Gestação

Atenção com o Diet e Light durante a gestação. 1024 184 Andre

Atenção com o Diet e Light durante a gestação.

Diet e Light na gravidez podem ser armadilhas para quem busca manter o peso.

É inevitável adquirir alguns quilinhos, mas certos momentos acabamos apelando para opções diet e light na gravidez, que podem nos afetar negativamente durante o processo de gestação e até ao nosso filho.

Um dos dilemas de quando nós mulheres entramos em estado de gravidez é a preocupação com a imagem própria. Entre os pontos principais, o peso.  Na preocupação de cortar o açúcar da alimentação, mães acreditam na armadilha que os produtos diet podem ser um atalho para perda de peso por cortarem o nutriente. Porém, não necessariamente estarão diminuindo o consumo de açúcar.

Diferença entre Diet e Light

Para entendermos melhor sobre isso primeiro devemos entender o papel de cada um. Acima de tudo, light e diet,  são bem semelhantes, mas possuem suas peculiaridades.

O light é dito como um produto com menos nutrientes em sua fórmula. Ou seja, light tem como um dos seus muitos significados a palavra leve, mas não necessariamente será cortado o açúcar. Portando, ele pode ser considerado mais suave apenas por diminuir a gordura.

Já o diet é realmente um corte no consumo. Mas atenção, não estará cortando, necessariamente, o açúcar. Um produto pode ser diet por cortar sódio, por exemplo.

Produtos que são comuns essa ocorrência são os refrigerantes diet e os adoçantes. Os refrigerantes, de fato, cortam o açúcar. Porém, aumenta muito o sódio. Por isso, evite ou opte por um refrigerante tradicional. Enquanto isso, alguns produtos como chocolate diet podem resultar em aumento de gordura em compensação de diminuição do açúcar.

Um vilão disfarçado

Nesse momento começam a aparecer os problemas para as gestantes em busca de manter o peso. Os produtos diet e adoçantes acabam cortando os carboidratos do alimento e pode elevar o risco de pressão alta na gravidez. Leia mais sobre aqui.

E não apenas mães que são pegas nessas armadilhas. Elas se configuram como grupo de risco, devido a carência de estudos conclusivos sobre efeitos de alimentos. Dessa forma, a busca por um peso menor pode resultar em quilos a mais para todos, por isso, olhe sempre o rótulo.

Entendendo o rótulo

Aquelas letrinhas minúsculas parecem que guardam um segredo. Porém, é fácil entender o que está se ingerindo por meio da sessão de informações nutricionais. Vamos te ajudar a saber o que seu pequeno está consumindo durante sua gestação.

Porção

Quantidade média de consumo do alimento que pode ser considerada saudável. Ou seja, geralmente não corresponde necessariamente ao alimento inteiro.

Valor diário

Essa informação é muito importante para tomarmos como base em uma dieta. Ela informa quanto em porcentagem de uma determinada substância supre em nosso consumo diário.  Baseado numa dieta de 2000 kcal.

Valor energético

Equivale a energia orgânica gerada após o consumo daquela porção de alimento.

Carboidratos 

São a fonte de energia para nosso corpo. Os açúcares se concentram aqui, entretanto, tudo em excesso faz mal.

Proteínas

São nossa segunda fonte de energia. Após o carboidrato o corpo digere a proteína. Muito consumido especialmente por praticantes de atividades físicas.

Gorduras totais

Total de todas as gorduras presentes no alimento, são elas as responsáveis pelo aumento de peso.

Gorduras saturadas

São encontradas geralmente em produtos de origem animal, não devem ser consumidas em grande quantidade.

Gorduras trans

O valor nutricional desse tipo de gordura é 0, tente fugir delas, porque são de origem completamente industrializada.

Fibra alimentar

Auxilia no controle do colesterol e taxa glicêmica, além da manutenção de nosso intestino, só não pode consumir muito.

Sódio

Ele é o malvado do cardápio e especialmente para as mamães que sofrem problemas de pressão na gravidez. Calma, não ache que deve zerar essa substância! O sódio ajuda a regulação hídrica e funcionamento adequado do cérebro.

Agora acho que vocês já estão mais ligadas do que está comendo na hora que fizer aquelas compras no mercado. Mas além dos valores nutricionais existe uma listinha de substanciais na embalagem. Elas informam como os alimentos são compostos. Dessa maneira damos o alerta as mães de elementos que precisamos evitar nesse período delicado:

  • Aspartame ou fenilalanina
  • Sacarina
  • Ciclamato
  • Edulcorantes
  • Sacarose
  • Gordura hidrogenada

Até a próxima 😉

Veja mais sobre o pré e neonatal na sessão Saúde Gestacional.

