exame. 

Na sentença, ainda segundo a matéria, o juiz responsável pelo caso destacou a negligência da prefeitura na prestação do serviço público pelo extravio da amostra de sangue e os prejuízos causados, como “grave sofrimento, justificável apreensão e compreensível revolta” dessa mãe com a “impossibilidade definitiva de realizar o exame preventivo que poderia diagnosticar preventivamente doenças da criança e, mais importante ainda, permitir tratamento antecipado”. 

O nome da mãe não é citado na matéria. Veja a notícia completa aqui

O resultado é um direito de todos!

A decisão judicial reforça o quão importante é realizar o exame e ter acesso ao resultado o quanto antes. Pais, busquem sempre por isso! A partir do Teste do Pezinho, é possível detectar doenças que comprometem o desenvolvimento do bebê e podem levar a consequências graves, sequelas irreversíveis e até mesmo a morte. Com esse diagnóstico precoce, antes mesmo dos sintomas se manifestarem, o tratamento é iniciado de imediato, o que pode salvar a vida do bebê. 

Ter acesso ao resultado é um direito de todos! Cobrem, exijam o laudo para que o pediatra possa avaliar e solicitar outros exames complementares e confirmatórios se for necessário. E, se for o caso, façam como essa mãe, denunciem, busquem os seus direitos. 

Whatsapp Pezinho no Futuro

Quer saber mais sobre o Teste do Pezinho e os tipos disponíveis desse exame? Precisa de ajuda? Manda para a gente pelo whatsapp: (11) 99790-7080. Acesse também o site www.pezinhonofuturo.com.br .

Contem com a gente! 😉

 

*Com informações do portal Mais Goiás.

Exame avalia, no início da gestação, risco de desenvolver Pré-eclâmpsia 1024 184 Andre
exame pre-eclampsia

Exame avalia, no início da gestação, risco de desenvolver Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma complicação séria da gravidez, que pode ser desenvolvida a partir da 20ª semana e até seis semanas após o parto. Você sabia que existe triagem logo no início da gestação para saber o risco de desenvolvê-la? Essa triagem, juntamente com o histórico de avaliação médica, permite identificar no primeiro trimestre de gestação mulheres com alto risco de desenvolver essa condição muito antes dos sintomas aparecerem. É um passo importante para proteger a saúde da mãe e do bebê, pois possibilita o monitoramento e o tratamento adequado no momento certo para evitar suas complicações.

Ela inclui um exame de sangue, identificado como teste de biomarcadores PIGF 1-2-3, a medida da pressão arterial e, em alguns casos, um ultrassom específico. O exame de sangue é simples, não precisa de preparo, realizado por alguns laboratórios particulares, e deve ser colhido entre a 11ª e 14ª semana de gestação. Esse exame tem caráter preventivo, pode ser utilizado no auxílio do diagnóstico da pré-eclâmpsia e também no prognóstico da doença no curto prazo em gestantes com suspeita. Além disso, ele pode ser usado no segundo e terceiro trimestres para uma reavaliação, monitoramento e diagnósticos eficientes. O médico vai interpretá-lo em conjunto com dados clínicos e laboratoriais.

Também é preciso destacar que esse teste sanguíneo é validado apenas para gestações de um único feto e que, infelizmente, ainda não está no rol dos exames cobertos pelo SUS, nem mesmo por alguns planos de saúde, somente como opção de investimento particular. Mãe Que Ama espera que um dia (e muito breve) esse passe a ser um direito de todas as futuras mamães!

É muito importante conversar com o médico sobre a necessidade e possibilidade de fazer essa avaliação para o diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia. Reforçamos: com essa triagem, é possível avaliar o risco de ter a condição nas próximas semanas de gravidez e, assim, reduzir as antecipações desnecessárias de parto, o número de dias de internação e intensificar o monitoramento para que ela não evolua para uma eclampsia adotando um tratamento adequado.

