Saúde Bebê

Como cuidar do umbigo do recém-nascido? 1024 184 Andre

Como cuidar do umbigo do recém-nascido?

O cordão umbilical é responsável por unir o bebê à mãe e, por meio dele, o pequeno recebe sangue, oxigênio e nutrientes necessários para se desenvolver. Tradicionalmente, os obstetras fazem o corte dessa estrutura assim que a criança nasce e um pequena porção do cordão umbilical permanece após o parto, o chamado “coto umbilical”.

Quando os bebês saem da maternidade, o coto umbilical geralmente não caiu ainda, assim a responsabilidade com os cuidados é dos pais. Ele costuma cair até 10 dias do nascimento e os cuidados são simples e muito importantes para evitar uma possível infecção.

 

O que fazer?

• Lave o umbigo do bebê normalmente no banho com água e sabão. Após o banho, seque bem com uma toalha;
• Pegue uma gaze ou algodão embebido em álcool 70% e limpe em volta, ao redor do umbigo, em movimentos circulares em toda sua extensão. Limpe bem para remover todos os resíduos que podem ter se acumulado lá. Pode ocorrer algum sangramento mínimo e saída de algumas casquinhas do coto, mas não se preocupe em machucar seu bebê, pois não há terminações nervosas no coto umbilical;
• Depois dessa limpeza, aplique o cotonete embebido em álcool 70% em volta do coto, fazendo novamente movimentos circulares;
• Importante deixar o coto umbilical para fora da fralda para evitar proliferação de bactérias.
• Alguns pais tentam cobrir a área umbilical com moedas, bandagens ou lenços para o umbigo ficar para dentro, mas, segundo os pediatras, nada disso é recomendado. Esse procedimento não funciona e pode irritar a área ainda mais.

Atenção!

Se você notar um cheiro desagradável saindo do coto ou secreção amarelada ou mesmo um aumento da vermelhidão ao redor da área, procure o pediatra para avaliação. Pode ser uma infecção.

*Com informações do Pediatria descomplicada.

Vacina BCG tem efeito mesmo sem formar a marquinha no braço 1024 184 Andre

Vacina BCG tem efeito mesmo sem formar a marquinha no braço

A vacina contra tuberculose, conhecida como BCG, que geralmente deixa uma cicatriz no braço da criança, tem efeito mesmo sem formar essa marquinha, sabia? A reaplicação, que antes era indicada nas unidades de saúde caso a criança não tivesse a reação no braço, deixou de ser recomendada recentemente pelo Ministério da Saúde após estudos de comprovação da eficácia da BCG mesmo nos casos que não ficam a cicatriz. A nova recomendação do Ministério da Saúde foi divulgada no mês passado e está alinhada com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI).

Segundo a coordenadora do Programa Nacional de imunizações, Carla Domingues, essa medida vai facilitar ainda mais o calendário de vacinação das crianças que conta, atualmente, com 14 vacinas, diminuindo uma dose que não traria benefícios adicionais para ela.

A vacina BCG é ofertada gratuitamente no SUS e trata-se da principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças. Ela é indicada logo após o nascimento, ainda nas maternidades, ou na primeira visita da criança no serviço de saúde, ou seja, o mais precocemente possível. Essa vacina também está disponível na rotina dos serviços para crianças menores de cinco anos de idade.

Apenas uma dose é necessária para proteger das formas mais graves da doença, mesmo na ausência da cicatriz, que aparece na maioria dos casos como reação característica e esperada e tem até 1cm de diâmetro. A resposta à vacina demora cerca de três meses (12 semanas), podendo se prolongar por até seis meses (24 semanas), e começa com uma mancha vermelha elevada no local da aplicação, evolui para pequena úlcera, que produz secreção até que vai cicatrizando.

É importante não colocar produtos, medicamentos ou curativos, pois trata-se de uma resposta esperada e normal à vacina.

E, reforçando a recomendação atual: se essa reação não acontecer, não há motivo para preocupação, pois a criança estará protegida contra a doença. 😉

*Com informações do portal do Ministério da Saúde.

Sapinho: O que é, como surge e quais cuidados tomar? 1024 184 Andre

Sapinho: O que é, como surge e quais cuidados tomar?

