Saúde Bebê

Cólicas em bebês: quando suspeitar e como lidar 1024 403 Andre

Cólicas em bebês: quando suspeitar e como lidar

As cólicas em bebês recém-nascidos, chamadas pelos especialistas de “cólicas dos lactentes”, são contrações da musculatura abdominal muito comuns nos primeiros meses de vida. Geralmente, começam entre a segunda e a terceira semana, com picos em seis semanas e podendo se prolongar até o quarto ou quinto mês de idade. 

Segundo a pediatra Dra. Kelly Oliveira, “a cólica do lactente é benigna e não causa problemas médicos de curto ou longo prazo. Porém, é bastante estressante para os pais e pode estar associada a um aumento do risco de depressão pós-parto em mães, parada precoce da amamentação, sentimento de culpa, exaustão e até raiva.  Por isso é tão importante acalmar e acolher os pais, já que essa situação os preocupa e estressa”.

Então, para te ajudar a identificar e a lidar com as cólicas em seus pequenos, reunimos aqui as principais informações e orientações dadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria, confira!

O choro está relacionado à cólica nos bebês?

Sim. A principal manifestação da cólica do lactente é o choro inconsolável. No entanto, é importante destacar que o choro faz parte do desenvolvimento neurológico e comportamental do lactente e pode ser ocasionado por outros fatores, como frio, calor, fraldas que necessitam de troca e fome, ou seja, situações normais no cotidiano da família.

Quando suspeitar de que o choro está ligado a cólica?

Quando o choro não desaparece após as outras causas serem descartadas, pode ser cólica do lactente. Isto é, se a criança para de chorar após receber alimentos ou trocar as fraldas é sinal de que não era cólica a causa de sua reação. Mas atenção: nem todo choro inconsolável é cólica do lactente. Assim, se essa situação permanecer, o pediatra deve ser consultado para avaliar cada criança e fazer o diagnóstico correto do problema.

O que pode indicar aos pais que seu filho está com cólica?

Há mais de 50 anos existe uma definição de cólica do lactente que leva em consideração a ocorrência de choro inconsolável e/ou inquietação e/ou irritabilidade por pelo menos três horas, em três dias da semana e com duração superior a três semanas (a chamada “regra dos 3“). Em geral, a cólica do lactente desaparece antes dos quatro meses de vida. Antigamente, muitos diziam que a cólica era parte do desenvolvimento normal da criança e não necessitava de nenhum tipo de atenção específica. No entanto, além do sofrimento que ocasiona no bebe, a cólica do lactente pode se associar com muita ansiedade nos pais e redução na qualidade de vida da família.

Qual a frequência das cólicas nos lactentes?

A prevalência da cólica é variável (entre 6% e 30%). Entretanto, uma taxa maior de lactentes apresenta cólica, segundo a percepção de suas mães. Neste contexto, recentemente, um grupo de especialistas recomendou a ampliação da definição de cólica, mesmo quando a duração diária do choro seja menor do que três horas por dia e, também, não se exige a duração do sintoma por pelo menos três semanas. 

É possível definir o que provoca cólica nos bebês?

Não se conhece com exatidão as causas da cólica. Acredita-se que diversos fatores estejam envolvidos, como fatores ligados ao ambiente, incluindo o status biopsicossocial da família. Também podem influenciar seu aparecimento a imaturidade do sistema nervoso central, intolerância à lactose, anormalidades em hormônios gastrintestinais, alteração do intestino. O caráter autolimitado da cólica, ou seja, seu desaparecimento espontâneo sugere que a cólica do lactente pode sofrer grande influência do desenvolvimento do tubo digestivo ao longo dos primeiros meses de vida.

O surgimento da cólica pode estar relacionado ao tipo de alimento ingerido pelo bebê?

Com relação à alimentação, a cólica do lactente pode ocorrer tanto em crianças que recebem leite materno como única fonte de alimento ou naquelas alimentadas com mamadeiras. Estudo realizado no Brasil mostrou que crianças que não recebem leite materno têm quase o dobro de risco de apresentar cólica do lactente. Na prática, constata-se que a cólica do lactente pode ser o motivo de inúmeras e injustificadas trocas nos tipos de fórmulas lácteas oferecidas ao bebê. Nunca deve ser interrompido o aleitamento natural exclusivo para reduzir cólica do lactente.

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) pode ser causa de cólica?

Raramente, o lactente pode ter cólica ocasionada por alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Estes casos podem ocorrer quando o bebe é alimentado com mamadeira ou mesmo quando se encontra em aleitamento natural exclusivo. Esses bebês melhoram quando a mãe que amamenta deixa de consumir alimentos com proteínas do leite de vaca (leite, derivados do leite, alimentos preparados com leite).

Caso suspeite de que o consumo do leite de vaca pela mãe gera cólica, como proceder?

Se ao retirar a exposição da criança ao leite de vaca a cólica parar, é sempre interessante tentar verificar o sucesso da dieta de exclusão como responsável pelo controle do problema. Para tanto, após o controle da cólica, deve ser reintroduzida a proteína do leite de vaca na dieta da mãe. Outros alimentos que a mãe consome na maioria das vezes não está envolvida com a cólica do lactente. Assim, não se justifica a exclusão de outros alimentos da dieta da mãe. As crianças que não recebem mais leite materno deverão receber uma fórmula especial conforme recomendação do pediatra.

Há medicamentos que podem ajudar?

