Saúde Bebê

A consulta pediátrica pré-natal: entenda sua importância  1024 403 Andre

A consulta pediátrica pré-natal: entenda sua importância 

O que mamães e papais mais precisam quando se preparam para a chegada dos bebês é de informação correta e de qualidade. É exatamente aí que entra a consulta pediátrica pré-natal, assunto que falamos na LIVE com a Dra. Kaká (assista aqui). A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) tem um manual de orientação sobre o tema, que, infelizmente, ainda não é uma realidade na rotina dos pais e dos especialistas. A consulta com o pediatra antes do bebê nascer pode ajudar a orientar e tranquilizar os pais sobre diversos assuntos que fazem parte do parto e pós-parto, trazendo soluções para as principais questões que permeiam o cuidado com os nossos pequenos.

Segundo o manual, a consulta deve ser realizada rotineiramente para todas as gestantes no terceiro trimestre do pré-natal, não se restringindo à classificação de gestação de alto risco, e representa “uma oportunidade de antecipação de riscos e um dos pilares da tríade para redução da morbimortalidade neonatal, juntamente com a assistência ao recém-nascido (RN) em sala de parto e a consulta pós-natal dentro da primeira semana de vida”. 

O documento orienta que devem ser abordados vários aspectos da gestação, parto, nascimento e acompanhamento da saúde da criança, tais como: a intercorrência no pré-natal; a prevenção de doenças infecciosas; vias de parto; assistência pediátrica em sala de parto; aleitamento materno; testes de triagem neonatal; impacto do nascimento da criança para a família; aspectos gerais sobre os cuidados com o RN; segurança da criança; e a abertura de espaço livre para a família expor outras demandas.

Acesse aqui a íntegra do manual da SBP. 

Assista também a nossa LIVE com a Dra. Kaká sobre A importância da Consulta pré-natal com o pediatra: bit.ly/LIVE_Pediatra 

 

Crianças podem usar álcool em gel? Entenda 1024 403 Andre

Crianças podem usar álcool em gel? Entenda

Se você tem criança em casa nesses tempos de pandemia, provavelmente, já se perguntou se pode ou não usar álcool em gel para limpar as mãos dos pequenos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o uso do álcool em gel é indicado para crianças acima dos 3 anos de idade, porque, embora apresente baixa toxidade, caso usado de maneira incorreta pode sim representar riscos para a saúde. A pediatra Dra. Kelly Oliveira explica que bebês e crianças pequenas instintivamente levam a mão até a boca e podem acabar ingerindo o produto. E, ainda que tenha um gosto ruim e a criança acabe afastando a mão da boca, ainda pode representar risco de intoxicação ou inalação.

Em contrapartida, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso de álcool em gel em todas as idades para prevenir a contaminação com o novo coronavírus.

 

E então, pode ou não pode usar?

 

A pediatra diz que SIM, o álcool em gel pode ser usado em bebês e crianças, mas ressalta que é preciso tomar alguns cuidados.

 

“No caso de recém-nascidos, por exemplo, que não exploram o chão e outros objetos com frequência, a higienização das mãos pode ser feita com água e sabão, mas se os pais sentirem necessidade, o álcool em gel pode ser aplicado em pequena quantidade nas mãozinhas do bebê. Os pais ou responsáveis devem se atentar até que o produto seque para evitar contato com o rosto do bebê. E é importante que as mãos e objetos de quem for entrar em contato com ele estejam devidamente higienizados”, explica Dra. Kelly.

Em crianças um pouco maiores, o produto também não deve ser usado sem supervisão de um adulto e nem em grandes quantidades. A recomendação é higienizar corretamente as mãos e punhos até a altura do cotovelo com água corrente e sabão e, quando não for possível a lavagem das mãos, fazer o uso do álcool em gel.

“Outro risco do uso indevido ou excessivo de álcool em gel em crianças é o ressecamento da pele, descamação e coceira em casos de reação alérgica. Por isso, é preferível usar um álcool em gel sem hidratantes, perfumes e cores, pois esses aditivos podem ser alergênicos, além do próprio álcool causar ressecamento das mãos”, destaca a pediatra, que completa com um alerta: “Nunca deixar ao alcance de crianças, devido ao risco de queimaduras graves, por ser um produto altamente inflamável”.

Caso note, após a aplicação do produto, sinais de alergia e sintomas como coceira, vermelhidão na pele, sonolência excessiva, tontura ou respiração alterada, suspenda o uso e procure um pediatra para avaliar a situação. 

 

*Com informações do Pediatria Descomplicada .

Massagem nos pezinhos: confira as dicas para fazer nos pequenos em casa! 1024 403 Andre

Massagem nos pezinhos: confira as dicas para fazer nos pequenos em casa!

A reflexologia é uma técnica de massagem que estimula todos os pontos do pé, que correspondem à regiões e órgãos do corpo humano. Segundo a massoterapeuta Natalia Garrido, essa é uma massagem relaxante e curativa que previne inúmeras doenças e promove o bem estar. “A técnica é bastante recomendada também entre os pediatras, pois o toque nos pezinhos faz o bebê relaxar, se sentir cuidado e amado e ainda ajuda a aliviar cólicas e irritações”, explica Natalia. 

