Pré-eclâmpsia

Infográfico da Pré-eclâmpsia: entenda a condição e previna-se! 1024 184 Andre

Infográfico da Pré-eclâmpsia: entenda a condição e previna-se!

A pré-eclâmpsia acontece quando a mulher desenvolve hipertensão na gravidez, em geral, depois da 20ª semana de gestação, também associada a outras complicações. É muito importante saber que, apesar de ter sintomas característicos, como dor de cabeça, inchaço, ganho de peso, entre outros, é possível que ela ocorra sem dar sinais aparentes. E infelizmente, a pré-eclâmpsia é uma das principais causas de morte entre grávidas no Brasil e ainda é cercada de dúvidas e desinformação.

Preparamos um infográfico com tudo o que você precisa saber sobre ela, confira!

 

*Com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.

Pré-eclâmpsia: Confira entrevista com Dr. Javier Miguelez 1024 184 Andre

Pré-eclâmpsia: Confira entrevista com Dr. Javier Miguelez

Sempre que falamos em Pré-eclâmpsia recebemos muitos comentários com depoimentos, histórias reais e também perguntas sobre a doença. Percebemos que este é um assunto ainda carente de informações e cercado de dúvidas por parte das futuras mamães. Por isso, insistimos em trazê-lo aqui com diversas abordagens.

Dessa vez, conversamos com o Dr. Javier Miguelez, assessor médico sênior de Medicina Fetal do Fleury Medicina Diagnóstica. Perguntamos sobre diagnóstico e sua importância, principais exames que contribuem para a descoberta da doença logo no início, sintomas, consequências para mãe e bebê, prevenção e tratamento. O médico fala sobre a identificação precoce dos casos para prevenir as formas graves, lembra que o pré-natal só acaba com o parto e alerta as futuras mamães: “o melhor tratamento é a prevenção”.

Confira a entrevista, tire suas dúvidas e aproveite para compartilhar com outras mamães. Vamos juntas salvar mais e mais vidas com informação!

MQA: Qual a importância do diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia?

DR. JAVIER MIGUELEZ: A pré-eclâmpsia é um distúrbio que acomete, segunda a OMS, cerca de 5% das mulheres grávidas a partir da 20ª semana de gestação. Embora a maioria dos casos tenha uma evolução benigna, se não diagnosticada a tempo, algumas gestantes podem evoluir para uma de suas formas graves, em particular: a síndrome HELLP e a eclâmpsia. A primeira se caracteriza por lesões no fígado e nos rins e destruição de células no sangue (glóbulos vermelhos e plaquetas). Na segunda, ocorre edema (“inchaço”) do cérebro, convulsões e em alguns casos o coma, deixando em risco a vida da mãe e do bebê. Segundo o DATASUS, no Brasil, aproximadamente uma gestante por dia morre em decorrência da pré-eclâmpsia, que é responsável por cerca de 1 a cada 7 óbitos maternos. A identificação precoce destes casos é importante para prevenir as formas graves.

MQA: Sabemos que a pré-eclâmpsia pode dar sinais ou chegar de forma assintomática. O que é preciso fazer para que esse diagnóstico (no início da doença) ocorra?

DR. JAVIER MIGUELEZ: A grande maioria dos casos é assintomática nas suas formas iniciais. O sintoma mais comum no início do quadro é a presença de “inchaço” no corpo, sobretudo no rosto e nas pernas. Mas esses são achados comuns também em gestantes normais. Mesmo as formas graves, em geral, são assintomáticas. Alguns desses casos podem ser acompanhados de sintomas, mas, infelizmente, também são inespecíficos: pontos brilhantes ou escuros na vista, dor de cabeça, no estômago e embaixo das costelas, do lado direito. Por isso, o fundamental mesmo é comparecer com frequência nas consultas do pré-natal, pois o diagnóstico é em geral suspeitado inicialmente no consultório médico, pelo achado de elevação na pressão arterial. Em um pré-natal adequado as consultas, que via de regra são mensais, passam a ser mais frequentes na fase final da gestação, pois é justamente nessa época que a maioria dos casos é diagnosticada. Nas últimas semanas de gestação o ideal é que as consultas sejam semanais: o pré-natal só se encerra com o parto.

