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A importância da nutrição na Fibrose Cística

Setembro é o Mês Nacional da Conscientização da Fibrose Cística. Roxo é a cor oficial e esse artigo é mais um da série contra essa terrível doença que, aliás, é triada na versão simples do teste do pezinho. Em termos gerais, já abordamos essa doença aqui. Queremos trazer para você informações especificamente sobre a dieta a ser seguida pelos portadores de Fibrose Cística.

O Tratamento

Essa parte, às vezes, é complicada porque a família e as pessoas que convivem com um paciente de FC se submetem às mesmas dietas por tabela – Seja por estímulo ao tratamento da pessoa ou por não terem mesmo a opção. Esse regime é diferente do tipo comum que habita o imaginário popular. Ele serve para manter ou aumentar o peso: a dieta é hipercalórica, hiperproteica e hiperlipídica. Portanto, suplementos alimentares podem ser usados.

Isso é necessário porque os fibrocísticos (portadores da doença) têm a produção de enzimas pancreáticas comprometida. Eles não complementam a digestão dos alimentos ingeridos, o que causa má digestão e má absorção de gordura só nos primeiros sintomas. Depois, a absorção deficitária de lipídios, proteínas e até carboidratos vão causando esteatorréia, azotorréia e perda de vitaminas. Dessa forma, essa dieta visa corrigir esses problemas com alta ingestão de tudo que o organismo absorve insuficientemente.

Como é a dieta?

Tudo deve ser acompanhado de perto de um especialista nutricionista que deve compor o corpo médico para o melhor tratamento. Esse especialista que vai montar a dieta com base nas particularidades de cada caso: faixa etária do paciente, intolerâncias pessoal, rotina da família, respeito a custos e hábitos alimentares. O normal é que de 20 a 50% de calorias a mais sejam adicionados nesse regime.

Eliana Barbosa, nutricionista clínica do Hospital Infantil Joana Gusmão, em Florianópolis, que é Centro de Referência em Santa Catarina, analisando hábitos alimentares dos pacientes e das famílias, deparou-se com situações que interferem, na prática, em seus resultados: as diferenças dos hábitos socioculturais pelo Brasil e das merendas das escolas públicas. Tudo isso é estudado para a educação alimentar seja eficiente e compatível com a realidade de cada indivíduo. “Por isso a importância do diagnóstico precoce. Quanto antes for identificada a doença, mais efetiva tende a ser a nossa intervenção, por conseguirmos construir os hábitos alimentares do paciente”, complementa Elaina.

Confira algumas dicas gerais que a especialista dá para não agredir muito o que a família come normalmente ao incorporar a dieta do paciente.

  • Hortaliças devem ser servidas, preferencialmente, em forma de suflês ou bolinhos.
  • Os pães devem ser enriquecidos com óleos vegetais, requeijão e queijos.
  • Igualmente, o molho de tomate também deve ser enriquecido com creme de leite e queijo.
  • Ofereça pães, cucas, bolos e bolachas recheadas com nata, mel, goiabada ou geleia.
  • Liquidificar o leite integral com sorvete, frutas, leite condensado e cereais ou ainda maltodextrina, óleos vegetais e outros suplementos nutricionais.

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