Gestação

Pré-eclâmpsia: Confira entrevista com Dr. Javier Miguelez 1024 184 Andre

Pré-eclâmpsia: Confira entrevista com Dr. Javier Miguelez

Sempre que falamos em Pré-eclâmpsia recebemos muitos comentários com depoimentos, histórias reais e também perguntas sobre a doença. Percebemos que este é um assunto ainda carente de informações e cercado de dúvidas por parte das futuras mamães. Por isso, insistimos em trazê-lo aqui com diversas abordagens.

Dessa vez, conversamos com o Dr. Javier Miguelez, assessor médico sênior de Medicina Fetal do Fleury Medicina Diagnóstica. Perguntamos sobre diagnóstico e sua importância, principais exames que contribuem para a descoberta da doença logo no início, sintomas, consequências para mãe e bebê, prevenção e tratamento. O médico fala sobre a identificação precoce dos casos para prevenir as formas graves, lembra que o pré-natal só acaba com o parto e alerta as futuras mamães: “o melhor tratamento é a prevenção”.

Confira a entrevista, tire suas dúvidas e aproveite para compartilhar com outras mamães. Vamos juntas salvar mais e mais vidas com informação!

MQA: Qual a importância do diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia?

DR. JAVIER MIGUELEZ: A pré-eclâmpsia é um distúrbio que acomete, segunda a OMS, cerca de 5% das mulheres grávidas a partir da 20ª semana de gestação. Embora a maioria dos casos tenha uma evolução benigna, se não diagnosticada a tempo, algumas gestantes podem evoluir para uma de suas formas graves, em particular: a síndrome HELLP e a eclâmpsia. A primeira se caracteriza por lesões no fígado e nos rins e destruição de células no sangue (glóbulos vermelhos e plaquetas). Na segunda, ocorre edema (“inchaço”) do cérebro, convulsões e em alguns casos o coma, deixando em risco a vida da mãe e do bebê. Segundo o DATASUS, no Brasil, aproximadamente uma gestante por dia morre em decorrência da pré-eclâmpsia, que é responsável por cerca de 1 a cada 7 óbitos maternos. A identificação precoce destes casos é importante para prevenir as formas graves.

MQA: Sabemos que a pré-eclâmpsia pode dar sinais ou chegar de forma assintomática. O que é preciso fazer para que esse diagnóstico (no início da doença) ocorra?

DR. JAVIER MIGUELEZ: A grande maioria dos casos é assintomática nas suas formas iniciais. O sintoma mais comum no início do quadro é a presença de “inchaço” no corpo, sobretudo no rosto e nas pernas. Mas esses são achados comuns também em gestantes normais. Mesmo as formas graves, em geral, são assintomáticas. Alguns desses casos podem ser acompanhados de sintomas, mas, infelizmente, também são inespecíficos: pontos brilhantes ou escuros na vista, dor de cabeça, no estômago e embaixo das costelas, do lado direito. Por isso, o fundamental mesmo é comparecer com frequência nas consultas do pré-natal, pois o diagnóstico é em geral suspeitado inicialmente no consultório médico, pelo achado de elevação na pressão arterial. Em um pré-natal adequado as consultas, que via de regra são mensais, passam a ser mais frequentes na fase final da gestação, pois é justamente nessa época que a maioria dos casos é diagnosticada. Nas últimas semanas de gestação o ideal é que as consultas sejam semanais: o pré-natal só se encerra com o parto.

MQA: Quais os principais exames do pré-natal que são essenciais para uma avaliação da pré-eclâmpsia?

DR. JAVIER MIGUELEZ: Quando há suspeita clínica de pré-eclâmpsia, ou seja, quando a medida da pressão arterial é maior ou igual a 140×90 mmHg, o teste mais importante é um simples exame de urina, em que são avaliadas a presença e quantidade de proteínas. Alguns exames adicionais podem ser necessários para descartar uma forma grave: exames que avaliam a função dos rins e do fígado, um hemograma completo (que avalia todas as células no sangue), testes que avaliam se há hemólise (destruição de glóbulos vermelhos) e em geral avalia-se também o ácido úrico, que guarda alguma relação com a gravidade do quadro. Mas, até recentemente, não havia nenhum exame que pudesse avaliar o risco de evolução para uma forma grave. Hoje, na rede privada, dispomos de um novo teste, os biomarcadores de pré-eclâmpsia. Trata-se de um exame que avalia a atividade da doença, que é medida pela relação entre duas proteínas o sFIt-1 e o PIGF. Tratam-se de marcadores bem testados do ponto de vista estatístico e com grande respaldo na literatura médica, que podem ser usados tanto para predizer os casos que têm maior risco de complicar e que talvez exijam internação quanto aqueles que provavelmente vão evoluir muito bem, evitando intervenções médicas desnecessárias.