O nome científico é monilíase. Problema muito comum em bebês nos primeiros meses de vida, o sapinho é uma infecção pelo fungo chamado Candida albicans, o mesmo da candidíase. Ele se manifesta com manchas e placas brancas na boca do bebê, pode se espalhar para garganta, amígdalas e esôfago e pode estar presente também no peito da mulher que amamenta e em assaduras na criança.

 

Quais são as causas?

 

Nosso organismo hospeda uma série de fungos e bactérias, inclusive o fungo que causa o sapinho. Em condições normais, isso não é problema, mas quando há um desequilíbrio, seja por estresse ou baixa resistência, essa presença se transforma em infecção. O sapinho se aproveita, portanto, de uma situação de prejuízo imunológico e dá as caras.

Um dos principais causadores desse desequilíbrio são os antibióticos, seja usados pelo bebê ou pela mãe, no caso de criança que mama no peito. Os antibióticos matam as bactérias “boas” que controlam a população de fungos e aí o sapinho aparece.

Como esse fungo gosta de lugares úmidos, ele costuma aparecer também em bicos de mamadeira ou chupetas não higienizados corretamente e até mesmo fraldas – a pouca ventilação cria um ambiente propício para a proliferação do microorganismo.

E enquanto a criança usar mamadeiras, chupetas e fraldas, há o risco da infecção aparecer. Mas os bebês nos primeiros meses de vida estão mais sujeitos pelo fato de ainda não terem o sistema imunológico totalmente desenvolvido. Além disso, os pequenos têm o hábito de botar tudo o que veem pela frente na boca, um comportamento de risco quando o assunto é sapinho.

 

O que fazer?

 

O sapinho não traz riscos mais graves ao bebê, mas pode ser incômodo e dolorido. Então, se as manchinhas brancas aparecerem e parecerem incomodar, e se o bebê chora logo que começa a sugar, procure atendimento médico, para o diagnóstico e a recomendação correta de tratamento.

 

Quais cuidados para tentar evitar?

 

O ideal é administrar antibióticos apenas quando estritamente necessário, além de limpar e esterilizar mamadeiras, chupetas e outros utensílios que o bebê eventualmente use. Para as mães que amamentam, é recomendado manter as mamas sempre limpas e secas, sem resíduos de leite, evitando o uso constante de protetores de seio ou de conchas. Arejar o peito ajuda a evitar infecções.

*Com informações do Babycenter

Entenda o teste do Pezinho no Brasil 1024 184 Andre

Entenda o teste do Pezinho no Brasil

Desde 1992, a população tem acesso obrigatória e gratuitamente ao teste do pezinho, nome popular para a Triagem Neonatal e que é o ponto de partida para o diagnóstico precoce de algumas doenças raras, que, se não tratadas a tempo, podem afetar o desenvolvimento do bebê, levar a sequelas irreversíveis ou até mesmo ao óbito. Esse rastreio permite a identificação dessas doenças antes mesmo do aparecimento dos sintomas, que, muitas vezes, podem ser evitados por meio do tratamento apropriado. De quando se tornou obrigatório e gratuito em todo o Brasil até os dias atuais, o teste avançou algumas fases.

Em 2001, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal, com o objetivo de atender a todos os recém-nascidos em território brasileiro, com uma implantação progressiva no país, de acordo com as condições estruturais e operacionais de cada estado. De lá pra cá foram quatro fases de incorporação de doenças ao teste até chegar na versão básica de hoje: Fase 1 – Fenilcetonúria e Hipotireoidismo congênito; Fase 2 – Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias; Fase 3 – Fibrose Cística; e Fase 4 – Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase.

Em junho de 2014, o processo de universalização da fase 4 foi encerrado e, então, todos os estados passaram a estar habilitados para a triagem das seis doenças previstas no Programa. Ou seja, atualmente, a versão básica do teste do pezinho obrigatória no Brasil detecta: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase. Além da realização do Teste do Pezinho, o SUS garante atendimento com médicos especialistas a todos os pacientes triados positivamente para as seis doenças.

Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento adequado é oferecido gratuitamente e assim como o acompanhamento da criança com a doença por toda a vida nos serviços de referência em triagem neonatal (SRTN) existentes em todos os estados brasileiros. “A orientação e o acompanhamento das crianças são sempre feitos por equipe multidisciplinar composta por pediatra, endocrinologista, nutricionista, psicólogo e serviço social. Caso seja necessário, o paciente será encaminhado para acompanhamento por outros especialistas”, afirma o Ministério da Saúde.

