Entenda sobre a doação de sangue do cordão umbilical 1024 403 Andre

Entenda sobre a doação de sangue do cordão umbilical

Após o nascimento do bebê, a placenta e o sangue do cordão umbilical são, rotineiramente, descartados. Porém, o sangue que resta neste material é extremamente rico em células jovens, imaturas e com capacidade de dar origem a todas as células do sangue. Essas células são capazes de produzir os elementos do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas) essenciais para o transplante de medula óssea.

Existem muitas doenças graves cujo tratamento necessita do transplante deste tipo de célula e, durante vários anos, a única fonte era a medula óssea. Mas, para que o transplante de medula possa ter sucesso, é necessário que ela seja o mais compatível possível com o paciente e, achar um doador assim é muito difícil, mesmo na própria família.

O sangue de cordão tornou-se, nos últimos anos, importante fonte de obtenção destas células. É um material facilmente obtido e manipulável, que não necessita ser totalmente compatível com o receptor, como no caso da medula óssea, sendo baixa a possibilidade de rejeição.

Como qualquer outra doação, a opção de doar o sangue do cordão também deve ser voluntária. Existem as opções de doação para banco público, onde o material pode ser utilizado por qualquer paciente que necessite de um transplante ou pode ser feita a doação familiar direcionada, onde o sangue pode ser utilizado em benefício de alguém da família que precise do transplante. Nesse caso, é a mãe do bebê que autoriza.

Como ser doadora?

A doação é muito simples. Se a mãe quiser doar, deve manifestar sua vontade durante a internação para o parto, quando será realizada uma entrevista para avaliar os antecedentes clínicos, cirúrgicos, obstétricos, ginecológicos e de doença hereditária na família da mãe e do pai do bebê, a fim de verificar a aptidão para ser doadora.

 

Como é feita a doação do sangue do cordão para um Banco Público?

A doação é realizada em maternidades credenciadas do programa da Rede BrasilCord, que reúne os bancos públicos de sangue de cordão. Existem alguns controles, no momento da coleta do sangue do cordão, necessários para um bom aproveitamento das unidades. Portanto, não se trata de uma doação universal como ocorre com sangue e que pode ser feita em qualquer hospital ou por qualquer pessoa, sendo limitada aos hospitais que fazem parte do programa.

 

Como é feita a coleta?

A coleta do sangue do cordão ocorre após o nascimento do bebê, durante o período em que ele está recebendo os primeiros cuidados pelo pediatra, e o médico está aguardando a saída da placenta do organismo materno. A coleta, portanto, não interfere no trabalho de parto e nem na saúde do bebê ou da mãe.

Antes de ser congelado (criopreservado), o sangue doado é testado para doenças infecciosas, sua vitalidade e capacidade de proliferação são avaliadas e é feita a determinação da tipagem HLA (compatibilidade necessária nos transplantes de medula). Também será coletado sangue da doadora para investigar doenças infectocontagiosas (Chagas, sífilis, HIV, hepatites, etc.). Estando todos os resultados normais, o material já pode ser liberado para transplante.

08 de outubro, Dia Nacional da Doação de Cordão Umbilical

A data comemorativa foi instituída pela Lei nº 13.309/2.016, com o objetivo de estimular esse tipo de doação, pois o material que seria jogado fora tornou-se, em alguns casos, a única chance de transplante para vários doentes.

 

No site do Instituto Nacional de Câncer, você pode conferir uma série de perguntas e respostas sobre as células-tronco, o sangue de cordão umbilical e placentário, a Rede BrasilCord, dos bancos públicos para doação, e muito mais. Acesse aqui e saiba mais.

 

Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde/Ministério da Saúde e Redome/INCA.

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