Pré-Eclâmpsia

Infográfico da Pré-eclâmpsia: entenda a condição e previna-se! 1024 184 Andre

Infográfico da Pré-eclâmpsia: entenda a condição e previna-se!

A pré-eclâmpsia acontece quando a mulher desenvolve hipertensão na gravidez, em geral, depois da 20ª semana de gestação, também associada a outras complicações. É muito importante saber que, apesar de ter sintomas característicos, como dor de cabeça, inchaço, ganho de peso, entre outros, é possível que ela ocorra sem dar sinais aparentes. E infelizmente, a pré-eclâmpsia é uma das principais causas de morte entre grávidas no Brasil e ainda é cercada de dúvidas e desinformação.

Preparamos um infográfico com tudo o que você precisa saber sobre ela, confira!

 

*Com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.

Exame avalia, no início da gestação, risco de desenvolver Pré-eclâmpsia 1024 184 Andre
exame pre-eclampsia

Exame avalia, no início da gestação, risco de desenvolver Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma complicação séria da gravidez, que pode ser desenvolvida a partir da 20ª semana e até seis semanas após o parto. Você sabia que existe triagem logo no início da gestação para saber o risco de desenvolvê-la? Essa triagem, juntamente com o histórico de avaliação médica, permite identificar no primeiro trimestre de gestação mulheres com alto risco de desenvolver essa condição muito antes dos sintomas aparecerem. É um passo importante para proteger a saúde da mãe e do bebê, pois possibilita o monitoramento e o tratamento adequado no momento certo para evitar suas complicações.

Ela inclui um exame de sangue, identificado como teste de biomarcadores PIGF 1-2-3, a medida da pressão arterial e, em alguns casos, um ultrassom específico. O exame de sangue é simples, não precisa de preparo, realizado por alguns laboratórios particulares, e deve ser colhido entre a 11ª e 14ª semana de gestação. Esse exame tem caráter preventivo, pode ser utilizado no auxílio do diagnóstico da pré-eclâmpsia e também no prognóstico da doença no curto prazo em gestantes com suspeita. Além disso, ele pode ser usado no segundo e terceiro trimestres para uma reavaliação, monitoramento e diagnósticos eficientes. O médico vai interpretá-lo em conjunto com dados clínicos e laboratoriais.

Também é preciso destacar que esse teste sanguíneo é validado apenas para gestações de um único feto e que, infelizmente, ainda não está no rol dos exames cobertos pelo SUS, nem mesmo por alguns planos de saúde, somente como opção de investimento particular. Mãe Que Ama espera que um dia (e muito breve) esse passe a ser um direito de todas as futuras mamães!

É muito importante conversar com o médico sobre a necessidade e possibilidade de fazer essa avaliação para o diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia. Reforçamos: com essa triagem, é possível avaliar o risco de ter a condição nas próximas semanas de gravidez e, assim, reduzir as antecipações desnecessárias de parto, o número de dias de internação e intensificar o monitoramento para que ela não evolua para uma eclampsia adotando um tratamento adequado.

 

O estudo ASPRE

O ASPRE é o maior estudo multinacional sobre a triagem de Pré-eclâmpsia. Financiado pela União Europeia e administrado pela Fetal Medicine Foundation, ele envolvendo mais de 30.000 gestantes em 6 países e mostrou que o tratamento simples com doses baixas de aspirina, sob recomendação e supervisão direta do médico, é efetivo para a prevenção da pré-eclâmpsia. Para identificar as mulheres do grupo de alto risco, o ASPRE empregou um programa de triagem combinada para primeiro trimestre, que incluiu o exame de sangue a partir do ensaio PIGF 1-2-3.

O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia da triagem no 1º trimestre e o benefício da aspirina em baixas doses na evolução da gravidez para aquelas pacientes com alto risco.

Os resultados do ASPRE mostraram que a taxa de desenvolvimento de pré-eclâmpsia precoce caiu em 82%, e pré-eclâmpsia pré-termo em 62%, entre aquelas que receberam 150 mg de tratamento com aspirina por noite e estavam em alto risco de desenvolver a doença.

