Toxoplasmose na gravidez: entenda sobre a doença
Diferente das outras doenças detectadas pelo teste do pezinho a toxoplasmose na gravidez tem sua origem em uma doença externa ao feto.
Geralmente é propagada ao bebê quando a mulher adquire a infecção durante a gravidez. Apesar de consequências leves para a gestante, o feto acometido pela toxoplasmose congênita apresenta consequências e quadros diferentes de acordo com a época que a mãe foi contaminada.
Como ocorre a transmissão?
Um dos fatores mais conhecidos é por meio de dejetos de gatos. Tal forma de transmissão é tão conhecida que em algumas regiões a complicação é chamada de “doença do gato”. Porém, não se deve culpar o animal de estimação, pois o foco de transmissão é a má higienização de alimentos, e a manipulação de materiais infectados pelo toxoplasma gongii.
É uma doença que devemos tomar cuidado, pois o parasita é caracterizado por ser um dos mais comuns no mundo. Portanto, sua adaptabilidade é notável e sua infecção é capaz de atingir os mais diversos pontos do corpo humano. Podendo, inclusive, atingir a placenta que resguarda o bebê e promove seu desenvolvimento.
Se a mãe for diagnosticada com a Toxoplasmose antes da quinta semana, os danos ao feto são severos. Porém, apenas 5% dos fetos são afetados. Contudo, se a infecção ocorre ao final da gestação as taxam se aproximam de 80% dos bebês, deixando sequelas menos graves.
Como evitar o contágio da Toxoplasmose?
A mulher naturalmente desenvolve uma imunidade à doença se teve contato com a enfermidade anteriormente. Porém, deve-se ter um cuidado especial com a higiene e evitar o contágio.
Alguns hábitos que podem ajudar na manutenção de sua saúde e de seu bebê:
- Lave bem suas mãos;
- Mantenha as unhas aparadas, e evite o costume de “roê-las”;
- Evite o consumo de carnes mal passadas e cruas;
- Frutas e legumes devem estar bem limpos;
E já lhe tranquilizamos no caso de algum parente próximo estar com toxoplasmose, a doença não é contagiosa.
Acho que fui infectada durante a gestação, e agora?
Se estiver com suspeita de estar com a doença busque assistência médica o mais rápido possível. Confirmada a doença, o tratamento é efetuado por meio de antibióticos para evitar o contágio à criança, dessa forma, deve ser mantido um cuidado regrado pelas recomendações médicas, já que a medicação varia conforme o sistema imunológico da mãe e o estágio da gravidez que foi detectada a toxoplasmose.
Riscos da Toxoplasmose congênita
Se a toxoplasmose não for diagnosticada antes do nascimento, pode acarretar em consequências para a criança durante sua vida, os sintomas podem aparecer semanas ou até anos depois. Uma das formas mais simples de detectá-la no nascimento é via teste do pezinho ampliado, matéria de destaque no portal Mama. Além do Toxoplasma Gongii, o teste é capaz de detectar outros grupos de doenças. Leia mais sobre o assunto aqui.
Os principais problemas clínicos da toxoplasmose congênita para o bebê são:
- Complicações neurológicas: Retardo mental, convulsões, problemas decorrentes da modificação do tamanho do crânio.
- Complicações oftalmológicas: Inflamação dos olhos, podendo evoluir para a cegueira, estrabismo.
- Outras complicações: Icterícia intensa que resulta em pele e olhos amarelados, aumento do tamanho do fígado, pneumonia, anemia, inflamação do coração, surdez, prematuridade, retardo do crescimento intra-uterino, anemia, trombocitopenia, aumento do volume abdominal, aumento dos gânglios.
A toxoplasmose se trata de um problema que pode ser evitado facilmente, e mesmo que contraída, o seu tratamento não possui complicações. Contudo, para os bebês, pode prejudicar todo o decorrer de uma vida, por isso fique atenta!
Até a próxima 😉
Veja mais sobre o assunto na sessão: Recém-nascido.
Para outras informações sobre saúde do bebê e gestante é só continuar acompanhando o nosso portal MAMA – Mãe que Ama.