Alimentação

Leite materno: um “alimento de ouro”! Entenda sua composição e suas funções 1024 403 Andre

Leite materno: um “alimento de ouro”! Entenda sua composição e suas funções

“O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade [índice de incidência das doenças e dos óbitos na população] infantil. Permite ainda um grandioso impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade”.
Assim, o Ministério da Saúde apresenta o Aleitamento Materno no Caderno de Atenção Básica Saúde da Criança, 2ª edição, 2015.

Os seus benefícios já são mundialmente difundidos e conhecidos: estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas evitáveis. Além disso, o leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Ele também diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Ainda há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo dos bebês.

Isso, sem falar nos tantos benefícios para a mãe, como: ajuda a reduzir o peso mais rapidamente após o parto; ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia nesse período; reduz o risco de diabetes; e reduz o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário.

Ou seja, a amamentação é sem dúvida um processo natural muito sábio e valioso, insuperável e recomendado, inclusive, quando a mãe está com suspeita de COVID-19 ou confirma a doença e está bem e se sente à vontade para amamentar, seguindo os cuidados adequados de higiene. O leite materno é o melhor e mais nutritivo alimento para os bebês, um “alimento de ouro” como associado na campanha Agosto Dourado , da Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP.

Mas você sabe quais são suas características, composição e funções em cada fase da amamentação?

 

Pesquisamos sobre esse assunto e trazemos as principais informações e curiosidades para você:

 

1 – Sabia que, apesar da alimentação variar muito entre as pessoas, o leite materno apresenta composição semelhante para TODAS as mulheres que amamentam do mundo? E apenas nos casos de desnutrição grave elas podem ter o leite afetado na sua qualidade. Surpreendente, não?

2 – Nos primeiros dias, o leite materno é chamado de colostro, que contém mais proteínas e menos gorduras do que o leite maduro, que é aquele leite produzido do sétimo ao décimo dia pós-parto.

3 – O leite de mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo – que são os nascidos entre a 39ª e a 41ª semana de gestação, duração considerada ideal para a saúde da criança.

4 – O leite de vaca tem muito mais proteínas que o leite humano e são proteínas diferentes. A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana.

 

Veja na tabela essas diferenças:

5 – De fato, a concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Ou seja, não é mito aquela orientação de que é importante a criança esvaziar bem a mama, pois o leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico sim em energia (calorias) e sacia melhor a criança.

6 – Você já deve ter ouvido falar, mas é sempre importante ressaltar que o leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções. A “IgA” secretória é o principal anticorpo, atuando contra microrganismos presentes nas superfícies mucosas. Segundo o Ministério da Saúde, “os anticorpos IgA no leite humano são um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos contra agentes infecciosos com os quais já teve contato, proporcionando, dessa maneira, proteção à criança contra os germens prevalentes no meio em que a mãe vive”. A concentração de IgA no leite materno diminui ao longo do primeiro mês, permanecendo relativamente constante a partir de então.

7 – No Caderno do MS sobre Amamentação, são citados outros fatores de proteção do leite materno, além da IgA, como: anticorpos IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e fator bífido. Esse último favorece o crescimento dos Lactobacillus bifidus que compõem a flora intestinal predominantemente em crianças amamentadas exclusivamente ao peito, acidificando as fezes e assim dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia.

8 – Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente destruídos pelo calor, por isso é preciso muito cuidado para aquecer o leite humano, pois em elevadas temperaturas sofre alteração na sua composição e não terá o mesmo valor biológico.

 

Além dessas informações sobre a composição do leite materno, o Caderno do Ministério da Saúde tem um guia completo sobre Aleitamento Materno e Alimentação Complementar.
Ele está disponível aqui para quem quiser saber mais. 😉

Entenda a Hipercolesterolemia Familiar – HF 1024 403 Andre

Entenda a Hipercolesterolemia Familiar – HF

Para entender sobre a Hipercolesterolemia Familiar é importante conhecer o colesterol.

O que é?

O colesterol é um tipo de gordura presente no organismo que é essencial para o seu bom funcionamento. Basicamente, existem dois tipos de colesterol, o bom – HDL e o colesterol ruim – LDL. A diferença consiste em: colesterol bom (HDL) tem a função de retirar o colesterol mau do corpo e levá-lo para o fígado, onde será metabolizado e eliminado do organismo; e o colesterol ruim (LDL) é perigoso, leva ao acúmulo de placas de gordura nas paredes internas das artérias, diminuindo o fluxo de sangue para órgãos importantes, como o coração e o cérebro, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares como infarto e AVC, por exemplo.
Os profissionais de saúde frequentemente recomendam reduzir a ingestão de gordura saturada, mantendo uma dieta saudável e equilibrada e aumentar a prática de atividade física. Mas em alguns casos mudanças no estilo de vida não são suficientes para atingir as metas de colesterol e é necessário também um tratamento específico com medicamentos.


