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Covid-19: Crianças devem usar máscara? 1024 403 Andre

Covid-19: Crianças devem usar máscara?

Os órgãos oficiais de saúde continuam recomendando que as pessoas só saiam de casa quando extremamente necessário e, quando esse for o caso, a recomendação a todos é para o uso de máscara, já que a cobertura impede a transmissão do coronavírus por pessoas contaminadas assintomáticas – que não sabem que estão com a doença. A exceção são as crianças menores de 2 anos de idade: mas por que elas não devem usar máscara?

A explicação é simples: especialistas alertam que crianças nessa faixa etária não têm autonomia e controle plenos dos seus movimentos, podem ter dificuldade para respirar com a máscara e correm risco de sufocamento. Além disso, nessa faixa etária, é comum a criança levar a mão no rosto e ela pode ficar impaciente, incomodada, mexendo na máscara querendo retirar, o que não é eficiente para a proteção e até aumenta também o risco de contaminação. Outro problema é o tamanho das máscaras, que geralmente são grandes e não se ajustam corretamente, perdendo assim sua eficiência.

Esse, inclusive, é um ponto importante a ser observado no caso do uso da proteção nas crianças maiores de 2 anos. É preciso que a máscara esteja no tamanho correto para que seja segura e eficiente. 

 

O uso da máscara exige certos cuidados, atenção!

 

As máscaras infantis também podem ser fabricadas em casa, com tecido, de preferência algodão, pois irrita menos a pele. Elas precisam ter pelo menos duas camadas de pano e ter o tamanho adequado à face da criança, cobrindo confortavelmente toda a lateral do rosto, mas permitindo a respiração sem dificuldade. O ideal é que sejam presas por elásticos atrás da orelha. 

Diversos tutoriais online ensinam a produção, mesmo sem máquina de costura. O Ministério da Saúde divulgou um manual, acesse aqui. A ANVISA também divulgou orientações gerais sobre o uso não profissional de máscaras, confira aqui

É preciso atentar também ao fato de que a criança tende a tocar na máscara com as mãos, depois podem mexer no nariz ou olhos, por isso é importante explicar para ela sobre o uso correto e a supervisão precisa ser constante. Deve-se observar também se a criança está salivando ou com o nariz escorrendo, pois máscaras molhadas são consideradas sujas e precisam ser trocadas.

Lembrando que as máscaras são individuais, devem ser trocadas a cada duas horas e lavadas corretamente sempre após o uso.

 

Higienização

A higiene é um ponto fundamental do uso de máscaras. É preciso lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos ou passar álcool em gel antes e depois de tocar na máscara, e sempre retirar pelos elásticos. Se for preciso encostar no tecido, coloque o dedo (desde que limpo) na parte interna da máscara, onde o risco de contaminação é menor, e nunca na frente da máscara. 

Para quem vai ficar mais do que duas horas na rua, o certo é levar máscaras extras, embaladas individualmente em saquinhos de plástico. Tire a máscara usada, dobre no meio com a parte de fora para dentro, e guarde na sacolinha. 

A higienização pode ser feita com água e sabão na máquina de lavar, ou deixando de molho em água sanitária por 30 minutos. 

 

Importante:

Vale lembrar que o ideal mesmo é que as crianças fiquem em casa, protegidas dos riscos externos de contato com o vírus. Sair mesmo, só se for imprescindível e redobrando os cuidados!

E para as menores de dois anos, sem a proteção, além das medidas de distanciamento e higiene, é possível também, por exemplo, usar um tecido para cobrir o carrinho ou bebê conforto e minimizar o contato no momento de algum deslocamento breve. 

As máscaras não são recomendadas para pessoas com dificuldade e problemas respiratórios ou que estejam dormindo. Em caso de dúvidas sobre a recomendação para casos específicos, consulte o seu médico ou pediatra da criança para seguir as orientações mais indicadas.  

*Com informações do Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria

 

O que é Mucopolissacaridose? 1024 184 Andre
mucopolissacaridose

O que é Mucopolissacaridose?

Mucopolissacaridose (MPS) é uma doença genética hereditária causada por erros inatos do metabolismo que levam à falta ou deficiência da atividade de determinadas enzimas, que são substâncias que participam de muitas reações químicas no nosso organismo, mantendo-nos vivos e com saúde.

Na MPS, ocorre essa falha nas enzimas que digerem substâncias chamadas Glicosaminoglicanos (GAGS), antigamente conhecidas como mucopolissacarídeos e que deram nome à doença. As GAGS são moléculas formadas por açúcares, que se ligam a uma proteína central, absorvem grande quantidade de água, adquirem uma consistência viscosa, o que garante a essa estrutura uma função lubrificante e de união entre os tecidos, permitindo, por exemplo, o movimento das articulações (juntas) do corpo.

Quando as GAGS não são digeridas corretamente, devido à deficiência de alguma enzima, ficam acumuladas em órgãos e sistemas do organismo de maneira progressiva. As substâncias começam a se acumular dentro das células – daí a classificação como “doença de depósito lisossomal” – fazendo com que fiquem maiores que o normal e o resultado é o aumento de órgãos, como fígado e baço, e, em tecidos, como a pele, o que causa uma série de sintomas e acarreta um mau desempenho de suas funções com complicações que diminuem a qualidade e expectativa de vida dos pacientes com a doença.