MQA: Quais os principais exames do pré-natal que são essenciais para uma avaliação da pré-eclâmpsia?

DR. JAVIER MIGUELEZ: Quando há suspeita clínica de pré-eclâmpsia, ou seja, quando a medida da pressão arterial é maior ou igual a 140×90 mmHg, o teste mais importante é um simples exame de urina, em que são avaliadas a presença e quantidade de proteínas. Alguns exames adicionais podem ser necessários para descartar uma forma grave: exames que avaliam a função dos rins e do fígado, um hemograma completo (que avalia todas as células no sangue), testes que avaliam se há hemólise (destruição de glóbulos vermelhos) e em geral avalia-se também o ácido úrico, que guarda alguma relação com a gravidade do quadro. Mas, até recentemente, não havia nenhum exame que pudesse avaliar o risco de evolução para uma forma grave. Hoje, na rede privada, dispomos de um novo teste, os biomarcadores de pré-eclâmpsia. Trata-se de um exame que avalia a atividade da doença, que é medida pela relação entre duas proteínas o sFIt-1 e o PIGF. Tratam-se de marcadores bem testados do ponto de vista estatístico e com grande respaldo na literatura médica, que podem ser usados tanto para predizer os casos que têm maior risco de complicar e que talvez exijam internação quanto aqueles que provavelmente vão evoluir muito bem, evitando intervenções médicas desnecessárias.

MQA: Quando, de fato, é dado o diagnóstico de pré-eclâmpsia?

DR. JAVIER MIGUELEZ: O diagnóstico ainda é simples e “low-tech”. Basta a medida da pressão arterial (que deve ser realizada em todas as consultas durante o pré-natal) e a constatação da presença de proteínas na urina, que pode ser pesquisado no próprio consultório médico, com uma fita muito semelhante às usadas para o diagnóstico de gravidez. A presença de proteínas na urina, embora seja importante para “carimbar” o diagnóstico, não é obrigatório. Alguns casos, mesmo as formas graves, podem não ter esse sinal, anteriormente considerado imprescindível.

MQA: E quando esse diagnóstico vem, o que é preciso saber e fazer exatamente para evitar complicações e sérias consequências para mãe e bebê?

DR. JAVIER MIGUELEZ: É importante ressaltar que a grande maioria dos casos tem evolução benigna e pode ser controlada com medidas simples, como o repouso, a redução na quantidade de sal na dieta e em alguns casos o uso de medicações para baixar a pressão. Feito o diagnóstico é fundamental que as consultas médicas e, quando indicados, os exames laboratoriais sejam realizados com maior frequência. Também é importante monitorar o bem-estar do bebê, o que pode ser feito por ultrassonografias, que avaliam o crescimento fetal, o fluxo sanguíneo na placenta (o chamado Doppler) e a cardiotocografia, que avalia a frequência cardíaca fetal. Quando disponíveis, os biomarcadores de pré-eclâmpsia (relação sFlt / PLGF) dão ainda mais segurança para conduzir a gravidez. Se houver sinais de que a pré-eclâmpsia pode estar evoluindo para uma forma grave, em geral está indicada a antecipação do parto.

MQA: É possível evitar, prevenir a pré-eclâmpsia? Explique sobre isso.

DR. JAVIER MIGUELEZ: Felizmente, hoje, já há um teste disponível na rede privada que pode predizer a ocorrência de pré-eclâmpsia, logo no início da gestação: o rastreamento bioquímico do primeiro trimestre. Ele avalia três hormônios no sangue da mãe (PAPP-A – proteína A plasmática própria da gestação-, Beta HCG livre e PLGL – placental growth factor), combinados à pressão arterial, fluxo sanguíneo nas artérias uterinas (avaliado por meio de ultrassonografia) e fatores de risco materno, indicados por meio de um questionário que a gestante responde. Com tudo isso, é possível rastrear riscos de desenvolvimento de uma série de complicações na gravidez, sendo a principal a pré-eclâmpsia. Cerca de 90% dos casos mais graves podem ser detectados com esse teste. O mais interessante é que, segundo estudo recente publicado em uma das revistas médicas mais conceituadas, a administração de AAS (aspirina) na dose de 150mg nas gestantes classificadas com risco aumentado no primeiro trimestre é capaz de prevenir mais da metade dos casos de pré-eclâmpsia que se manifestam antes de 37 semanas e cerca de 80% dos casos mais graves, aqueles que exigem a antecipação do parto antes de 34 semanas. Mas atenção: essa medicação só funciona se iniciada antes de 16 semanas de gestação. Por isso pensamos que é importante realizar o rastreamento bioquímico no primeiro trimestre, sempre que o teste estiver disponível. Acredito que uma versão simplificada desse teste possa estar disponível também na rede pública em algum tempo, dada a importância que essa doença tem para a saúde pública do País.