MQA: Quando, de fato, é dado o diagnóstico de pré-eclâmpsia?

DR. JAVIER MIGUELEZ: O diagnóstico ainda é simples e “low-tech”. Basta a medida da pressão arterial (que deve ser realizada em todas as consultas durante o pré-natal) e a constatação da presença de proteínas na urina, que pode ser pesquisado no próprio consultório médico, com uma fita muito semelhante às usadas para o diagnóstico de gravidez. A presença de proteínas na urina, embora seja importante para “carimbar” o diagnóstico, não é obrigatório. Alguns casos, mesmo as formas graves, podem não ter esse sinal, anteriormente considerado imprescindível.

MQA: E quando esse diagnóstico vem, o que é preciso saber e fazer exatamente para evitar complicações e sérias consequências para mãe e bebê?

DR. JAVIER MIGUELEZ: É importante ressaltar que a grande maioria dos casos tem evolução benigna e pode ser controlada com medidas simples, como o repouso, a redução na quantidade de sal na dieta e em alguns casos o uso de medicações para baixar a pressão. Feito o diagnóstico é fundamental que as consultas médicas e, quando indicados, os exames laboratoriais sejam realizados com maior frequência. Também é importante monitorar o bem-estar do bebê, o que pode ser feito por ultrassonografias, que avaliam o crescimento fetal, o fluxo sanguíneo na placenta (o chamado Doppler) e a cardiotocografia, que avalia a frequência cardíaca fetal. Quando disponíveis, os biomarcadores de pré-eclâmpsia (relação sFlt / PLGF) dão ainda mais segurança para conduzir a gravidez. Se houver sinais de que a pré-eclâmpsia pode estar evoluindo para uma forma grave, em geral está indicada a antecipação do parto.

MQA: É possível evitar, prevenir a pré-eclâmpsia? Explique sobre isso.

DR. JAVIER MIGUELEZ: Felizmente, hoje, já há um teste disponível na rede privada que pode predizer a ocorrência de pré-eclâmpsia, logo no início da gestação: o rastreamento bioquímico do primeiro trimestre. Ele avalia três hormônios no sangue da mãe (PAPP-A – proteína A plasmática própria da gestação-, Beta HCG livre e PLGL – placental growth factor), combinados à pressão arterial, fluxo sanguíneo nas artérias uterinas (avaliado por meio de ultrassonografia) e fatores de risco materno, indicados por meio de um questionário que a gestante responde. Com tudo isso, é possível rastrear riscos de desenvolvimento de uma série de complicações na gravidez, sendo a principal a pré-eclâmpsia. Cerca de 90% dos casos mais graves podem ser detectados com esse teste. O mais interessante é que, segundo estudo recente publicado em uma das revistas médicas mais conceituadas, a administração de AAS (aspirina) na dose de 150mg nas gestantes classificadas com risco aumentado no primeiro trimestre é capaz de prevenir mais da metade dos casos de pré-eclâmpsia que se manifestam antes de 37 semanas e cerca de 80% dos casos mais graves, aqueles que exigem a antecipação do parto antes de 34 semanas. Mas atenção: essa medicação só funciona se iniciada antes de 16 semanas de gestação. Por isso pensamos que é importante realizar o rastreamento bioquímico no primeiro trimestre, sempre que o teste estiver disponível. Acredito que uma versão simplificada desse teste possa estar disponível também na rede pública em algum tempo, dada a importância que essa doença tem para a saúde pública do País.

MQA: Quais são as principais consequências da pré-eclâmpsia para mães e bebês?

DR. JAVIER MIGUELEZ: A maioria dos casos evolui bem. Mas as formas graves, se não identificadas precocemente, podem resultar em quadros maternos sérios, com internações hospitalares prolongadas e, infelizmente, até mesmo o óbito. Além dos riscos maternos, existem riscos também para o bebê, principalmente o de alterar o funcionamento da placenta, comprometendo o crescimento do bebê. Nos casos mais graves, há comprometimento da oxigenação do bebê e até mesmo óbito. Cerca de um a cada 5 óbitos fetais são decorrentes da pré-eclâmpsia. Como as formas graves podem exigir a antecipação do parto em idades gestacionais precoces, em que os bebês são muito prematuros, a pré-eclâmpsia é também responsável por cerca de um a cada 10 óbitos neonatais.