Onde, como e quanto?

O Ministério da Saúde esclarece que o teste é oferecido integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, sem custo à população, e que, hoje, a coleta está disponível em todo o país e conta com 22.353 pontos distribuídos na rede de Atenção Básica, Hospitais e Maternidades. A capacidade de cobertura é de 100% dos nascidos vivos. “As mães podem garantir a realização do teste do pezinho comparecendo à Unidade Básica de Saúde mais próxima de casa. A técnica de coleta é simples e pode ser executada por profissional de saúde treinado, incluindo os profissionais do Programa de Saúde da Família – PSF, que acessam regiões amazônicas, ribeirinhas e tribos indígenas”, explica a assessoria de comunicação do MS, em nota. E completa: “As amostras de sangue são coletadas em papel filtro e depois de algumas horas, quando secas, são enviadas a laboratórios centralizados especializados em triagem neonatal, existentes em todos os Estados e Distrito Federal.”

Cobertura nacional

De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura do Programa Nacional de Triagem Neonatal em 2017 foi de 83,98%, registrando um crescimento de 6,98% com relação ao ano de 2016, cuja cobertura nacional foi de 77%. O Ministério esclarece que a cobertura desse programa diz respeito exclusivamente ao Sistema Único de Saúde (SUS), com base nas informações repassadas pelas gestões locais.

Nesse sentido, não é possível pressupor que os 16,02% dos nascidos vivos em 2017, que não estão inclusos na estatística apresentada, não tiveram acesso aos exames de triagem neonatal, já que não há informação do número de crianças triadas na rede particular ou com custeio de planos de saúde. De acordo com o MS, também não se sabe se houve casos de famílias que se recusaram a fazer os testes: “Os dados disponíveis pelo Governo Federal foram obtidos das Secretarias Estaduais de Saúde, que nunca se referiram se alguma família se recusou ou não a fazer os testes”, declara.

Não há dados concretos e oficiais, mas ainda há falta de informação e orientação sobre esse assunto e até preconceito quanto à realização do exame e isso pode contribuir para que essa estatística de triados fique ainda mais distante dos 100%. E, claro, na prática, para que crianças sejam diagnosticadas tardiamente, com danos irreparáveis e até mesmo chegando a óbito.
“Quanto mais cedo as doenças forem identificadas e tratadas, maior a possibilidade de evitar sequelas nas crianças, como deficiência mental, microcefalia, convulsões, comportamento autista, fibrosamento do pulmão, crises epilépticas, entre outras complicações e até a morte” reforça o Ministério da Saúde.

Gestão do Programa

O MS esclarece que o teste do pezinho é oferecido integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que mantém campanhas periódicas incentivando e conscientizando a população, mas reforça que compete aos gestores estaduais gerenciar os serviços e políticas públicas do Governo Federal e que a oferta desses exames, incluindo o teste do pezinho, é uma responsabilidade dos gestores locais. “Além da gerência e gestão local do recurso, também é responsabilidade do gestor estadual definir o fluxo de coleta, triagem e atendimento aos pacientes identificados na triagem neonatal. Cada estado possui uma realidade diferente e, portanto, estratégias locais específicas para que se alcance o objetivo do programa nacional”, ressalta o Ministério.  No caso do Distrito Federal, por exemplo, como já citamos acima, a triagem neonatal é realizada por meio do teste do pezinho ampliado.

O Ministério da Saúde  reforça: “é preciso que cada estado cumpra, dentro das responsabilidades, o que está definido na política estabelecida pelo Ministério da Saúde”. No caso de algum problema enfrentado nesse cumprimento, “as situações relacionadas à triagem devem ser formalizadas ao Ministério da Saúde, de modo que possam ser avaliadas para o adequado auxílio na resolução de cada situação específica”, declara o MS.

Para as mamães que quiserem saber mais sobre o Programa Nacional de Triagem Neonatal, podem encontrar informações e dados detalhados que estão disponíveis no site do Ministério da Saúde.

O que é a língua geográfica? 1024 184 Andre

O que é a língua geográfica?

Também chamada de glossite migratória benigna ou eritema migratório, a língua geográfica é uma alteração inofensiva que provoca o surgimento de lesões avermelhadas, com bordas irregulares, cinzento-esbranquiçadas, um pouco salientes, que podem migrar de uma área para outra da língua e fazem lembrar os contornos de um mapa geográfico.