MQA: Quais são as principais consequências da pré-eclâmpsia para mães e bebês?

DR. JAVIER MIGUELEZ: A maioria dos casos evolui bem. Mas as formas graves, se não identificadas precocemente, podem resultar em quadros maternos sérios, com internações hospitalares prolongadas e, infelizmente, até mesmo o óbito. Além dos riscos maternos, existem riscos também para o bebê, principalmente o de alterar o funcionamento da placenta, comprometendo o crescimento do bebê. Nos casos mais graves, há comprometimento da oxigenação do bebê e até mesmo óbito. Cerca de um a cada 5 óbitos fetais são decorrentes da pré-eclâmpsia. Como as formas graves podem exigir a antecipação do parto em idades gestacionais precoces, em que os bebês são muito prematuros, a pré-eclâmpsia é também responsável por cerca de um a cada 10 óbitos neonatais.

MQA: Existe tratamento? Quais são?

DR. JAVIER MIGUELEZ: O controle da doença pode ser feito com as medidas que descrevi acima: dieta pobre em sal, repouso e anti-hipertensivos. Mas a cura mesmo só ocorre com o parto. Com a retirada da placenta, o quadro materno costuma regredir totalmente. Existem novos tratamentos em estudo cujo alvo é justamente aquela molécula, o sFlt-1. Estudam-se substâncias que reduzem esse marcador ou mesmo anticorpos, desenhados para destruir essa molécula. Os resultados preliminares são promissores, mas ainda estão no terreno experimental. Mas o melhor tratamento mesmo, é claro, é a prevenção.

A síndrome de Hellp pode ser fatal pra mãe e pro bebê 1024 184 Andre

A síndrome de Hellp pode ser fatal pra mãe e pro bebê

A Síndrome de Hellp é uma descoberta relativamente recente da medicina – apenas na segunda metade do século XX ela foi classificada como síndrome laboratorial – e seu nome vem de um acrônimo em inglês que identifica suas principais características:

  1. H de Hemolytic anemia. Hemólise é a fragmentação das células do sangue;
  2. EL de Elevated Liver enzymes. Elevação das enzimas hepáticas em tradução;
  3. LP de Low Platelet count. Baixa contagem de plaquetas. É importante lembrar que as plaquetas são células que auxiliam na coagulação sanguínea e por isso um dos sintomas dessa síndrome é a hemorragia.

Condição exclusiva da gravidez e podendo ocorrer no pós-parto também, a Hellp é uma complicação da pré-eclâmpsia (hipertensão na gestação, da qual já falamos aqui, doença que mais mata grávidas no Brasil. É estimado que 8% dessas gestantes que tiveram pré-eclâmpsia vão sofrer com a síndrome também. Em números absolutos, a síndrome de Hellp atinge de 0.2% a 0.6% das gestações. Portanto, ela é bem rara. Este fator contribui para a falta de conhecimento sobre a doença. Outra contribuição é o fato de ela ser de difícil diagnóstico.

Necessariamente, as características citadas acima devem ocorrer para ser chamada de Hellp. Sintomas como: dor na parte alta ou central do abdome, cefaleia, náuseas, vômitos e mal-estar generalizado são os mais comuns. O agravamento pode vir na forma de edema agudo dos pulmões, insuficiência renal, falência cardíaca, hemorragias e ruptura do fígado, podendo ocasionar a morte materna e fetal. Isso pode ser evitado se, através de exames clínicos e laboratoriais, a Síndrome de Hellp for diagnosticada com antecedência e a mulher for internada para um acompanhamento obstétrico mais próximo. O tratamento vai variar de acordo com a idade gestacional em que há complicações:

  • Menos de 34 semanas – injeções de corticosteroides são aplicadas: a 1ª, no músculo deltóide (braço). A 2ª, no glúteo. Elas servem para desenvolver os pulmões do bebê e adiantar o parto.
  • Após 34 semanas – é induzido o parto precoce para evitar o sofrimento do feto e a morte da mãe.
  • Menos de 24 semanas – nenhum tratamento é eficaz e é preciso que haja interrupção da gravidez.