Uma análise secundária provou que, ao excluir as pacientes que conhecidamente sofrem de pressão arterial alta crônica, a terapia com aspirina permite quase erradicar a pré-eclâmpsia pré-termo em pacientes que estão seguindo corretamente o tratamento com aspirina, em 90% dos casos.

Esta é uma evidência convincente de que um programa de triagem, associado a um tratamento com baixa dose de aspirina, pode ajudar a reduzir a taxa de pré-eclâmpsia pré-termo e atrasar ou prevenir a pré-eclâmpsia. Embora o tratamento com aspirina não seja uma cura para a pré-eclâmpsia, menos mulheres precisam sofrer desta doença grave se a aspirina em baixas doses for administrada no início da gravidez.

 

O que é Pré-eclâmpsia? Especialista explica, assista ao vídeo 1024 359 Andre

O que é Pré-eclâmpsia? Especialista explica, assista ao vídeo

Maio é o mês de conscientização da Pré-eclâmpsia. Você sabe o que é essa condição?

Exclusiva da gravidez, a Pré-eclâmpsia é caracterizada pela elevação da pressão arterial, associada ao inchaço e perda de proteína na urina, e pode surgir também sem apresentar sintomas e evoluir para quadros graves como a Eclâmpsia e a Síndrome de Hellp.

É muito importante fazer o acompanhamento pré-natal corretamente para um diagnóstico logo no início, evitando complicações e consequências mais graves para mãe e bebê. No vídeo, o Ginecologista e Obstetra Dr. Mário Burlacchini, especialista em Medicina Fetal e Gestação de Alto Risco, explica a Pré-eclâmpsia.

Assista e compartilhe. A informação pode salvar vidas! 😉

 

Dia das Mães 1024 184 Andre

Dia das Mães

A Carmem é mãe. Tem dois filhos e uma história marcada pela Pré-eclâmpsia e Síndrome de Hellp, mas que ganhou cores, com um lindo arco-íris. Conheça e inspire-se! A informação pode salvar vidas.

Mãe Que Ama deseja a todas as mamães muitos e bons momentos com seus filhos, repletos de saúde, ensinamentos e amor!

Agradecimentos especiais:

– À mamãe Carmem, ao papai Pedro e a Manu que nos receberam em sua casa para a gravação deste depoimento.

– À Andreia Gonçalves, moderadora do Grupo do Facebook “Vencendo a Pré Eclâmpsia”, que nos apresentou essa história.

 

Feliz Dia das Mães!

www.maequeama.com.br

Pré-eclâmpsia: Confira entrevista com Dr. Javier Miguelez 1024 184 Andre

Pré-eclâmpsia: Confira entrevista com Dr. Javier Miguelez

Sempre que falamos em Pré-eclâmpsia recebemos muitos comentários com depoimentos, histórias reais e também perguntas sobre a doença. Percebemos que este é um assunto ainda carente de informações e cercado de dúvidas por parte das futuras mamães. Por isso, insistimos em trazê-lo aqui com diversas abordagens.

Dessa vez, conversamos com o Dr. Javier Miguelez, assessor médico sênior de Medicina Fetal do Fleury Medicina Diagnóstica. Perguntamos sobre diagnóstico e sua importância, principais exames que contribuem para a descoberta da doença logo no início, sintomas, consequências para mãe e bebê, prevenção e tratamento. O médico fala sobre a identificação precoce dos casos para prevenir as formas graves, lembra que o pré-natal só acaba com o parto e alerta as futuras mamães: “o melhor tratamento é a prevenção”.

Confira a entrevista, tire suas dúvidas e aproveite para compartilhar com outras mamães. Vamos juntas salvar mais e mais vidas com informação!

MQA: Qual a importância do diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia?

DR. JAVIER MIGUELEZ: A pré-eclâmpsia é um distúrbio que acomete, segunda a OMS, cerca de 5% das mulheres grávidas a partir da 20ª semana de gestação. Embora a maioria dos casos tenha uma evolução benigna, se não diagnosticada a tempo, algumas gestantes podem evoluir para uma de suas formas graves, em particular: a síndrome HELLP e a eclâmpsia. A primeira se caracteriza por lesões no fígado e nos rins e destruição de células no sangue (glóbulos vermelhos e plaquetas). Na segunda, ocorre edema (“inchaço”) do cérebro, convulsões e em alguns casos o coma, deixando em risco a vida da mãe e do bebê. Segundo o DATASUS, no Brasil, aproximadamente uma gestante por dia morre em decorrência da pré-eclâmpsia, que é responsável por cerca de 1 a cada 7 óbitos maternos. A identificação precoce destes casos é importante para prevenir as formas graves.