Herança genética

É o que acontece na Hipercolesterolemia Familiar, quando o colesterol alto é uma herança genética. Trata-se de uma doença rara pouco conhecida, que causa níveis elevados de colesterol LDL logo na infância e, consequentemente, problemas cardiovasculares em uma idade precoce. Quem tem HF apresenta altos níveis de LDL-C porque seu organismo não consegue remover adequadamente o colesterol ruim da corrente sanguínea através do fígado. Pessoas com a doença têm níveis de colesterol LDL de duas a seis vezes mais alto que o normal, dependendo do tipo da doença, variando de 190 mg/dL a 1000 mg/dL.


Os riscos

A exposição a níveis elevados de LDL-C desde a infância imprime a estes pacientes um risco muito alto de eventos cardiovasculares principalmente do tipo infarto do miocárdio e AVC já nas primeiras duas décadas de vida e risco de morte prematura se forem conduzidos sem o tratamento medicamentoso apropriado capaz de promover uma redução do LDL-C em pelo menos 50%.
Estima-se que a cada 500 pessoas, uma seja portadora de HF. O pai e/ou a mãe que transportam um gene alterado causador da doença tem 50% de chance de passar a condição para cada um de seus filhos. Ou seja, sendo a HF uma doença genética, as crianças afetadas, que ainda estão no útero materno, já sofrem o início da formação das doenças cardiovasculares, mesmo antes do nascimento.


Quais os tipos de HF?

Há duas formas de HF. Se uma pessoa tiver herdado esta mutação genética de um dos pais, então ela terá a forma heterozigótica, simbolizada como HFHe. A HFHe ocorre aproximadamente em 1 de cada 250 pessoas da população mundial. Todavia, se uma pessoa herdar a HF de ambos os pais, as consequências serão muito mais graves. Esta forma de HF é chamada de homozigótica, cujo símbolo é HFHo, que é mais rara, ocorrendo aproximadamente em até 1 de cada 160.000 pessoas da população mundial.


Como diagnosticar?

A HF é geralmente reconhecida pela primeira vez por níveis elevados de LDL-C identificados em um teste de colesterol e outros sinais e sintomas. Além disso, os testes genéticos podem ser realizados para confirmar o diagnóstico. Uma mostra de sangue é recolhida de forma que o DNA possa ser isolado do núcleo dos leucócitos. Em seguida, o DNA é estudado. A HF é diagnosticada pela identificação do gene defeituoso do receptor de LDL. O teste genético envolve uma busca sistemática por defeitos genéticos em todo o gene do receptor de LDL no cromossomo 19. As pessoas portadoras do defeito de gene herdado terão HF. Os parentes próximos, pais, irmãos e filhos de alguém com HF, têm um risco de 50% de também ter herdado a HF. Realizar testes com membros da família é crucial para a detecção precoce da doença.
Pessoas com HF geralmente têm colesterol total e LDL aumentados desde a infância. É recomendável que os pais com HF permitam que seus filhos façam o teste de HF antes de chegarem à idade escolar. Um diagnóstico confirmado com pouca idade é importante, pois alterações precoces na dieta e hábitos alimentares podem auxiliar a reduzir o impacto da HF no futuro. Caso o teste de uma criança seja normal, não há necessidade de preocupação com o surgimento da HF posteriormente.


Como tratar a HF?

Quando uma pessoa é diagnosticada com Hipercolesterolemia Familiar, o recomendado é conversar com o médico sobre qual abordagem terapêutica será melhor para o caso dela. As mudanças alimentares devem continuar após o início do tratamento com medicamentos. Tanto o tratamento que inclui a alimentação quanto o que utiliza medicamentos, devem ser mantidos por toda a vida em pacientes com HF, Um perfil lipídico deve ser realizado no início do tratamento e posteriormente para monitorar os resultados do tratamento.

 

*Com informações da AHF – Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar

Amor além do “mamá”… 1024 184 Andre

Amor além do “mamá”…

Veja o depoimento da mãe Verônica Stasiak

 

A amamentação é um processo natural, mas para ser possível e confortável envolve muitas coisas. A história da Verônica Stasiak, 32 anos, psicóloga, mãe da Helena, de 8 meses, é inspiradora e também nos mostra que o amor vai muito além das mamadas e da forma como elas acontecem. Veja o depoimento completo:


“Amamentei Helena durante 6 meses e 3 dias. Foram dias intensamente incríveis, de uma conexão tremenda e um amor absurdo. Certamente, o mesmo sentimento que minha mãe vivenciou ao me alimentar com fórmula, ou minha sogra quando oferecia a mamadeira para meu esposo. O amor não está ligado somente ao seio ou à mamadeira. Amor é amor e ponto. É inquestionável, portanto, o poder e a importância do leite materno, cuja amamentação deve ser estimulada durante no mínimo seis meses de maneira exclusiva, em livre demanda, se assim for da condição e vontade da mãe. E essas são decisões que devem ser respeitadas, tanto no âmbito emocional quanto de saúde.