As lesões podem aumentar gradativamente, levando à descamação das papilas. Contudo, elas não alteram o paladar e podem regredir espontaneamente.
Embora possam manifestar-se em pessoas de qualquer idade, as lesões surgem mais nos primeiros anos de vida e tendem a desaparecer até os 7 anos de idade, com prevalência maior no sexo feminino.

Causas

Ainda não se conhecem as causas da língua geográfica, mas a condição pode ter caráter hereditário e estar associada à atopias, como asma e rinite alérgica, a deficiências nutricionais especialmente de vitaminas. Ela pode também estar associada à psoríase, estresse emocional e dermatite seborreica.

Sintomas e tratamento

Essa alteração é uma condição assintomática e não há necessidade de tratamento, porém, alguns fatores, como bebidas alcoólicas, alimentos condimentados ou ácidos e alimentos muito quentes podem ocasionar ardência e queimação na língua. Nesses casos, quando há a presença de sintomas, o tratamento será basicamente para aliviá-los e é recomendado consultar um dentista.
As lesões não comprometem o paladar e podem permanecer ativas por períodos curtos ou longos, regredir espontaneamente e reaparecer depois.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, devendo ser analisadas as características das lesões. No entanto, em raros casos, pode ser necessário realizar biópsia ou cultura. O diagnóstico diferencial envolve a candidíase, a leucoplasia, o líquen plano e o lúpus eritematoso.

Visitas: quais os principais cuidados com o recém-nascido? 1024 184 Andre
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Visitas: quais os principais cuidados com o recém-nascido?

Quando o bebê nasce, a ansiedade toma conta dos parentes e amigos para ver o rostinho e conhecer o pequeno que acabou de chegar ao mundo. Nesse momento, a ansiedade também chega com tudo para os pais, afinal, além das alegrias, mudanças e adaptações à nova rotina, há ainda a preocupação com a exposição do filho, em como lidar com as visitas nos primeiros dias de vida do bebê, que são muito delicados e sensíveis. Por isso, resolvemos listar os cinco principais cuidados necessários com o recém-nascido nesse momento, que podem ajudar a orientar tanto quem vai visitar o recém-nascido como os pais que receberão as visitas.

 

Qual a recomendação dos pediatras quanto à idade do bebê apropriada para visitas?

A recomendação dos pediatras é que os familiares mais distantes e amigos apenas visitem o bebê quando ele completar dois meses de idade, pois até lá já terá tomado as vacinas mais importantes. Pode parecer exagero, mas não é, pois há um alto risco de transmissão de doenças. Os parentes mais próximos sempre acabam “liberados” dessa orientação, mas é importante ter bom senso: se estiver com alguma doença, não pode visitar o bebê.

 

Pode ir na maternidade ou melhor quando o bebê estiver em casa?

Isso vai depender muito da preferência dos pais, principalmente das mães. Algumas preferem receber as visitas ainda na maternidade, pela praticidade de poder contar com todo o suporte das enfermeiras para os cuidados com o bebê, por não precisar se preocupar com a organização e a limpeza da casa, nem com o que servir. Outras, acham os primeiros dias muito cedo, porque ainda estão conhecendo o bebê e preferem reservar esse momento íntimo apenas para a família. Então, é importante ter isso bem definido. Se você vai visitar e não sabe qual a preferência, o melhor é perguntar e respeitar a decisão dos papais. E para estes, a dica é que não tenham medo de apresentar suas opiniões e preferências para este momento.

 

Agende as visitas

Independente de quando e onde, se na maternidade ou em casa, é importante agendar as visitas, por uma questão de organização da família e até mesmo de regras do local. Evite sugerir horários de refeições.

 

Higiene é fundamental!

Não é chatice, é cuidado. Mãos sempre bem lavadas e higienizadas com álcool em gel é uma das exigências básicas e muito importantes ao visitar um recém-nascido.
Outro ponto óbvio, mas que precisa ser ressaltado: fumantes na família ou no círculo de amigos mais próximo não deverão fumar antes da visita e, em hipótese alguma, perto do bebê. É importante evitar também perfumes ou cremes, mesmo que não sejam tão fortes. Tudo pela saúde e bem estar do bebê.