Isso ocorre porque a síndrome entende que o bebê é um corpo estranho ao organismo da mãe e tenta ‘expulsá-lo’. Este conflito gera as complicações e por isso o único jeito de acabar com a Hellp é interromper com a gestação, seja por parto induzido/cesárea (quando possível), ou por aborto. Essas informações todas mostram o quão importante é fazer o acompanhamento Pré-natal adequadamente. A qualquer discrepância, a resposta pode ser rápida e, portanto, mais eficaz.

Grupos de Risco da síndrome de Hellp

As mulheres que possuem uma predisposição à Síndrome de Hellp são as mesmas da pré-eclâmpsia:

  • Histórico familiar de pré-eclâmpsia
  • Primeira gravidez
  • Nova paternidade, ou seja: cada gravidez com um novo parceiro pode aumentar o risco de pré-eclâmpsia.
  • Idade, sendo que o risco é maior após os 35 anos.
  • Gravidez múltipla
  • Intervalo de 10 anos ou mais entre as gestações.

Se a mamãe possui um histórico com outras doenças, também pode entrar para o grupo de risco. Exemplos de doenças são:

  • Obesidade
  • Hipertensão
  • Enxaqueca
  • Diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2
  • Doença renal
  • Tendência a desenvolver coágulos de sangue (trombofilias)
  • Doença autoimune, como a artrite reumatoide, esclerodermia e lúpus.

Por se tratar de uma síndrome rara, os métodos preventivos para a Hellp são incertos. Em geral, para uma gestação saudável é importante  o peso controlado, fazer uma dieta adequada, ter um estilo de vida saudável, fazer acompanhamento pré natal e ficar muito ligada à todos os sintomas e sinais desde o início da gestação

Entrevistamos mães que tiveram pré-eclâmpsia. Uma delas, Michelle Susan, quase faleceu devido à Hellp que a acometeu em sua gestação. Mas, felizmente, tanto ela como o seu bebê saíram sem sequelas. Inclusive, ela chegou a tomar a injeção para acelerar o desenvolvimento dos pulmões da criança e o parto poder ser realizado antes das 40 semanas. Assista ao vídeo e conheça um pouco mais sobre essa história emocionante que, apesar das atribulações, teve um desfecho bem feliz!

Quais são os tratamentos para a pré-eclâmpsia? 1024 184 Andre

Quais são os tratamentos para a pré-eclâmpsia?

pré-eclâmpsia é uma doença gestacional na qual a mulher desenvolve hipertensão depois da 20ª semana de gestação. Seu surgimento ainda é um mistério para a ciência, por isso os tratamentos são paliativos.

Tudo vai depender também da intensidade em que a pré-eclâmpsia se manifestar e quando exatamente na gravidez ela vai aparecer.

Uma dieta pobre em sal também ajuda muito, já que ele é um conhecido agente estimulador da alta pressão. Ingerir muita água ajuda na diluição do sal no organismo. No caso de uma gravidez desse tipo, o acompanhamento médico deve ser ainda mais rigoroso. Ele até receitará anti-hipertensivos caso precise. Tudo para que o parto aconteça o mais próximo possível das 40 semanas.

O uso da aspirina

Normalmente, as gestantes são aconselhadas a evitar o uso de aspirina pois ela pode aumentar o risco de sangramento ou interferir no trabalho de parto e no parto. Mas a administração de doses baixas da aspirina pode ser uma aliada contra a pré-eclâmpsia. Embora não se saiba ao certo a causa da doença, existe a suspeita dela ser provocada a partir da aglomeração de plaquetas. Assim, a ação anticoagulante da aspirina poderia evitar esse quadro.