Minha gestação foi de alto risco. Tenho uma doença genética chamada Fibrose Cística, que torna toda a secreção do organismo mais espessa que o normal, desencadeando pneumonias, dificuldade para ganhar peso e estatura, tosse crônica, entre outras graves complicações. Foram 23 anos de muitas idas e vindas de hospitais, centros cirúrgicos e UTIs até a chegada do diagnóstico correto.
Helena foi planejada, desejada, sonhada e batalhada. Quase 5 anos de preparo, cuidado intenso, inúmeras intercorrências pulmonares e outras como NIC III, duas cirurgias no útero, neuralgia intercostal durante a gestação e fratura de 4 costelas na 32ª semana de gravidez.

Amamentação era um sonho, que foi dividido com meu esposo, e juntos nos preparamos para este momento. Estudamos, fizemos cursos, e juntos seguimos (com o incondicional apoio do pediatra!) durante 6 meses e 3 dias, até que minha saúde precisou de cuidados mais intensos e as medicações tornaram-se incompatíveis.

Sofri e chorei na última mamada, onde, no dia 14 de Junho de 2019, Helena tomou seu último mamá no peito, e seu primeiro na mamadeira, dado com amor pelo seu pai, antes de dormir.
E hoje seguimos nós quatro, eu, ela, papai e mamadeira, num quarteto de amor e alimentação, tal qual deve ser. Amei amamentar, me realizei como mãe e mulher. Minha saúde foi importantíssima para a saúde da minha filha e isto, no meu caso, teve um peso absurdo.

Eu entendo todas as mães e cada dor e lágrima escorrida às 3h da manhã, afinal de contas, nem tudo são flores quando um bebê quer mamar a cada 40 minutos…
Ao mesmo tempo, me chateio e não entendo pitacos e super-dicas de quem não está na nossa pele, e admiro cada mãe que briga veementemente por seus ideais e pelo bem de seus filhos. Me compadeço daquelas que sonharam e não conseguiram, seja lá por qual motivo for. Algumas por falta de informação, outras por falta de apoio, outras de bico, outras de pega… Ninguém será mais ou menos mãe por ter ou não ter conseguido amamentar.

Somos mães, e isso ninguém tira. Nosso amor é incondicional.

Agradeço a oportunidade que tive de amamentar Helena durante o período que pude, e sigo amando nutri-la hoje, com muito amor, carinho, comidinhas e fórmula na mamadeira.

Se você pode e consegue, siga em frente. Leite materno é líquido dos deuses ❤”.

 

Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira, 32 anos, psicóloga, mãe da Helena, 8 meses. Fundadora e diretora do Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística.
Contato: veronica@unidospelavida.org.br

Suplementação de nutrientes: o que você precisa saber? 1024 184 Andre
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Suplementação de nutrientes: o que você precisa saber?

As ofertas de polivitamínicos e minerais nas prateleiras são muitas, mas nem sempre é preciso apelar às doses extras de nutrientes para reforçar a saúde do seu filho. A suplementação é importante quando se tem indicação precisa, do contrário, pode impedir um olhar mais amplo para a alimentação como um todo, além de ser prejudicial e tóxica.

Mãe Que Ama conversou com a Nutróloga Pediatra Dra. Fernanda Morando, que esclarece os principais pontos que os pais precisam saber sobre esse assunto.


MQA: Há muitos complementos, suplementos vitamínicos à venda. A real necessidade de suplementação acompanha essa grande quantidade ofertada ou é pequena entre as crianças em seus primeiros anos de vida?

DRA. FERNANDA MORANDO: No mercado, existem diversos tipos de polivitamínicos e minerais e o apelo pelo consumo destes é muito alto. Existe uma falsa impressão de que quanto maior o número de vitaminas e minerais dentro do frasquinho, melhor é este produto. Para a prescrição de polivitamínicos na rotina deve-se levar em consideração a condição de saúde, peso, alimentação e uso de medicamentos pela criança.
A suplementação vitamínica é recomendada apenas em situações específicas, onde não existe possibilidade de atingir as recomendações via alimentação ou quando se tem carências nas quais além da dose de suplementação também podem ser necessárias doses de tratamento.


MQA: A vitaminas D e o ferro são os indicados normalmente pelos pediatras. Qual é a orientação correta e segura preconizada? Você destacaria outras vitaminas, nutrientes necessários suplementar nos primeiros anos de vida?