 

O estudo ASPRE

O ASPRE é o maior estudo multinacional sobre a triagem de Pré-eclâmpsia. Financiado pela União Europeia e administrado pela Fetal Medicine Foundation, ele envolvendo mais de 30.000 gestantes em 6 países e mostrou que o tratamento simples com doses baixas de aspirina, sob recomendação e supervisão direta do médico, é efetivo para a prevenção da pré-eclâmpsia. Para identificar as mulheres do grupo de alto risco, o ASPRE empregou um programa de triagem combinada para primeiro trimestre, que incluiu o exame de sangue a partir do ensaio PIGF 1-2-3.

O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia da triagem no 1º trimestre e o benefício da aspirina em baixas doses na evolução da gravidez para aquelas pacientes com alto risco.

Os resultados do ASPRE mostraram que a taxa de desenvolvimento de pré-eclâmpsia precoce caiu em 82%, e pré-eclâmpsia pré-termo em 62%, entre aquelas que receberam 150 mg de tratamento com aspirina por noite e estavam em alto risco de desenvolver a doença.

Uma análise secundária provou que, ao excluir as pacientes que conhecidamente sofrem de pressão arterial alta crônica, a terapia com aspirina permite quase erradicar a pré-eclâmpsia pré-termo em pacientes que estão seguindo corretamente o tratamento com aspirina, em 90% dos casos.

Esta é uma evidência convincente de que um programa de triagem, associado a um tratamento com baixa dose de aspirina, pode ajudar a reduzir a taxa de pré-eclâmpsia pré-termo e atrasar ou prevenir a pré-eclâmpsia. Embora o tratamento com aspirina não seja uma cura para a pré-eclâmpsia, menos mulheres precisam sofrer desta doença grave se a aspirina em baixas doses for administrada no início da gravidez.

 

A consulta pediátrica pré-natal: entenda sua importância  1024 403 Andre

A consulta pediátrica pré-natal: entenda sua importância 

O que mamães e papais mais precisam quando se preparam para a chegada dos bebês é de informação correta e de qualidade. É exatamente aí que entra a consulta pediátrica pré-natal, assunto que falamos na LIVE com a Dra. Kaká (assista aqui). A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) tem um manual de orientação sobre o tema, que, infelizmente, ainda não é uma realidade na rotina dos pais e dos especialistas. A consulta com o pediatra antes do bebê nascer pode ajudar a orientar e tranquilizar os pais sobre diversos assuntos que fazem parte do parto e pós-parto, trazendo soluções para as principais questões que permeiam o cuidado com os nossos pequenos.

Segundo o manual, a consulta deve ser realizada rotineiramente para todas as gestantes no terceiro trimestre do pré-natal, não se restringindo à classificação de gestação de alto risco, e representa “uma oportunidade de antecipação de riscos e um dos pilares da tríade para redução da morbimortalidade neonatal, juntamente com a assistência ao recém-nascido (RN) em sala de parto e a consulta pós-natal dentro da primeira semana de vida”. 

O documento orienta que devem ser abordados vários aspectos da gestação, parto, nascimento e acompanhamento da saúde da criança, tais como: a intercorrência no pré-natal; a prevenção de doenças infecciosas; vias de parto; assistência pediátrica em sala de parto; aleitamento materno; testes de triagem neonatal; impacto do nascimento da criança para a família; aspectos gerais sobre os cuidados com o RN; segurança da criança; e a abertura de espaço livre para a família expor outras demandas.

Acesse aqui a íntegra do manual da SBP. 

Assista também a nossa LIVE com a Dra. Kaká sobre A importância da Consulta pré-natal com o pediatra: bit.ly/LIVE_Pediatra 

 

Crianças podem usar álcool em gel? Entenda 1024 403 Andre

Crianças podem usar álcool em gel? Entenda

Se você tem criança em casa nesses tempos de pandemia, provavelmente, já se perguntou se pode ou não usar álcool em gel para limpar as mãos dos pequenos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o uso do álcool em gel é indicado para crianças acima dos 3 anos de idade, porque, embora apresente baixa toxidade, caso usado de maneira incorreta pode sim representar riscos para a saúde. A pediatra Dra. Kelly Oliveira explica que bebês e crianças pequenas instintivamente levam a mão até a boca e podem acabar ingerindo o produto. E, ainda que tenha um gosto ruim e a criança acabe afastando a mão da boca, ainda pode representar risco de intoxicação ou inalação.