MQA: Sabemos que a pré-eclâmpsia pode dar sinais ou chegar de forma assintomática. O que é preciso fazer para que esse diagnóstico (no início da doença) ocorra?

DR. JAVIER MIGUELEZ: A grande maioria dos casos é assintomática nas suas formas iniciais. O sintoma mais comum no início do quadro é a presença de “inchaço” no corpo, sobretudo no rosto e nas pernas. Mas esses são achados comuns também em gestantes normais. Mesmo as formas graves, em geral, são assintomáticas. Alguns desses casos podem ser acompanhados de sintomas, mas, infelizmente, também são inespecíficos: pontos brilhantes ou escuros na vista, dor de cabeça, no estômago e embaixo das costelas, do lado direito. Por isso, o fundamental mesmo é comparecer com frequência nas consultas do pré-natal, pois o diagnóstico é em geral suspeitado inicialmente no consultório médico, pelo achado de elevação na pressão arterial. Em um pré-natal adequado as consultas, que via de regra são mensais, passam a ser mais frequentes na fase final da gestação, pois é justamente nessa época que a maioria dos casos é diagnosticada. Nas últimas semanas de gestação o ideal é que as consultas sejam semanais: o pré-natal só se encerra com o parto.

MQA: Quais os principais exames do pré-natal que são essenciais para uma avaliação da pré-eclâmpsia?

DR. JAVIER MIGUELEZ: Quando há suspeita clínica de pré-eclâmpsia, ou seja, quando a medida da pressão arterial é maior ou igual a 140×90 mmHg, o teste mais importante é um simples exame de urina, em que são avaliadas a presença e quantidade de proteínas. Alguns exames adicionais podem ser necessários para descartar uma forma grave: exames que avaliam a função dos rins e do fígado, um hemograma completo (que avalia todas as células no sangue), testes que avaliam se há hemólise (destruição de glóbulos vermelhos) e em geral avalia-se também o ácido úrico, que guarda alguma relação com a gravidade do quadro. Mas, até recentemente, não havia nenhum exame que pudesse avaliar o risco de evolução para uma forma grave. Hoje, na rede privada, dispomos de um novo teste, os biomarcadores de pré-eclâmpsia. Trata-se de um exame que avalia a atividade da doença, que é medida pela relação entre duas proteínas o sFIt-1 e o PIGF. Tratam-se de marcadores bem testados do ponto de vista estatístico e com grande respaldo na literatura médica, que podem ser usados tanto para predizer os casos que têm maior risco de complicar e que talvez exijam internação quanto aqueles que provavelmente vão evoluir muito bem, evitando intervenções médicas desnecessárias.

MQA: Quando, de fato, é dado o diagnóstico de pré-eclâmpsia?

DR. JAVIER MIGUELEZ: O diagnóstico ainda é simples e “low-tech”. Basta a medida da pressão arterial (que deve ser realizada em todas as consultas durante o pré-natal) e a constatação da presença de proteínas na urina, que pode ser pesquisado no próprio consultório médico, com uma fita muito semelhante às usadas para o diagnóstico de gravidez. A presença de proteínas na urina, embora seja importante para “carimbar” o diagnóstico, não é obrigatório. Alguns casos, mesmo as formas graves, podem não ter esse sinal, anteriormente considerado imprescindível.

MQA: E quando esse diagnóstico vem, o que é preciso saber e fazer exatamente para evitar complicações e sérias consequências para mãe e bebê?