DRA. FERNANDA MORANDO: A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que seja suplementado vitamina D e ferro nos dois primeiros anos de vida. Levando em consideração se o bebê nasceu a termo ou prematuro, o pediatra deve estabelecer as dosagens e o momento de início da suplementação. Prematuros ou crianças com doenças específicas podem necessitar de suplementação adicional conforme o histórico individual. Observar os hábitos alimentares da criança e família é a melhor maneira para pensarmos em possíveis carências específicas.


MQA: A suplementação inadequada é um problema e pode trazer riscos à saúde da criança?

DRA. FERNANDA MORANDO: A suplementação diária de vitaminas e minerais deve ser bem indicada, assim como os limites máximos propostos. Este limite máximo evita superdosagens e efeitos tóxicos que alguns destes nutrientes possam apresentar.


MQA: Passados os períodos indicados pelo pediatra, como os pais podem saber se a criança em algum momento necessita de suplementação? Além dos exames de sangue (que muitas vezes não são frequentes em crianças), existem sintomas aos quais deve-se atentar e desconfiar?

DRA. FERNANDA MORANDO: Uma alimentação equilibrada pode fornecer a uma pessoa saudável todos os nutrientes necessários e nas quantidades adequadas. Por isso é tão importante ter hábitos saudáveis. Os sinais clínicos da deficiência de micronutrientes costumam aparecer já numa fase mais avançada, definimos como fome oculta essa carência silenciosa. Sendo assim, a melhor forma de prevenção é se atentar à variedade e equilíbrio da alimentação infantil.


MQA: Que mensagem você deixa para os pais sobre nutrição e a suplementação de vitaminas na infância?  

DRA. FERNANDA MORANDO: A suplementação de vitaminas na infância é de importância fundamental quando se tem indicação precisa. A falsa ideia que vitaminas não fazem nenhum mal à saúde estimulam o consumo indiscriminado de produtos desnecessários, garantem um conforto ilusório aos pais de que a criança está protegida nutricionalmente e impedem um olhar mais amplo para a alimentação como um todo.
A prescrição deve ser sempre orientada por um profissional capacitado (médico ou nutricionista) e baseada no histórico alimentar e hábitos de vida da criança e seus familiares. Mais que suplementar nutrientes via medicamentos, é importante que os pais tenham consciência que uma alimentação saudável e equilibrada é o melhor caminho para garantir ao seu filho todos os nutrientes necessários e que faz parte de suas responsabilidades ser exemplo, incentivando bons hábitos alimentares desde o início da vida.


Sobre a entrevistada:

Pediatra com residência médica pelo Hospital Municipal Infantil Menino Jesus. Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria. Nutróloga Pediatra com residência médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Dificuldade Alimentar Infantil. Médica voluntária do ambulatório de Dificuldades Alimentares da disciplina de Nutrologia Pediátrica da UNIFESP. Vários cursos na área de alimentação infantil, englobando consultoria e manejo da amamentação, introdução alimentar, BLW e dificuldade alimentar na infância. Autora do instagram e página de facebook: manualdapediatria. Mãe da Marina.

Qual o tamanho do estômago do bebê? 1024 184 Andre
estomago bebe

Qual o tamanho do estômago do bebê?

As mamães de plantão certamente passam ou já passaram por dúvidas do tipo: “nossa, por que meu bebê mama tantas vezes em tão pouco tempo?” ou “será que meu filho comeu pouco e ainda está com fome?”. Nesse caso, conhecer o tamanho do estômago do bebê e fazer os cálculos relacionando peso e idade podem ajudar bastante.


Explicação científica

Segundo Marcus Renato De Carvalho & Luis Alberto Mussa Tavares, no livro “Amamentação – Bases Científicas” (3a. edição):

“…a capacidade gástrica do bebê é limitada. Ela varia cerca de 7ml ao nascer a 200-250ml ao final do primeiro ano, passando para 70ml na segunda semana e aumentando conforme o peso, numa proporção aproximada de 20ml/kg/refeição. Assim, a capacidade gástrica do bebê varia de cerca de 150ml aos seis meses a 200-250ml aos 12 meses, aumentando aproximadamente, 10ml a cada mês.”


As respostas para as mamães

Então, a resposta para o fato do recém-nascido mamar tantas vezes durante o dia e a noite está aí, no tamanho do seu estômago, que ao nascer equivale a uma cereja, suportando apenas cerca de 7ml de leite. Com um estômago tão pequeno, é normal que ele esvazie rápido e precise encher de novo num curto espaço de tempo. O tamanho pequeno do estômago do recém-nascido também é o motivo das golfadas e regurgitações frequentes nesta idade, pois o estômago logo fica cheio e acontece o refluxo do leite.