Um estudo desenvolvido ma Universidade King’s College, de Londres, descobriu que pequenas doses de aspirina podem reduzir as chances de gestantes desenvolverem pré-eclâmpsia. A pesquisa identificou uma redução de mais de 80% na taxa da doença em mulheres que tomaram a aspirina. De acordo com os pesquisadores, esse resultado é a prova de que prescrever o medicamento durante a gravidez é a saída para evitar a pré-eclâmpsia.

Casos graves

Se a pré-eclâmpsia for mais grave, a mulher deverá ser internada no hospital imediatamente, a fim de ficar em constante observação. Todos os passos indicados na pré-eclâmpsia leve também serão seguidos. Independente da idade gestacional, se houver maturidade do feto ou ele estiver em sofrimento, ou pior, haver indícios de eclampsia, interrupção da gravidez é indicada. Isso porque o parto pode estabilizar a condição. Se tudo der certo, a pré-eclâmpsia se dissipará algumas semanas depois.

Entretanto, se mesmo assim o estado evoluir para a eclâmpsia, tratamentos para crises hipertensivas deverão ser utilizados, além de corticoides para acelerar o desenvolvimento dos pulmões da criança ainda na barriga da mãe, aumentando as chances de vida extrauterina. Gestações acima de 34 semanas, normalmente, têm o parto induzido, seja cesariana ou normal (a preferência é sempre pela segunda opção).

Infelizmente, a pré-eclâmpsia sendo muito grave na mulher com gestação de até 24 semanas, o aborto é aconselhado, pois a mãe corre risco de morrer. Trata-se, como você pode ver, de uma gravíssima doença que precisa de todos os cuidados profissionais e apoio da família.

A coordenadora da maternidade do Hospital Albert Einstein, Dr.ª Rita Sanchez, foi entrevista por nós e ela falou sobre as complicações dessa condição. Confira AQUI.

E você teve algum contato com a pré-eclâmpsia? Fale-nos sobre sua experiência nos comentários e continue acompanhando Mãe Que Ama para mais informações sobre saúde gestacional e neonatal.

A campanha VidasReais sobre a Pré-Eclâmpsia 1024 184 Andre

A campanha VidasReais sobre a Pré-Eclâmpsia

O que é Pré-Eclâmpsia?

A Pré-Eclâmpsia se manifesta em 5% a 7% das gestantes de todo o mundo e é a principal causa de morte entre mulheres grávidas no país. Entretanto, ainda se fala muito pouco a respeito da doença.
Ela surge a partir da 20ª semana de gestação em mulheres que apresentem pressão alta. Ela pode ou não mostrar sintomas. Fortes dores de cabeça, sensibilidade na audição e na visão, dor abdominal, enjoo, vômito, inchaços, ganho repentino de peso, são alguns dos sintomas.

Causas da Pré-Eclâmpsia

Não se sabe ao certo a causa da Pré-Eclâmpsia. Suspeita-se que a doença comece ainda na placenta. A partir de uma aglomeração de plaquetas no sangue e o desenvolvimento saudável da gestação.
Estão no grupo de risco da Pré-Eclâmpsia: mulheres com histórico familiar da doença, em primeira gravidez, grávidas de um parceiro diferente da última gestação, grávidas após 10 anos da última gestação, grávidas com mais de 35 anos e em gravidez múltipla.
Doenças como obesidade, diabetes, enxaqueca, trombofilias, doenças autoimunes, doença renal e, também, hipertensão, colocam a gestante ou a mulher que quer engravidar no grupo de risco.

A campanha VidasReais

O Portal Mãe Que Ama quer trazer à tona esse assunto. Por isso, criou-se #VidasReais . A campanha  busca conscientizar as pessoas sobre a doença a partir de informações e depoimentos. Com #VidasReais, alertamos a população sobre os riscos e mostramos que é possível superar.
Confira o vídeo que o Portal Mãe Que Ama preparou especialmente para a campanha #VidasReais. Compartilhe em suas redes sociais com quem você conhece. Vamos, juntos, espalhar a conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia.