Para outras informações sobre saúde do bebê e gestante é só continuar acompanhando o nosso portal  Mãe que Ama.

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Cuidar de um mundo em crescimento significa parar a morte de mãe e filho 1024 184 Andre

Cuidar de um mundo em crescimento significa parar a morte de mãe e filho

Cuidar de um mundo em crescimento significa parar a morte de mãe e filho

Inovações na saúde visam aliviar as pressões que ameaçam a vida das mulheres

Reportagem original do Financial Times, acesse aqui. Traduzida por equipe Mama. Inovações na saúde

Jorge Odón, mecânico argentino com talento para invenção, acordou no meio da noite em 2006 com uma ideia. À época, ele tinha assistido a um vídeo on-line mostrando como extrair facilmente uma cortiça de dentro de uma garrafa de vinho vazia usando um saco de plástico inflado. Até então, todas as invenções patenteadas de Odón haviam sido relacionadas à mecânica, mas naquela noite ele percebeu que a técnica poderia ser adaptada para substituir os nascimentos auxiliados por fórceps.

O potencial da ideia também intrigou Mario Merialdi, então coordenador da reprodução humana na Organização Mundial da Saúde. Em 2008, participou de uma conferência em Buenos Aires e concedeu a Odón uma reunião de 10 minutos após a introdução de um amigo em comum. “Quando eu vi o aparelho, eu nunca voltei [para a conferência]”, lembra ele.

Oito anos mais tarde, uma parceria para desenvolver e comercializar o dispositivo de Odón – que incorpora um aplicador simples, bolsa e bomba manual e requer quase nenhum conhecimento especializado para usar – avançou substancialmente. A Becton Dickinson, empresa estadunidense de tecnologia médica, prometeu 20 milhões de dólares para o projeto, desenhado para tornar o aparelho acessível em países de baixa e média renda. “Este é um caso de teste pra ver se a inovação pode ser feito em grande escala. É realmente importante”, diz Gary Cohen, presidente de saúde e desenvolvimento global da BD. “Se for bem-sucedido, isso estimulará mais confiança. Se não, ele vai enviar um sinal muito ruim, sufocante.”

No entanto, levará mais três anos, pelo menos, antes que o dispositivo chegue ao mercado após os ensaios clínicos e aprovação regulamentar. “Se alguém tivesse me dito que levaria tanto tempo, eu ficaria surpreso”, diz Odón.

Sua experiência demonstra o espaço para inovações simples que poderiam ajudar a reduzir substancialmente os casos desnecessariamente altos de doenças maternas e infantis e morte em todo o mundo. Ele também destaca os desafios envolvidos na promoção, nutrição e fornecimento de tais inovações. Os produtos básicos, incluindo os dispositivos médicos, os medicamentos e os diagnósticos, muitas vezes já existem, mas não são amplamente disponíveis, incluindo muitos dos medicamentos genéricos de baixo custo na lista de “medicamentos essenciais” da Organização Mundial da Saúde.

 

As vacinas, incluindo o sarampo e a febre amarela, têm enorme potencial para prevenir a infecção e a morte. No entanto, mesmo aquelas que estão disponíveis, permanecem subutilizadas, como aconteceu durante o último surto pandêmico de gripe. Isso é, em parte, uma questão de custo, mas também das prioridades dos governos e da capacidade de adquiri-las, armazená-las, distribuí-las e administrá-las.

Enquanto muitos defensores da saúde enfocam suas críticas sobre os altos preços que os produtos farmacêuticos cobram pelos produtos médicos – e a propriedade intelectual que retém sobre eles – menos atenção é dada à necessidade de mais investimento em aspectos técnicos dos sistemas de saúde: pessoal, treinamento e gerenciamento.

Melhorar esses aspectos significa responsabilizar os governos. Uma análise recente publicada na revista médica The Lancet, estimou que 216 mulheres por 100000 nascidos vivos morreram de causas maternas em 2015 – menor do que em 2000, quando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio foram estabelecidos, mas muito aquém dos números-alvo estabelecidos pelos ODM e suas substituições, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A implantação mais ampla de opções já disponíveis poderia fazer a diferença a um custo relativamente baixo. Por exemplo, as últimas estimativas sugerem que 225 milhões de mulheres e meninas em países em desenvolvimento – particularmente os mais pobres e vulneráveis – ainda têm uma “necessidade não satisfeita” de contraceptivos modernos, o que significa que os usariam se estivessem disponíveis.
Por sua vez, a melhoria do planeamento familiar reduziria o risco de gravidez indesejada, permitindo que as mulheres se assegurassem de que não tenham filhos jovens demais, com demasiada frequência ou em circunstâncias que impeçam os seus próprios caminhos para a educação e emprego. Amamentação exclusiva faria muito para melhorar a saúde materna e infantil, fornecendo uma forma natural de contraceptivos para espaçar as gestações e melhorar significativamente a nutrição infantil. Listas de verificação médica, popularizada pelo cirurgião e escritor Atul Gawande, podem garantir procedimentos consistentes, como para o nascimento da criança e cuidados pré-natais.