Com o passar do tempo, o estômago do bebê vai aumentando de acordo com o peso e a capacidade estimada fica em 20ml por quilo, ou seja, um bebê de 5kg tem um estômago que suporta cerca de 100ml de leite. Aos seis meses, quando normalmente se inicia a introdução alimentar, a capacidade fica em torno de 150ml, ou seja, ainda bem pequeno. E até um aninho de idade, a capacidade gástrica chega a 250ml, o equivalente a uma maçã, como mostramos na imagem comparativa abaixo.

 

tamanho_do_estomago

Importante lembrar:

Para a criança crescer saudável, ela deve receber alimentos complementares adequados no momento oportuno e nas quantidades apropriadas. Uma alimentação adequada deve ser rica em energia, proteínas e micronutrientes, isenta de contaminação (sem germens patogênicos, toxinas ou produtos químicos prejudiciais), não muito salgada ou apimentada, fácil de ser consumida pela criança (apresentação adequada para a idade), e que seja disponível e acessível. É de fundamental importância que a criança goste da dieta e que ela seja culturalmente aceita.

Vamos já acabar com algo que não existe: leite materno fraco 1024 184 Andre

Vamos já acabar com algo que não existe: leite materno fraco

Isso mesmo, leite materno fraco não existe. Há décadas temos a difusão do mito que o leite da mulher pode ser fraco e não conter tudo o que o bebê necessita. Entretanto, essa crença precisa ser revertida porque fazer a mulher acreditar nisso pode ser danoso a ela e ao neném.

Muito tempo atrás, quando tínhamos conhecimentos infinitamente menores, a sociedade pensava que a quantidade da produção do leite dependia só da mulher.

Hoje se sabe que essa variação ocorre de acordo com o apetite do bebê: é ele que acaba conduzindo a produção. Enquanto ele mamar, o corpo feminino irá produzir. Por exemplo, se o bebê está com muita fome e mama bastante, a produção sobe para suprir aquela nova demanda. Caso contrário, a criação do leite pela mulher se dará de forma mais lenta, sempre em equilíbrio com o que é necessário. E como já foi dito AQUI, até os 6 meses de vida a criança não precisa de mais nada além do leite.

Talvez um fator colaborador para esse mito é que se você retirar um pouco de leite do seio antes da mamada, vai reparar que ele é ralinho/aguado e claro se comparado com uma amostra retirada após a amamentação. Isso nada mais é do que uma prova que a natureza é incrível! Propositalmente, o começo do leite que a criança ingere é pobre em gordura, mas rico em açúcar e água.

Esse início de leite serve pra matar a sede. Depois o leite vai ficando mais gorduroso e escuro, o que alimenta e engorda a criança. Isso ocorre naturalmente ao longo da amamentação e você pode fazer o teste. Basta tirar uma amostra antes e outra depois de amamentar e comparar as duas para ver a diferença.

O único jeito do leite materno ser insuficiente pra criança é sob essas condições:

  • Um bebê que não mama o suficiente (por exemplo, se o bebê está doente, cheio de água com açúcar ou chazinho ou tomou mamadeira);
  • Um bebê que mama, mas incorretamente (por exemplo, se o bebê posiciona a língua incorretamente porque acostumou-se com chupetas ou mamadeiras, ou está fraco porque tem perdido muito peso ou devido a um problema neurológico);
  • Um bebê que não é permitido mamar em livre demanda, porque as pessoas querem alimentá-lo em horários rígidos ou entretê-lo com uma chupeta quando ele mostra sinais de fome.

Por isso não deixe de amamentar seu filho e siga as recomendações médicas. Não existe outro tipo de leite materno senão o Forte 😉

Continue a seguir Mama para mais informações sobre saúde gestacional e neonatal!

Galactosemia: saiba mais sobre a doença 1024 184 Andre

Galactosemia: saiba mais sobre a doença

Tenha cuidado na hora de escolher os chocolates durante a páscoa.

Páscoa é um período literalmente doce! É um momento de união, esperança, harmonia e claro: chocolates. A alegria dos pequenos começa com a expectativa da chegada do coelhinho da páscoa trazendo aquele ovo delicioso. Entretanto, os pais devem ficar atentos, pois não são todas as crianças que podem consumir qualquer tipo de chocolate, e uma das causas mais sérias é a Galactosemia.

Mas o que é a Galactosemia?

As crianças galactosêmicas, assim como as com intolerância a lactose, necessitam de dieta restritiva para alimentos que contenham galactose. A galactose é o açúcar presente no leite e, por isso, tanto o leite quanto seus derivados são proibidos na dieta da criança. O consumo desses produtos tem efeito cumulativo e pode piorar o quadro do Galactosêmico.