MQA: Existe tratamento? Quais são?

DR. JAVIER MIGUELEZ: O controle da doença pode ser feito com as medidas que descrevi acima: dieta pobre em sal, repouso e anti-hipertensivos. Mas a cura mesmo só ocorre com o parto. Com a retirada da placenta, o quadro materno costuma regredir totalmente. Existem novos tratamentos em estudo cujo alvo é justamente aquela molécula, o sFlt-1. Estudam-se substâncias que reduzem esse marcador ou mesmo anticorpos, desenhados para destruir essa molécula. Os resultados preliminares são promissores, mas ainda estão no terreno experimental. Mas o melhor tratamento mesmo, é claro, é a prevenção.

Atitudes cotidianas podem afetar a saúde na gestação 1024 184 Andre

Atitudes cotidianas podem afetar a saúde na gestação

A gravidez é um momento muito importante que será sempre lembrado. Além das boas lembranças afetivas, virão as relacionadas à saúde e ao desenvolvimento do bebê. E para que sejam boas também, é preciso ter a consciência de que a rotina da gestante afetará diretamente o bebê e que gerar uma vida exige cuidados que vão além do pré-natal em dia e dos bons hábitos alimentares das mamães.

As futuras mamães têm a responsabilidade de pensar no bem estar da criança a todo momento, durante todas as semanas de gestação. É importante ficarem atentas até mesmo em algumas atitudes cotidianas, que muitas vezes nem se imagina que podem afetar a sua saúde e a do bebê.

Veja alguns exemplos:

O contato com a terra sem luvas: Há o risco de contaminação com parasitoses, até mesmo a temida toxoplasmose, caso tenha fezes de gatos na terra, por exemplo. A toxoplasmose na gravidez pode levar à má formação fetal e até mesmo ao aborto espontâneo.

Cigarro: Grávidas não devem fumar e nem mesmo ficar próximas de fumantes. Inalar a fumaça do cigarro dos outros, ou seja, o fumo passivo, também pode trazer riscos ao bebê, como baixo peso, envelhecimento da placenta e menos quantidade de líquido amniótico.

Não escovar os dentes corretamente: A higiene bucal deve ser sempre bem feita e após as principais refeições, pois as gestantes têm uma certa sensibilidade e uma queda na imunidade, todos os problemas podem ser agravados, inclusive em relação à saúde bucal.

Atividade física em excesso: É importante fazer exercícios físicos na gestação, mas o excesso pode causar problemas, como afetar o útero, interferindo no tamanho do bebê, que pode desenvolver até mesmo a patologia de crescimento restrito, na qual o bebê tem o tamanho muito menor do que deveria. Além disso, pode ocorrer diminuição do líquido amniótico por desidratação e insuficiência placentária, quando a placenta envelhece antes da hora. É importante saber que a quantidade de exercícios indicada para cada gestante vai depender do quanto de exercícios elas faziam antes. E mais: é imprescindível a orientação e acompanhamento do ginecologista obstetra e do profissional de educação física.

Banhos muito quentes: A temperatura muito alta da água pode causar uma queda maior de pressão, a sensação de mal-estar e até desmaio.

Alimentos não lavados corretamente: Os alimentos higienizados de forma errada, especialmente os consumidos crus como alface e tomate, podem contaminar a gestante com parasitose, toxoplasmose ou salmonelose. Por isso, é interessante evitar comer saladas em restaurantes que não são de confiança.

Cafezinho: O consumo do café e outras fontes de cafeína entre gestantes é polêmico, depende de cada médico. Alguns proíbem cafeína de qualquer tipo, pois em pessoas com tendência a vasoconstrição (diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos), a cafeína pode levar ao envelhecimento placentário e isso altera toda a gestação. Outros médicos permitem um consumo bem moderado. Então, é importante ficar atenta e conversar com o médico que vai avaliar cada caso. O mesmo vale para o consumo de chás.

Sal em excesso: Abusar do sal pode aumentar o risco de hipertensão em gestantes que já apresentavam tendência de desenvolver o problema, que é sério principalmente nesse momento. Entenda mais aqui.

Comer mal: Estar grávida não significa comer por dois e muito menos comer apenas alimentos pouco saudáveis. Uma alimentação equilibrada é essencial nesta fase e não fazer isso pode causar déficits nutricionais e favorecer o diabetes gestacional, pressão alta e outros problemas.