 

Esta revista enfoca os problemas mais sérios enfrentados por mulheres e crianças em todo o mundo atualmente, bem como uma série de possíveis soluções: as leis de aborto extremamente duras de El Salvador, que muitas vezes veem as mulheres presas por homicídio agravado; a situação das crianças refugiadas em toda a Europa; as altas taxas de fertilidade do Chade e os esforços da China para se livrar dos partos por cesarianas desnecessárias após a reversão da sua política de filho único. Ele também destaca cinco exemplos de inovações que já demonstraram impacto e agora precisam de apoio – seja de financiamento, de experiência ou de parceria. Convidamos as leitoras que estão interessadas em ajudar a sustentar, replicar ou ampliar esses projetos para entrar em contato com showcase@ft.com.

Ao lado de produtos médicos como o dispositivo de Odón, esses perfis descrevem abordagens simples como o cuidado da mãe canguru, originalmente desenvolvido na Colômbia na década de 1970, mas agora fazem a diferença em todo o mundo. Outras inovações na saúde incluem o recrutamento e treinamento de trabalhadores de saúde comunitária para fornecer cuidados de porta em porta em Uganda e programas de seguro de saúde subsidiados, como um projeto pioneiro no estado de Kwara, na Nigéria. Seu sucesso inicial estimulou o debate sobre a introdução de um programa estadual, permitindo que indivíduos mais ricos apoiem os custos dos prêmios para os pobres.

 

O Quênia introduziu um ambicioso contrato de vários anos que coloca o ônus sobre os fabricantes não só para fornecer equipamentos médicos, mas também para mantê-los e treinar os trabalhadores da saúde em seu uso. “Em toda a África, há um ferro-velho de equipamentos que é despejado quando dá errado”, diz Nicholas Muraguri, secretário principal do Ministério da Saúde do país.

Anteriormente, o Quênia tinha apenas duas unidades de cuidados intensivos, e um punhado de centros de diagnóstico e diálise. Pacientes em áreas remotas foram efetivamente condenados a morrer, argumenta ele. O novo contrato de vários anos com cinco fornecedores multinacionais oferece suporte aprimorado em todo o país.

 

Entretanto, algumas inovações na saúde estão condenadas ao fracasso porque a tecnologia envolvida é muito sofisticada, ou porque seu modelo de negócios nunca foi sustentável. Uma série de projetos só estão sendo realizados graças aos doadores após vários anos de financiamento.

O truque é encontrar os modelos certos e os parceiros certos: sejam para fins lucrativos e investidores sociais, governos e doadores filantrópicos; ou assessoria técnica e expertise de consultores e empresas. Em última análise, eles devem ser suficientemente eficazes para ganhar o apoio do setor público – seja para financiamento ou coexistência.

Babatunde Osotimehin, diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a População e ex-ministro da Saúde da Nigéria, ressalta a importância de ideias que podem ser integradas aos planos governamentais e que refletem suas prioridades. Caso contrário, elas nunca serão aplicadas, diz ele.

Tim Evans, diretor sênior de saúde, nutrição e população do Banco Mundial, defende a necessidade de se concentrar em inovações de tamanho significativo para garantir que elas podem ter impacto e ser sustentáveis. “Projetos pequenos são, muitas vezes, incapazes de chegar à larga escala”, diz ele. “Financiamento inovador e a capacidade de implementar são essenciais para o real impacto.”

Grande parte da inovação necessária para aliviar a má saúde das mães e crianças é fazê-la conjuntamente com pessoas, sistemas e financiamento. Como Arnab Ghatak, um sócio sênior na saúde pública global em McKinsey o põe: “Nós temos muita tecnologia que nós necessitamos. É realmente uma questão sobre entrega e envolvimento com os governos.”.

Saiba mais sobre câncer de mama na gestação 1024 184 Andre

Saiba mais sobre câncer de mama na gestação

Faz alguns dias que a Campanha Outubro Rosa começou. Sucesso no Brasil e no mundo, ela tem como missão dedicar um mês inteiro para a conscientização do autoexame de toque nas mamas atrás de cistos e a importância da prevenção precoce da doença que pode ser mortal. Quanto mais cedo ela é diagnosticada, maiores são as chances de um tratamento bem sucedido.