Ainda não há diretrizes estabelecidas para o tratamento da cólica. E não existem fortes  evidências sobre as opções de tratamento disponíveis.  Vem sendo investigado o papel dos probióticos no seu tratamento. Até o presente, foi demonstrado que apenas um tipo específico de probiótico (não todos) pode reduzir a duração diária do choro e acelerar a resolução da cólica do lactente. 

O que pode ser feito em casa para ajudar no controle da cólica do lactente?

Há uma série de dicas simples que podem ser adotadas em casa. No geral, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por meio do seu Departamento Científico de Gastroenterologia Pediátrica, faz as seguintes recomendações que podem ser úteis para o controle da cólica do lactente:

1)Pegar o bebê no colo (pode ser tentado o contato direto da barriga do bebê com a barriga da mãe); 

2) Enrolar o bebê em uma manta ou cobertor;

3) Flexionar as coxas do bebê sobre a barriga;

4) Dar um banho morno ou aplicar compressas na barriga podem auxiliar na redução da cólica/choro no lactente;

5) Reduzir estímulos para o bebê (evitar locais com muito barulho ou excesso de pessoas);

6) Procurar um ambiente tranquilo, podendo ser usada música ambiente suave; 

7) Tentar estabelecer uma rotina para banho, sono, passeio e outras atividades;

8) Não utilizar chás, trocar marcas de leite ou usar medicamentos sem a orientação do Pediatra; 

9) Seguir sempre as recomendações do Pediatra, que realmente sabe o que é melhor para a saúde do seu bebê.

 

*Com informações da Pediatria Descomplicada e da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Entenda a NOVA LEI do TESTE DO PEZINHO AMPLIADO 1024 403 Andre

Entenda a NOVA LEI do TESTE DO PEZINHO AMPLIADO

Agora é LEI e o Teste do Pezinho será AMPLIADO no SUS para todo o Brasil!

Entenda as mudanças e os próximos passos…

 

O que mudou com a sanção do presidente?

A nova lei foi sancionada no dia 26 de maio de 2021 e entrará em vigor um ano após sua publicação. O prazo foi estipulado para a adaptação da rede de saúde pública. 

Ou seja, o exame que continua sendo obrigatório e gratuito pelo SUS até maio de 2022 é o Teste do Pezinho básico, que faz a triagem para seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.

 

O que diz a nova lei do Teste do Pezinho Ampliado?

A LEI Nº 14.154, de 26 de maio de 2021, altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990), para aperfeiçoar o Programa Nacional de Triagem Neonatal, por meio do estabelecimento de novos grupos de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho.

Com ela, após o prazo estipulado e seguindo as fases previstas de implantação, o exame passará a abranger 14 grupos de alterações em recém-nascidos, triando cerca de 53 doenças. Não necessita de regulamentação, pois está vinculada ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

 

Quais são as fases previstas na lei e quais os novos grupos de doenças?

A ampliação ocorrerá de forma escalonada, em 5 fases, e caberá ao Ministério da Saúde estabelecer os prazos para implementação de cada etapa do processo. As fases incluem: 

Etapa 1: Hiperfenilalaninemias; Hemoglobinopatias e Toxoplasmose congênita; 

Etapa 2: Galactosemias; Aminoacidopatias; Distúrbios do ciclo da ureia; Distúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos;

Etapa 3: Doenças lisossômicas;

Etapa 4: Imunodeficiências primárias;

Etapa 5: Atrofia muscular espinhal-AME.

 

A nova lei também diz que:

A lista de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho no SUS será revisada periodicamente, com base em evidências científicas, considerados os benefícios do rastreamento, do diagnóstico e do tratamento precoce, priorizando as doenças com maior prevalência no País, com protocolo de tratamento aprovado e com tratamento incorporado no Sistema Único de Saúde. Ou seja, esse novo rol de doenças poderá ser expandido pelo poder público com base nesses critérios estabelecidos.

 

E mais…

Durante os atendimentos de pré-natal e de puerpério imediato, os profissionais de saúde devem informar a gestante e os acompanhantes sobre a importância do teste do pezinho e sobre as eventuais diferenças existentes entre as modalidades oferecidas no Sistema Único de Saúde e na rede privada de saúde.

 

Essa conquista foi um grande passo para a saúde das crianças, mas ainda temos um longo caminho pela frente! 

Juntos, conseguimos! E juntos seguiremos acompanhando todo esse processo, com a próxima fase da campanha Pezinho no Futuro. Acompanhe!

Pré-natal: conheça os principais exames feitos em cada fase da gestação 1024 403 Andre

Pré-natal: conheça os principais exames feitos em cada fase da gestação

A saúde da mãe e do bebê depende muito de um bom acompanhamento antes do parto. Além da frequência de consultas médicas, existem exames básicos de acordo com cada fase da gestação que toda futura mamãe deve fazer. A ginecologista e obstetra Dra. Luciana Longo, do Fleury Medicina e Saúde, preparou para nós uma lista completa desses exames pré-natal, incluindo também alguns opcionais, e explica para que serve cada um. Confira e converse com o seu médico! 

Primeiros Exames (Primeiro Trimestre)

Basicamente, estes são os exames realizados no primeiro trimestre nas gestações de baixo risco. Nas de alto risco, que envolvem gestantes com hipertensão crônica, diabetes e lúpus, por exemplo, estes e vários outros exames são solicitados pelo obstetra de maneira criteriosa e individualizada.

Exames de Sangue  

O médico vai pedir mais de 15 diferentes testes sanguíneos, em uma única coleta de sangue. Entre eles, estão: 

  • hemograma completo: investiga se a grávida tem anemia ou alguma infecção;
  • tipagem sanguínea: determina o tipo de sangue (ABO) e o fator Rh;
  • glicemia: verifica os níveis de glicose no sangue e um eventual diagnóstico de diabetes;
  • sorologias: diagnosticam possíveis infecções virais, bacterianas e causadas por protozoários, que podem causar malformações e problemas graves para o bebê.