 

Nada de beijar e pegar na mão do bebê!

Os recém-nascidos são desprotegidos e nossa boca e nossas mãos são seus grandes inimigos que podem ser transmissores de vírus e bactérias.

 

Outras dicas para quem vai visitar:

Além desses cuidados, vamos listar alguns conselhos para os familiares na hora da visita que com certeza vão deixar as mamães e os papais bem felizes se forem aplicados. 😉

. O sono do bebê é sagrado, portanto, não peçam para acordá-lo;
. Façam visitas rápidas. Os pais precisam descansar, a não ser que precisem e peçam para ficarem mais tempo;
. Nada de palpites e julgamentos! Isso é tudo o que os pais menos precisam nesse momento;
. Não pensem duas vezes antes de ajudarem com tarefas em casa. Vale lavar uma louça, preparar algo para a mamãe comer, ficar um tempo com o bebê para ela tomar um banho, entre outras diversas atividades que podem ser grandes exemplos de carinho, atenção e os melhores presentes que você pode dar;
. Antes da foto, é sempre bom e não custa nada pedir autorização dos papais;
. Fiquem atentos aos sinais de que a hora da visita acabou. Mesmo que tenham ficado pouco tempo, se perceberem que não estão mais em um bom momento, peçam licença, deixem os pais à vontade e voltem em outra hora, sem ressentimentos. 😉

Suplementação de nutrientes: o que você precisa saber? 1024 184 Andre
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Suplementação de nutrientes: o que você precisa saber?

As ofertas de polivitamínicos e minerais nas prateleiras são muitas, mas nem sempre é preciso apelar às doses extras de nutrientes para reforçar a saúde do seu filho. A suplementação é importante quando se tem indicação precisa, do contrário, pode impedir um olhar mais amplo para a alimentação como um todo, além de ser prejudicial e tóxica.

Mãe Que Ama conversou com a Nutróloga Pediatra Dra. Fernanda Morando, que esclarece os principais pontos que os pais precisam saber sobre esse assunto.


MQA: Há muitos complementos, suplementos vitamínicos à venda. A real necessidade de suplementação acompanha essa grande quantidade ofertada ou é pequena entre as crianças em seus primeiros anos de vida?

DRA. FERNANDA MORANDO: No mercado, existem diversos tipos de polivitamínicos e minerais e o apelo pelo consumo destes é muito alto. Existe uma falsa impressão de que quanto maior o número de vitaminas e minerais dentro do frasquinho, melhor é este produto. Para a prescrição de polivitamínicos na rotina deve-se levar em consideração a condição de saúde, peso, alimentação e uso de medicamentos pela criança.
A suplementação vitamínica é recomendada apenas em situações específicas, onde não existe possibilidade de atingir as recomendações via alimentação ou quando se tem carências nas quais além da dose de suplementação também podem ser necessárias doses de tratamento.


MQA: A vitaminas D e o ferro são os indicados normalmente pelos pediatras. Qual é a orientação correta e segura preconizada? Você destacaria outras vitaminas, nutrientes necessários suplementar nos primeiros anos de vida?

DRA. FERNANDA MORANDO: A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que seja suplementado vitamina D e ferro nos dois primeiros anos de vida. Levando em consideração se o bebê nasceu a termo ou prematuro, o pediatra deve estabelecer as dosagens e o momento de início da suplementação. Prematuros ou crianças com doenças específicas podem necessitar de suplementação adicional conforme o histórico individual. Observar os hábitos alimentares da criança e família é a melhor maneira para pensarmos em possíveis carências específicas.


MQA: A suplementação inadequada é um problema e pode trazer riscos à saúde da criança?

DRA. FERNANDA MORANDO: A suplementação diária de vitaminas e minerais deve ser bem indicada, assim como os limites máximos propostos. Este limite máximo evita superdosagens e efeitos tóxicos que alguns destes nutrientes possam apresentar.


MQA: Passados os períodos indicados pelo pediatra, como os pais podem saber se a criança em algum momento necessita de suplementação? Além dos exames de sangue (que muitas vezes não são frequentes em crianças), existem sintomas aos quais deve-se atentar e desconfiar?