Entretanto, esse diagnóstico é mais difícil durante a gravidez. Essa dificuldade existe porque nesse período as mamas sofrem as alterações naturais da nova condição: ficam mais densas, doloridas e incham bastante. A mulher, então, pode não perceber o surgimento de caroços na região. Nesses casos o autoexame citado acima não é recomendado por ser inconclusivo. O que pode ser feito é um ultrassom, pois, não utiliza radiação ionizante. A mamografia até pode ser feita também, desde que aja um avental de chumbo para proteger a barriga da grávida.

Diagnóstico do câncer de mama na gestação

Em caso de indício positivo nesses exames, uma biópsia é feita para confirmar o diagnóstico. Caso o cancro seja confirmado, um tratamento cirúrgico é iniciado. A quimioterapia não é utilizada nos três primeiros meses de gestação por conta do feto ainda estar em seu estágio crítico de desenvolvimento, porém, após esse tempo, ela poderá ser aplicada. Já a radioterapia, por causa da radiação, é completamente vetada durante a gestação, podendo causar efeitos colaterais à criança, sendo aplicada somente depois do parto. Hormonioterapia e terapia-alvo também estão fora de questão antes da mãe dar à luz.

A notícia do diagnóstico

Pois é, receber uma notícia que você porta um câncer é sempre doloroso e pesado. Ainda mais quando isso acontece durante a gravidez, um momento que deveria ser marcado apenas pela alegria da chegada de uma nova vida. Fique atenta, vá a todas as consultas, converse e faça perguntas ao seu médico. Hoje há tratamentos menos agressivos tanto para a mãe quanto para o feto. Além do que, câncer na gestação é raro, embora a tendência seja o aumento já que cada vez mais as mulheres estão optando por terem seus filhos cada vez mais tarde. E a incidência dessa doença aumenta paulatinamente à medida que essas mulheres envelhecem.

Conte com o portal Mãe que Ama para sanar dúvidas, obter fontes de informação gestacional e neonatal.

Eclâmpsia x Pré-eclâmpsia: entenda 1024 184 Andre

Eclâmpsia x Pré-eclâmpsia: entenda

A eclâmpsia é uma manifestação grave da pré-eclâmpsia, doença em que a gestante desenvolve hipertensão arterial. A caracterização dela se dá pela presença de uma ou mais crises convulsivas em uma gestante com pré-eclampsia já estabelecida.

Cerca de 30% das convulsões ocorrem no momento do parto ou em até 48 horas depois do nascimento da criança. A maioria das gestantes com pré-eclâmpsia grave não irá apresentar eclâmpsia e, apesar de pouco comum, mulheres com pré-eclâmpsia leve podem complicar com convulsões. Portanto, não há uma evolução linear entre as duas doenças.

Até hoje a causa de ambas as doenças não foi estabelecida com precisão pela medicina tradicional.

Comparando os sintomas:

  • Pré-eclâmpsia: hipertensão arterial, edemas, principalmente nos membros inferiores, ganho de peso e perda de proteína pela urina. Entretanto, ela também pode ser assintomática, o que às vezes dificulta o diagnóstico.
  • Eclâmpsia: sangramento vaginal, vômito, perda de consciência e as já citadas convulsões, que podem ser precedidas também por dores de cabeça, de estômago e alterações visuais.

Diagnóstico e tratamento

Com as informações baseadas nos elevados níveis da pressão arterial, no histórico clínico e sintomas da paciente e nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina, pode-se chegar a um diagnóstico. Para se evitar qualquer agravamento, o pré-natal tem que ser criterioso, com consultas regulares a especialistas e ingestão das vitaminas, principalmente o ácido fólico. Caso seja constatado a Pré-eclâmpsia, a grávida deve ter bastante repouso, medir regularmente a pressão e ingerir pouco sal. Anti-hipertensivos e anticonvulsivantes serão indicados em casos mais graves.

A própria presença de eclâmpsia pode indicar que o parto precisa ser feito, às vezes, prematuramente. Nesses casos, os médicos costumam prescrever sulfato de magnésio antes com intenção de proteger os neurônios da mamãe e do bebê em caso de pico de pressão. As mulheres com menos de 32 semanas podem ter a cesárea como recomendação para o parto.  Uma vez confirmado o diagnóstico de eclâmpsia, o parto precisa ser feito o quanto antes. O risco de prolongar a gravidez nesse caso é muito alto, piorando as chances de  ocorrer tudo bem a cada dia.