DR. JAVIER MIGUELEZ: É importante ressaltar que a grande maioria dos casos tem evolução benigna e pode ser controlada com medidas simples, como o repouso, a redução na quantidade de sal na dieta e em alguns casos o uso de medicações para baixar a pressão. Feito o diagnóstico é fundamental que as consultas médicas e, quando indicados, os exames laboratoriais sejam realizados com maior frequência. Também é importante monitorar o bem-estar do bebê, o que pode ser feito por ultrassonografias, que avaliam o crescimento fetal, o fluxo sanguíneo na placenta (o chamado Doppler) e a cardiotocografia, que avalia a frequência cardíaca fetal. Quando disponíveis, os biomarcadores de pré-eclâmpsia (relação sFlt / PLGF) dão ainda mais segurança para conduzir a gravidez. Se houver sinais de que a pré-eclâmpsia pode estar evoluindo para uma forma grave, em geral está indicada a antecipação do parto.

MQA: É possível evitar, prevenir a pré-eclâmpsia? Explique sobre isso.

DR. JAVIER MIGUELEZ: Felizmente, hoje, já há um teste disponível na rede privada que pode predizer a ocorrência de pré-eclâmpsia, logo no início da gestação: o rastreamento bioquímico do primeiro trimestre. Ele avalia três hormônios no sangue da mãe (PAPP-A – proteína A plasmática própria da gestação-, Beta HCG livre e PLGL – placental growth factor), combinados à pressão arterial, fluxo sanguíneo nas artérias uterinas (avaliado por meio de ultrassonografia) e fatores de risco materno, indicados por meio de um questionário que a gestante responde. Com tudo isso, é possível rastrear riscos de desenvolvimento de uma série de complicações na gravidez, sendo a principal a pré-eclâmpsia. Cerca de 90% dos casos mais graves podem ser detectados com esse teste. O mais interessante é que, segundo estudo recente publicado em uma das revistas médicas mais conceituadas, a administração de AAS (aspirina) na dose de 150mg nas gestantes classificadas com risco aumentado no primeiro trimestre é capaz de prevenir mais da metade dos casos de pré-eclâmpsia que se manifestam antes de 37 semanas e cerca de 80% dos casos mais graves, aqueles que exigem a antecipação do parto antes de 34 semanas. Mas atenção: essa medicação só funciona se iniciada antes de 16 semanas de gestação. Por isso pensamos que é importante realizar o rastreamento bioquímico no primeiro trimestre, sempre que o teste estiver disponível. Acredito que uma versão simplificada desse teste possa estar disponível também na rede pública em algum tempo, dada a importância que essa doença tem para a saúde pública do País.

MQA: Quais são as principais consequências da pré-eclâmpsia para mães e bebês?

DR. JAVIER MIGUELEZ: A maioria dos casos evolui bem. Mas as formas graves, se não identificadas precocemente, podem resultar em quadros maternos sérios, com internações hospitalares prolongadas e, infelizmente, até mesmo o óbito. Além dos riscos maternos, existem riscos também para o bebê, principalmente o de alterar o funcionamento da placenta, comprometendo o crescimento do bebê. Nos casos mais graves, há comprometimento da oxigenação do bebê e até mesmo óbito. Cerca de um a cada 5 óbitos fetais são decorrentes da pré-eclâmpsia. Como as formas graves podem exigir a antecipação do parto em idades gestacionais precoces, em que os bebês são muito prematuros, a pré-eclâmpsia é também responsável por cerca de um a cada 10 óbitos neonatais.

MQA: Existe tratamento? Quais são?

DR. JAVIER MIGUELEZ: O controle da doença pode ser feito com as medidas que descrevi acima: dieta pobre em sal, repouso e anti-hipertensivos. Mas a cura mesmo só ocorre com o parto. Com a retirada da placenta, o quadro materno costuma regredir totalmente. Existem novos tratamentos em estudo cujo alvo é justamente aquela molécula, o sFlt-1. Estudam-se substâncias que reduzem esse marcador ou mesmo anticorpos, desenhados para destruir essa molécula. Os resultados preliminares são promissores, mas ainda estão no terreno experimental. Mas o melhor tratamento mesmo, é claro, é a prevenção.