Exposição ao sol: Muito cuidado com o sol! O surgimento de manchinhas escuras no rosto e no colo, chamadas cientificamente de melasmas, podem ser evitadas de acordo com o cuidado que a mãe tem em relação à exposição solar. É importante passar o protetor solar fator 30 sempre que sair de casa e usar óculos escuros, chapéus de aba larga ou bonés. Outras manchas em locais como abdômen, seios e axilas também são comuns, contudo, grande parte delas poderá sumir após o nascimento da criança. De toda forma, é recomendado sempre confirmar a origem desses casos com um dermatologista de confiança.

Dicas para mães de primeira viagem 1024 184 Andre

Dicas para mães de primeira viagem

A experiência de ser mãe é única. É, ao mesmo tempo, gratificante e estressante. Para amenizar essa segunda parte menos agradável, organizamos uma série de dicas e conselhos às mães de primeira viagem 😀

Amamentação

Você não irá amamentar a criança imediatamente após o nascimento, logo, não se preocupe com isso. É natural o leite levar em média 72 horas para descer. Esse é mais ou menos o tempo que o bebê precisa repousar para se adaptar à vida extrauterina. Depois disso, ele acordará com fome e poderá ser amamentado.

Durante este período de sono, o bebê se alimenta da própria gordura. Resultando na perda de cerca de 10% do peso, outro fato que você não deve se preocupar. Eles recuperam e engordam rápido!

E este é o sinal que seu neném está mamando bem, outra dúvida frequente das mulheres. É sempre bom lembrar que não existe “leite fraco” – já desmitificamos esse assunto AQUI. Sua dieta também deve permanecer a mesma da gravidez para não alterar a qualidade do leite e a saúde da criança.

 “Agora quero ser ‘mãe de segunda viagem’”

Muito legal sentir esse desejo, mas você vai ter que esperar um pouquinho: no mínimo 6 meses após o parto. Acontece que quando a mulher engravida, a amamentação é interrompida. Ou seja, pode prejudicar o 1º filho.

Retorno à vida sexual

De novo, você vai ter que esperar um pouco. Pelo menos uns 40 dias depois de dar à luz. Até lá, o útero ainda está em estado de regressão, isso é, voltando ao seu tamanho original. É comum que a mulher tenha sangramentos durante esse tempo também e a abstinência sexual é recomendada para evitar infecções. Mesmo um pouco depois da quarentena, a mulher ainda não deverá ter muito libido. Ou seja, os hormônios se estabilizam depois de 6 meses.

 Queda de cabelo

Ainda nessas mudanças hormonais, a queda acentuada de seus cabelos depois de alguns meses do nascimento da criança também é comum. Até a normatização hormonal no segundo semestre, recomenda-se o uso de xampu neutro. Entretanto, como este é um tema caro às mulheres, Mama preparou um mini artigo só para este tópico. Confira AQUI.

Qual a melhor posição para o bebê dormir?

Essa é uma das perguntas mais frequentes entre as mães de primeira viagem! De barriga pra cima sempre. Segundo alguns estudos, qualquer outra posição pode acarretar a síndrome da morte súbita. Quando o bebê for capaz de se virar sozinho na cama, aí ele poderá ficar em posições diferentes.

“Meu bebê costuma espirrar quando vou trocar a roupa dele. É normal?”

Sim, é. Nessa hora, a temperatura do corpo dele cai um pouco, fazendo-o espirrar.

“Ele já sai vacinado do hospital?”

Normalmente são aplicadas as doses da BCG, contra a tuberculose e hepatite B. Mas é sempre bom verificar e perguntar se está tudo certinho.

O momento certo para o bebê passear

Dúvida frequente das mães de primeira viagem: quando posso sair com meu filho pelas ruas. Os dois primeiros meses de vida é bom a criança ficar só em casa; eles servem para estabelecer um forte vínculo entre mãe e filho. Além disso, a pele da criança ainda é muito sensível e delicada – até mesmo o protetor solar só é recomendado após seis meses de vida.

Essas são as dúvidas mais frequentes entre as mamães de primeira viagem. Muito provavelmente você deve ter as suas particulares. Portanto, não deixe de nos escrever, seja via comentário ou inbox.

Fique ligada em Mama para mais informações sobre saúde gestacional e neonatal.

Como é a gravidez de uma mulher soropositiva? 1024 184 Andre

Como é a gravidez de uma mulher soropositiva?

Gravidez soropositiva, como é essa gestação? Infelizmente, portadores do vírus HIV/AIDS ainda são estigmatizados socialmente. Isso acarreta um fardo a mais a essas pessoas além da própria doença que, apesar dos progressos nos últimos anos, possui efeitos colaterais e requer cuidados especiais.