A massagem completa deve ser feita por um profissional da área por conter muitos pontos, mas a massoterapeuta conta que é possível adaptar para fazermos de uma forma mais simples nas crianças em casa e, assim, aproveitar esse momento também para criar um vínculo intuitivo e terapêutico entre pais e filhos. “E se a criança for maior, pode ser criada ainda uma atmosfera de descoberta, fazendo um escalda pés com óleos e depois a massagem”, acrescenta.

 

Confira as dicas:

 

  • A massagem pode ser feita com qualquer tipo de óleo vegetal, você pode colocar algumas gotinhas de óleo essencial de lavanda para aumentar ainda mais o relaxamento da criança;
  • Pode fazer antes ou depois do banho do pequeno ou, até mesmo, durante o banho, se estiver na banheira;
  • Os movimentos devem ser leves, deslizando dos joelhos para os pés;
  • Faça movimentos circulares na sola do pezinho, entre os dedinhos, tornozelo, calcanhar… Deixe sua sensibilidade de carinho te guiar. 😉

 

Benefícios

 

De acordo com a massoterapeuta, a reflexologia traz diversos benefícios para o corpo:

  • Ajuda a diminuir as cólicas; 
  • Ajuda a diminuir infecções e inflamações; 
  • Ajuda a melhorar a qualidade do sono;
  • Diminui estresse e ansiedade;
  • Aumenta a circulação sanguínea;
  • Estimula o crescimento; 
  • Estimula o sistema hormonal;
  • Estimula o sistema imunológico;
  • Estimula o sistema nervoso;
  • Aumento das endorfinas;
  • Aumento da sensação de bem estar e relaxamento.     

Aproveite! 🙂

 

Sobre a entrevistada:

Natalia Garrido é Massoterapeuta e esteticista há mais de 10 anos, com formação técnica pelo Senac-SP. Atende no Espaço Natalia Garrido, em Santos-SP. 

Especialista diz que ampliação do Teste do Pezinho no SUS é necessária e possível 1024 403 Andre

Especialista diz que ampliação do Teste do Pezinho no SUS é necessária e possível

O médico imunologista doutor Antônio Condino Netto, consultor técnico do Laboratório do Instituto Jô Clemente (antiga Apae de São Paulo) defende a importância de se expandir a triagem neonatal ampliada a todos os bebês no Brasil. Ao Mãe Que Ama, o especialista disse que uma ampliação do Teste do Pezinho no SUS, incluindo um número bem maior de doenças do que é realizado hoje é “tecnicamente perfeitamente possível, precisa haver vontade política e investimento e levar a causa a sério”. 

Dr. Condino realizou estudo já aprovado pela Associação Médica Brasileira (AMB) que indica que o Teste do Pezinho para imunodeficiências primárias pode gerar economia de até R$ 3 milhões no custo por paciente. O médico explica que no Brasil, a incidência das Imunodeficiências Primárias é de 1 a cada 30 mil crianças e no mundo varia entre 1 a cada 10 mil e 1 a cada 50 mil. Essa doenças causam infecções graves de repetição de início precoce já no primeiro mês de vida, exigindo múltiplas internações prolongadas, e o diagnóstico tardio leva a sequelas e morte durante o primeiro ano de vida.

O que diz a pesquisa?

Segundo o estudo, uma criança triada, tratada e curada de Imunodeficiência Combinada Severa (SCID), uma das 420 doenças desse grupo, até os três meses de idade representa à medicina privada cerca de R$ 1 milhão em decorrência de todos os procedimentos adotados, que incluem transplante de medula óssea e acompanhamento clínico. Entretanto, se não houver a triagem e, consequentemente, a intervenção clínica adequada, esse custo pode chegar a R$ 4 milhões e com grandes chances de o bebê ir a óbito antes de um ano de vida.

De acordo com o imunologista, o estudo apresentado representa um passo importante para a expansão do acesso ao Teste do Pezinho Ampliado a todos os bebês. Atualmente, a triagem neonatal oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contempla a análise de somente seis doenças (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística, Anemia Falciforme e demais Hemoglobinopatias, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência Biotinidase), além da Toxoplasmose Congênita, que foi incluída por lei aprovada recentemente e que ainda está em processo de regulamentação. Já o teste ampliado pode detectar cerca de 50 doenças a partir da análise das mesmas gotinhas de sangue coletadas do calcanhar do recém-nascido, sendo disponibilizado a todos atualmente apenas na rede privada.

Teste do Pezinho Ampliado é possível!

Pelo SUS, a ampliação já é realidade no Distrito Federal, onde foi garantida por lei publicada em 2008, incluindo cerca de 30 tipos de doenças. A capital federal, que já apontou queda nos índices de mortalidade infantil, teve outra lei sancionada em setembro de 2019 e passa agora por uma nova ampliação do procedimento, incluindo as doenças lisossomais e a imunodeficiência combinada grave, aumentando a lista para mais de 40 doenças a serem triadas.

Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul aprovaram lei de ampliação recentemente e estão se preparando para colocar em prática e também fazer gratuitamente o exame, a exemplo do Distrito Federal.

“O estudo que fizemos aqui no Brasil contempla a análise apenas da triagem para imunodeficiências primárias e já identificamos uma economia de R$ 3 milhões por paciente. Imaginamos que se conseguirmos incluir na triagem neonatal em todo o país a detecção precoce de até 50 doenças, tanto as crianças quanto o sistema de saúde serão muito beneficiados”, explica o médico.