Classificação: básico / obrigatório.

Exame de urina e de fezes 

O exame de urina detecta infecção urinária. Já o exame de fezes investiga a presença de parasitas que possam “roubar” os nutrientes e prejudicar a gravidez.

Classificação: básico / obrigatório.

Papanicolau

Avalia se existem processos inflamatórios e lesões no colo do útero, podendo ser feito com segurança em qualquer trimestre da gestação.

Classificação: básico / obrigatório.

Ultrassom obstétrico inicial

Esse primeiro ultrassom deve ser realizado preferencialmente por via transvaginal por volta de 8 semanas de gravidez. Essa é a melhor época para visualizar o útero, os ovários e o embrião, que mede cerca de 1 centímetro. Nesse exame, o médico verifica a quantidade de embriões, sua localização, se existem áreas de descolamento da placenta, miomas e avalia com precisão o tempo de gestação.

Classificação: básico / obrigatório.

Ultrassom Morfológico de 1º trimestre 

A recomendação é realizar este exame entre 11 semanas e três  dias e 13 semanas e seis dias de gestação, para avaliar o risco de alterações cromossômicas do bebê (a mais comum, Síndrome de Down) e grandes malformações, como anencefalia. O risco é avaliado principalmente pela medida de um líquido coletado na nuca do feto, a translucência nucal (TN), que está aumentada em cerca 90% dos fetos com síndrome de Down, alteração cromossômica mais frequente.

Classificação: básico / obrigatório.

NIPT (do inglês, Noninvasive Prenatal Testing) ou  Teste pré-natal não-invasivo

O NIPT é feito a partir de 10 semanas de gestação e identifica DNA fetal livre no sangue da mãe, pesquisando os cromossomos 21, 13, 18, X e Y, com excelente capacidade de detecção das síndromes de Down, Edwards, Patau, podendo ainda buscar outras síndromes ligadas aos cromossomos X e Y (como a Síndrome de Turner). O Fleury Medicina e Saúde oferece também o chamado NIPT ampliado, que, além dos cromossomos analisados pelo NIPT, é capaz de diagnosticar síndromes, como a de DiGeorge e mais algumas de difícil diagnóstico.

Estes exames podem ser realizados por todas as gestantes, principalmente com idade materna a partir de 35 anos e se o nível de ansiedade é elevado, podendo ser indicado principalmente em casos de translucência nucal aumentada, gestação anterior acometida por anomalias cromossômicas avaliadas pelo NIPT, pais com certas alterações cromossômicas que aumentem o risco fetal de Síndrome de Down ou Patau.

Classificação: opcional.

Exames do segundo trimestre

Exames de sangue

  • Hemograma e sorologias: repetição com a mesma finalidade do 1º trimestre.

Exame de urina

  • Pesquisa infecção urinária, como no 1º trimestre.

Ultrassom morfológico com doppler

Ele é solicitado entre a 20ª e a 24ª semana de gestação  e analisa em detalhes as estruturas do bebê, como ossos e órgãos, sendo capaz de detectar 85% das malformações. Também monitora o fluxo sanguíneo no feto, no cordão umbilical e nas artérias uterinas.

Classificação: básico / obrigatório.

Medida do colo do útero

Esse exame é realizado por um ultrassom transvaginal e verifica se o colo do útero apresenta-se curto para a idade gestacional, o que aumenta o risco de parto prematuro. Em geral esse exame deve ser feito no momento do ultrassom morfológico de 2º trimestre.

Classificação: idealmente básico e obrigatório.

Curva glicêmica

Feito entre 24 e 28 semanas de gestação, esse exame de sangue avalia se a grávida desenvolveu diabetes gestacional.

Classificação: básico / obrigatório.

Exames da Vitalidade fetal 

  • Cardiotocografia 
  • Perfil biofísico fetal

São exames realizados no 2º e no 3º trimestres, que avaliam a vitalidade do bebê e, se normais, associam-se a baixo risco de sofrimento fetal. São rotina em caso de certos diagnósticos, como diabetes gestacional, e podem ser pedidos como rotina para todas gestantes, de acordo com a avaliação do obstetra.

Classificação: opcional/ a depender de indicação médica.

Exames do terceiro e último trimestre:

Exames de sangue

  • Hemograma e sorologias: repetição com a mesma finalidade do 1º  e do 2º trimestres.

Exame de urina

  • Pesquisa infecção urinária, como no 1º e no 2º trimestres.

Ultrassom obstétrico 

É indicado depois de 30 semanas de gestação, mas pode variar de acordo com o médico. Essa é a última checagem, que avalia o crescimento e o peso do bebê e a quantidade de líquido amniótico. Em alguns casos, a função placentária também pode ser avaliada pela dopplervelocimetria, quando solicitada pelo obstetra.

Classificação: básico / obrigatório.

Teste de biomarcadores associados à pré-eclâmpsia

Para detectar o problema antes do surgimento de sintomas clínicos mais graves, o Fleury Medicina e Saúde oferece um teste que identifica biomarcadores associados à pré-eclâmpsia. Disponível em todas as unidades, o teste permite a dosagem de duas substâncias, o PLGF (fator de crescimento placentário) e o sFLt-1 – se o primeiro estiver muito baixo e o segundo muito aumentado em relação à gestação normal, é sinal de que a gestante pode ter complicações. Pode ser feito a partir de 20 semanas de gestação, indicado pelo obstetra.