Falando em termos médicos, a Galactosemia é uma doença congênita que apresenta defeito em uma das três enzimas, são elas: galactose-1-fosfato, galactoquinase e da galactose-4-fosfato epimerase. O defeito em uma dessas enzimas pode ocasionar o acúmulo de galactose e de galactose-1-fosfato no sangue e tecidos, esse efeito leva a uma dificuldade na conversão de galactose (açúcar presente no leite) em glicose.

Sintomas da Galactosemia

Por se tratar de uma doença congênita, existe uma série de consequências para a vida do indivíduo. Se a Galactosemia não for cuidada, pode levar a condições irrecuperáveis em seu quadro clínico, manifestando sintomas como diarreias, icterícia e complicações oculares. Em quadros mais graves, há a possibilidade de os sintomas refletirem em problemas neurológicos, renais, hematológicos e hormonais. Portanto, a gravidade da ingestão de galactose por galactosêmicos tem potencial de prejudicar seriamente a saúde da criança.

A Galactosemia é uma doença que deve ser moderada por uma dieta rigorosa, sem a presença de açúcares do leite e lactose. Entretanto, ainda pode haver prejuízos para criança durante seu desenvolvimento, pois o leite continua sendo a fonte de cálcio mais rica conhecida e sua substituição deve se dar pelo uso de suplementos, do contrário pode haver prejuízos de caráter mental e psicológico.  

Como diagnosticar meu bebê?

Um dos temas mais recorrentes no Portal Mama é o Teste do Pezinho, e a Galactosemia é uma das doenças rastreadas pelo teste! O exame é um direito de toda mãe e criança em todo território brasileiro, prevenindo prejuízos à saúde e desenvolvimento do bebê. Leia mais sobre o teste do pezinho aqui.

Caso os 30 dias de tolerância para realização do teste passarem, o diagnóstico fica impreciso e mais demorado. Após esse período, o usual é a análise da atividade enzimática, por isso o acompanhamento deve ser feito o quanto antes. Do contrário, logo nos primeiros dias de vida a criança pode correr o risco de ser levada a internação.

Tratamento da Galactosemia

A doença não possui cura, porém através de uma dieta adequada o indivíduo pode levar uma vida saudável. A recomendação é um regime restritivo e evitar qualquer alimento que possua lactose ou galactose. Leite e seus derivados são excluídos da dieta da criança.

A não ingestão de lactose e galactose contribui para a normalização dos sintomas apresentados pelo paciente. No entanto, pode haver alguns efeitos colaterais, como deficiência de aprendizagem, disfunções no aparelho sexual feminino e distúrbios da fala.

Época de Páscoa

Agora que você já sabe sobre essa complicação, vamos descobrir mais sobre a composição de cada tipo de chocolate! E essa informação também pode ajudar as mães que têm filhos intolerantes a lactose. Existem diversos sabores de chocolate, mas eles podem ser agrupados em três tipos: amargos, ao leite e brancos.

Amargos: Se existe um verdadeiro chocolate, esse é o próprio. Sua composição agrega muito mais cacau, chegando a 80%, o que dá aquele sabor amargo ao doce! Esse tipo geralmente não contém leite em sua fórmula, portanto recomendamos 100%! Mas fique sempre de olho nos ingredientes do produto, pois pode haver derivados também.

Ao leite: Amado pelos brasileiros, o chocolate ao leite é o mais popular em nosso país, contendo de 20% a 40% de cacau, açúcar e leite. Apesar de muitos terem esse como predileto, se seu filho tiver galactose ou intolerância à lactose, o chocolate ao leite não é o tipo adequado.

Branco: Muitos amam, outros nem tanto. O chocolate branco não tem massa de cacau em sua fórmula, utilizando apenas a manteiga de cacau, açúcar e leite. Apesar de delicioso, se seu filho tiver galactose ou intolerância à lactose, esse tipo não é permitido.

Alimentos proibidos

Além do chocolate, selecionamos alguns alimentos para alertar aos pais de filhos com complicações na ingestão de galactose e lactose. Entre os consumíveis temos:

Derivados do leite:

  • Manteiga e margarina
  • Leite em pó
  • Nata, coalhada
  • Queijos
  • Caseína (substância encontrada em suplementos)
  • Requeijão
  • Iogurtes

Carnes e proteínas:

  • Miúdos de carne (fígado, coração, rins)
  • Molho de Soja
  • Proteína hidrolisada

Por fim, fique de olho ao comprar uma gostosura ou fazer uma surpresa para seu filho na Páscoa. Todo o cuidado é pouco quando falamos de saúde.

Até a próxima 😉

Veja mais sobre o assunto na sessão: Recém-nascido.

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Atenção com o Diet e Light durante a gestação. 1024 184 Andre

Atenção com o Diet e Light durante a gestação.

Diet e Light na gravidez podem ser armadilhas para quem busca manter o peso.