De acordo com Condino, os exames de Imunodeficiência Combinada Severa (SCID) e Agamaglobulinemia (Agama) já foram incluídos na tabela da AMB, procedimento apresentado na reunião de atualização do rol da ANS e deve vir uma resposta definitiva até novembro. “Haverá consulta pública e assim fica disponível para particulares e convênios planos de saúde, na saúde complementar que inclui cerca 25% da população, beneficiando algo em torno de 600 mil a 750 mil bebês nascidos no sistema privado de saúde”, conta. Ele diz que existe a expectativa de que esse grupo de doenças seja incluído no Programa Nacional de Triagem Neonatal pelo SUS, mas “está em tramitação na CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) desde 2014, sem respostas devido às várias crises políticas. O ideal seria já termos esse acesso a todas as crianças, especialmente em período de pandemia, que preocupa a todos, principalmente pais e mães dos recém-nascidos. Essa discussão precisa ser feita pelo poder público, porque os pais precisam saber com detalhes as reais condições de saúde de seus filhos”, afirma.

Iniciativas promovem conscientização do poder público e da sociedade civil sobre importância de expandir o acesso da população ao Teste do Pezinho Ampliado:

 

Junho Lilás – O Instituto Jô Clemente (antiga Apae de São Paulo), pioneiro na realização do exame no país, e a União Nacional dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal (Unisert) lançaram em 6 de junho, Dia Nacional do Teste do Pezinho, a campanha Junho Lilás, com a hashtag #VamosDarMaisUmPasso. Atualmente, o IJC é responsável pela realização da triagem de 80% dos bebês nascidos na capital paulista e 67% dos recém-nascidos do Estado de São Paulo, por meio do SUS (293 mil) e de maternidades e hospitais privados (103 mil, sendo 28% de testes ampliados). O Laboratório do Instituto Jô Clemente é o maior do Brasil em número de exames realizados e desde a sua implantação triou mais de 16,5 milhões de crianças brasileiras. Somente em 2019, foram triados 395.281 bebês na Instituição, totalizando 2.635.283 exames.

 

Pezinho no Futuro – Organizada pelo Instituto Vidas Raras, a campanha ganhou mais uma fase a partir desse 06 de junho. #EmCasaComPezinhoNoFuturo – Um novo começo, rumo a uma nova história. E todos podem participar desta importante Campanha, basta assinar o formulário no site www.pezinhonofuturo.com.br .   O objetivo é alertar a sociedade e os gestores públicos sobre a importância do exame para o diagnóstico precoce de doenças genéticas raras, acompanhar a situação atual dos testes e resultados e chamar a atenção para a necessidade urgente de ampliação, incluindo uma lista maior de doenças a serem triadas pelo SUS, disponibilizando, assim, o Teste do Pezinho Ampliado para todos os recém-nascidos no Brasil. A Organização Social também está disponibilizando um contato de Whatsapp para quem tem dúvidas sobre o exame ou alguma denúncia a fazer: (11)99790-7080.

Pezinho no Futuro conta com apoio de mais de 50 associações atuantes pela causa das doenças raras em todo o país, além de políticos, influenciadores digitais, personalidades e formadores de opinião. Já recebeu também moções de apoio de entidades como a Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica – SBGM, o Conselho Nacional de Saúde – CNS, e reconhecimento internacional da RDI – Rare Diseases International, aliança global de pessoas com doenças raras, e em reunião de Doenças Raras da ONU.

Compartilhe as informações também em redes sociais e com sua rede de contatos, convidando amigos, familiares para abraçarem essa causa pela vida. O Instituto Vidas Raras também disponibiliza todo o material informativo para divulgação. Interessados podem solicitar pelo e-mail: contato@pezinhonofuturo.com.br .

 

*Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto Jô Clemente.

Covid-19: Crianças devem usar máscara? 1024 403 Andre

Covid-19: Crianças devem usar máscara?

Os órgãos oficiais de saúde continuam recomendando que as pessoas só saiam de casa quando extremamente necessário e, quando esse for o caso, a recomendação a todos é para o uso de máscara, já que a cobertura impede a transmissão do coronavírus por pessoas contaminadas assintomáticas – que não sabem que estão com a doença. A exceção são as crianças menores de 2 anos de idade: mas por que elas não devem usar máscara?

A explicação é simples: especialistas alertam que crianças nessa faixa etária não têm autonomia e controle plenos dos seus movimentos, podem ter dificuldade para respirar com a máscara e correm risco de sufocamento. Além disso, nessa faixa etária, é comum a criança levar a mão no rosto e ela pode ficar impaciente, incomodada, mexendo na máscara querendo retirar, o que não é eficiente para a proteção e até aumenta também o risco de contaminação. Outro problema é o tamanho das máscaras, que geralmente são grandes e não se ajustam corretamente, perdendo assim sua eficiência.

Esse, inclusive, é um ponto importante a ser observado no caso do uso da proteção nas crianças maiores de 2 anos. É preciso que a máscara esteja no tamanho correto para que seja segura e eficiente. 

 

O uso da máscara exige certos cuidados, atenção!

 

As máscaras infantis também podem ser fabricadas em casa, com tecido, de preferência algodão, pois irrita menos a pele. Elas precisam ter pelo menos duas camadas de pano e ter o tamanho adequado à face da criança, cobrindo confortavelmente toda a lateral do rosto, mas permitindo a respiração sem dificuldade. O ideal é que sejam presas por elásticos atrás da orelha. 