No caso de mulheres soropositivas que têm o desejo de engravidar, alguns cuidados devem ser tomados. Seguindo as orientações médicas direitinho, as chances da chamada transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho, são mínimas.

No geral, a mãe deve usar remédios antirretrovirais combinados com o recém-nascido, o parto cesáreo e a não amamentação. Infelizmente, o leite materno carrega o vírus, mas o SUS fornece o substituto (fórmula infantil) até os 6 meses de vida. Esse prazo também pode ser estendido até 12 meses em alguns estados. Em adição, a mãe pode recorrer a bancos de leite. Sem qualquer cuidado, no entanto, as chances de a criança ser infectada sobem drasticamente.

Qual tipo de parto é o mais recomendando durante uma gravidez soropositiva?

Conforme o Ministério da Saúde, o tipo de parto recomendado depende do estado de saúde materno. Se, após a 34ª semana, a carga viral é igual ou maior que 1000 cópias/ml de sangue o mais indicado é a cesariana eletiva; aquela realizada antes de começar o trabalho de parto, portanto, sem o rompimento da bolsa. Normalmente, ela é marcada para a 38ª semana.

As gestantes que chegam à maternidade em trabalho de parto e/ou não fizeram o tratamento no pré-natal, o médico irá avaliar, caso a caso, a melhor forma de proceder o parto. Ele vai levar em consideração a fase e o tempo previsto para os procedimentos de cada um, assim como a probabilidade de complicações. Isso ainda se o trabalho de parto estiver acelerado ou não. Tudo é levantado para os profissionais de saúde tomarem decisões acertadas.

Durante o parto toda grávida soropositiva deve receber AZT na veia do começo do trabalho de parto até o nascimento da criança. Para cesáreas, o consumo do medicamento será feito 3 horas antes da cirurgia até o nascimento.

O recém-nascido também precisa do AZT das primeiras duas horas de vida às próximas 6 semanas, além do acompanhamento em serviço de referência para crianças expostas ao vírus. A alta da maternidade deve ser feita com consulta marcada para esse acompanhamento da criança. E a data não deve ser superior a 30 dias a partir da data de nascimento.

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Queremos te ouvir! 😉

Fenilcetonúria x Autismo: entenda a diferença 1024 184 Andre

Fenilcetonúria x Autismo: entenda a diferença

O Autismo e a Fenilcetonúria são transtornos que se confundem por causa de sintomas parecidos. Apesar das duas causarem complicações no raciocínio, elas são bem diferentes uma da outra.

Causas do Autismo e da  Fenilcetonúria

A Fenilcetonúria é uma doença genética. Quem é portador não produz a enzima fenilalanina hidroxilase, responsável por “digerir” o aminoácido fenilalanina. Esse aminoácido está presente em muitos alimentos, como leite e carnes, por exemplo. O portador de Fenilcetonúria que não segue uma dieta específica acaba ingerindo fenilalanina e provoca uma série de quadros indesejáveis.

Por muito tempo, acreditou-se que o Autismo era “fruto do meio”, que problemas familiares ou do convívio no geral tornavam uma pessoa autista. Hoje há estudos batendo de frente com essa hipótese. Eles defendem que o Autismo é uma combinação entre fatores genéticos favoráveis ao aparecimento da síndrome e fatores sociais.

Conheça os sintomas

No caso da Fenilcetonúria, os sintomas não se manifestam no nascimento, mas sim ao longo do desenvolvimento da criança. Odor peculiar, crescimento lento, dificuldade de aprendizagem, hiperatividade e convulsões são alguns deles.

Já o Autismo se manifesta no comportamento de seu portador desde o nascimento. O autista não olha nos olhos, tem dificuldade de interagir e segue alguns padrões na hora de brincar ou de se movimentar, por exemplo. Como existem alguns graus de autismo, as características variam em tipo e intensidade.

Por exemplo, há autistas com desenvolvimento intelectual muito limitado e comportamento violento, ao mesmo tempo em que existem autistas com uma vida saudável, capazes de aprender até melhor que outras crianças.

Como é o tratamento

A Fenilcetonúria pode ser detectada no Teste do Pezinho, o que é vantajoso para a criança e a família. Descobrindo antes mesmo dos sintomas surgirem, é possível iniciar o tratamento o quanto antes e poupar a criança dos efeitos nada agradáveis causados pela doença.

Para tratar, é preciso seguir uma dieta extremamente restrita, que praticamente elimina a fenilalanina do dia a dia. Só um profissional é capaz de indicar a dieta correta, uma vez que alimentos importantes para o crescimento da criança devem ser substituídos sem prejuízos à saúde e ao desenvolvimento dela.

