A Pré-Eclâmpsia é uma das chamadas DHEG – Doenças Hipertensivas Específicas da Gravidez e acontece quando uma gestante de 20 semanas ou mais está com a pressão arterial muito elevada (140/90 mmHg ou mais) e uma quantidade significativa de proteína na urina.
Com tratamento adequado, a condição desaparece em até 12 semanas após o parto. Sem tratamento, porém, ela favorece a eclâmpsia, um tipo de convulsão gestacional que pode matar mãe e bebê. Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão é responsável por 13,8% das mortes maternas no Brasil.
As causas da doença ainda não são definidas com exatidão. Especialistas sugerem que tudo começa na placenta – órgão que nutre o feto durante a gestação. No começo desse período, uma das diversas mudanças internas é o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos feitos especialmente para levar sangue até a placenta. Acontece que em mulheres com pré-eclâmpsia esses vasos se subdesenvolvem, sendo mais estreitos, carregando sangue insuficiente.
Esse subdesenvolvimento pode estar relacionado com:
- Fluxo sanguíneo insuficiente para o útero;
- Danos aos vasos sanguíneos;
- Um problema com o sistema imunológico;
- Certos genes;
- Outros distúrbios de pressão arterial elevada durante a gravidez.
Estudos identificaram alguns grupos de pessoas mais suscetíveis a desenvolver a doença:
Enquadram-se no chamado grupo de risco:
- Histórico familiar de pré-eclâmpsia;
- Primeira gravidez;
- Nova paternidade, ou seja: cada gravidez com um novo parceiro aumenta o risco de pré-eclâmpsia;
- Idade – o risco é maior após os 35 anos;
- Gravidez múltipla;
- Intervalo de 10 anos ou mais entre as gestações.
Se a mamãe possui um histórico com outras doenças, também pode entrar no grupo de risco.
Exemplos de outras doenças são:
- Obesidade;
- Hipertensão;
- Enxaqueca;
- Diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2;
- Doença renal;
- Tendência a desenvolver coágulos de sangue (trombofilias);
- Doença autoimune, como a artrite reumatoide, esclerodermia e lúpus.
Sintomas
Os sintomas iniciais da pré-eclâmpsia são: ganho repentino de peso (2 a 5 quilos em uma semana) e inchaço da face ou extremidades como mãos e pés. Como esses são sinais comuns que podem acontecer durante a gravidez, se a mulher não fizer todos os exames e não tiver um acompanhamento pré-natal minucioso, a doença pode iniciar-se despercebida e evoluir apresentando outros sintomas, como:
- Dor de cabeça;
- Alterações da visão (visão turva, visão dupla, vendo pontos de luz);
- Dor abdominal, especialmente no canto superior direito, ou meio abdômen;
- Urinar com menos frequência;
- Falta de ar;
- Náuseas ou vômitos;
- Confusão;
- Convulsão.
Atenção, mamães hipertensas!
Além de ir regularmente ao médico, mamães hipertensas têm de ingerir pouco sódio, manter o peso controlado, dormir bem e fazer caminhadas. Se tudo isso se mostrar ineficiente para diminuir a pressão, o uso de medicamentos para baixar a pressão arterial especialmente para a gravidez pode ser adotado, além de outros remédios para casos mais graves como anticonvulsivantes ou corticosteroides associados a complicações hepáticas ou de plaquetas.
Nós queremos frisar que a pré-eclâmpsia chega a ser fatal sem o tratamento. Entretanto, com o acompanhamento especializado, tudo pode ocorrer bem, sem muitas complicações.
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