Diversos tutoriais online ensinam a produção, mesmo sem máquina de costura. O Ministério da Saúde divulgou um manual, acesse aqui. A ANVISA também divulgou orientações gerais sobre o uso não profissional de máscaras, confira aqui

É preciso atentar também ao fato de que a criança tende a tocar na máscara com as mãos, depois podem mexer no nariz ou olhos, por isso é importante explicar para ela sobre o uso correto e a supervisão precisa ser constante. Deve-se observar também se a criança está salivando ou com o nariz escorrendo, pois máscaras molhadas são consideradas sujas e precisam ser trocadas.

Lembrando que as máscaras são individuais, devem ser trocadas a cada duas horas e lavadas corretamente sempre após o uso.

 

Higienização

A higiene é um ponto fundamental do uso de máscaras. É preciso lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos ou passar álcool em gel antes e depois de tocar na máscara, e sempre retirar pelos elásticos. Se for preciso encostar no tecido, coloque o dedo (desde que limpo) na parte interna da máscara, onde o risco de contaminação é menor, e nunca na frente da máscara. 

Para quem vai ficar mais do que duas horas na rua, o certo é levar máscaras extras, embaladas individualmente em saquinhos de plástico. Tire a máscara usada, dobre no meio com a parte de fora para dentro, e guarde na sacolinha. 

A higienização pode ser feita com água e sabão na máquina de lavar, ou deixando de molho em água sanitária por 30 minutos. 

 

Importante:

Vale lembrar que o ideal mesmo é que as crianças fiquem em casa, protegidas dos riscos externos de contato com o vírus. Sair mesmo, só se for imprescindível e redobrando os cuidados!

E para as menores de dois anos, sem a proteção, além das medidas de distanciamento e higiene, é possível também, por exemplo, usar um tecido para cobrir o carrinho ou bebê conforto e minimizar o contato no momento de algum deslocamento breve. 

As máscaras não são recomendadas para pessoas com dificuldade e problemas respiratórios ou que estejam dormindo. Em caso de dúvidas sobre a recomendação para casos específicos, consulte o seu médico ou pediatra da criança para seguir as orientações mais indicadas.  

*Com informações do Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria

 

O que é Mucopolissacaridose? 1024 184 Andre
mucopolissacaridose

O que é Mucopolissacaridose?

Mucopolissacaridose (MPS) é uma doença genética hereditária causada por erros inatos do metabolismo que levam à falta ou deficiência da atividade de determinadas enzimas, que são substâncias que participam de muitas reações químicas no nosso organismo, mantendo-nos vivos e com saúde.

Na MPS, ocorre essa falha nas enzimas que digerem substâncias chamadas Glicosaminoglicanos (GAGS), antigamente conhecidas como mucopolissacarídeos e que deram nome à doença. As GAGS são moléculas formadas por açúcares, que se ligam a uma proteína central, absorvem grande quantidade de água, adquirem uma consistência viscosa, o que garante a essa estrutura uma função lubrificante e de união entre os tecidos, permitindo, por exemplo, o movimento das articulações (juntas) do corpo.

Quando as GAGS não são digeridas corretamente, devido à deficiência de alguma enzima, ficam acumuladas em órgãos e sistemas do organismo de maneira progressiva. As substâncias começam a se acumular dentro das células – daí a classificação como “doença de depósito lisossomal” – fazendo com que fiquem maiores que o normal e o resultado é o aumento de órgãos, como fígado e baço, e, em tecidos, como a pele, o que causa uma série de sintomas e acarreta um mau desempenho de suas funções com complicações que diminuem a qualidade e expectativa de vida dos pacientes com a doença.

“Como os sintomas podem variar de acordo com o tipo de manifestação, dependendo da enzima que está em falta, com a idade do paciente e com a gravidade de cada caso, a doença se expressa de maneiras muito distintas e pode confundir, dificultando o diagnóstico, que, na maioria das vezes, é tardio e pode levar cerca de 4 anos. Por isso, é fundamental aumentar a conscientização e o entendimento sobre a doença, perseguir os sinais. O diagnóstico tardio pode trazer consequências graves ao paciente e sequelas irreversíveis”, explica Regina Próspero, diretora vice presidente do Instituto Vidas Raras.

As manifestações clínicas da MPS variam de acordo com a enzima que está em falta no portador da doença.

 

Quais os tipos de Mucopolissacaridose?

 

MPS I: Síndrome de Hurler, Hurler-Schele e Schele;

MPS II: Síndrome de Hunter;

MPS III: Síndrome de Sanfilippo;

MPS IV: Síndrome de Mórquio;

MPS VI: Síndrome de Maroteaux-Lamy;

MPS VII: Síndrome de Sly;

MPS IX: muito rara, com poucos casos no mundo.