Pré-eclâmpsia e o risco de problemas cardíacos no futuro 1024 184 Andre

Pré-eclâmpsia e o risco de problemas cardíacos no futuro

A pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial em gestantes com mais de 20 semanas) acomete de 5 a 10% das futuras mamães e pode gerar sérias complicações à saúde delas e dos bebês. Quando bem cuidada, pode ser contornável e desaparece nos primeiros três meses após o parto. No entanto, um estudo concluiu que mulheres que tiveram essa complicação na gravidez estão duas vezes mais propensas a infarto e doenças cardiovasculares e quatro vezes mais suscetíveis à insuficiência cardíaca.
Cientistas da Universidade de Keele, no Reino Unido, checaram mais de 20 estudos que analisaram 6,5 milhões de voluntárias. Esse levantamento foi publicado em 2017 no periódico científico Circulation: Quality and Outcomes e sugere que a aparição da pré-eclâmpsia já indica um coração sobrecarregado. Por isso, especialistas afirmam que é importante adotar um estilo de vida saudável e passar por um check-up regularmente, mesmo que a pressão volte ao normal.
Sobre o resultado desse estudo, Mãe Que Ama conversou com o Dr. Guilherme Lobo, assessor médico em Medicina Fetal do Fleury Medicina e Saúde. Ele reforça a informação e faz um alerta às mães e futuras mamães. Confira a entrevista:

MQA: O estudo citado afirma que a simples aparição do quadro da pré-eclâmpsia indica um coração sobrecarregado. O que dizer sobre isso?

GUILHERME LOBO: Este estudo reforça um conhecimento que não é novo, o de que mulheres que tiveram pré-eclâmpsia são consideradas de alto risco para eventos cardiovasculares, passados muitos anos da gestação. Isto é válido para infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva e acidente vascular cerebral (AVC), entre outros, de forma a aumentar o risco de morte em decorrência destes eventos.
Outros estudos já mostraram haver risco aumentado para outras complicações como, por exemplo, insuficiência renal crônica, entre aquelas que tiveram pré-eclâmpsia na gestação. A razão pela qual existe essa associação, contudo, não é bem compreendida e intriga os pesquisadores.

É possível que os tradicionais fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão, diabetes, obesidade, hiperinsulinemia e dislipidemia, que juntos compõem a síndrome metabólica, já estejam presentes, em maior ou menor grau, no momento da gestação. Está bem estabelecido que estas pacientes têm maior risco de desenvolver distúrbios hipertensivos (pré-eclâmpsia) na gravidez.

Outra possibilidade é que a instalação da pré-eclâmpsia dê o pontapé inicial para uma cascata de eventos inflamatórios que levaria a lesão crônica do revestimento interno dos vasos sanguíneos (endotélio), e por esta razão, as mulheres passariam a ter maior risco no médio e longo prazo de doenças cardiovasculares. Percebe-se assim que a relação da pré-eclâmpsia com as doenças cardíacas pode ser tanto de causa como de consequência.

MQA: Existe uma orientação médica às pacientes que passam por isso no sentido de redobrarem os cuidados com a saúde do coração após o quadro de pré-eclâmpsia?

DR. GUILHERME LOBO: Sim, deveria existir sempre. É um sinal de alerta, sobretudo, nos casos em que a doença hipertensiva se apresenta precocemente (antes de 34 semanas) e na sua forma grave. Estas pacientes, em particular, devem ser orientadas no sentido de manter hábitos saudáveis de alimentação, prática de exercícios físicos e evitar o tabagismo, além, evidentemente, de controlarem hipertensão e diabetes, caso estejam presentes.

MQA: Qual a recomendação médica nesses casos?

DR. GUILHERME LOBO: Especialmente para aquelas que tiveram pré-eclâmpsia grave e/ou precoce, é recomendável que tenham após o parto uma avaliação cardiológica e metabólica, pois é possível que neste momento sejam reconhecidos sinais da síndrome metabólica ou até mesmo de outras doenças, como a trombofilia.
É importante também que estas mulheres sejam bem orientadas e entendam que possam ter um maior risco cardiovascular futuro. Desta maneira, é fundamental que mantenham hábitos saudáveis de vida já comentados e façam acompanhamento médico regular. O risco de uma nova gestação deve ser cuidadosamente avaliado, já que a chance de apresentar novamente a doença não é baixa.

MQA: E qual o alerta para as mulheres que nos acompanham?