Nós do Mãe Que Ama desejamos que todas tenham o melhor parto possível, sem complicações e que a criança tenha muita saúde. Imprescindível todo o acompanhamento médico. Continue com a gente. Leia também nossa matéria sobre 8 Mitos sobre Pré-Eclâmpsia!

Depressão Pós-Parto 1024 184 Andre
depressão pós-parto

Depressão Pós-Parto

26,3% das brasileiras sofrem de depressão pós-parto

A pesquisadora Mariza Theme da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), é responsável por um inédito estudo no Brasil. Segundo seus dados, 26,3% das brasileiras sofrem de depressão pós-parto. O que representa pouco mais de ¼ das mulheres.

O Estudo

23.896 mamães foram entrevistadas entre 6 e 18 meses após parirem suas crianças. Os resultados foram publicados na edição de abril da revista Journal of Affective Disorders. A importância desse estudo é dada por ser o primeiro relativo ao assunto. Da mesma forma, assim como a própria depressão comum, a pessoa pode sofrer em silêncio, ter tendências suicidas e até pensar em matar a criança.

Todas as pessoas submetidas a esta última pesquisa foram colocadas segundo a Escala Edimburgo de Depressão Pós-Parto. A escala tem 10 perguntas com 4 respostas possíveis. Cada resposta equivale uma pontuação de 0 a 3. Ao final há a soma para chegar ao resultado. Para este estudo, as mulheres que pontuaram 13 ou mais pontos demonstram ter algum indício de depressão. O questionário está ao final da matéria.

Grupo de risco

Como a maioria das doenças, a depressão pós-parto também possui seu grupo de risco que podem contribuir para um quadro negativo:

  • Mulheres mestiças de baixa condição socioeconômica
  • Hábitos não saudáveis
  • Antecedência de problemas mentais
  • Vários partos
  • Gravidez não planejada 

Lembrando que essas são somente as mulheres que têm maiores chances de desenvolver a doença, não significa que vão necessariamente desenvolvê-la. Ou seja,  tampouco mulheres fora do grupo de risco estão imunes. Pode acontecer com qualquer uma.

A pesquisadora responsável afirma que não há investigação específica para a doença nas rotinas do SUS. A situação poderia melhorar muito com novas políticas públicas, repensando a maneira de diagnosticar e tratar.

Muitos casos de depressão já começam na gravidez e o manual pré-natal do Ministério da Saúde diz que o profissional de saúde deve atentar-se a questões físicas e emocionais. Porém, não há uma estruturação disso de fato. Isso pode acarretar atrasos no desenvolvimento psicomotor e neurocognitivo da criança.

Em nota, o Ministério afirma:

Nossos manuais e protocolos contêm orientações sobre o acompanhamento pré-natal e puerperal. Eles determinam quais sinais e sintomas devem chamar a atenção da equipe para quadros de sofrimento mental ou emocional, incluindo a depressão.

Pacientes com quadros graves ou com resposta insatisfatória ao tratamento são encaminhadas para serviços especializados. O Brasil conseguiu reduzir em 6,4% o número de atendimentos em depressão pós-parto no SUS nos últimos dois anos, passando de 421 atendimentos em 2014 para 394 no ano seguinte.

Vamos ficar de olho e esperar que mais estudos e pesquisas como essa sejam feitos visando à ampliação do conhecimento e fim exclusivo de melhorar a saúde de nossas gestantes.
Dúvidas e sugestões? Deixe um comentário aqui na #Mama

Questionário sobre Depressão Pós-Parto

Você tem sido capaz de rir e achar graça das coisas?

  1. Como sempre fez.
    1. Não tanto quanto antes.
    2. Sem dúvida, menos que antes.
    3. De jeito nenhum.

Você sente prazer quando pensa no que pode acontecer em seu dia-a-dia?

  1. Como sempre sentiu.
    1. Talvez menos do que antes.
    2. Com certeza menos.
    3. De jeito nenhum.

Você tem se culpado sem necessidade quando as coisas saem erradas?

  1. Não, nenhuma vez.
    1. Não muitas vezes.
    2. Sim, algumas vezes.
    3. Sim, na maioria das vezes.

Você tem se sentido ansiosa ou preocupada sem uma boa razão?

  1. Não, de maneira alguma.
    1. Pouquíssimas vezes.
    2. Sim, algumas vezes.
    3. Sim, muitas vezes.

Você tem se sentido assustada ou em pânico sem um bom motivo?