 

Sintomas

Os sintomas variam de acordo com a idade do paciente, com o tipo de mucopolissacaridose e com a gravidade da doença de cada paciente. Alguns deles são:

– Macrocefalia (crânio maior que o normal);
– Hidrocefalia;
– Deficiência mental;
– Alterações da face;
– Aumento do tamanho da língua (macroglossia);
– Dificuldade visual;
– Dificuldade auditiva;
– Má-formação dos dentes;
– Infecções de ouvido;
– Rinite crônica;
– Atraso no crescimento (baixa estatura e baixo peso);
– Rigidez das articulações;
– Deformidades ósseas;
– Excesso de pelos;
– Compressão da medula espinhal;
– Apneia do sono;
– Infecções respiratórias;
– Insuficiência de válvulas cardíacas;
– Hérnia inguinal ou umbilical;
– Aumento do fígado ou do baço;
– Síndrome do túnel do carpo;
– Prisão de ventre;
– Diarreia.

Como diagnosticar?

O diagnóstico da Mucopolissacaridose é feito, normalmente, por um geneticista, após o encaminhamento por outro médico. Para confirmar a mucopolissacaridose, é realizado um exame de sangue para identificar a falta ou diminuição das enzimas.

O teste do pezinho ampliado, disponível apenas no Distrito Federal-DF pela rede pública e na rede privada de saúde, consegue diagnosticar precocemente a doença e, com isso, reduzir o sofrimento tanto da criança como dos familiares. Com um diagnóstico precoce, é possível adotar o tratamento adequado de imediato e assim mudar o curso natural da doença, barrando o desenvolvimento dela, a manifestação de muitos sintomas e até mesmo impedindo que o paciente tenha sequelas, muitas vezes irreversíveis, além de possibilitar mais qualidade de vida.

Infelizmente, essa possibilidade ainda não está acessível a todos os brasileiros, visto que a Mucopolissacaridose não se encontra no rol de doenças triadas no teste do pezinho básico, versão obrigatória e gratuita do exame no país oferecida pelo SUS.

Essa é uma das doenças que lutamos para ser incluída na triagem neonatal da rede pública por meio da ampliação do teste do pezinho. Ajude-nos assinando a petição organizada pelo Instituto Vidas Raras e compartilhando a informação!


Como tratar?

O tratamento da MPS envolve uma equipe com diversos profissionais, de acordo com os sintomas que podem ser apresentados. Entre eles, estão: médicos geneticista, pediatra, pneumologista, otorrinolaringologista, oftalmologista, ortopedista e neurologista; fisioterapeuta; dentista; fonoaudiólogo e psicólogo. Para um melhor tratamento, o ideal é procurar centros de atendimento à doenças genéticas.

 

Asma: diagnóstico na infância e Covid-19. Entenda 1024 403 Andre

Asma: diagnóstico na infância e Covid-19. Entenda

Asma é uma doença crônica em que as vias aéreas ficam inflamadas, resultante de uma interação entre fatores genéticos e múltiplos estímulos, alergênicos ou não, que determinam o aparecimento de tosse, chiado no peito, falta de ar e cansaço, principalmente à noite e pela manhã ao acordar.

No caso da asma infantil, o quadro é mais preocupante, pois as vias respiratórias das crianças têm um calibre menor do que a dos adultos, ou seja, são mais estreitas, e qualquer inflamação pode ser mais prejudicial e impedir a passagem de ar. Por isso mesmo, a asma infantil costuma causar mais hospitalizações e visitas à emergência do que em adultos.

A asma é um problema de saúde pública mundial e sua prevalência aumenta cada vez mais.  A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas têm asma. Apesar da dificuldade para se diagnosticar asma na infância, existem evidências que sugerem que metade de todos os casos são diagnosticados até os 3 anos de idade e 80% até os 6 anos de vida.  

 

Asma e Covid-19

De acordo com documento científico divulgado pelos Departamentos Científicos de Alergia e de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), pacientes com asma não são mais propensos a adquirir a infecção pelo novo coronavírus, porém são mais propensos a desenvolver complicações em caso de contágio. Dessa forma, além de adotar todas as medidas de proteção, a recomendação mais importante é não interromper o tratamento da asma e, em caso de dúvida, pedir auxílio e orientações ao médico que acompanha o paciente.

A entidade também adverte que os pacientes deverão utilizar seus dispositivos inalatórios de forma individual, sem compartilhamento, uma vez que os reservatórios de nebulizadores são potenciais fontes de contaminação.

Leia mais aqui e acesse o documento na íntegra com orientações aos pacientes e cuidadores de crianças com asma para prevenir o contágio pelo coronavírus durante a pandemia da COVID-19.

 

Causas da Asma

 

Ainda não se sabe exatamente o que provoca a asma infantil, uma vez que cada pessoa apresenta uma sensibilidade a gatilhos diferentes. Os fatores de risco são uma combinação de predisposição genética, infecções respiratórias e exposição ambiental a substâncias e partículas inaladas que podem provocar reações alérgicas ou irritar as vias aéreas. Dessa forma, é importante entender o que causa seus ataques de asma e tentar reduzir a exposição a esses agentes ou buscar tratamentos mais adequados. Os gatilhos mais comuns da asma são:

  • Alérgenos domiciliares: por exemplo, ácaros da poeira doméstica, fungos e pelos de animais;
  • Alérgenos externos: tais como polens, fungos e pelos de animais;
  • Fumaça de cigarro e outros tipos de fumaça;
  • Poluição do ar ou exposição a irritantes químicos;

Alguns outros estímulos podem desencadear as crises, embora não sejam os causadores da asma, como: exposição ao ar frio, excitação emocional extrema, odores fortes, exercício físico e uso de certos medicamentos, como aspirina e outros anti-inflamatórios.