É inevitável adquirir alguns quilinhos, mas certos momentos acabamos apelando para opções diet e light na gravidez, que podem nos afetar negativamente durante o processo de gestação e até ao nosso filho.

Um dos dilemas de quando nós mulheres entramos em estado de gravidez é a preocupação com a imagem própria. Entre os pontos principais, o peso.  Na preocupação de cortar o açúcar da alimentação, mães acreditam na armadilha que os produtos diet podem ser um atalho para perda de peso por cortarem o nutriente. Porém, não necessariamente estarão diminuindo o consumo de açúcar.

Diferença entre Diet e Light

Para entendermos melhor sobre isso primeiro devemos entender o papel de cada um. Acima de tudo, light e diet,  são bem semelhantes, mas possuem suas peculiaridades.

O light é dito como um produto com menos nutrientes em sua fórmula. Ou seja, light tem como um dos seus muitos significados a palavra leve, mas não necessariamente será cortado o açúcar. Portando, ele pode ser considerado mais suave apenas por diminuir a gordura.

Já o diet é realmente um corte no consumo. Mas atenção, não estará cortando, necessariamente, o açúcar. Um produto pode ser diet por cortar sódio, por exemplo.

Produtos que são comuns essa ocorrência são os refrigerantes diet e os adoçantes. Os refrigerantes, de fato, cortam o açúcar. Porém, aumenta muito o sódio. Por isso, evite ou opte por um refrigerante tradicional. Enquanto isso, alguns produtos como chocolate diet podem resultar em aumento de gordura em compensação de diminuição do açúcar.

Um vilão disfarçado

Nesse momento começam a aparecer os problemas para as gestantes em busca de manter o peso. Os produtos diet e adoçantes acabam cortando os carboidratos do alimento e pode elevar o risco de pressão alta na gravidez. Leia mais sobre aqui.

E não apenas mães que são pegas nessas armadilhas. Elas se configuram como grupo de risco, devido a carência de estudos conclusivos sobre efeitos de alimentos. Dessa forma, a busca por um peso menor pode resultar em quilos a mais para todos, por isso, olhe sempre o rótulo.

Entendendo o rótulo

Aquelas letrinhas minúsculas parecem que guardam um segredo. Porém, é fácil entender o que está se ingerindo por meio da sessão de informações nutricionais. Vamos te ajudar a saber o que seu pequeno está consumindo durante sua gestação.

Porção

Quantidade média de consumo do alimento que pode ser considerada saudável. Ou seja, geralmente não corresponde necessariamente ao alimento inteiro.

Valor diário

Essa informação é muito importante para tomarmos como base em uma dieta. Ela informa quanto em porcentagem de uma determinada substância supre em nosso consumo diário.  Baseado numa dieta de 2000 kcal.

Valor energético

Equivale a energia orgânica gerada após o consumo daquela porção de alimento.

Carboidratos 

São a fonte de energia para nosso corpo. Os açúcares se concentram aqui, entretanto, tudo em excesso faz mal.

Proteínas

São nossa segunda fonte de energia. Após o carboidrato o corpo digere a proteína. Muito consumido especialmente por praticantes de atividades físicas.

Gorduras totais

Total de todas as gorduras presentes no alimento, são elas as responsáveis pelo aumento de peso.

Gorduras saturadas

São encontradas geralmente em produtos de origem animal, não devem ser consumidas em grande quantidade.

Gorduras trans

O valor nutricional desse tipo de gordura é 0, tente fugir delas, porque são de origem completamente industrializada.

Fibra alimentar

Auxilia no controle do colesterol e taxa glicêmica, além da manutenção de nosso intestino, só não pode consumir muito.

Sódio

Ele é o malvado do cardápio e especialmente para as mamães que sofrem problemas de pressão na gravidez. Calma, não ache que deve zerar essa substância! O sódio ajuda a regulação hídrica e funcionamento adequado do cérebro.

Agora acho que vocês já estão mais ligadas do que está comendo na hora que fizer aquelas compras no mercado. Mas além dos valores nutricionais existe uma listinha de substanciais na embalagem. Elas informam como os alimentos são compostos. Dessa maneira damos o alerta as mães de elementos que precisamos evitar nesse período delicado:

  • Aspartame ou fenilalanina
  • Sacarina
  • Ciclamato
  • Edulcorantes
  • Sacarose
  • Gordura hidrogenada

Até a próxima 😉

Veja mais sobre o pré e neonatal na sessão Saúde Gestacional.

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Conheça a Divina Dieta – restrições alimentares 1024 184 Andre

Conheça a Divina Dieta – restrições alimentares

Sobre a Divina Dieta

Implantada em 1996, a Divina Dieta, marca da APAE DE SÃO PAULO, desenvolve e produz alimentos com baixo teor de proteína. Livres de leite, glúten, ovos e produtos de origem animal para pessoas com doenças metabólicas.