Não deixe de acompanhar os artigos sobre a doença aqui no site e de interagir com nossas postagens no Facebook e no Instagram do Portal Mãe Que Ama.
#VidasReais: conheça nossa iniciativa de conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia 1024 184 Andre

#VidasReais: conheça nossa iniciativa de conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia

Pré-Eclâmpsia: Conheça a campanha #VidasReais de conscientização sobre a doença

A Pré-Eclâmpsia é conhecida como uma DHEG. Ela pode ou não apresentar sintomas e se manifesta a partir da 20ª semana de gestação em grávidas que apresentem pressão alta. Segundo a OMS, de 5% a 7% de todas as gestantes do mundo desenvolvem a doença, sendo a principal causa de morte entre gestantes no Brasil.

Apesar de urgentes, essas informações não recebem a devida atenção. É preciso, mais que informar, engajar a população. em primeiro lugar as gestantes e futuras mães, a respeito dos riscos da Pré-Eclâmpsia e dos cuidados que envolvem a doença.

A campanha

Durante todo o mês de maio, iremos promover o #VidasReais, uma campanha inédita de conscientização a respeito da Pré-Eclâmpsia. A campanha conta com artigos esclarecedores sobre a doença e entrevistas com especialistas.  Portanto, nao é só informativa, como também é colaborativa. Em nosso Facebook e Instagram, você pode acompanhar relatos de sobreviventes da doença.

#VidasReais busca mostrar que é preciso saber sobre os riscos da Pré-Eclâmpsia, bem como que é possível superá-la. E você é parte fundamental desta campanha. Além de receber informações importantes e acompanhar histórias reais, abrace a causa com seu engajamento. Comente em nossos artigos, interaja com nossas postagens nas redes sociais. Mostre que você apoia a causa através de sua foto de perfil e, se você experienciou a Pré-Eclâmpsia e quer dar voz à sua história, entre em contato conosco via inbox no Facebook.

Juntos podemos fazer grandes mudanças.

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Pressão alta na gravidez? Fique de olho na Pré-Eclâmpsia 1024 184 Andre

Pressão alta na gravidez? Fique de olho na Pré-Eclâmpsia

Pressão alta na gravidez pode evoluir para a temida pré-eclâmpsia

Fiquem atentas ao seu pré-natal, principalmente as gestantes de primeira viagem pois alguns sintomas e complicações podem acabar passando despercebidos. Um exemplo é a pressão alta na gravidez, ela surge quando a pressão arterial está acima de 140/90 mmHg, podendo surpreender até mulheres que nunca tiveram esse problema.

Riscos da pressão alta

Um dos principais riscos relacionados ao surgimento da pressão alta na gravidez é que esse estado pode evoluir para a pré-eclâmpsia. A doença se manifesta em decorrência da alta pressão arterial a partir da 20ª semana de gravidez. Porém, com o acompanhamento médico adequado, a pré-eclâmpsia desaparece depois de 12 semanas após o parto. Entretanto, sem tratamento ela favorece a eclampsia, um tipo de convulsão gestacional que pode matar mãe e bebê! Leia mais sobre o assunto em nosso artigo sobre a Pré-eclâmpsia.

Dados dos últimos anos apontam um índice em que 5% gestantes brasileiras desenvolveram doenças decorrentes da hipertensão arterial. Em material divulgado pelo Jornal Europeu de Obstetrícia e Ginecologia (2016) dessas mulheres 0,6% sofreram a eclampsia.

No ano de 2012 aproximadamente 40% das mortes relatadas foram em fator de doenças na gestação relacionadas a pressão alta. Por isso toda atenção é necessária nesse período e é nosso objetivo mantê-las informadas! Leia mais a seguir sobre a pressão alta. 😉

Quais as causas da pressão alta?

A incidência de aumento da pressão arterial é elevada devido as diversas modificações no corpo da mulher ao estar em gestação. Por exemplo,  o aumento no volume de sangue em seu corpo pode atingir até 1 litro adicional! Todo esse sangue necessita ser bombeado pelo coração. Ou seja, esse crescimento no trabalho do sistema sanguíneo contribui para o surgimento de complicações relacionadas a pressão arterial.

Destacamos como as principais causas para o aparecimento da pressão-alta na gravidez:

  • Tendências hereditárias
  • Antecedentes de pressão-alta
  • Aumento de peso
  • Stress excessivo

Sintomas da pressão-alta na gestação

  • Pressão arterial acima de 140/90 mmHg
  • Dores de cabeça frequentes
  • Visão embaçada e sensibilidade a luz
  • Dores abdominais
  • Inchaço em locais específicos (pés, pernas)
  • Espuma na urina

Como evitar? 

