Doenças Raras

Hipotireoidismo Congênito: seu bebê pode ter e você nem saber 1024 184 Andre

Hipotireoidismo Congênito: seu bebê pode ter e você nem saber

Hipotireoidismo congênito em recém-nascidos é mais um caso em que a informação e o diagnóstico precoce fazem toda a diferença na vida do bebê.

A famosa tireoide

Todos nós temos uma glândula chamada Tireoide. Ela é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) e regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Dessa forma, garante o equilíbrio do organismo. A glândula possui forma de borboleta (com dois lobos) e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.

Durante a gravidez, o bebê está protegido pelos hormônios da tireoide que a mãe produz. Ele fica por conta própria a partir do nascimento.

O que é Hipotireoidismo congênito?

O hipotireoidismo congênito ocorre quando a tiroide do bebê não é capaz de produzir as quantidades adequadas de hormônios tireoidianos, o que resulta numa redução generalizada dos processos metabólicos podendo comprometer o seu desenvolvimento e provocar até mesmo um dano neurológico permanente se a criança não for devidamente tratada. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, cerca de um a cada 4 mil recém-nascidos no Brasil possuem essa condição.

O hipotireoidismo congênito não tem cura, mas se o diagnóstico e o tratamento forem realizados o mais cedo possível, a criança tem um crescimento e desenvolvimento normal. As crianças não submetidas a Programas de Triagem Neonatal e, consequentemente, não tratadas precocemente, terão o crescimento e desenvolvimento mental seriamente comprometidos.

SINTOMAS

À primeira vista, o bebê nessas condições possui sono tranquilo e prolongado, mama pouco, é calmo e quase não chora. Parece o cenário ideal: você tem a magia de acabar de ter um filho sem a parte mais trabalhosa e difícil. Isso é um engodo, contudo. Porque isso é causado pelo hipotireoidismo. Caso ele não seja diagnosticado, os sintomas preocupantes vão começar a aparecer:

  • Hérnia umbilical
  • Língua avantajada saindo da boa
  • Prisão de ventre
  • Fraqueza
  • Inchaço pelo corpo inteiro
  • Queda de temperatura corporal
  • Icterícia prolongada
  • Dificuldade para mamar
  • Pele pálida, seca, áspera e com aspecto de mármore.

Durante o primeiro ano de vida ocorre um intenso crescimento e desenvolvimento do cérebro que define habilidades motoras e cognitivas. O hipotireoidismo congênito é responsável pela maior causa de retardo mental. Isso ocorre ao não diagnosticarem a doença ou quando ela é diagnosticada e não tratada. Quanto mais tarde o tratamento começar, pior é, pois, maiores são as sequelas irreversíveis. Podemos incluir aí problemas cardíacos e retardo/impedimento do crescimento e fala da criança também.

DIAGNÓSTICO

Mais uma vez esbarramos na extrema importância do Teste do Pezinho. Ele é o responsável por diagnosticar essa e outras dezenas de doenças. O Dr. Salmo Raskin, membro do Departamento Científico de Genética Clínica da Sociedade Brasileira de Pediatria confirma “Se o médico esperar para fazer o diagnóstico de hipotireoidismo congênito através dos sinais clínicos, algum tipo de sequela irreversível, especialmente no que se refere a cognição, já estará estabelecida. Seu diagnóstico precoce permite o tratamento que evita retardo mental”. Por isso ressaltamos não só a feitura da triagem, mas como também a sua aplicação em tempo hábil: no máximo na primeira semana de vida.

TRATAMENTO

O tratamento, ao contrário da doença, é super simples e barato. Ele é feito com reposição hormonal diária. Chamado de levotiroxina (L-T4), ele é vendido em cápsulas e é a versão sintética do hormônio tireoide. Seguindo as orientações profissionais, a criança pode levar uma vida bem próxima do normal. É isso que Mãe Que Ama deseja para todas as crianças: acesso aos melhores exames e tratamentos possíveis.

Eclâmpsia x Pré-eclâmpsia: entenda 1024 184 Andre

Eclâmpsia x Pré-eclâmpsia: entenda

A eclâmpsia é uma manifestação grave da pré-eclâmpsia, doença em que a gestante desenvolve hipertensão arterial. A caracterização dela se dá pela presença de uma ou mais crises convulsivas em uma gestante com pré-eclampsia já estabelecida.

Cerca de 30% das convulsões ocorrem no momento do parto ou em até 48 horas depois do nascimento da criança. A maioria das gestantes com pré-eclâmpsia grave não irá apresentar eclâmpsia e, apesar de pouco comum, mulheres com pré-eclâmpsia leve podem complicar com convulsões. Portanto, não há uma evolução linear entre as duas doenças.

Até hoje a causa de ambas as doenças não foi estabelecida com precisão pela medicina tradicional.

Comparando os sintomas:

  • Pré-eclâmpsia: hipertensão arterial, edemas, principalmente nos membros inferiores, ganho de peso e perda de proteína pela urina. Entretanto, ela também pode ser assintomática, o que às vezes dificulta o diagnóstico.
  • Eclâmpsia: sangramento vaginal, vômito, perda de consciência e as já citadas convulsões, que podem ser precedidas também por dores de cabeça, de estômago e alterações visuais.

Diagnóstico e tratamento

Com as informações baseadas nos elevados níveis da pressão arterial, no histórico clínico e sintomas da paciente e nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina, pode-se chegar a um diagnóstico. Para se evitar qualquer agravamento, o pré-natal tem que ser criterioso, com consultas regulares a especialistas e ingestão das vitaminas, principalmente o ácido fólico. Caso seja constatado a Pré-eclâmpsia, a grávida deve ter bastante repouso, medir regularmente a pressão e ingerir pouco sal. Anti-hipertensivos e anticonvulsivantes serão indicados em casos mais graves.

A própria presença de eclâmpsia pode indicar que o parto precisa ser feito, às vezes, prematuramente. Nesses casos, os médicos costumam prescrever sulfato de magnésio antes com intenção de proteger os neurônios da mamãe e do bebê em caso de pico de pressão. As mulheres com menos de 32 semanas podem ter a cesárea como recomendação para o parto.  Uma vez confirmado o diagnóstico de eclâmpsia, o parto precisa ser feito o quanto antes. O risco de prolongar a gravidez nesse caso é muito alto, piorando as chances de  ocorrer tudo bem a cada dia.

Nós do Mãe Que Ama desejamos que todas tenham o melhor parto possível, sem complicações e que a criança tenha muita saúde. Imprescindível todo o acompanhamento médico. Continue com a gente. Leia também nossa matéria sobre 8 Mitos sobre Pré-Eclâmpsia!