Assim, as medidas de cuidados com o ambiente tornam-se fundamentais para controle da doença.

 

Cuidados

 

  • Manter a residência ventilada e dormir em quarto arejado. Usar diariamente aspirador de pó ou pano úmido em toda a residência, principalmente nos locais em que permaneça por mais tempo;
  • O paciente deve abster-se de espanar, varrer, arrumar camas, gavetas, estantes, etc.
  • Revestir o travesseiro e o colchão com capa impermeável à passagem de ácaros e suas secreções. Lavar a capa 1X/mês;
  • Evite usar acolchoados de lã, penas ou algodão, pois se tornam depósito de poeira e são de difícil lavagem;
  • Evitar ambientes empoeirados, como bibliotecas, sótãos, porões, adegas, tulhas, celeiros, etc;
  • Se o paciente dormir no mesmo quarto com outra pessoa, esta deverá seguir as mesmas orientações;
  • Retirar tapetes e carpetes do ambiente;
  • Evitar o uso de inseticidas, “spray” e aparelhos elétricos repelentes de insetos;
  • Evitar odores fortes: desinfetantes, água sanitária, fumaça, gasolina, ceras e solventes orgânicos. Evitar ficar em casas pintadas recentemente ou fechadas por muito tempo;
  • Evitar animais como cão e gato dentro de casa;
  • Afastar a criança da inalação de fumaça de cigarro;
  • Retirar os bichos de pelúcia do ambiente.

 

Tratamento

 

Ainda não há cura para a asma, mas é possível controlá-la a partir do diagnóstico correto, tratamento, informação e orientação médica. Assim, o paciente pode reduzir o risco de novas crises, o que pode proporcionar boa qualidade de vida.

Atualmente, existem tratamentos preventivos, eficazes e seguros que ajudam a diminuir a inflamação dos brônquios e a criança consegue levar uma vida normal e ativa, sem entrar em crises. A duração do tratamento é variável e depende do grau (classificação) da doença. Conforme a criança vai crescendo, as crises vão diminuindo e na maioria dos casos o tratamento é suspenso.

 

Importante

 

A asma na infância não deve ser negligenciada esperando-se que ela desapareça à medida que a criança cresça. Em geral, crianças com asma leve tem bom prognóstico. Entretanto, as com formas moderada ou grave provavelmente continuarão a ter, no transcorrer da vida, sintomas e, consequentemente, complicações decorrentes da doença não controlada.

 

*Com informações dos portais de saúde Minha VidaMinistério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria.

O que são as Imunodeficiências Primárias? 1024 184 Andre

O que são as Imunodeficiências Primárias?

As imunodeficiências primárias (IDPs), identificadas como erros inatos da imunidade, são um grupo de doenças congênitas, bem diferentes umas das outras, que têm em comum o fato de afetarem o funcionamento do sistema imunológico. Diferem de muitas doenças adquiridas que afetam o sistema imunológico (a mais conhecida delas a AIDS), pois são determinadas por alterações genéticas. De modo individual, as IDPs são consideradas doenças raras. Elas são classificadas de acordo com o componente do sistema imunológico primariamente comprometido e abrangem mais de 350 doenças genéticas, apresentando infecções de repetição, autoimunidade, alergias e neoplasias.

*Não é possível afirmar que pacientes diagnosticados com imunodeficiências primárias estão mais suscetíveis à Covid19, mas algumas dessas doenças comprometem a defesa do organismo contra qualquer tipo de vírus, por isso, o cuidado é fundamental.

 

Sintomas

Como essas doenças afetam o sistema imunológico, que tem como principais funções nos defender de microrganismos, assim como vigiar e controlar o aparecimento de células tumorais, além de vigiar e controlar células e anticorpos que podem nos agredir, as manifestações ocorrem como infecções que acontecem de forma recorrente, doenças oportunistas ou infecções com maior gravidade em relação as que acontecem com pessoas saudáveis.

Os problemas mais frequentes são respiratórios – como pneumonia e sinusite– ou acometem o trato intestinal, causando diarreias crônicas. Mas também é possível que o problema se manifeste no ouvido, na garganta, na verdade, não há órgãos definidos.

Então, quando a criança fica sempre doente, precisa constantemente de antibióticos, não melhora com medicamentos de rotina e demora um tempo mais longo para se recuperar, a família precisa ficar alerta e desconfiar. Reações anormais e inesperadas a vacinas de microrganismos vivos e atenuados, principalmente a BCG, também podem ser um sinal de alerta para um defeito de imunidade.

Os sintomas podem começar a aparecer já nos primeiros meses de vida ou só durante a vida adulta, quando se considera que a manifestação é tardia. As formas mais graves costumam se manifestar ainda no primeiro ano de vida.

*Fique atento!

É importante ficar alerta se a criança ou o adolescente apresentar dois ou mais destes sinais:

  • Quatro ou mais otites (infecções de ouvido) em um ano;
  • Duas ou mais sinusites em um ano;
  • Dois ou mais meses com antibiótico com pouco efeito;
  • Duas ou mais pneumonias em um ano;
  • Atraso no crescimento ou ganho de peso;
  • Abcessos de repetição de pele ou órgãos;
  • Estomatites de repetição ou sapinho na boca por mais de dois meses;
  • Necessidade de antibiótico intravenoso para tratar infecções;
  • Duas ou mais infecções graves, incluindo septicemia;
  • Histórico de infecções de repetição ou diagnóstico de IDP na família.