DR. GUILHERME LOBO: Uma vez que inúmeros fatores de risco clínicos estão associados à pré-eclâmpsia, podendo-se citar: idade materna avançada; primeira gestação; obesidade; hipertensão; diabetes; gestação gemelar e fertilização in vitro, vale chamar a atenção para a prevenção da doença. Isto poderia ser alcançado (ao menos parcialmente) controlando o peso antes de engravidar e evitando a gravidez na fase final do período reprodutivo, época em que alguns dos fatores enumerados acima aparecem com maior frequência e que mais comumente se recorre a programas de reprodução assistida.

 

*Com informações da notícia publicada no site: https://saude.abril.com.br/medicina/pre-eclampsia-dobra-o-risco-de-doencas-cardiacas-por-ate-10-anos/

Dia dos Pais 1024 184 Andre

Dia dos Pais

Mãe Que Ama deseja a todos os pais muitos e bons momentos com seus filhos, repletos de saúde, ensinamentos e participação ativa!

Agradecimentos especiais:

– Ao papai Pedro, a mamãe Carmem e a Manu que nos receberam em sua casa para a gravação deste depoimento.

– A Andreia Gonçalves, moderadora do Grupo do Facebook “Vencendo a Pré Eclâmpsia”.

Feliz Dia dos Pais!

Quais são os tratamentos para a pré-eclâmpsia? 1024 184 Andre

Quais são os tratamentos para a pré-eclâmpsia?

pré-eclâmpsia é uma doença gestacional na qual a mulher desenvolve hipertensão depois da 20ª semana de gestação. Seu surgimento ainda é um mistério para a ciência, por isso os tratamentos são paliativos.

Tudo vai depender também da intensidade em que a pré-eclâmpsia se manifestar e quando exatamente na gravidez ela vai aparecer.

Uma dieta pobre em sal também ajuda muito, já que ele é um conhecido agente estimulador da alta pressão. Ingerir muita água ajuda na diluição do sal no organismo. No caso de uma gravidez desse tipo, o acompanhamento médico deve ser ainda mais rigoroso. Ele até receitará anti-hipertensivos caso precise. Tudo para que o parto aconteça o mais próximo possível das 40 semanas.

O uso da aspirina

Normalmente, as gestantes são aconselhadas a evitar o uso de aspirina pois ela pode aumentar o risco de sangramento ou interferir no trabalho de parto e no parto. Mas a administração de doses baixas da aspirina pode ser uma aliada contra a pré-eclâmpsia. Embora não se saiba ao certo a causa da doença, existe a suspeita dela ser provocada a partir da aglomeração de plaquetas. Assim, a ação anticoagulante da aspirina poderia evitar esse quadro.

Um estudo desenvolvido ma Universidade King’s College, de Londres, descobriu que pequenas doses de aspirina podem reduzir as chances de gestantes desenvolverem pré-eclâmpsia. A pesquisa identificou uma redução de mais de 80% na taxa da doença em mulheres que tomaram a aspirina. De acordo com os pesquisadores, esse resultado é a prova de que prescrever o medicamento durante a gravidez é a saída para evitar a pré-eclâmpsia.

Casos graves

Se a pré-eclâmpsia for mais grave, a mulher deverá ser internada no hospital imediatamente, a fim de ficar em constante observação. Todos os passos indicados na pré-eclâmpsia leve também serão seguidos. Independente da idade gestacional, se houver maturidade do feto ou ele estiver em sofrimento, ou pior, haver indícios de eclampsia, interrupção da gravidez é indicada. Isso porque o parto pode estabilizar a condição. Se tudo der certo, a pré-eclâmpsia se dissipará algumas semanas depois.

Entretanto, se mesmo assim o estado evoluir para a eclâmpsia, tratamentos para crises hipertensivas deverão ser utilizados, além de corticoides para acelerar o desenvolvimento dos pulmões da criança ainda na barriga da mãe, aumentando as chances de vida extrauterina. Gestações acima de 34 semanas, normalmente, têm o parto induzido, seja cesariana ou normal (a preferência é sempre pela segunda opção).

Infelizmente, a pré-eclâmpsia sendo muito grave na mulher com gestação de até 24 semanas, o aborto é aconselhado, pois a mãe corre risco de morrer. Trata-se, como você pode ver, de uma gravíssima doença que precisa de todos os cuidados profissionais e apoio da família.