Classificação: opcional/ a depender de indicação médica.

Lembrando que esses são os exames básicos para as gestações de baixo risco e que essa lista serve como um guia para acompanhamento junto com o médico especialista. Ele vai avaliar cada caso e seguir a melhor conduta. Além disso, nas gestações de alto risco, estes e vários outros exames são solicitados pelo obstetra de maneira criteriosa e individualizada. 😉

 

Descomplicando a Fenilcetonúria 1024 184 Andre

Descomplicando a Fenilcetonúria

Também conhecida como PKU (do inglês PhenylKetonUria), a fenilcetonúria é uma rara doença genética cuja principal característica é a incapacidade do portador de quebrar e controlar as moléculas do aminoácido fenilalanina. O processamento de fenilalanina em tirosina, aminoácido importante na melanina, fica comprometido pela condição.

Ela é causada por uma mutação genética passada de pais aos seus filhos. Isso mesmo, no plural porque tanto o pai quanto a mãe devem possuir a mutação genética para que as crianças nasçam com a fenilcetonúria. Essas crianças não têm a enzima fenilalanina hidroxilase, responsável por quebrar o aminoácido fenilalanina, importante integrante de todas as proteínas do nosso corpo. Na ausência dessa enzima, os níveis do aminoácido e mais duas substâncias ligadas à própria fenilalanina crescem descontroladamente dentro no organismo. Esse excesso acaba sendo prejudicial ao sistema nervoso podendo causar dano cerebral.

A doença já foi traçada no mundo e ela é muito mais incidente nos EUA e Europa. Em países latinos e asiáticos a incidência é menor. Já a África possui o menor índice do mundo em fenilcetonúria.

Sintomas da Fenilcetonúria

Inicialmente, os sintomas não se manifestam. Motivo principal para o Teste do Pezinho ser feito em tempo hábil. Caso não haja tratamento, aí sim os sintomas começam a aparecer em poucos meses.

  • Microcefalia
  • Hiperatividade
  • Convulsões
  • Espasmos nas pernas e braços
  • Dermatite atópica
  • Desenvolvimento atrasado
  • Pele clara e olhos azuis

Sem o tratamento as deficiências físicas e intelectuais podem ser permanentes. O tratamento para recém-nascidos consiste em uma fórmula alimentar exclusiva destina a balancear as faltas causadas pela doença. Quando adulto, a pessoa deve continuar indo ao médico regularmente para acompanhamento da fenilcetonúria. Em recorrência de sintomas na vida adulta, a dieta deve ser retomada.

Mulheres

Mulheres com histórico positivo da doença devem ter atenção especial se pensam em ter filhos. A gravidade da fenilcetonúria pode variar  a condição pode ser um grande risco para bebês no útero. Grávidas portadoras que não seguem a dieta têm risco maior de sofrerem com abortos espontâneos.

Por isso, sempre procurem um médico e busquem por informação. Ela é essencial para o precoce diagnóstico e tratamento adequado. 😉

Governo sanciona PL que amplia o Teste do Pezinho no SUS para todo o Brasil 1024 403 Andre

Governo sanciona PL que amplia o Teste do Pezinho no SUS para todo o Brasil

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira, 26/05, o Projeto de lei 5043/2020 que amplia a lista de doenças detectáveis pelo Teste do Pezinho feito no SUS. A assinatura da nova lei foi realizada em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, entre outras autoridades. 

Na ocasião, a primeira-dama falou sobre a defesa das pessoas com doenças raras e citou a jornalista Larissa Carvalho, embaixadora da Pezinho no Futuro, e o Instituto Vidas Raras, que organiza a campanha, em agradecimento pela luta incansável até a aprovação do projeto de lei para tornar esse sonho uma realidade para todos os bebês do país. 

A lei entrará em vigor um ano após sua publicação no Diário Oficial da União. O prazo foi estipulado para a adaptação da rede de saúde pública. O texto foi aprovado por unanimidade pela Câmara dos Deputados, em março, e pelo Senado, em abril. 

“Depois de anos nessa luta incansável, é uma vitória a ser celebrada, demos um grande e importante passo para ampliação efetiva do Teste do Pezinho no SUS. Agora é lei e temos mais um longo caminho pela frente até o momento em que todos os bebês do país sejam beneficiados com o diagnóstico precoce mais completo. Como a ampliação do exame será escalonada e conforme previsto na lei o governo tem um ano para se organizar e se estruturar, nosso trabalho hoje é garantir que os prazos previstos sejam cumpridos. Seguimos na luta pela vida!”, declara a diretora vice-presidente do Instituto Vidas Raras, Amira Awada. E completa: “É uma conquista de todos e para todos, fruto da luta conjunta com a jornalista Larissa Carvalho, o Théo, influenciadores digitais, parlamentares, profissionais da saúde, formadores de opinião, mães, pais e a Aliança Rara – Aliança Brasileira de Associações, que lutaram incansavelmente para conscientizar e conseguir assinaturas na petição da campanha Pezinho no Futuro”.

A autoria do PL é do deputado Dagoberto Nogueira e outros oito deputados. Ele prevê que o exame passe a englobar 14 grupos de doenças e os novos diagnósticos serão implementados de forma escalonada, em cinco etapas, em prazo a ser fixado pelo Ministério da Saúde. 

ETAPAS:

Fase 1 – Na primeira etapa de implementação, está prevista a continuidade de detecção das atuais doenças, ampliando para o teste de outras relacionadas ao excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), além de incluir os diagnósticos para toxoplasmose congênita.