DRA. FERNANDA MORANDO: Uma alimentação equilibrada pode fornecer a uma pessoa saudável todos os nutrientes necessários e nas quantidades adequadas. Por isso é tão importante ter hábitos saudáveis. Os sinais clínicos da deficiência de micronutrientes costumam aparecer já numa fase mais avançada, definimos como fome oculta essa carência silenciosa. Sendo assim, a melhor forma de prevenção é se atentar à variedade e equilíbrio da alimentação infantil.


MQA: Que mensagem você deixa para os pais sobre nutrição e a suplementação de vitaminas na infância?  

DRA. FERNANDA MORANDO: A suplementação de vitaminas na infância é de importância fundamental quando se tem indicação precisa. A falsa ideia que vitaminas não fazem nenhum mal à saúde estimulam o consumo indiscriminado de produtos desnecessários, garantem um conforto ilusório aos pais de que a criança está protegida nutricionalmente e impedem um olhar mais amplo para a alimentação como um todo.
A prescrição deve ser sempre orientada por um profissional capacitado (médico ou nutricionista) e baseada no histórico alimentar e hábitos de vida da criança e seus familiares. Mais que suplementar nutrientes via medicamentos, é importante que os pais tenham consciência que uma alimentação saudável e equilibrada é o melhor caminho para garantir ao seu filho todos os nutrientes necessários e que faz parte de suas responsabilidades ser exemplo, incentivando bons hábitos alimentares desde o início da vida.


Sobre a entrevistada:

Pediatra com residência médica pelo Hospital Municipal Infantil Menino Jesus. Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria. Nutróloga Pediatra com residência médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Dificuldade Alimentar Infantil. Médica voluntária do ambulatório de Dificuldades Alimentares da disciplina de Nutrologia Pediátrica da UNIFESP. Vários cursos na área de alimentação infantil, englobando consultoria e manejo da amamentação, introdução alimentar, BLW e dificuldade alimentar na infância. Autora do instagram e página de facebook: manualdapediatria. Mãe da Marina.

Qual o tamanho do estômago do bebê? 1024 184 Andre
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Qual o tamanho do estômago do bebê?

As mamães de plantão certamente passam ou já passaram por dúvidas do tipo: “nossa, por que meu bebê mama tantas vezes em tão pouco tempo?” ou “será que meu filho comeu pouco e ainda está com fome?”. Nesse caso, conhecer o tamanho do estômago do bebê e fazer os cálculos relacionando peso e idade podem ajudar bastante.


Explicação científica

Segundo Marcus Renato De Carvalho & Luis Alberto Mussa Tavares, no livro “Amamentação – Bases Científicas” (3a. edição):

“…a capacidade gástrica do bebê é limitada. Ela varia cerca de 7ml ao nascer a 200-250ml ao final do primeiro ano, passando para 70ml na segunda semana e aumentando conforme o peso, numa proporção aproximada de 20ml/kg/refeição. Assim, a capacidade gástrica do bebê varia de cerca de 150ml aos seis meses a 200-250ml aos 12 meses, aumentando aproximadamente, 10ml a cada mês.”


As respostas para as mamães

Então, a resposta para o fato do recém-nascido mamar tantas vezes durante o dia e a noite está aí, no tamanho do seu estômago, que ao nascer equivale a uma cereja, suportando apenas cerca de 7ml de leite. Com um estômago tão pequeno, é normal que ele esvazie rápido e precise encher de novo num curto espaço de tempo. O tamanho pequeno do estômago do recém-nascido também é o motivo das golfadas e regurgitações frequentes nesta idade, pois o estômago logo fica cheio e acontece o refluxo do leite.

Com o passar do tempo, o estômago do bebê vai aumentando de acordo com o peso e a capacidade estimada fica em 20ml por quilo, ou seja, um bebê de 5kg tem um estômago que suporta cerca de 100ml de leite. Aos seis meses, quando normalmente se inicia a introdução alimentar, a capacidade fica em torno de 150ml, ou seja, ainda bem pequeno. E até um aninho de idade, a capacidade gástrica chega a 250ml, o equivalente a uma maçã, como mostramos na imagem comparativa abaixo.

 

tamanho_do_estomago

Importante lembrar:

Para a criança crescer saudável, ela deve receber alimentos complementares adequados no momento oportuno e nas quantidades apropriadas. Uma alimentação adequada deve ser rica em energia, proteínas e micronutrientes, isenta de contaminação (sem germens patogênicos, toxinas ou produtos químicos prejudiciais), não muito salgada ou apimentada, fácil de ser consumida pela criança (apresentação adequada para a idade), e que seja disponível e acessível. É de fundamental importância que a criança goste da dieta e que ela seja culturalmente aceita.