Para manter sua pressão normalizada e evitar maiores transtornos na gestação, aconselhamos estar frequentemente comparecendo em consultas de pré-natal. Dessa forma, seguindo as recomendações médicas, outros hábitos que podem auxiliar é sempre ficar atenta à sua dieta, evitando sal e bebendo bastante líquido. Também é importante realizar uma verificação periódica do peso para saber se o aumento de sua massa não é superior ao esperado durante a gestação.


Veja mais sobre a saúde gestacional em: Eclâmpsia x Pré-Eclâmpsia: entenda

Para outras informações sobre saúde gestacional e neonatal é só continuar acompanhando o nosso portal Mãe que Ama.

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Eclâmpsia x Pré-eclâmpsia: entenda 1024 184 Andre

Eclâmpsia x Pré-eclâmpsia: entenda

A eclâmpsia é uma manifestação grave da pré-eclâmpsia, doença em que a gestante desenvolve hipertensão arterial. A caracterização dela se dá pela presença de uma ou mais crises convulsivas em uma gestante com pré-eclampsia já estabelecida.

Cerca de 30% das convulsões ocorrem no momento do parto ou em até 48 horas depois do nascimento da criança. A maioria das gestantes com pré-eclâmpsia grave não irá apresentar eclâmpsia e, apesar de pouco comum, mulheres com pré-eclâmpsia leve podem complicar com convulsões. Portanto, não há uma evolução linear entre as duas doenças.

Até hoje a causa de ambas as doenças não foi estabelecida com precisão pela medicina tradicional.

Comparando os sintomas:

  • Pré-eclâmpsia: hipertensão arterial, edemas, principalmente nos membros inferiores, ganho de peso e perda de proteína pela urina. Entretanto, ela também pode ser assintomática, o que às vezes dificulta o diagnóstico.
  • Eclâmpsia: sangramento vaginal, vômito, perda de consciência e as já citadas convulsões, que podem ser precedidas também por dores de cabeça, de estômago e alterações visuais.

Diagnóstico e tratamento

Com as informações baseadas nos elevados níveis da pressão arterial, no histórico clínico e sintomas da paciente e nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina, pode-se chegar a um diagnóstico. Para se evitar qualquer agravamento, o pré-natal tem que ser criterioso, com consultas regulares a especialistas e ingestão das vitaminas, principalmente o ácido fólico. Caso seja constatado a Pré-eclâmpsia, a grávida deve ter bastante repouso, medir regularmente a pressão e ingerir pouco sal. Anti-hipertensivos e anticonvulsivantes serão indicados em casos mais graves.

A própria presença de eclâmpsia pode indicar que o parto precisa ser feito, às vezes, prematuramente. Nesses casos, os médicos costumam prescrever sulfato de magnésio antes com intenção de proteger os neurônios da mamãe e do bebê em caso de pico de pressão. As mulheres com menos de 32 semanas podem ter a cesárea como recomendação para o parto.  Uma vez confirmado o diagnóstico de eclâmpsia, o parto precisa ser feito o quanto antes. O risco de prolongar a gravidez nesse caso é muito alto, piorando as chances de  ocorrer tudo bem a cada dia.

Nós do Mãe Que Ama desejamos que todas tenham o melhor parto possível, sem complicações e que a criança tenha muita saúde. Imprescindível todo o acompanhamento médico. Continue com a gente. Leia também nossa matéria sobre 8 Mitos sobre Pré-Eclâmpsia!

Pré-Eclâmpsia – entenda sobre a doença 1024 184 Andre
pré-eclâmpsia

Pré-Eclâmpsia – entenda sobre a doença

Pré-eclâmpsia é a doença que mais leva gestantes a óbito no Brasil

A Pré-Eclâmpsia é a doença que mais leva gestantes a óbito no Brasil. O grande problema por traz disso é a falta de conhecimento da população sobre a doença. Ou seja,  acaba dificultando seu diagnóstico.