Fase 2 – Na segunda etapa, serão acrescentadas as testagens para galactosemias; aminoacidopatias; distúrbios do ciclo da uréia; e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos (deficiência para transformar certos tipos de gorduras em energia).

Outras etapas – Para a etapa 3, ficam as doenças lisossômicas (afeta o funcionamento celular); na etapa 4, as imunodeficiências primárias (problemas genéticos no sistema imunológico); e na etapa 5 será testada a atrofia muscular espinhal (degeneração e perda de neurônios da medula da espinha e do tronco cerebral, resultando em fraqueza muscular progressiva e atrofia).

Ampliações futuras – Além disso, o texto determina que o regulamento, a ser revisado anualmente, deverá especificar a lista de doenças rastreadas pelo teste em cada um dos grupos listados no projeto, que muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90).

Para isso, o órgão deverá se basear em evidências científicas, considerando os benefícios do diagnóstico e do tratamento precoces, além de priorizar as doenças com maior prevalência no Brasil, com protocolo de tratamento aprovado e tratamento incorporado no SUS.

Essa foi uma grande vitória da vida, um passo importante rumo a um futuro melhor para nossas crianças, mas ainda temos muitos outros passos a dar para a efetivação da nova lei. Continue acompanhando com a gente essa caminhada! 😉

Teste do Pezinho Ampliado: veja quais são as doenças detectadas 1024 184 Andre

Teste do Pezinho Ampliado: veja quais são as doenças detectadas

Atualização em: 20/02/2020.

 

Uma furadinha rápida e quase indolor que pode salvar vidas. Feito a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido, parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o teste do pezinho detecta precocemente algumas doenças metabólicas sérias, raras e assintomáticas que, se não tratadas a tempo, podem afetar o desenvolvimento do bebê, levar a sequelas irreversíveis ou até mesmo ao óbito. Esse rastreio permite a identificação dessas doenças antes mesmo do aparecimento dos sintomas, que, muitas vezes, podem ser evitados por meio do tratamento apropriado. Daí a dimensão de sua importância.

E daí a necessidade de levar a informação para o maior número de famílias.  Essa é uma das bandeiras do Mãe Que Ama. O exame deve ser realizado já entre o terceiro e o quinto ou até o sétimo dia de vida do bebê. São retiradas gotas de sangue do calcanhar e colocadas em um papel filtro especial. Não há contraindicações ou efeitos colaterais, além de durar só alguns minutinhos e ser praticamente indolor. Após 48 horas de vida, o funcionamento do organismo do recém-nascido se estabelece e é possível detectar as doenças, como a fenilcetonúria, que é diagnosticada após a digestão do leite materno ou da fórmula infantil.

Existem versões ampliadas do exame capazes de detectar uma lista muito maior de patologias, além das seis doenças do teste básico,  no entanto, não estão disponíveis na rede pública de saúde, apenas na rede privada. Segundo o especialista em Neonatologia e Doenças Metabólicas Hereditárias, Dr. José Simon Camelo Júnior, professor associado da Universidade de São Paulo, apenas o Distrito Federal já faz o teste mais detalhado pelo SUS, incluindo a Galactosemia e outras doenças. E aprovou agora nova ampliação, incluindo mais exames na triagem, que deve chegar a detectar cerca de 53 doenças.

Se já é feita uma versão ampliada no Distrito Federal, acreditamos que seja possível adotar o formato em todo o Brasil, não é mesmo? Por isso, apoiamos a petição online organizada pelo Instituto Vidas Raras que será entregue no Congresso Nacional pedindo a ampliação da triagem neonatal para todos os bebês do Brasil gratuitamente. 

E nesse contexto, já observamos iniciativas no país em defesa do Teste do Pezinho Ampliado. Minas Gerais e Paraíba sancionaram lei de ampliação recentemente e se preparam agora para colocar em prática e fazer gratuitamente o exame mais completo. 

As versões ampliadas diferem tanto em nomenclatura quanto em número e tipo de doenças investigadas, dependendo de cada laboratório, mas a lista do teste ampliado (ou expandido) pode chegar a 53 patologias identificadas a partir daquela mesma furadinha no pezinho do bebê. “Os laboratórios privados podem fazer testes ampliados e expandidos com o número variável de cobertura de doenças metabólicas: de 10 até cerca de 53 doenças”, explica o especialista.

A APAE São Paulo que agora é Instituto Jô Clemente é uma das principais referências em versões mais completas de teste do pezinho. Veja os tipos de exames disponíveis na tabela:

 

Por que o SUS ainda não oferece o teste ampliado?

Para o Ministério da Saúde, “a triagem neonatal no sistema privado se restringe à possibilidade de uma gama de testes passíveis de serem realizados em amostra de sangue seco, mas nem todas as doenças triadas pelos exames oferecidos na saúde suplementar possuem tratamento estabelecidos e medicamentos disponíveis que possam modificar o curso natural da doença”. E, de acordo com o Ministério, isso é uma premissa inicial para que uma nova doença seja incluída em qualquer programa de rastreamento neonatal.

O custo do teste mais completo é maior, em média 450 reais, e, por isso, ter um diagnóstico amplo e, assim, mais segurança em relação à saúde do bebê acaba sendo uma condição restrita às famílias que podem fazer o investimento financeiro. Mesmo assim, é direito de todos saber que essa possibilidade oferecida pela rede privada existe, o que, no geral, não acontece. Muitas famílias não sabem da existência e importância do Teste do Pezinho Ampliado, até mesmo por falta de orientação dos próprios profissionais de saúde que as acompanham.