Vacinação contra Poliomielite e Sarampo 1024 184 Andre
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Vacinação contra Poliomielite e Sarampo

É hora de proteger as crianças contra a Poliomielite e Sarampo e evitar que mais casos dessas doenças voltem ao país. A nova Campanha Nacional de Vacinação acontece de 06 a 31 de agosto de 2018 e atenção: TODAS as crianças de um ano a menores de cinco anos devem ser vacinadas, independente da situação vacinal.

Isso mesmo! A campanha de vacinação deste ano é indiscriminada, ou seja, pretende vacinar todas as crianças dessa faixa etária no país, para manter coberturas homogêneas de vacinação. Para a poliomielite, as que ainda não tomaram alguma dose durante a vida, receberão a VIP. Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a VOP, a gotinha. Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da Tríplice viral, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias.

Segundo o Ministério da Saúde, foram adquiridas 28,3 milhões doses das vacinas, um total de R$ 160,7 milhões. Todos os estados do país já estão abastecidos com 871,3 mil doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), 14 milhões da Vacina Oral Poliomielite (VOP) e 13,4 milhões da Tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba.

APROVEITE!

O dia D de mobilização nacional será sábado, 18 de agosto, quando os mais de 36 mil postos estarão abertos no país. A meta é vacinar, pelo menos, 95% das crianças para diminuir a possibilidade de retorno da pólio e reemergência do sarampo, doenças já eliminadas no Brasil.

Nos estados que registraram surtos de sarampo, a vacinação foi antecipada como medida de bloqueio para interromper a circulação do vírus. Em Roraima, a campanha iniciou em março e envolveu pessoas de 6 meses a 49 anos. Já em Manaus (AM), aconteceu em abril e o público vacinado foi de 6 meses a 29 anos de idade. E, em Rondônia, a vacinação está em andamento para crianças de 6 meses a menores de cinco anos. Durante a mobilização nacional, esses estados devem convocar novamente as crianças, na mesma faixa etária, de um a menores de cinco anos.

QUANDO?

Então, já sabem: de 06 a 31 de agosto levem as crianças a uma unidade de saúde e lembrem-se da caderneta! Aproveitem para atualizar o seu cartão de adulto também. 😉
Vacina é cuidado, é proteção!

*Com informações do Ministério da Saúde em  http://portalms.saude.gov.br/ 

Qual a posição segura para o bebê dormir? 1024 184 Andre

Qual a posição segura para o bebê dormir?

É natural que exista dúvida sobre qual posição o bebê deve dormir. Hoje, a orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria, seguindo também a Organização Mundial de Saúde, é diferente de tempos atrás: com o avanço dos estudos envolvendo vários países e milhares de crianças, foi comprovado que dormir de barriga para cima é a posição mais segura, pois reduz em até 70% o risco de Síndrome da Morte Súbita do Lactente, ou morte do berço, como é popularmente conhecida. Essa é uma das maiores causas de mortes entre bebês até um ano de idade.

 

A explicação é simples


Quando o bebê dorme de barriga para cima e volta um pouco de leite na boca, e ele engasga, por exemplo, a primeira reação é tossir ou fazer algum movimento que chamará a atenção dos pais. Estes, logo farão algo para salvar o bebê. Já se ele é colocado de bruços (barriga para baixo), pela própria imaturidade do cérebro, não percebe que está engasgado e respirando um “ar viciado” (rico em gás carbônico) para de respirar e morre silenciosamente. Além disso, quando o bebê está de barriga para baixo, ele pode engasgar e não conseguir tossir ou se mexer para chamar a atenção. E se ele estiver de lado, também não é recomendado, pois pode rolar e ficar de bruços, acontecendo a mesma situação.

 

Segundo estudiosos e especialistas, as evidências científicas sobre o assunto são inquestionáveis e as academias de pediatria dos EUA e Inglaterra, por exemplo, recomendam deitar o bebê de barriga para cima como a única posição correta. Então, fica o alerta para as mamães, papais e familiares que nos acompanham: de barriguinha para cima é mais seguro! 😉

*Com informações do blog Pediatria Descomplicada e Sociedade Brasileira de Pediatria.