Em contrapartida, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso de álcool em gel em todas as idades para prevenir a contaminação com o novo coronavírus.

 

E então, pode ou não pode usar?

 

A pediatra diz que SIM, o álcool em gel pode ser usado em bebês e crianças, mas ressalta que é preciso tomar alguns cuidados.

 

“No caso de recém-nascidos, por exemplo, que não exploram o chão e outros objetos com frequência, a higienização das mãos pode ser feita com água e sabão, mas se os pais sentirem necessidade, o álcool em gel pode ser aplicado em pequena quantidade nas mãozinhas do bebê. Os pais ou responsáveis devem se atentar até que o produto seque para evitar contato com o rosto do bebê. E é importante que as mãos e objetos de quem for entrar em contato com ele estejam devidamente higienizados”, explica Dra. Kelly.

Em crianças um pouco maiores, o produto também não deve ser usado sem supervisão de um adulto e nem em grandes quantidades. A recomendação é higienizar corretamente as mãos e punhos até a altura do cotovelo com água corrente e sabão e, quando não for possível a lavagem das mãos, fazer o uso do álcool em gel.

“Outro risco do uso indevido ou excessivo de álcool em gel em crianças é o ressecamento da pele, descamação e coceira em casos de reação alérgica. Por isso, é preferível usar um álcool em gel sem hidratantes, perfumes e cores, pois esses aditivos podem ser alergênicos, além do próprio álcool causar ressecamento das mãos”, destaca a pediatra, que completa com um alerta: “Nunca deixar ao alcance de crianças, devido ao risco de queimaduras graves, por ser um produto altamente inflamável”.

Caso note, após a aplicação do produto, sinais de alergia e sintomas como coceira, vermelhidão na pele, sonolência excessiva, tontura ou respiração alterada, suspenda o uso e procure um pediatra para avaliar a situação. 

 

*Com informações do Pediatria Descomplicada .

Massagem nos pezinhos: confira as dicas para fazer nos pequenos em casa! 1024 403 Andre

Massagem nos pezinhos: confira as dicas para fazer nos pequenos em casa!

A reflexologia é uma técnica de massagem que estimula todos os pontos do pé, que correspondem à regiões e órgãos do corpo humano. Segundo a massoterapeuta Natalia Garrido, essa é uma massagem relaxante e curativa que previne inúmeras doenças e promove o bem estar. “A técnica é bastante recomendada também entre os pediatras, pois o toque nos pezinhos faz o bebê relaxar, se sentir cuidado e amado e ainda ajuda a aliviar cólicas e irritações”, explica Natalia. 

A massagem completa deve ser feita por um profissional da área por conter muitos pontos, mas a massoterapeuta conta que é possível adaptar para fazermos de uma forma mais simples nas crianças em casa e, assim, aproveitar esse momento também para criar um vínculo intuitivo e terapêutico entre pais e filhos. “E se a criança for maior, pode ser criada ainda uma atmosfera de descoberta, fazendo um escalda pés com óleos e depois a massagem”, acrescenta.

 

Confira as dicas:

 

  • A massagem pode ser feita com qualquer tipo de óleo vegetal, você pode colocar algumas gotinhas de óleo essencial de lavanda para aumentar ainda mais o relaxamento da criança;
  • Pode fazer antes ou depois do banho do pequeno ou, até mesmo, durante o banho, se estiver na banheira;
  • Os movimentos devem ser leves, deslizando dos joelhos para os pés;
  • Faça movimentos circulares na sola do pezinho, entre os dedinhos, tornozelo, calcanhar… Deixe sua sensibilidade de carinho te guiar. 😉

 

Benefícios

 

De acordo com a massoterapeuta, a reflexologia traz diversos benefícios para o corpo:

  • Ajuda a diminuir as cólicas; 
  • Ajuda a diminuir infecções e inflamações; 
  • Ajuda a melhorar a qualidade do sono;
  • Diminui estresse e ansiedade;
  • Aumenta a circulação sanguínea;
  • Estimula o crescimento; 
  • Estimula o sistema hormonal;
  • Estimula o sistema imunológico;
  • Estimula o sistema nervoso;
  • Aumento das endorfinas;
  • Aumento da sensação de bem estar e relaxamento.     