“O fato de se poder fazer esse exame na rede privada melhora muito a possibilidade de detecção de doenças metabólicas graves que são tratáveis e que ainda não são cobertas no teste do pezinho no sistema público”, afirma o especialista Dr. José Simon, que julga como de extrema relevância que as pessoas tenham acesso a essa informação como opção, que também deveria ser considerada pelo Governo. “Para incluir esses exames no sistema público, o que precisamos são projetos de pesquisa que mostrem a realidade nacional e realização de estudos de custo e efetividade que demonstrem ao Governo que o rastreio dessas doenças metabólicas permite o tratamento em tempo correto, permite que o sistema financeiro do país recupere o dinheiro investido na triagem e, claro, a melhoria na qualidade de vida das crianças e das famílias”, explica Simon.

Tanto para os cofres públicos quanto para os responsáveis pelo bebê, estar coberto por um diagnóstico mais amplo traz economias. “Se o recém-nascido possui uma condição de nascença, ela vai se manifestar de qualquer forma, mais cedo ou mais tarde. Caso ela seja diagnosticada antes disso, o tratamento é planejado e mais assertivo”, destaca o especialista em Neonatologia e Doenças Metabólicas Hereditárias. É por isso que a adoção da melhor versão para o Teste do Pezinho tem de ser vista como um investimento pelo governo, podendo evitar, a depender da doença, que crianças se tornem futuros pacientes, às vezes dependentes de remédios caros ou ainda de leitos em casas de saúde.

Conheça a Campanha Pezinho no Futuro , organizada pelo Instituto Vidas Raras com apoio de mais de 30 associações, e lute com a gente! Juntos somos mais fortes!

Prematuridade em meio à pandemia: entenda os cuidados e as dificuldades nesse período 1024 403 Andre

Prematuridade em meio à pandemia: entenda os cuidados e as dificuldades nesse período

A pandemia do coronavírus, até então desconhecido e muito fácil de ser transmitido, matou milhões de pessoas e ainda causa muita preocupação em todo o mundo. Entre as futuras mamães, o medo de uma infecção fez com que muitas deixassem de ir até mesmo às consultas de pré-natal, o que é um erro, segundo a fundadora e presidente da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.

“O pré-natal é imprescindível mesmo durante a pandemia, já que as gestantes fazem parte do grupo de risco. São nestes momentos que se detectam situações para um parto prematuro, por isso, nós recomendamos que as mulheres tentem se organizar com a família e seguindo todas as orientações de saúde”, explica.

Nesse período, a preocupação com os casos de prematuridade também aumentou por causa do risco de infecção pela Covid-19 durante a gestação: segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, contrair a Covid-19 na gravidez também pode aumentar o risco de parto prematuro. 

No Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que nascem 300 mil bebês prematuros por ano, colocando o país na 10º posição do ranking mundial de prematuridade. 

Ainda não há informações sobre a possibilidade de uma gestante infectada com a Covid-19 transmitir a doença para o bebê. Caso a infecção apareça após o nascimento de um prematuro, é recomendado que o contato mãe e filho seja feito normalmente, assim como a amamentação, mas utilizando máscara, álcool em gel e em um local arejado, além da necessidade de seguir o calendário de vacinas da criança.

Entretanto, outro problema que surgiu durante a pandemia foi o afastamento dos bebês prematuros recém-nascidos dos pais. Ainda de acordo com a presidente da ONG, muitas unidades de saúde fecharam as portas e não permitiram a entrada de ninguém. 

“É algo absurdo. Já é sabido por muitos órgãos oficiais, inclusive a recomendação da OMS e do Ministério da Saúde é que se mantenha os bebês com seus pais. A presença materna, principalmente, beneficia o processo de cura do prematuro e isso se sobressai aos riscos da Covid. Um dos nossos trabalhos é trazer essas informações às unidades e mostrar que isso não pode ser feito”, diz Denise.

 

Novembro Roxo “Épico”

 

A presidente da ONG Prematuridade.com classificou o #NovembroRoxo2020 como histórico e épico. De acordo com ela, neste ano foram realizadas transmissões ao vivo, reuniões e encontros com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde (ANS), Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), APAE, AACD e outras empresas e pessoas que não faziam parte da luta em prol da prematuridade. 

Novembro Roxo: mês de sensibilização global para a causa da prematuridade 1024 403 Andre

Novembro Roxo: mês de sensibilização global para a causa da prematuridade

É o momento de jogar luz em um tema extremamente sensível: a prematuridade. No Brasil, as ações do Novembro Roxo são conduzidas pela ONG Prematuridade.com, única instituição do país de apoio aos bebês prematuros e suas famílias. Este ano, a campanha traz o tema “Juntos pelos prematuros, cuidando do futuro”. Durante todo mês, serão realizadas uma série de atividades com foco em informação, educação e acolhimento. Os trabalhos envolvem e beneficiam as famílias com bebês prematuros, os profissionais de saúde, instituições e parceiros interessados, além de autoridades e personalidades.

Entre as instituições representadas no evento, estão o Ministério da Saúde, a APAE, a AACD, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Segurança do Paciente. Diante ao cenário de pandemia, evidentemente, boa parte das ações serão realizadas online. 