A coordenadora da maternidade do Hospital Albert Einstein, Dr.ª Rita Sanchez, foi entrevista por nós e ela falou sobre as complicações dessa condição. Confira AQUI.

E você teve algum contato com a pré-eclâmpsia? Fale-nos sobre sua experiência nos comentários e continue acompanhando Mãe Que Ama para mais informações sobre saúde gestacional e neonatal.

A campanha VidasReais sobre a Pré-Eclâmpsia 1024 184 Andre

A campanha VidasReais sobre a Pré-Eclâmpsia

O que é Pré-Eclâmpsia?

A Pré-Eclâmpsia se manifesta em 5% a 7% das gestantes de todo o mundo e é a principal causa de morte entre mulheres grávidas no país. Entretanto, ainda se fala muito pouco a respeito da doença.
Ela surge a partir da 20ª semana de gestação em mulheres que apresentem pressão alta. Ela pode ou não mostrar sintomas. Fortes dores de cabeça, sensibilidade na audição e na visão, dor abdominal, enjoo, vômito, inchaços, ganho repentino de peso, são alguns dos sintomas.

Causas da Pré-Eclâmpsia

Não se sabe ao certo a causa da Pré-Eclâmpsia. Suspeita-se que a doença comece ainda na placenta. A partir de uma aglomeração de plaquetas no sangue e o desenvolvimento saudável da gestação.
Estão no grupo de risco da Pré-Eclâmpsia: mulheres com histórico familiar da doença, em primeira gravidez, grávidas de um parceiro diferente da última gestação, grávidas após 10 anos da última gestação, grávidas com mais de 35 anos e em gravidez múltipla.
Doenças como obesidade, diabetes, enxaqueca, trombofilias, doenças autoimunes, doença renal e, também, hipertensão, colocam a gestante ou a mulher que quer engravidar no grupo de risco.

A campanha VidasReais

O Portal Mãe Que Ama quer trazer à tona esse assunto. Por isso, criou-se #VidasReais . A campanha  busca conscientizar as pessoas sobre a doença a partir de informações e depoimentos. Com #VidasReais, alertamos a população sobre os riscos e mostramos que é possível superar.
Confira o vídeo que o Portal Mãe Que Ama preparou especialmente para a campanha #VidasReais. Compartilhe em suas redes sociais com quem você conhece. Vamos, juntos, espalhar a conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia.

Não deixe de acompanhar os artigos sobre a doença aqui no site e de interagir com nossas postagens no Facebook e no Instagram do Portal Mãe Que Ama.
#VidasReais: conheça nossa iniciativa de conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia 1024 184 Andre

#VidasReais: conheça nossa iniciativa de conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia

Pré-Eclâmpsia: Conheça a campanha #VidasReais de conscientização sobre a doença

A Pré-Eclâmpsia é conhecida como uma DHEG. Ela pode ou não apresentar sintomas e se manifesta a partir da 20ª semana de gestação em grávidas que apresentem pressão alta. Segundo a OMS, de 5% a 7% de todas as gestantes do mundo desenvolvem a doença, sendo a principal causa de morte entre gestantes no Brasil.

Apesar de urgentes, essas informações não recebem a devida atenção. É preciso, mais que informar, engajar a população. em primeiro lugar as gestantes e futuras mães, a respeito dos riscos da Pré-Eclâmpsia e dos cuidados que envolvem a doença.

A campanha

Durante todo o mês de maio, iremos promover o #VidasReais, uma campanha inédita de conscientização a respeito da Pré-Eclâmpsia. A campanha conta com artigos esclarecedores sobre a doença e entrevistas com especialistas.  Portanto, nao é só informativa, como também é colaborativa. Em nosso Facebook e Instagram, você pode acompanhar relatos de sobreviventes da doença.

#VidasReais busca mostrar que é preciso saber sobre os riscos da Pré-Eclâmpsia, bem como que é possível superá-la. E você é parte fundamental desta campanha. Além de receber informações importantes e acompanhar histórias reais, abrace a causa com seu engajamento. Comente em nossos artigos, interaja com nossas postagens nas redes sociais. Mostre que você apoia a causa através de sua foto de perfil e, se você experienciou a Pré-Eclâmpsia e quer dar voz à sua história, entre em contato conosco via inbox no Facebook.

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