  1. Não, nenhuma vez.
    1. Não muitas vezes.
    2. Sim, algumas vezes.
    3. Sim, muitas vezes.

Você tem se sentido incapaz de lidar com as tarefas e acontecimentos do seu dia-a-dia?

  1. Não. Eu consigo lidar com eles tão bem quanto antes.
    1. Não. Na maioria das vezes consigo lidar com eles.
    2. Sim. Algumas vezes não consigo lidar bem como antes.
    3. Sim. Na maioria das vezes não consigo lidar bem com eles.

Você tem se sentido tão infeliz que tem tido dificuldade de dormir?

  1. Não, nenhuma vez.
    1. Não muitas vezes.
    2. Sim, algumas vezes.
    3. Sim, na maioria das vezes.

Você tem se sentido triste ou arrasada?

  1. Não, de jeito nenhum.
    1. Não muitas vezes.
    2. Sim, muitas vezes.
    3. Sim, na maioria das vezes.

Você tem se sentido tão infeliz que tem chorado?

  1. Não, nenhuma vez.
    1. De vez em quando.
    2. Sim, muitas vezes.
    3. Sim, quase todo o tempo.

A ideia de fazer mal a você mesma passou pela sua cabeça?

0. Nenhuma vez.
1. Pouquíssimas vezes, ultimamente.
2. Algumas vezes nos últimos dias.
3. Sim, muitas vezes, ultimamente.

Entenda a importância do Ácido Fólico 1024 184 Andre
ácido fólico

Entenda a importância do Ácido Fólico

O ácido fólico é uma das substâncias mais importantes no mundo da gestação.

Você pode encontrar ácido fólico em diversos alimentos como:

  • Leguminosas
  • Verduras escuras 
  • Frutas cítricas
  • Aspargo
  • Grãos e cereais também são, atualmente, fortificados com o folato.

Porém, pesquisas apontaram que nosso corpo absorve melhor a substância quando ingerimos sua versão sintética. Ou seja, aquela fabricada por nós mesmo em laboratório. Fora que a maioria das mulheres não come a quantidade necessária de alimentos para suprir sua necessidade vitamínica.

Isso significa que precisamos recorrer aos suplementos vitamínicos. Esse suplemento é vendido em forma de comprimidos que variam nas versões 1 mg, 2 mg e 5 mg. São pequenos, não engordam, não têm efeitos colaterais e são vendidos bem em conta nas farmácias ou mesmo distribuídos em alguns postos de saúde.

Logo que a gravidez é diagnosticada, o médico já indica tomar um comprimido de 1 mg ao dia. Normalmente, essa quantia é mais do que o suficiente pra toda mulher. As exceções são para mulheres obesas, com histórico de darem à luz bebês com algum defeito no tubo neural ou que tomam certos tipos de medicamento, como anticonvulsivantes para epilepsia.

“Oras, mas por que o ácido fólico é tão importante?”

Se fosse por um só motivo, ele nem seria tão importante assim.  O folato tem o poder de evitar doenças no tubo neural da criança. Coisas como anencefalia, tão em voga atualmente, e espinha bífida podem ser evitadas entre 50 e 70% dos casos.

A ingestão desde o começo é importante pelo fato de que as complicações no tubo neural acontecem ainda no primeiro trimestre de gestação.  Além disso, o lábio leporino e algumas doenças cardíacas também podem ser prevenidos com a vitamina B9. Dessa mesma forma, é bom pra mamãe também! A B9 é necessária na produção de glóbulos vermelhos e prevenção de anemia no corpo. Tudo que uma gestante NÃO precisa é ficar anêmica, né?

Além de acelerar o crescimento celular da criança, ela ajuda na adequada produção da placenta. Outros estudos dão indícios que esta “santa” vitamina poderia reduzir o risco de pré-eclâmpsia, séria doença gestacional que já abordamos aqui.

Recomendamos também que toda mulher que estiver em idade fértil faça uso dessa substância, já que o tubo neural que nós falamos se fecha ainda no primeiro mês de gravidez.

Você tomou ou pretende tomar o folato na gravidez? Conta pra gente nos comentários e fique ligada em nosso site. Temos muito mais matérias e dicas pra você!

Pré-Eclâmpsia – entenda sobre a doença 1024 184 Andre
pré-eclâmpsia

Pré-Eclâmpsia – entenda sobre a doença

Pré-eclâmpsia é a doença que mais leva gestantes a óbito no Brasil

A Pré-Eclâmpsia é a doença que mais leva gestantes a óbito no Brasil. O grande problema por traz disso é a falta de conhecimento da população sobre a doença. Ou seja,  acaba dificultando seu diagnóstico.