O diagnóstico do Autismo requer observação do comportamento da criança por um profissional, além de entrevista com seus responsáveis, para que se possa traçar a personalidade dessa criança e chegar a resultados conclusivos. É possível diagnosticar uma criança a partir de 1 ano e meio de idade.

O tratamento varia de paciente para paciente, uma vez que o autismo não é uma doença e varia de paciente para outro. Para tratar o autismo, é preciso acompanhamento profissional e, a depender do caso, o uso de remédios.

A Fenilcetonúria e o Autismo não têm cura. O ideal é detectá-las o quanto antes para que a criança se desenvolva com tratamento adequado e possa desfrutar de uma vida saudável.

Portadores de Fenilcetonúria que se tratam desde o Teste do Pezinho podem consumir alimentos com fenilalanina no final da adolescência. Mulheres portadoras da doença devem consultar seu médico antes de engravidar para evitar más formações no bebê.

O Autismo diagnosticado é algo que pode desequilibrar a família do portador quando é descoberta. Por isso, é importante que ela também tenha acompanhamento adequado para que o autista viva em um ambiente saudável e possa desfrutar de um crescimento satisfatório e se torne um adulto que leve uma vida considerada normal.

Até a próxima 😉

Veja mais sobre o assunto na sessão: Recém-nascido ou Saúde do Bebê 

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A campanha VidasReais sobre a Pré-Eclâmpsia 1024 184 Andre

A campanha VidasReais sobre a Pré-Eclâmpsia

O que é Pré-Eclâmpsia?

A Pré-Eclâmpsia se manifesta em 5% a 7% das gestantes de todo o mundo e é a principal causa de morte entre mulheres grávidas no país. Entretanto, ainda se fala muito pouco a respeito da doença.
Ela surge a partir da 20ª semana de gestação em mulheres que apresentem pressão alta. Ela pode ou não mostrar sintomas. Fortes dores de cabeça, sensibilidade na audição e na visão, dor abdominal, enjoo, vômito, inchaços, ganho repentino de peso, são alguns dos sintomas.

Causas da Pré-Eclâmpsia

Não se sabe ao certo a causa da Pré-Eclâmpsia. Suspeita-se que a doença comece ainda na placenta. A partir de uma aglomeração de plaquetas no sangue e o desenvolvimento saudável da gestação.
Estão no grupo de risco da Pré-Eclâmpsia: mulheres com histórico familiar da doença, em primeira gravidez, grávidas de um parceiro diferente da última gestação, grávidas após 10 anos da última gestação, grávidas com mais de 35 anos e em gravidez múltipla.
Doenças como obesidade, diabetes, enxaqueca, trombofilias, doenças autoimunes, doença renal e, também, hipertensão, colocam a gestante ou a mulher que quer engravidar no grupo de risco.

A campanha VidasReais

O Portal Mãe Que Ama quer trazer à tona esse assunto. Por isso, criou-se #VidasReais . A campanha  busca conscientizar as pessoas sobre a doença a partir de informações e depoimentos. Com #VidasReais, alertamos a população sobre os riscos e mostramos que é possível superar.
Confira o vídeo que o Portal Mãe Que Ama preparou especialmente para a campanha #VidasReais. Compartilhe em suas redes sociais com quem você conhece. Vamos, juntos, espalhar a conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia.

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Enxaqueca na gravidez? 1024 184 Andre

Enxaqueca na gravidez?

Enxaqueca na gravidez pode ser sinal de pré-eclâmpsia

É comum sentir dores de cabeça ou até enxaqueca na gravidez. Entretanto, é preciso ficar atenta aos sinais dessas dores. A Pré-Eclâmpsia é a principal causa de morte entre mulheres grávidas no Brasil.  Porém, apesar desses dados, ainda se fala pouco sobre o assunto.

As dores de cabeça podem ser resultado da fome, da sede, do cansaço ou, até mesmo, da abstinência à cafeína. Se comer alguma coisa, beber mais água ou desacelerar a rotina melhoram as dores, é possível que você esteja com dores de cabeça tensionais.

Elas tendem a diminuir ao longo da gestação devido às altas cargas hormonais produzidas pelo seu corpo. Porém, não deixe de atentar-se aos sinais.

Principais sintomas

Um quadro de enxaqueca, diferentemente da dor de cabeça tensional, costuma provocar dores muito fortes e em apenas um lado da cabeça. Consequentemente ela piora com atividades físicas de qualquer espécie e ainda causa enjoos e vômitos. Esses sintomas podem acompanhar, ainda, sensibilidade na vista e na audição, inchaços e dor perto das costelas.