Segundo a fundadora e Diretora Executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Leão Suguitani, há um trabalho forte de conscientização a fazer junto à sociedade como um todo durante o ano inteiro, mas novembro é uma oportunidade única e especial para evidenciar ainda mais o tema da prematuridade. “O sonho de ser pai ou mãe envolve inúmeras emoções e expectativas, principalmente o desejo de uma criança saudável. Mas se esse bebê nasce prematuramente, é nosso dever enquanto sociedade garantir que ele receba o atendimento mais adequado e que seja acolhido com muito amor, para que tenha todas as condições para uma rápida e plena recuperação. Novembro Roxo é sobre isso: é sobre acolher a vida e cuidar do futuro”, explica. 

 

Prematuridade e COVID-19

 

A incidência de bebês prematuros já é um problema bastante concreto no Brasil e no mundo e é claro que a pandemia tornou esse quadro ainda mais complexo. Atualmente, o Brasil é o 10º país com mais partos prematuros no mundo, com cerca de 340 mil nascimentos de bebês nessas condições por ano, aponta a OMS. Vale destacar ainda que, no mundo, ocorrem 15 milhões de nascimentos nesse perfil, ou seja, um em cada dez bebês nascem prematuros todo ano, sendo que 1 milhão deles morre, consolidando assim a prematuridade como a principal causa de mortalidade infantil até 5 anos. E quando a realidade do coronavírus se mistura à realidade da prematuridade, o tema se desdobra em várias problemas. 

Todos são graves, mas três merecem maior atenção: o isolamento de prematuros na UTI, a evasão de consultas de gestantes e um quadro de pânico e desinformação. De maneira resumida, um parto é considerado prematuro quando acontece antes de 37 semanas de gestação. São várias as causas que podem levar à prematuridade, mas o principal passo para evitar esse problema é a prevenção. 

Nesse sentido, o pré-natal é uma das medidas mais eficazes para uma gestação saudável e completa. Para a fundadora da ONG Prematuridade.com, a apreensão das mulheres grávidas, das mães de prematuros e dos profissionais de saúde quanto à infecção pelo vírus é legítima, mas o efeito colateral de uma decisão extrema, como a de faltar a uma consulta do pré-natal ou restringir a presença dos pais na UTI Neonatal, podem levar a um agravamento contundente de casos e do quadro geral da prematuridade. 

Não é exagero dizer que pode custar a vida do bebê e da própria mãe, além de quadros de ansiedade, estresse e depressão, comuns na prematuridade e agora mais frequentes durante o período da pandemia. “Mesmo com o distanciamento social, é importante pensarmos estratégias para garantir o vínculo e o melhor desfecho possível para o bebê e para a família. As gestantes precisam realizar o pré-natal. Os prematuros precisam da presença dos pais. Esses pequenos são mais vulneráveis, e podem ficar com diversas sequelas. Precisamos adequar o combate ao coronavírus a essa realidade, ressaltando a importância do acompanhamento da gravidez, da manutenção de consultas dos bebês, de manter a vacinação das crianças em dia e da extrema importância da presença dos pais ao lado do prematuro sempre que possível”, pondera. 

 

Por que Novembro Roxo?

 

No dia 17 de novembro, é celebrado o Dia Mundial da Prematuridade, data escolhida pelo significado especial para Jürgen Popp, um dos fundadores da EFCNI (European Foundation for the Care of Newborn Infants), parceira da ONG Prematuridade.com. Após a morte de seus trigêmeos prematuros, em dezembro de 2006, ele tornou-se pai de uma filha nascida em 17 de novembro de 2008. Ao mesmo tempo, o March of Dimes, organização de caridade americana para prematuros e recém-nascidos teve uma ideia semelhante e lançou um Dia da Consciência para a Prematuridade, em 17 de novembro, nos EUA. 

O roxo simboliza sensibilidade e individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros. Além disso, o roxo também significa transmutação e mudança, ou seja, a arte de transformar algo em outra forma ou substância, assim como no desenvolvimento de um bebê prematuro.

Confira mais informações sobre a campanha no site da Prematuridade.com  e nas redes sociais. Acompanhe e participe! 😉

 

Fonte: ONG Prematuridade.com

 

Amamentação requer informação e acolhimento. Leia mais. 1024 403 Andre

Amamentação requer informação e acolhimento. Leia mais.

Durante o Agosto Dourado, mês dedicado à conscientização sobre a Amamentação, muitas informações são compartilhadas em diversos canais de comunicação, inclusive o nosso, reforçando a importância desta linda missão de alimentar e nutrir o bebê com o melhor, o leite materno. Mas é preciso lembrar sempre que amamentar é também um ato de escolha da mulher, deve ser uma decisão confortável e feliz com a participação e apoio de toda a família e de toda a sociedade. Em muitos casos e por diversos motivos, pode ser que a amamentação não aconteça. E está tudo bem, ninguém será mais ou menos mãe por ter ou não ter amamentado. 

A Enfermeira Especialista em Amamentação, Marcelly Cossi, nos enviou um texto como sugestão para a reflexão sobre o assunto. Confira abaixo! 

Nesse momento, o mundo nos fez um convite inadiável para olhar para quem nós somos: a natureza. Alguns dizem que somos parte dela, mas digo que somos a própria natureza. E esse convite para se sentir dessa maneira é desafiador e, ao mesmo tempo, urgente. A degradação ambiental que afeta o mundo favorece o surgimento de pandemias como o coronavírus, então olhar para nossas ações e sobre como elas têm afetado o meio ambiente se faz sempre pertinente.  Nessa perspectiva, a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) 2020 trouxe em agosto um tema interessante de ser debatido: Apoie o aleitamento materno por um planeta saudável.