Para que possamos entender melhor sobre a complicação, a equipe da #Mama entrevistou a Dr.ª Rita Sanchez, coordenadora da maternidade do Hospital Albert Einstein. Assista o vídeo e entenda o que é, quais são os sintomas, como é dado o diagnóstico, entre outras dúvidas.

Veja mais em: 8 mitos sobre a Pré-Eclâmpsia

Entenda mais sobre Pré-Eclâmpsia 1024 184 Andre

Entenda mais sobre Pré-Eclâmpsia

A Pré-Eclâmpsia é uma das chamadas DHEG – Doenças Hipertensivas Específicas da Gravidez e acontece quando uma gestante de 20 semanas ou mais está com a pressão arterial muito elevada (140/90 mmHg ou mais) e uma quantidade significativa de proteína na urina.

Com tratamento adequado, a condição desaparece em até 12 semanas após o parto. Sem tratamento, porém, ela favorece a eclâmpsia, um tipo de convulsão gestacional que pode matar mãe e bebê. Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão é responsável por 13,8% das mortes maternas no Brasil.

As causas da doença ainda não são definidas com exatidão. Especialistas sugerem que tudo começa na placenta – órgão que nutre o feto durante a gestação. No começo desse período, uma das diversas mudanças internas é o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos feitos especialmente para levar sangue até a placenta. Acontece que em mulheres com pré-eclâmpsia esses vasos se subdesenvolvem, sendo mais estreitos, carregando sangue insuficiente.

Esse subdesenvolvimento pode estar relacionado com:

  • Fluxo sanguíneo insuficiente para o útero;
  • Danos aos vasos sanguíneos;
  • Um problema com o sistema imunológico;
  • Certos genes;
  • Outros distúrbios de pressão arterial elevada durante a gravidez.

Estudos identificaram alguns grupos de pessoas mais suscetíveis a desenvolver a doença:

Enquadram-se no chamado grupo de risco:

  • Histórico familiar de pré-eclâmpsia;
  • Primeira gravidez;
  • Nova paternidade, ou seja: cada gravidez com um novo parceiro aumenta o risco de pré-eclâmpsia;
  • Idade – o risco é maior após os 35 anos;
  • Gravidez múltipla;
  • Intervalo de 10 anos ou mais entre as gestações.

Se a mamãe possui um histórico com outras doenças, também pode entrar no grupo de risco.

Exemplos de outras doenças são:

  • Obesidade;
  • Hipertensão;
  • Enxaqueca;
  • Diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2;
  • Doença renal;
  • Tendência a desenvolver coágulos de sangue (trombofilias);
  • Doença autoimune, como a artrite reumatoide, esclerodermia e lúpus.

Sintomas

Os sintomas iniciais da pré-eclâmpsia são: ganho repentino de peso (2 a 5 quilos em uma semana) e inchaço da face ou extremidades como mãos e pés. Como esses são sinais comuns que podem acontecer durante a gravidez, se a mulher não fizer todos os exames e não tiver um acompanhamento pré-natal minucioso, a doença pode iniciar-se despercebida e evoluir apresentando outros sintomas, como:

  • Dor de cabeça;
  • Alterações da visão (visão turva, visão dupla, vendo pontos de luz);
  • Dor abdominal, especialmente no canto superior direito, ou meio abdômen;
  • Urinar com menos frequência;
  • Falta de ar;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Confusão;
  • Convulsão.

Atenção, mamães hipertensas!

Além de ir regularmente ao médico, mamães hipertensas têm de ingerir pouco sódio, manter o peso controlado, dormir bem e fazer caminhadas. Se tudo isso se mostrar ineficiente para diminuir a pressão, o uso de medicamentos para baixar a pressão arterial especialmente para a gravidez pode ser adotado, além de outros remédios para casos mais graves como anticonvulsivantes ou corticosteroides associados a complicações hepáticas ou de plaquetas.

Nós queremos frisar que a pré-eclâmpsia chega a ser fatal sem o tratamento. Entretanto, com o acompanhamento especializado, tudo pode ocorrer bem, sem muitas complicações.

Leia outros artigos de Mãe Que Ama sobre a Pré-Eclâmpsia: 8 Mitos da Pré-Eclâmpsia | Eclâmpsia x Pré-Eclâmpsia: entenda | Pressão alta na gravidez? Fique de olho na Pré-Eclâmpsia

Infecção Urinária na Gravidez 1024 184 Andre
Infecção urinária na gravidez

Infecção Urinária na Gravidez

Causada por bactérias que levam à inflamação e irritação de todo o sistema urinário, as infecções urinárias são comuns nas mulheres entre 20 e 50 anos de idade. Estima-se que 20% das mulheres terão esse problema nessa faixa etária. Ela tem tratamento relativamente simples, mas que precisa ser seguido à risca da orientação médica. Caso contrário, pode ser muito dolorido e até perigoso se a infecção se espalhar pros rins.

