Doenças Raras

Toxoplasmose na gravidez: entenda sobre a doença 1024 184 Andre

Toxoplasmose na gravidez: entenda sobre a doença

Diferente das outras doenças detectadas pelo teste do pezinho a toxoplasmose na gravidez tem sua origem em uma doença externa ao feto.

Geralmente é propagada ao bebê quando a mulher adquire a infecção durante a gravidez. Apesar de consequências leves para a gestante, o feto acometido pela toxoplasmose congênita apresenta consequências e quadros diferentes de acordo com a época que a mãe foi contaminada.

Como ocorre a transmissão?

Um dos fatores mais conhecidos é por meio de dejetos de gatos. Tal forma de transmissão é tão conhecida que em algumas regiões a complicação é chamada de “doença do gato”. Porém, não se deve culpar o animal de estimação, pois o foco de transmissão é a má higienização de alimentos, e a manipulação de materiais infectados pelo toxoplasma gongii.

É uma doença que devemos tomar cuidado, pois o parasita é caracterizado por ser um dos mais comuns no mundo. Portanto, sua adaptabilidade é notável e sua infecção é capaz de atingir os mais diversos pontos do corpo humano. Podendo, inclusive, atingir a placenta que resguarda o bebê e promove seu desenvolvimento.

Se a mãe for diagnosticada com a Toxoplasmose antes da quinta semana, os danos ao feto são severos. Porém, apenas 5% dos fetos são afetados. Contudo, se a infecção ocorre ao final da gestação as taxam se aproximam de 80% dos bebês, deixando sequelas menos graves.

Como evitar o contágio da Toxoplasmose?

A mulher naturalmente desenvolve uma imunidade à doença se teve contato com a enfermidade anteriormente. Porém, deve-se ter um cuidado especial com a higiene e evitar o contágio.

Alguns hábitos que podem ajudar na manutenção de sua saúde e de seu bebê:

  • Lave bem suas mãos;
  • Mantenha as unhas aparadas, e evite o costume de “roê-las”;
  • Evite o consumo de carnes mal passadas e cruas;
  • Frutas e legumes devem estar bem limpos;

E já lhe tranquilizamos no caso de algum parente próximo estar com toxoplasmose, a doença não é contagiosa.

Acho que fui infectada durante a gestação, e agora?

Se estiver com suspeita de estar com a doença busque assistência médica o mais rápido possível. Confirmada a doença, o tratamento é efetuado por meio de antibióticos para evitar o contágio à criança, dessa forma, deve ser mantido um cuidado regrado pelas recomendações médicas, já que a medicação varia conforme o sistema imunológico da mãe e o estágio da gravidez que foi detectada a toxoplasmose.

Riscos da Toxoplasmose congênita

Se a toxoplasmose não for diagnosticada antes do nascimento, pode acarretar em consequências para a criança durante sua vida, os sintomas podem aparecer semanas ou até anos depois. Uma das formas mais simples de detectá-la no nascimento é via teste do pezinho ampliado, matéria de destaque no portal Mama. Além do Toxoplasma Gongii, o teste é capaz de detectar outros grupos de doenças. Leia mais sobre o assunto aqui.

Os principais problemas clínicos da toxoplasmose congênita para o bebê são:

  • Complicações neurológicas: Retardo mental, convulsões, problemas decorrentes da modificação do tamanho do crânio.
  • Complicações oftalmológicas: Inflamação dos olhos, podendo evoluir para a cegueira, estrabismo.
  • Outras complicações: Icterícia intensa que resulta em pele e olhos amarelados, aumento do tamanho do fígado, pneumonia, anemia, inflamação do coração, surdez, prematuridade, retardo do crescimento intra-uterino, anemia, trombocitopenia, aumento do volume abdominal, aumento dos gânglios.

A toxoplasmose se trata de um problema que pode ser evitado facilmente, e mesmo que contraída, o seu tratamento não possui complicações. Contudo, para os bebês, pode prejudicar todo o decorrer de uma vida, por isso fique atenta!

Até a próxima 😉

Veja mais sobre o assunto na sessão: Recém-nascido.

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Como saber se meu filho possui uma doença rara? 1024 184 Andre

Como saber se meu filho possui uma doença rara?

Doenças congênitas abrangem até 5% da população até um ano de idade

É definido como  doenças congênitas uma complicação de nascença que gera uma alteração genética na formação intelectual ou física de um indivíduo. Ou seja, que pode incapacita-lo em alguma ocasião durante a vida ou até debilita-lo permanentemente.