Produtos Divina Dieta

Lembrando que a APAE DE SÃO PAULO foi pioneira na introdução da triagem neonatal no Brasil ainda nos anos 70.  Outro fato de destaque é que o Teste do Pezinho é utilizado para diagnosticar até 50 doenças. Vale ressaltar que algumas delas se não tratadas precocemente podem levar a Deficiência Intelectual.

Entre doces e salgados, os produtos foram criados para atender demandas nutricionais e proporcionar inclusão alimentar para um público carente de opções. Dessa forma, os produtos agradam sem abrir mão do sabor, do valor nutritivo, da variedade e de uma vida saudável. Os produtos também beneficiam pessoas com intolerância à lactose, alergia à proteína do leite de vaca e doença celíaca.

Projeto Cesta Especial

Comprando os produtos da Divina Dieta, as pessoas colaboram para manter o Projeto Cesta Especial. O projeto distribui cestas para famílias em vulnerabilidade social de crianças que seguem dietas restritivas. Além disso, as cestas contêm bolachas de chocolate, biscoitos de baunilha, salsichas de beterraba, coxinhas de palmito, macarrão e muito mais. 

Quer conhecer mais sobre a Divina Dieta?

Você pode encontrar os produtos no Empório da unidade central da APAE DE SÃO PAULO. Clique aqui e conheça o site da Divina Dieta e conheça todos os seus produtos.

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Introdução alimentar 1024 184 Andre
introdução alimentar dos bebês

Introdução alimentar

Vários órgãos importantes sobre a saúde, como o Ministério da Saúde e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), ligada a ONU, são taxativos: até os 6 meses de idade uma criança precisa somente do leite materno. No entanto, depois desse tempo, a amamentação sozinha não dá conta das necessidades do bebê e precisa iniciar a introdução alimentar. Ele precisa de outras fontes de ferro e vitaminas, por exemplo. O ovo cozido é uma das primeiras novidades que você pode introduzir na nova dieta porque se deixar isso para depois, corre o risco da criança desenvolver alergia. Só verifique antes se existe algum caso de alergia na família.

Além do ovo, uma das primeiras coisas a serem introduzidas são as frutas, sempre em forma de papinha. Você pode, por exemplo, espremer o suco da laranja, coá-lo e colocar para bater no liquidificador somente com a polpa fresca de um mamão papaia. Cenoura e acerola também são opções para a mistura com o suco de laranja. Não acrescente mel ou açúcar, pois as frutas já são doces. Fonte de potássio, banana também é uma opção interessante. Descasque-a, amasse-a com um garfo e sirva com uma colherzinha de plástico ou silicone. Banana-maçã prende um pouco o intestino sendo boa em casos de diarreias. Já as nanicas são boas contra o problema oposto: prisão de ventre.

O começo da introdução alimentar vai ser mesmo de experiências. Teste uma papinha nova de frutas a cada 3 dias para acostumar o bebê com os novos sabores. Fique atenta às reações dele e nunca insista se ele não quiser mais. Você pode dar uma papinha de frutas após a amamentação matutina e outra após a noturna. Vá fazendo o revezamento dos sabores naquele intervalo e a partir da segunda quinzena do primeiro mês de novas introduções, experimente dar a chamada “papa principal” após o aleitamento da hora do almoço. Nessa papinha pode conter cereais, leguminosas, legumes e derivados de animais como carnes e ovos. Cada um desses citados pertence a um grupo alimentar diferente. Cada papinha principal pode conter até um alimento de cada grupo.

Para facilitar, vamos lista-los com exemplos de alimentos:

• Cereais ou tubérculos: Tipos de batatas, farinhas, arroz, mandioca, macarrão, inhame, aipim, entre outros.

• Leguminosas: Tipos de feijões, ervilha, soja, grão-de-bico e lentilha são exemplos.

• Legumes e Verduras: Folhas verdes, beterraba e cenoura, por exemplo.
Origem Animal: Carnes brancas, bovinas e ovos.

A partir do sétimo mês de vida, você já pode oferecer a segunda papa principal no período noturno. Pode ser que ele não goste e recuse alguma papa que você oferecer. Tudo bem. Não o obrigue a comer naquele momento, então. Espere alguns dias e volte a oferecer aquele sabor. Respeite o tempo do bebê e observe tudo: diarreias, reações alérgicas, erupções cutâneas, enfim, tudo! Os horários também não são rígidos. Quem os faz já é a criança. Depois que a criança completar um ano, alimentos sólidos e pequenininhos podem começar a ser dados para ela treinar a mastigação. Se restar qualquer dúvida, é sempre válida a procura de um especialista.