Como o apoio ao aleitamento materno colabora para um planeta saudável?  A SMAM destacou o leite materno como um fator que colabora para o desenvolvimento de um sistema alimentar saudável, pois a alimentação com substitutos do leite materno está diretamente relacionada à degradação ambiental. Desde sua produção, que gera emissão de gases de efeito estufa e desmatamento, até o seu descarte, que produz elevada quantidade de resíduos que poluem o meio ambiente. Sim, esse tema é muito relevante, principalmente mediante às prescrições desmedidas dos substitutos de leite materno e marketing pesado das indústrias. 

Porém, é também muito relevante perguntar-se: o que o planeta está fazendo para apoiar o aleitamento materno? Quem dá sustento à mulher em meio à complexidade da maternidade? E aqui eu destaco que mediante a discussão de apoiar o aleitamento materno, é necessário ampliar o debate sobre a importância de apoiar as mulheres envolvidas nesse processo, pois amamentar está longe de ser fácil. Distante do discurso de que é de graça, a amamentação é onerosa para quem amamenta. E essa compreensão requer consciência global para que haja um real apoio individual e institucional às mulheres. 

Para além da rede de apoio individual, é necessário o suporte das comunidades e garantias de apoio dos sistemas de saúde com profissionais aptos para o acompanhamento e aconselhamento em amamentação. As mulheres têm direito à informação e aqui eu destaco o papel essencial dos consultores em amamentação, que são profissionais capacitados e imersos na realidade posta e capazes de desenvolver um plano de ação para cada família, envolvendo habilidades de aconselhamento, avaliação, reconhecimento e resolução de intercorrências no processo de aleitamento e, mais importante de tudo, um profissional que deve respeitar e apoiar a escolha da mulher sobre amamentar. Sim, as mulheres têm também o direito de escolher e serem acolhidas na sua opção. Nenhuma mulher será menos mãe por isso, a amamentação não irá determinar a maternidade! 

Destaco também a necessidade de se discutir as garantias relativas ao local de trabalho acerca de como os empregadores precisam reconhecer e facilitar a vivência da maternidade pelas mulheres que empregam. Sem falar na construção de políticas que deem o amparo que a maternidade necessita, bem como o fortalecimento do monitoramento da promoção comercial dos produtos que interferem no aleitamento materno.

Para que a amamentação apoie a saúde do planeta, o planeta precisa também cumprir seu papel de apoiar a amamentação.

Amamentar deve ser um pacto social e não é só responsabilidade da mulher! É um compromisso de todos!

*Autora: Marcelly Cossi, Enfermeira Especialista em Amamentação, Professora Dra. da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), coordenadora do Grupo Deleite. 

Teste do Pezinho: justiça condena Anápolis (GO) por extravio de amostra de sangue 1024 184 Andre
teste do pezinho

Teste do Pezinho: justiça condena Anápolis (GO) por extravio de amostra de sangue

Mamães e papais, sempre alertamos aqui sobre a importância de realizar o Teste do Pezinho e de ter acesso ao resultado o quanto antes. Um caso muito sério aconteceu em Goiás e reforça o alerta:

A justiça condenou o município de Anápolis (GO) a pagar uma indenização de R$ 10 mil à mãe de uma criança que não recebeu o resultado do teste do pezinho na rede municipal de saúde. De acordo com a matéria publicada no Mais Goiás, a amostra foi colhida normalmente em uma unidade de saúde pública e uma enfermeira teria informado que o teste seria feito pelo laboratório da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) na região e o resultado ficaria pronto em 30 dias. Nesse período, a mãe poderia buscá-lo onde foi feita a coleta, mas ao retornar ao local várias vezes, depois do prazo estipulado, foi informada que o teste ainda não estava pronto e os funcionários diziam que o problema estava no laboratório. 

Entre tantas tentativas, ela resolveu ir ao laboratório e descobriu que o material colhido na unidade de saúde não tinha sido encaminhado para análise. Ou seja, a amostra colhida na rede pública nunca chegou ao laboratório e a demora em informar a mãe sobre o acontecido impossibilitou a realização de um novo exame. 

Na sentença, ainda segundo a matéria, o juiz responsável pelo caso destacou a negligência da prefeitura na prestação do serviço público pelo extravio da amostra de sangue e os prejuízos causados, como “grave sofrimento, justificável apreensão e compreensível revolta” dessa mãe com a “impossibilidade definitiva de realizar o exame preventivo que poderia diagnosticar preventivamente doenças da criança e, mais importante ainda, permitir tratamento antecipado”. 

O nome da mãe não é citado na matéria. Veja a notícia completa aqui

O resultado é um direito de todos!

A decisão judicial reforça o quão importante é realizar o exame e ter acesso ao resultado o quanto antes. Pais, busquem sempre por isso! A partir do Teste do Pezinho, é possível detectar doenças que comprometem o desenvolvimento do bebê e podem levar a consequências graves, sequelas irreversíveis e até mesmo a morte. Com esse diagnóstico precoce, antes mesmo dos sintomas se manifestarem, o tratamento é iniciado de imediato, o que pode salvar a vida do bebê. 

Ter acesso ao resultado é um direito de todos! Cobrem, exijam o laudo para que o pediatra possa avaliar e solicitar outros exames complementares e confirmatórios se for necessário. E, se for o caso, façam como essa mãe, denunciem, busquem os seus direitos. 

Whatsapp Pezinho no Futuro

Quer saber mais sobre o Teste do Pezinho e os tipos disponíveis desse exame? Precisa de ajuda? Manda para a gente pelo whatsapp: (11) 99790-7080. Acesse também o site www.pezinhonofuturo.com.br .

Contem com a gente! 😉

 

*Com informações do portal Mais Goiás.