Aproveite! 🙂

 

Sobre a entrevistada:

Natalia Garrido é Massoterapeuta e esteticista há mais de 10 anos, com formação técnica pelo Senac-SP. Atende no Espaço Natalia Garrido, em Santos-SP. 

Especialista diz que ampliação do Teste do Pezinho no SUS é necessária e possível 1024 403 Andre

Especialista diz que ampliação do Teste do Pezinho no SUS é necessária e possível

O médico imunologista doutor Antônio Condino Netto, consultor técnico do Laboratório do Instituto Jô Clemente (antiga Apae de São Paulo) defende a importância de se expandir a triagem neonatal ampliada a todos os bebês no Brasil. Ao Mãe Que Ama, o especialista disse que uma ampliação do Teste do Pezinho no SUS, incluindo um número bem maior de doenças do que é realizado hoje é “tecnicamente perfeitamente possível, precisa haver vontade política e investimento e levar a causa a sério”. 

Dr. Condino realizou estudo já aprovado pela Associação Médica Brasileira (AMB) que indica que o Teste do Pezinho para imunodeficiências primárias pode gerar economia de até R$ 3 milhões no custo por paciente. O médico explica que no Brasil, a incidência das Imunodeficiências Primárias é de 1 a cada 30 mil crianças e no mundo varia entre 1 a cada 10 mil e 1 a cada 50 mil. Essa doenças causam infecções graves de repetição de início precoce já no primeiro mês de vida, exigindo múltiplas internações prolongadas, e o diagnóstico tardio leva a sequelas e morte durante o primeiro ano de vida.

O que diz a pesquisa?

Segundo o estudo, uma criança triada, tratada e curada de Imunodeficiência Combinada Severa (SCID), uma das 420 doenças desse grupo, até os três meses de idade representa à medicina privada cerca de R$ 1 milhão em decorrência de todos os procedimentos adotados, que incluem transplante de medula óssea e acompanhamento clínico. Entretanto, se não houver a triagem e, consequentemente, a intervenção clínica adequada, esse custo pode chegar a R$ 4 milhões e com grandes chances de o bebê ir a óbito antes de um ano de vida.

De acordo com o imunologista, o estudo apresentado representa um passo importante para a expansão do acesso ao Teste do Pezinho Ampliado a todos os bebês. Atualmente, a triagem neonatal oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contempla a análise de somente seis doenças (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística, Anemia Falciforme e demais Hemoglobinopatias, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência Biotinidase), além da Toxoplasmose Congênita, que foi incluída por lei aprovada recentemente e que ainda está em processo de regulamentação. Já o teste ampliado pode detectar cerca de 50 doenças a partir da análise das mesmas gotinhas de sangue coletadas do calcanhar do recém-nascido, sendo disponibilizado a todos atualmente apenas na rede privada.

Teste do Pezinho Ampliado é possível!

Pelo SUS, a ampliação já é realidade no Distrito Federal, onde foi garantida por lei publicada em 2008, incluindo cerca de 30 tipos de doenças. A capital federal, que já apontou queda nos índices de mortalidade infantil, teve outra lei sancionada em setembro de 2019 e passa agora por uma nova ampliação do procedimento, incluindo as doenças lisossomais e a imunodeficiência combinada grave, aumentando a lista para mais de 40 doenças a serem triadas.

Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul aprovaram lei de ampliação recentemente e estão se preparando para colocar em prática e também fazer gratuitamente o exame, a exemplo do Distrito Federal.