*Fonte: Complexo Pequeno Príncipe e Fundação Jeffrey Modell

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico deste grupo de doenças é feito com exames de sangue desde os mais simples, como um hemograma (contagem de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas do sangue), até os mais complexos, utilizando sequenciamento genético (estudo do DNA). Os exames que mais comumente são necessários são dosagens no sangue de anticorpos e de células chamadas linfócitos.

Segundo a médica Magda Carneiro Sampaio, do Instituto da Criança – Hospital das Clínicas da FMUSP, a SCID – Imunodeficiência Combinada Grave está entre as mais comuns nas crianças antes dos 2 anos de idade. E esta pode ser detectada pelo teste do pezinho na versão ampliada, que, infelizmente, ainda não está disponível pelo SUS, apenas na rede privada.

“As imunodeficiências primárias são um grupo crescente, grande parte tem tudo a ver com a consanguinidade e apresentam situações pouco graves e muito graves, são consideradas emergências pediátricas. Em alguns casos, o único tratamento é o transplante de medula, que deve ser feito imediatamente. E o maior desafio do pediatra é a detecção precoce”, explica Dra. Magda. “É um grupo nada raro, na verdade, são mais comuns do que se imagina, com a estimativa de mais de 165 mil pacientes no Brasil, ou seja, deve ser a doença de base de muitas pessoas que chegam a morrer sem o diagnóstico identificado. É um grupo de doenças de elevada morbidade por falta de acesso ao diagnóstico e ao tratamento corretos”, lamenta a médica.

O diagnóstico e o tratamento precoces destas doenças são essenciais para garantir a sobrevida e prevenir sequelas. Além disso, a identificação do defeito genético responsável pela Imunodeficiência primária torna possível o aconselhamento das famílias e o diagnóstico pré-natal e do estado de portador do defeito.

O reconhecimento tardio das IDPs ocorre, geralmente, após internações prolongadas para tratamentos com antibióticos, antifúngicos e antivirais, o que pode deixar as crianças com sequelas definitivas, incapacitando-as para o trabalho, ou ainda por complicações das vacinas vivas atenuadas que algumas dessas crianças não podem receber, além de acarretar custos elevados para o sistema de saúde. A criança diagnosticada precocemente tem mais chance de sobreviver, pois inicia o tratamento cedo, e também representa uma redução considerável de gastos aos cofres públicos.

O tratamento das IDPs varia de acordo com o tipo e a gravidade da doença e é feito geralmente com a reposição de imunoglobulina humana, grupos de anticorpos produzidos pelo organismo que são coletados por doação, e outros imunobiológicos, além do uso de antibióticos preventivos e o transplante de medula óssea ou cordão umbilical.

Com o diagnóstico cada vez mais preciso, o tratamento acontece de uma maneira mais assertiva, melhor, mais eficiente. “O diagnóstico mais preciso leva a possibilidades de tratamentos diferentes de tudo que a gente faz classicamente, a gente consegue resolver, tratar e basicamente curar os pacientes. O tratamento imunológico muda completamente a evolução da doença no paciente e pode melhor muito a qualidade de vida”, explica Dr. Dewton de Moraes Vasconcelos também do Hospital das Clínicas FMUSP, do Ambulatório de Manifestações Dermatológicas das Imunodeficiências Primárias e Laboratório de Investigação Médica.

 

Pezinho no Futuro e a SCID – Imunodeficiência Combinada Grave

Como falamos, a SCID já pode ser diagnosticada nos primeiros dias de vida do bebê pelo teste do pezinho na versão ampliada, disponível na rede privada de saúde. No SUS, essa ainda não é uma realidade, mas você pode assinar a petição online em prol da ampliação do teste do pezinho no sistema público de saúde do Brasil, tornando o exame possível e acessíveis a todos. Acesse www.pezinhonofuturo.com.br.

 

*Com informações da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e do Instituto da Criança, Hospital das Clínicas – FMUSP.

Febre! E agora? 1024 184 Andre

Febre! E agora?

A febre é uma indicação de que o organismo está combatendo algum tipo de infecção. A elevação da temperatura faz parte do processo natural de combate à infecção e ela, em si, não é necessariamente prejudicial ao bebê.

Apesar de ser um processo natural e comum, que pode se repetir muitas vezes na vida da criança, a febre sempre deixa os pais preocupados e em alerta, principalmente nesse momento de pandemia, já que é considerada um dos sinais da Covid-19.  Mas nem sempre ela é sinal de doença grave e, sozinha, não caracteriza um diagnóstico de Covid-19, que possivelmente vem acompanhada também de tosse, cansaço e dificuldade para respirar, ou para qualquer outra doença. É preciso observar o conjuntos dos sintomas. 

A febre acontece quando a temperatura está acima de 37,5°C, mas nem sempre é sinal de doença e alarde, pois pode ser provocada pelo calor, excesso de roupa ou até mesmo uma reação à vacina.

Quando a febre acontece devido a uma infecção com vírus, fungos ou bactérias, o mais comum é ela surgir rápido e alta e não ceder com medidas simples como o banho morno, por exemplo, sendo necessário o uso de medicamentos.

 

Como distinguir uma febre sem gravidade de uma mais grave?