A própria gravidez deixa as mulheres mais vulneráveis. Os hormônios da gestação afrouxam os músculos nos rins e no ureter, o que diminui o fluxo de urina dos rins para a bexiga. Isso abre uma “janela” – bactérias têm mais tempo de se reproduzirem antes da eliminação pelo próprio corpo. Os sintomas podem ser diversos, mas não significa que você terá todos. Entre eles podemos citar: dores na pelve, no baixo ventre, ao fazer xixi, durante a relação sexual, tremores, febres, sangue e/ou pus na urina.

Febre muito alta e dores nas regiões dos rins podem ser indícios de que a infecção se agravou e chegou a esses órgãos. Se você estiver grávida, antibióticos podem ser usados para combater a infecção do trato urinário. O tratamento pode durar entre 1 e 2 semanas. Isso antes de chegar aos rins. Nesses casos mais graves, a mulher é internada para administração de antibióticos diretamente na veia. Seu médico vai pedir um exame de urina a fim de saber o tipo de bactéria.

Rotineiramente, o médico deve pedir dois exames desses, mesmo não suspeitando de infecção nenhuma; um logo na primeira consulta e outro lá pela metade da gravidez. Tudo para que, se houver algo errado, seja identificado o quanto antes. Uma vez que a infecção urinária chega aos rins, pode causar parto prematuro. Além disso, se não tratada, pode causar anemia, hipertensão, pré-eclâmpsia e pielonefrite. Em alguns casos extremos, onde há infecção generalizada do corpo, pode ser fatal.

Por isso, mamãe, nunca deixe de verificar com o médico qualquer condição que julgar estranha. Fique ligada em nosso site para mais dicas e informações sobre saúde gestacional e neonatal!

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Grávidez x Idade

A gravidez é um período único na vida de toda mulher. Porém, esse tempo pode ocorrer na mais variada idade. Cada mulher escolhe a “melhor idade” para engravidar de acordo com seus planos.

Existe idade adequada para engravidar?

Do ponto de vista estritamente médico, dos 20 aos 29 anos é o ideal para mulher tentar engravidar. É quando ela está plenamente desenvolvida, mais fértil e não corre riscos. Nem sempre foi assim. Nos anos 60, o corpo médico considerava como ideal entre 18 e 25 anos.

Nessa época, quando a mulher paria depois dos 25, já era considerada primigesta idosa. Igualmente, com o avanço das tecnologias, aumento da expectativa de vida, métodos anticoncepcionais e a cultura de adiar a gravidez por parte das mulheres que estão com outro foco, esse número “ideal” pode e muito provavelmente será revisto no futuro.

Até os 30 anos, casais saudáveis que tentam engravidar naturalmente têm de 18 a 25% de chances de conceberem por ciclo menstrual. 85% deles conseguem ter filhos dentro de um ano de tentativa. Dos 31 até os 35 anos, essa taxa cai pra no máximo 15% ao ciclo e no máximo 80% dos casais conseguem engravidar em um ano de tentativas. Acima dos 35 anos toda gravidez já é considerada de risco.

Primeiro porque a fertilidade cai drasticamente; 9% de engravidar por ciclo menstrual e apenas 50% conseguem depois de um ano. Segundo porque quanto mais velha, maior a chance da criança nascer com síndrome de down. Terceiro porque o risco de desenvolver diabetes, hipertensão entre outras doenças relacionadas ao período só cresce com a idade.

Gravidez depois dos 30

Mulheres que pretendem engravidar pela primeira vez depois dos 35 anos de idade devem procurar o médico o quanto antes. Tempo é muito importante e não pode ser nada perdido. O médico pedirá uma série de exames pra traçar o melhor caminho e o melhor jeito de concepção, se natural ou artificial. Em seguida, ele vai receitar uma miríade de suplementos vitamínicos para preparar seu corpo para a criança. Fora que ele deve recomendar a consulta com nutricionistas também para cuidar de toda uma dieta especial.

Se há realmente a vontade de ter filhos, não deixe passar muito tempo depois dos 30. Depois dos 40, no máximo 20% dos casais conseguem engravidar após um ano de tentativa. Fique ligado no site Mama para mais informações sobre saúde gestacional e neonatal!