“O estudo que fizemos aqui no Brasil contempla a análise apenas da triagem para imunodeficiências primárias e já identificamos uma economia de R$ 3 milhões por paciente. Imaginamos que se conseguirmos incluir na triagem neonatal em todo o país a detecção precoce de até 50 doenças, tanto as crianças quanto o sistema de saúde serão muito beneficiados”, explica o médico.

De acordo com Condino, os exames de Imunodeficiência Combinada Severa (SCID) e Agamaglobulinemia (Agama) já foram incluídos na tabela da AMB, procedimento apresentado na reunião de atualização do rol da ANS e deve vir uma resposta definitiva até novembro. “Haverá consulta pública e assim fica disponível para particulares e convênios planos de saúde, na saúde complementar que inclui cerca 25% da população, beneficiando algo em torno de 600 mil a 750 mil bebês nascidos no sistema privado de saúde”, conta. Ele diz que existe a expectativa de que esse grupo de doenças seja incluído no Programa Nacional de Triagem Neonatal pelo SUS, mas “está em tramitação na CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) desde 2014, sem respostas devido às várias crises políticas. O ideal seria já termos esse acesso a todas as crianças, especialmente em período de pandemia, que preocupa a todos, principalmente pais e mães dos recém-nascidos. Essa discussão precisa ser feita pelo poder público, porque os pais precisam saber com detalhes as reais condições de saúde de seus filhos”, afirma.

Iniciativas promovem conscientização do poder público e da sociedade civil sobre importância de expandir o acesso da população ao Teste do Pezinho Ampliado:

 

Junho Lilás – O Instituto Jô Clemente (antiga Apae de São Paulo), pioneiro na realização do exame no país, e a União Nacional dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal (Unisert) lançaram em 6 de junho, Dia Nacional do Teste do Pezinho, a campanha Junho Lilás, com a hashtag #VamosDarMaisUmPasso. Atualmente, o IJC é responsável pela realização da triagem de 80% dos bebês nascidos na capital paulista e 67% dos recém-nascidos do Estado de São Paulo, por meio do SUS (293 mil) e de maternidades e hospitais privados (103 mil, sendo 28% de testes ampliados). O Laboratório do Instituto Jô Clemente é o maior do Brasil em número de exames realizados e desde a sua implantação triou mais de 16,5 milhões de crianças brasileiras. Somente em 2019, foram triados 395.281 bebês na Instituição, totalizando 2.635.283 exames.

 

Pezinho no Futuro – Organizada pelo Instituto Vidas Raras, a campanha ganhou mais uma fase a partir desse 06 de junho. #EmCasaComPezinhoNoFuturo – Um novo começo, rumo a uma nova história. E todos podem participar desta importante Campanha, basta assinar o formulário no site www.pezinhonofuturo.com.br .   O objetivo é alertar a sociedade e os gestores públicos sobre a importância do exame para o diagnóstico precoce de doenças genéticas raras, acompanhar a situação atual dos testes e resultados e chamar a atenção para a necessidade urgente de ampliação, incluindo uma lista maior de doenças a serem triadas pelo SUS, disponibilizando, assim, o Teste do Pezinho Ampliado para todos os recém-nascidos no Brasil. A Organização Social também está disponibilizando um contato de Whatsapp para quem tem dúvidas sobre o exame ou alguma denúncia a fazer: (11)99790-7080.

Pezinho no Futuro conta com apoio de mais de 50 associações atuantes pela causa das doenças raras em todo o país, além de políticos, influenciadores digitais, personalidades e formadores de opinião. Já recebeu também moções de apoio de entidades como a Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica – SBGM, o Conselho Nacional de Saúde – CNS, e reconhecimento internacional da RDI – Rare Diseases International, aliança global de pessoas com doenças raras, e em reunião de Doenças Raras da ONU.

Compartilhe as informações também em redes sociais e com sua rede de contatos, convidando amigos, familiares para abraçarem essa causa pela vida. O Instituto Vidas Raras também disponibiliza todo o material informativo para divulgação. Interessados podem solicitar pelo e-mail: contato@pezinhonofuturo.com.br .

 

*Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto Jô Clemente.