Números no Brasil

Segundo levantamento do Município do Rio de Janeiro, entre 2000 e 2004 foram notificados mais de 487.953 nascimentos, dentre os quais 4.054 foram diagnosticadas doenças congênitas. O que corresponde de uma média de 83 nascimentos a cada 10 mil bebês. Em escala nacional estima-se uma taxa que chega a 5% da população de indivíduos até 1 ano de idade.

Devido a falta de informação e tratamento adequado o número de falecimentos de recém-nascidos decorrentes de doenças  congênitas chega a 30% dos óbitos em algumas das principais capitais brasileiras.

A importância do teste do pezinho

No Brasil a maior parcela das famílias está limitada ao teste do pezinho simples, e ainda sim as entidades responsáveis são ineficientes em fornecer as informações necessárias para os pais. Podendo, portanto, levar a danos muitos sérios no futuro das crianças.  Por isso nós incentivamos que defendam seus direitos como cidadão e peçam o teste do pezinho.

Caso ainda não tenha feito o teste do pezinho em seu filho, busque um especialista até seu bebê completar 30 dias de vida. Você também pode procurar pelo teste do pezinho ampliado, muito mais eficiente e capaz de detectar 50 doenças. Leia mais sobre o teste do pezinho ampliado em nosso artigo.

Para as mamães que não tiveram acesso ao teste, nosso conselho é ir ao pediatra diagnosticar seu filho o mais cedo possível. Também já falamos sobre isso aqui.

Alguns hábitos podem significar uma necessidade de acompanhamento médico:
  • Atos repetitivos com frequência
  • Extrema dificuldade em concentrar-se ou permanecer quieto
  • Preferência por estar sozinho, tem uma conduta reservada
  • Hiperatividade exacerbada
  • A criança demonstra sentir dores frequentemente
  • Cansaço e palidez
  • Cólicas e dores abdominais podem indicar alguma intolerância alimentícia

Esse conjunto de características são comuns em algumas doenças congênitas como o Autismo, Fenilcetonúria e Anemia Falciforme. Contudo, muitas vezes os sintomas são ignorados ou ocorre erro médico que falha na hora de diagnosticar a criança.

 

Portanto, exaltamos a importância do diagnóstico o mais cedo possível. Enquanto algumas doenças de caráter mais leve não resultem em danos sérios para a formação da criança, algumas doenças se não tratadas previamente podem acarretar em danos permanentes.

Veja mais sobre a saúde do bebê na sessão: Recém-nascido.

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Hipotireoidismo Congênito: seu bebê pode ter e você nem saber 1024 184 Andre

Hipotireoidismo Congênito: seu bebê pode ter e você nem saber

Hipotireoidismo congênito em recém-nascidos é mais um caso em que a informação e o diagnóstico precoce fazem toda a diferença na vida do bebê.

A famosa tireoide

Todos nós temos uma glândula chamada Tireoide. Ela é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) e regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Dessa forma, garante o equilíbrio do organismo. A glândula possui forma de borboleta (com dois lobos) e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.

Durante a gravidez, o bebê está protegido pelos hormônios da tireoide que a mãe produz. Ele fica por conta própria a partir do nascimento.

O que é Hipotireoidismo congênito?

O hipotireoidismo congênito ocorre quando a tiroide do bebê não é capaz de produzir as quantidades adequadas de hormônios tireoidianos, o que resulta numa redução generalizada dos processos metabólicos podendo comprometer o seu desenvolvimento e provocar até mesmo um dano neurológico permanente se a criança não for devidamente tratada. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, cerca de um a cada 4 mil recém-nascidos no Brasil possuem essa condição.

O hipotireoidismo congênito não tem cura, mas se o diagnóstico e o tratamento forem realizados o mais cedo possível, a criança tem um crescimento e desenvolvimento normal. As crianças não submetidas a Programas de Triagem Neonatal e, consequentemente, não tratadas precocemente, terão o crescimento e desenvolvimento mental seriamente comprometidos.

SINTOMAS

À primeira vista, o bebê nessas condições possui sono tranquilo e prolongado, mama pouco, é calmo e quase não chora. Parece o cenário ideal: você tem a magia de acabar de ter um filho sem a parte mais trabalhosa e difícil. Isso é um engodo, contudo. Porque isso é causado pelo hipotireoidismo. Caso ele não seja diagnosticado, os sintomas preocupantes vão começar a aparecer:

  • Hérnia umbilical
  • Língua avantajada saindo da boa
  • Prisão de ventre
  • Fraqueza
  • Inchaço pelo corpo inteiro
  • Queda de temperatura corporal
  • Icterícia prolongada
  • Dificuldade para mamar
  • Pele pálida, seca, áspera e com aspecto de mármore.