Além da temperatura, é ainda mais importante considerar o comportamento e a idade da criança. Se ela estiver com febre de até 38 graus, mas estiver comendo bem, brincando e tranquila, há menos razão de preocupação que no caso de uma criança com febre de 37,8 graus junto com choro inconsolável, prostração, palidez, sintomas respiratórios. Essa é a febre que preocupa. 

Para bebês acima de 3 meses, a orientação é observar por 48 horas se ele tiver febre, e procurar o médico depois disso. Mas busque ajuda imediatamente se ele estiver prostrado demais, ou com dificuldade de respirar. E no caso de febres acima de 39 graus, é melhor falar com o pediatra mesmo antes das 48 horas.

E mais: se isso estiver causando muita preocupação, vale a pena procurar o pediatra de qualquer jeito, para se tranquilizar. Só evite levar a criança sem necessidade ao pronto-socorro, para não expô-la a outros vírus e bactérias num momento em que o organismo dela já está um pouco fragilizado.

 


Quando ir ao médico imediatamente?

 

É recomendado ir ao hospital, pronto-socorro ou consultar o pediatra:

– Se o bebê tem menos de 3 meses de vida;
– A febre passa de 38ºC e a temperatura chega rapidamente a 39,5° C, indicando uma possibilidade de infecção bacteriana;
– Houver perda do apetite, havendo recusa da mamadeira, se o bebê dormir muito e quando acordado, mostra sinais de irritação intensa e não habitual, o que pode indicar uma infecção grave;
– Manchas ou pintinhas na pele;
– Surgirem outros sintomas como o bebê estar sempre choramingando ou gemendo;
– O bebê chora muito ou fica muito tempo parado, sem nenhuma reação aparente;
– Se houver sinais de que o bebê está com dificuldade para respirar;
– Se não for possível alimentar o bebê por mais de 3 refeições;
– Se houver sinais de desidratação;
– O bebê ficar muito apático e não conseguir ficar de pé ou caminhar;
– Se o bebê não conseguir dormir por mais de 2 horas, acordando várias vezes durante o dia ou noite, porque é esperado que ele durma mais, devido a febre.

*Em caso de suspeita de Covid-19, informe imediatamente ao médico para que sejam adotadas as medidas necessárias e passadas as orientações corretas de proteção e cuidados, conforme preconizado pelos órgãos oficiais de saúde. 

 

Remédios

 

Os remédios para baixar a febre só devem ser usados sob indicação do médico ou do pediatra e geralmente são indicados antitérmicos como Acetominofeno, Dipirona, Ibuprofeno de 4 em 4 horas, por exemplo. A dose varia de acordo com o peso da criança, por isso deve-se estar atento a quantidade certa.

O médico também pode receitar algum antibiótico em caso de infecção causada por determinados vírus ou bactérias.

Normalmente só é indicado dar cada dose após as 4 horas e se a criança tiver mais 37,5°C de febre, porque a febre mais baixa que isso também é um mecanismo de defesa do corpo, no combate à vírus e bactérias e por isso, não se deve dar remédio quando a febre está mais baixa que isso.

Sempre fale com o pediatra antes de dar qualquer remédio pela primeira vez. O melhor é, na consulta de rotina, já perguntar o que fazer no caso de febre.

Atenção!

 

Durante a febre, mantenha seu filho vestido com as roupas adequadas para a temperatura ambiente, nem agasalhado demais nem de menos.

Capriche na ingestão de líquidos — seja leite materno, fórmula de leite em pó ou, para bebês mais velhos, sopas leves e suco de fruta.

Uma criança com febre pode ficar desidratada só pela transpiração, mesmo que não esteja com diarreia ou vômitos. Quando a criança está desidratada, o uso de antitérmicos é menos eficaz e pode ser até mais tóxico. Portanto, use e abuse dos líquidos, nem que precise dar de colherinha.

Você também pode dar um banho morno. Se tiver usado um antitérmico, pode dar o banho cerca de 40 minutos depois. Mas o banho não é imprescindível — só dê se você achar que seu filho vai se sentir melhor. É melhor baixar a temperatura aos poucos que muito rápido. O banho precisa ser confortável para a criança, e nunca coloque nada na água da banheira.

Também não use álcool para baixar a febre.


*Com informações do BabyCenter e Pediatria descomplicada.

 

Teste do Pezinho é feito na alta da maternidade em Goiás 1024 403 Andre

Teste do Pezinho é feito na alta da maternidade em Goiás

👣Em Goiás-GO, o Teste do Pezinho agora é feito na maternidade, no momento da alta hospitalar, para que mamães e bebês não precisem ir à unidade de saúde depois para fazer a coleta, evitando a circulação e o possível risco de contaminação pelo coronavírus‼️🙂
 A medida de proteção adotada em Goiás segue a recomendação do Ministério da Saúde para todas as Secretarias Estaduais de Saúde do país, como foi informado pelo órgão em nota oficial enviada à nossa equipe e divulgada aqui.
O exemplo reforça a importância do exame continuar sendo feito no prazo ideal para que o diagnóstico precoce de algumas doenças em recém-nascidos seja efetivo, mesmo durante a pandemia.
➡️Assista à reportagem da TV Record e conte pra gente:
➡️Como o Teste do Pezinho está sendo feito na sua cidade? 👣