A enxaqueca pode estar diretamente relacionada à hipertensão. Os sintomas acima citados, comumente causados pela pressão alta, acontecem devido ao trânsito intensificado de sangue nas veias e, no caso do inchaço, graças à retenção de líquido característica da hipertensão.

E hipertensão é alerta vermelho para a Pré-Eclâmpsia. Por isso, é preciso estar atenta aos sinais de enxaqueca e monitorar a pressão sanguínea durante a gravidez. Qualquer suspeita, converse imediatamente com seu médico. Certamente ele saberá tomar as devidas providências.

Automedicação deve ser evitada

Importante frisar, também, que a automedicação deve ser evitada a qualquer custo durante a gestação. Se as dores de cabeça não parecem dar trégua, peça orientação ao seu médico. Ele saberá indicar o remédio adequado ou, até mesmo, uma mudança de hábito que melhore as dores e dispense a medicação.

Veja mais sobre o pré e neonatal na sessão Saúde Gestacional.

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Grávidas podem tomar aspirina? 1024 184 Andre

Grávidas podem tomar aspirina?

Aspirina na gravidez, eu posso tomar?

Esta é uma dúvida frequente entre gestantes. Aliada em potencial contra a Pré-Eclâmpsia, é preciso tomar cuidado com a aspirina na gravidez.

Classificada como um anti-inflamatório não esteroide, a aspirina atua como analgésico, antitérmico e anticoagulante. O medicamento é usado com frequência como “afinador do sangue”.

Consulte o seu médico

É imprescindível que a gestante consulte seu médico antes de usar qualquer medicamento, uma vez que tanto a dosagem quanto a interação do remédio com o corpo podem colocar em risco a vida da mãe e do bebê.

Com a aspirina, não é diferente. A administração de uma dosagem adulta do medicamento, por exemplo, é arriscada para gestantes e, também, para quem planeja uma gravidez.

Se você quer engravidar em breve ou está no início da gestação, consulte seu médico o quanto antes, pois o uso de aspirina ou de qualquer outro anti-inflamatório do mesmo tipo nesses períodos aumenta as chances de aborto.

No caso do uso de aspirina durante ou perto do final da gestação, os riscos englobam sangramentos, comprometimento do parto, além de possíveis danos cardíacos e pulmonares ao recém-nascido.

Entretanto, a administração de doses baixas da aspirina na gravidez pode ser uma aliada contra a Pré-Eclâmpsia. Embora não se saiba ao certo a causa da doença, existe a suspeita dela ser provocada a partir da aglomeração de plaquetas. Assim, a ação anticoagulante da aspirina poderia evitar esse quadro.

Uma conhecida alternativa à aspirina durante a gravidez é o Paracetamol. Como seus efeitos se dão no sistema nervoso central, diferentemente da aspirina, que age diretamente no corpo, seu uso na gestação costuma ser mais aconselhado.

Mas não se esqueça: consulte seu médico antes de tomar qualquer medicamento. Sua saúde e a de seu bebê devem ser colocadas sempre em primeiro lugar.

Veja mais sobre o pré e neonatal na sessão Saúde Gestacional.

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#VidasReais: conheça nossa iniciativa de conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia 1024 184 Andre

#VidasReais: conheça nossa iniciativa de conscientização sobre a Pré-Eclâmpsia

Pré-Eclâmpsia: Conheça a campanha #VidasReais de conscientização sobre a doença

A Pré-Eclâmpsia é conhecida como uma DHEG. Ela pode ou não apresentar sintomas e se manifesta a partir da 20ª semana de gestação em grávidas que apresentem pressão alta. Segundo a OMS, de 5% a 7% de todas as gestantes do mundo desenvolvem a doença, sendo a principal causa de morte entre gestantes no Brasil.

Apesar de urgentes, essas informações não recebem a devida atenção. É preciso, mais que informar, engajar a população. em primeiro lugar as gestantes e futuras mães, a respeito dos riscos da Pré-Eclâmpsia e dos cuidados que envolvem a doença.

A campanha

Durante todo o mês de maio, iremos promover o #VidasReais, uma campanha inédita de conscientização a respeito da Pré-Eclâmpsia. A campanha conta com artigos esclarecedores sobre a doença e entrevistas com especialistas.  Portanto, nao é só informativa, como também é colaborativa. Em nosso Facebook e Instagram, você pode acompanhar relatos de sobreviventes da doença.