Durante o primeiro ano de vida ocorre um intenso crescimento e desenvolvimento do cérebro que define habilidades motoras e cognitivas. O hipotireoidismo congênito é responsável pela maior causa de retardo mental. Isso ocorre ao não diagnosticarem a doença ou quando ela é diagnosticada e não tratada. Quanto mais tarde o tratamento começar, pior é, pois, maiores são as sequelas irreversíveis. Podemos incluir aí problemas cardíacos e retardo/impedimento do crescimento e fala da criança também.

DIAGNÓSTICO

Mais uma vez esbarramos na extrema importância do Teste do Pezinho. Ele é o responsável por diagnosticar essa e outras dezenas de doenças. O Dr. Salmo Raskin, membro do Departamento Científico de Genética Clínica da Sociedade Brasileira de Pediatria confirma “Se o médico esperar para fazer o diagnóstico de hipotireoidismo congênito através dos sinais clínicos, algum tipo de sequela irreversível, especialmente no que se refere a cognição, já estará estabelecida. Seu diagnóstico precoce permite o tratamento que evita retardo mental”. Por isso ressaltamos não só a feitura da triagem, mas como também a sua aplicação em tempo hábil: no máximo na primeira semana de vida.

TRATAMENTO

O tratamento, ao contrário da doença, é super simples e barato. Ele é feito com reposição hormonal diária. Chamado de levotiroxina (L-T4), ele é vendido em cápsulas e é a versão sintética do hormônio tireoide. Seguindo as orientações profissionais, a criança pode levar uma vida bem próxima do normal. É isso que Mãe Que Ama deseja para todas as crianças: acesso aos melhores exames e tratamentos possíveis.

Eclâmpsia x Pré-eclâmpsia: entenda 1024 184 Andre

Eclâmpsia x Pré-eclâmpsia: entenda

A eclâmpsia é uma manifestação grave da pré-eclâmpsia, doença em que a gestante desenvolve hipertensão arterial. A caracterização dela se dá pela presença de uma ou mais crises convulsivas em uma gestante com pré-eclampsia já estabelecida.

Cerca de 30% das convulsões ocorrem no momento do parto ou em até 48 horas depois do nascimento da criança. A maioria das gestantes com pré-eclâmpsia grave não irá apresentar eclâmpsia e, apesar de pouco comum, mulheres com pré-eclâmpsia leve podem complicar com convulsões. Portanto, não há uma evolução linear entre as duas doenças.

Até hoje a causa de ambas as doenças não foi estabelecida com precisão pela medicina tradicional.

Comparando os sintomas:

  • Pré-eclâmpsia: hipertensão arterial, edemas, principalmente nos membros inferiores, ganho de peso e perda de proteína pela urina. Entretanto, ela também pode ser assintomática, o que às vezes dificulta o diagnóstico.
  • Eclâmpsia: sangramento vaginal, vômito, perda de consciência e as já citadas convulsões, que podem ser precedidas também por dores de cabeça, de estômago e alterações visuais.

Diagnóstico e tratamento

Com as informações baseadas nos elevados níveis da pressão arterial, no histórico clínico e sintomas da paciente e nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina, pode-se chegar a um diagnóstico. Para se evitar qualquer agravamento, o pré-natal tem que ser criterioso, com consultas regulares a especialistas e ingestão das vitaminas, principalmente o ácido fólico. Caso seja constatado a Pré-eclâmpsia, a grávida deve ter bastante repouso, medir regularmente a pressão e ingerir pouco sal. Anti-hipertensivos e anticonvulsivantes serão indicados em casos mais graves.

A própria presença de eclâmpsia pode indicar que o parto precisa ser feito, às vezes, prematuramente. Nesses casos, os médicos costumam prescrever sulfato de magnésio antes com intenção de proteger os neurônios da mamãe e do bebê em caso de pico de pressão. As mulheres com menos de 32 semanas podem ter a cesárea como recomendação para o parto.  Uma vez confirmado o diagnóstico de eclâmpsia, o parto precisa ser feito o quanto antes. O risco de prolongar a gravidez nesse caso é muito alto, piorando as chances de  ocorrer tudo bem a cada dia.

Nós do Mãe Que Ama desejamos que todas tenham o melhor parto possível, sem complicações e que a criança tenha muita saúde. Imprescindível todo o acompanhamento médico. Continue com a gente. Leia também nossa matéria sobre 8 Mitos sobre Pré-Eclâmpsia!