Para que possamos entender melhor sobre a complicação, a equipe da #Mama entrevistou a Dr.ª Rita Sanchez, coordenadora da maternidade do Hospital Albert Einstein. Assista o vídeo e entenda o que é, quais são os sintomas, como é dado o diagnóstico, entre outras dúvidas.

Veja mais em: 8 mitos sobre a Pré-Eclâmpsia

Entenda mais sobre Pré-Eclâmpsia 1024 184 Andre

Entenda mais sobre Pré-Eclâmpsia

A Pré-Eclâmpsia é uma das chamadas DHEG – Doenças Hipertensivas Específicas da Gravidez e acontece quando uma gestante de 20 semanas ou mais está com a pressão arterial muito elevada (140/90 mmHg ou mais) e uma quantidade significativa de proteína na urina.

Com tratamento adequado, a condição desaparece em até 12 semanas após o parto. Sem tratamento, porém, ela favorece a eclâmpsia, um tipo de convulsão gestacional que pode matar mãe e bebê. Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão é responsável por 13,8% das mortes maternas no Brasil.

As causas da doença ainda não são definidas com exatidão. Especialistas sugerem que tudo começa na placenta – órgão que nutre o feto durante a gestação. No começo desse período, uma das diversas mudanças internas é o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos feitos especialmente para levar sangue até a placenta. Acontece que em mulheres com pré-eclâmpsia esses vasos se subdesenvolvem, sendo mais estreitos, carregando sangue insuficiente.

Esse subdesenvolvimento pode estar relacionado com:

  • Fluxo sanguíneo insuficiente para o útero;
  • Danos aos vasos sanguíneos;
  • Um problema com o sistema imunológico;
  • Certos genes;
  • Outros distúrbios de pressão arterial elevada durante a gravidez.

Estudos identificaram alguns grupos de pessoas mais suscetíveis a desenvolver a doença:

Enquadram-se no chamado grupo de risco:

  • Histórico familiar de pré-eclâmpsia;
  • Primeira gravidez;
  • Nova paternidade, ou seja: cada gravidez com um novo parceiro aumenta o risco de pré-eclâmpsia;
  • Idade – o risco é maior após os 35 anos;
  • Gravidez múltipla;
  • Intervalo de 10 anos ou mais entre as gestações.

Se a mamãe possui um histórico com outras doenças, também pode entrar no grupo de risco.

Exemplos de outras doenças são:

  • Obesidade;
  • Hipertensão;
  • Enxaqueca;
  • Diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2;
  • Doença renal;
  • Tendência a desenvolver coágulos de sangue (trombofilias);
  • Doença autoimune, como a artrite reumatoide, esclerodermia e lúpus.

Sintomas

Os sintomas iniciais da pré-eclâmpsia são: ganho repentino de peso (2 a 5 quilos em uma semana) e inchaço da face ou extremidades como mãos e pés. Como esses são sinais comuns que podem acontecer durante a gravidez, se a mulher não fizer todos os exames e não tiver um acompanhamento pré-natal minucioso, a doença pode iniciar-se despercebida e evoluir apresentando outros sintomas, como:

  • Dor de cabeça;
  • Alterações da visão (visão turva, visão dupla, vendo pontos de luz);
  • Dor abdominal, especialmente no canto superior direito, ou meio abdômen;
  • Urinar com menos frequência;
  • Falta de ar;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Confusão;
  • Convulsão.

Atenção, mamães hipertensas!

Além de ir regularmente ao médico, mamães hipertensas têm de ingerir pouco sódio, manter o peso controlado, dormir bem e fazer caminhadas. Se tudo isso se mostrar ineficiente para diminuir a pressão, o uso de medicamentos para baixar a pressão arterial especialmente para a gravidez pode ser adotado, além de outros remédios para casos mais graves como anticonvulsivantes ou corticosteroides associados a complicações hepáticas ou de plaquetas.

Nós queremos frisar que a pré-eclâmpsia chega a ser fatal sem o tratamento. Entretanto, com o acompanhamento especializado, tudo pode ocorrer bem, sem muitas complicações.

Leia outros artigos de Mãe Que Ama sobre a Pré-Eclâmpsia: 8 Mitos da Pré-Eclâmpsia | Eclâmpsia x Pré-Eclâmpsia: entenda | Pressão alta na gravidez? Fique de olho na Pré-Eclâmpsia

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