#VidasReais busca mostrar que é preciso saber sobre os riscos da Pré-Eclâmpsia, bem como que é possível superá-la. E você é parte fundamental desta campanha. Além de receber informações importantes e acompanhar histórias reais, abrace a causa com seu engajamento. Comente em nossos artigos, interaja com nossas postagens nas redes sociais. Mostre que você apoia a causa através de sua foto de perfil e, se você experienciou a Pré-Eclâmpsia e quer dar voz à sua história, entre em contato conosco via inbox no Facebook.

Juntos podemos fazer grandes mudanças.

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Doenças raras: Deficiência da biotinidase 1024 184 Andre

Doenças raras: Deficiência da biotinidase

Entendendo a Deficiência da biotinidase

Novamente o Portal Mãe Que Ama traz para as mamães uma doença que pode atingir seus filhos desde seu nascimento, a Deficiência da biotinidase.

A biotina é uma vitamina necessária para o bom funcionamento de nosso corpo. A compleição do corpo humano é notável, porque muitas das substância providas para nosso organismo pode vir de alimentos, o ar que respiramos, e até mesmo a luz solar. A biotina se enquadra como um desses elementos.

A biotina é regulada pela enzima da biotinidase, que é responsável pelo ciclo da vitamina separando a biotina das proteínas dos alimentos. Dessa forma, a enzima também permite que a biotina seja reciclada diversas vezes, diminuindo a necessidade de consumo diário.

Essa vitamina é particularmente essencial pois permite que as enzimas carboxilases desempenhem sua função, influenciando no metabolismo de alguns tipos de carboidratos, gorduras e proteínas.

Portanto, temos duas enzimas co-relacionadas, uma é a biotinidase responsável por regular a biotina. A outra é a carboxilase que necessita dessa biotina para o bom funcionamento do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas.

Quando há uma deficiência em uma das enzimas, no caso, a biotinidase, quebrando todo esse ciclo devido ao mau funcionamento da biotinidase. Com isso, a biotina contida nos alimentos não pode ser utilizada pelas carboxilases. Esse problema congênito leva a necessidade de uma dieta com muita biotina livre no organismo uma vez que em sua ausência, problemas passam a surgir no organismo nos mais variados graus, por isso fique atenta!

Sintomas da deficiência da biotinidase

A falta da biotina em uma criança pode provocar diversas consequências em sua saúde e desenvolvimento. Como resultado a criança pode apresentar retardos no crescimento, erupções na pele, perda de audição, problemas na fala, entre outros.

Como a doença pode apresentar sintomas singulares, é de difícil diagnóstico clínico, quando o exame é posterior a natalidade da criança em razão da doença poder ser diagnostica logo nos primeiros dias de vida pelo teste do pezinho.

O teste é um direito de todo cidadão e deve ser aplicado em toda criança no território da federação brasileira, leia mais sobre o assunto aqui. A seguir temos uma lista de outras possíveis manifestações da doença que denunciam a deficiência da biotina.

  • Queda de cabelo acentuada (da raiz);
  • Hipotonia;
  • Acúmulo de ácido lático no corpo;
  • Perda de coordenação muscular;
  • Conjuntivite;
  • Problemas de visão;
  • Cansaço;
  • Excesso de amônia no sangue;
  • Problemas respiratórios;
  • Infecções fúngicas;
  • Dificuldade para alimentar-se;
  • Aumento do fígado;
  • Aumento do baço;

Esses sintomas não possuem uma data certa para se apresentarem. Existem casos de manifestações prévias e outras muito tardias, mas geralmente apresentam-se durante o terceiro e sexto mês de vida.

Vale ressaltar a gravidade dessa doença congênita: a deficiência da biotinidase não diagnosticada e tratada pode ser catalogada como uma das causas da Síndrome da Morte Súbita na Infância, porém ainda carecem de mais estudos para esse fato.

Como é o tratamento?

O tratamento em si é extremamente simples. Contudo, o maior risco e efeitos colaterais são fruto da ausência de diagnóstico e do tratamento da deficiência na enzima na biotinidase. Portanto, pode ser suprido com a ingestão direta da biotina. Em crianças que foram diagnosticadas precocemente pelo teste do pezinho, a incidência de danos a saúde é praticamente nula. Ela é caracterizada por ser a doença triada no neonatal mais fácil, barato e eficaz de se cuidar.

Por isso fique atenta, é sempre bom relembrar que a simples realização do teste do pezinho pode mudar toda uma vida!

Veja mais sobre o assunto na sessão: Recém-nascido.

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