Leite materno

Vamos já acabar com algo que não existe: leite materno fraco 1024 184 Andre

Vamos já acabar com algo que não existe: leite materno fraco

Isso mesmo, leite materno fraco não existe. Há décadas temos a difusão do mito que o leite da mulher pode ser fraco e não conter tudo o que o bebê necessita. Entretanto, essa crença precisa ser revertida porque fazer a mulher acreditar nisso pode ser danoso a ela e ao neném.

Muito tempo atrás, quando tínhamos conhecimentos infinitamente menores, a sociedade pensava que a quantidade da produção do leite dependia só da mulher.

Hoje se sabe que essa variação ocorre de acordo com o apetite do bebê: é ele que acaba conduzindo a produção. Enquanto ele mamar, o corpo feminino irá produzir. Por exemplo, se o bebê está com muita fome e mama bastante, a produção sobe para suprir aquela nova demanda. Caso contrário, a criação do leite pela mulher se dará de forma mais lenta, sempre em equilíbrio com o que é necessário. E como já foi dito AQUI, até os 6 meses de vida a criança não precisa de mais nada além do leite.

Talvez um fator colaborador para esse mito é que se você retirar um pouco de leite do seio antes da mamada, vai reparar que ele é ralinho/aguado e claro se comparado com uma amostra retirada após a amamentação. Isso nada mais é do que uma prova que a natureza é incrível! Propositalmente, o começo do leite que a criança ingere é pobre em gordura, mas rico em açúcar e água.

Esse início de leite serve pra matar a sede. Depois o leite vai ficando mais gorduroso e escuro, o que alimenta e engorda a criança. Isso ocorre naturalmente ao longo da amamentação e você pode fazer o teste. Basta tirar uma amostra antes e outra depois de amamentar e comparar as duas para ver a diferença.

O único jeito do leite materno ser insuficiente pra criança é sob essas condições:

  • Um bebê que não mama o suficiente (por exemplo, se o bebê está doente, cheio de água com açúcar ou chazinho ou tomou mamadeira);
  • Um bebê que mama, mas incorretamente (por exemplo, se o bebê posiciona a língua incorretamente porque acostumou-se com chupetas ou mamadeiras, ou está fraco porque tem perdido muito peso ou devido a um problema neurológico);
  • Um bebê que não é permitido mamar em livre demanda, porque as pessoas querem alimentá-lo em horários rígidos ou entretê-lo com uma chupeta quando ele mostra sinais de fome.

Por isso não deixe de amamentar seu filho e siga as recomendações médicas. Não existe outro tipo de leite materno senão o Forte 😉

Continue a seguir Mama para mais informações sobre saúde gestacional e neonatal!

Alergia ao leite materno pode ser galactosemia 1024 184 Andre

Alergia ao leite materno pode ser galactosemia

Fique de olho! A galactosemia pode ser confundida com uma alergia ao leite materno.

A galactose é um açúcar presente no leite e seus derivados, transformada em energia por enzimas específicas. A galactosemia acontece quando seu portador tem problemas em relação a essas enzimas, o que faz com que a galactose se acumule no corpo.

Acumulada, ela sofre reações que não aconteceriam normalmente, sendo transformada em galactonato e galactitol, substâncias tóxicas para o organismo.

Há três tipos de galactosemia:

– Galactosemia tipo 1: este é o tipo mais grave e mais comum da doença, causado pela deficiência ou inexistência da enzima galactose-1-P uridil transferase. Dessa forma, portadores deste tipo, se não forem tratados, podem desenvolver catarata, problemas no fígado, nos rins, neurológicos e, no caso de mulheres, insuficiência precoce nos ovários.

– Galactosemia tipo 2: apresenta defeito na enzima galactoquinase, levando a problemas nos olhos.

– Galactosemia tipo 3: tipo raro da doença, que tem como característica defeito na enzima uridil difosfo galactose-4-epimerase.

A galactose está presente no leite bovino, em seus derivados e, também, no leite materno. Dessa forma, quando o bebê é galactosêmico, a ingestão do leite materno pode provocar sintomas como ânsia, vômito, irritabilidade, convulsão, amarelamento dos olhos e da pele, pouco ganho de peso, entre outros. Às vezes, o bebê pode até não querer mamar.

Muitas mamães, ao perceberem tais reações, podem se abalar, achando que estão fazendo mal para seus bebês. O leite materno é um alimento completo, muito importante para a saúde, o bem-estar e a imunidade do bebê. Portanto não há nada de errado nem com as mamães, nem com o leite.

A galactosemia pode ser identificada pelo Teste do Pezinho Ampliado. Caso tenha sido feito o Teste Simples e o bebê tenha reações ao leite materno, basta levá-lo ao pediatra para que o tratamento seja iniciado o quanto antes.

O tratamento da galactosemia, em primeiro lugar, está na alimentação. Leites, queijos, chocolates e outros derivados deverão ser diminuídos ou retirados da alimentação do galactosêmico por toda a vida. Quem vai ditar as regras será o médico. Assim, outros alimentos poderão substitui-los para que nenhum nutriente fique em falta na dieta.

Até a próxima 😉

Veja mais sobre o assunto na sessão: Recém-nascido ou Saúde do Bebê 

Para outras informações sobre saúde do bebê e gestante é só continuar acompanhando o nosso portal  Mãe que Ama.

Curta nossa página no Facebook e nos siga no Instagram!