“Como os sintomas podem variar de acordo com o tipo de manifestação, dependendo da enzima que está em falta, com a idade do paciente e com a gravidade de cada caso, a doença se expressa de maneiras muito distintas e pode confundir, dificultando o diagnóstico, que, na maioria das vezes, é tardio e pode levar cerca de 4 anos. Por isso, é fundamental aumentar a conscientização e o entendimento sobre a doença, perseguir os sinais. O diagnóstico tardio pode trazer consequências graves ao paciente e sequelas irreversíveis”, explica Regina Próspero, diretora vice presidente do Instituto Vidas Raras.

As manifestações clínicas da MPS variam de acordo com a enzima que está em falta no portador da doença.

 

Quais os tipos de Mucopolissacaridose?

 

MPS I: Síndrome de Hurler, Hurler-Schele e Schele;

MPS II: Síndrome de Hunter;

MPS III: Síndrome de Sanfilippo;

MPS IV: Síndrome de Mórquio;

MPS VI: Síndrome de Maroteaux-Lamy;

MPS VII: Síndrome de Sly;

MPS IX: muito rara, com poucos casos no mundo.

 

Sintomas

Os sintomas variam de acordo com a idade do paciente, com o tipo de mucopolissacaridose e com a gravidade da doença de cada paciente. Alguns deles são:

– Macrocefalia (crânio maior que o normal);
– Hidrocefalia;
– Deficiência mental;
– Alterações da face;
– Aumento do tamanho da língua (macroglossia);
– Dificuldade visual;
– Dificuldade auditiva;
– Má-formação dos dentes;
– Infecções de ouvido;
– Rinite crônica;
– Atraso no crescimento (baixa estatura e baixo peso);
– Rigidez das articulações;
– Deformidades ósseas;
– Excesso de pelos;
– Compressão da medula espinhal;
– Apneia do sono;
– Infecções respiratórias;
– Insuficiência de válvulas cardíacas;
– Hérnia inguinal ou umbilical;
– Aumento do fígado ou do baço;
– Síndrome do túnel do carpo;
– Prisão de ventre;
– Diarreia.

Como diagnosticar?

O diagnóstico da Mucopolissacaridose é feito, normalmente, por um geneticista, após o encaminhamento por outro médico. Para confirmar a mucopolissacaridose, é realizado um exame de sangue para identificar a falta ou diminuição das enzimas.

O teste do pezinho ampliado, disponível apenas no Distrito Federal-DF pela rede pública e na rede privada de saúde, consegue diagnosticar precocemente a doença e, com isso, reduzir o sofrimento tanto da criança como dos familiares. Com um diagnóstico precoce, é possível adotar o tratamento adequado de imediato e assim mudar o curso natural da doença, barrando o desenvolvimento dela, a manifestação de muitos sintomas e até mesmo impedindo que o paciente tenha sequelas, muitas vezes irreversíveis, além de possibilitar mais qualidade de vida.

Infelizmente, essa possibilidade ainda não está acessível a todos os brasileiros, visto que a Mucopolissacaridose não se encontra no rol de doenças triadas no teste do pezinho básico, versão obrigatória e gratuita do exame no país oferecida pelo SUS.

Essa é uma das doenças que lutamos para ser incluída na triagem neonatal da rede pública por meio da ampliação do teste do pezinho. Ajude-nos assinando a petição organizada pelo Instituto Vidas Raras e compartilhando a informação!


Como tratar?

O tratamento da MPS envolve uma equipe com diversos profissionais, de acordo com os sintomas que podem ser apresentados. Entre eles, estão: médicos geneticista, pediatra, pneumologista, otorrinolaringologista, oftalmologista, ortopedista e neurologista; fisioterapeuta; dentista; fonoaudiólogo e psicólogo. Para um melhor tratamento, o ideal é procurar centros de atendimento à doenças genéticas.

 

Asma: diagnóstico na infância e Covid-19. Entenda 1024 403 Andre

Asma: diagnóstico na infância e Covid-19. Entenda

Asma é uma doença crônica em que as vias aéreas ficam inflamadas, resultante de uma interação entre fatores genéticos e múltiplos estímulos, alergênicos ou não, que determinam o aparecimento de tosse, chiado no peito, falta de ar e cansaço, principalmente à noite e pela manhã ao acordar.

No caso da asma infantil, o quadro é mais preocupante, pois as vias respiratórias das crianças têm um calibre menor do que a dos adultos, ou seja, são mais estreitas, e qualquer inflamação pode ser mais prejudicial e impedir a passagem de ar. Por isso mesmo, a asma infantil costuma causar mais hospitalizações e visitas à emergência do que em adultos.

A asma é um problema de saúde pública mundial e sua prevalência aumenta cada vez mais.  A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas têm asma. Apesar da dificuldade para se diagnosticar asma na infância, existem evidências que sugerem que metade de todos os casos são diagnosticados até os 3 anos de idade e 80% até os 6 anos de vida.  

 

Asma e Covid-19

De acordo com documento científico divulgado pelos Departamentos Científicos de Alergia e de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), pacientes com asma não são mais propensos a adquirir a infecção pelo novo coronavírus, porém são mais propensos a desenvolver complicações em caso de contágio. Dessa forma, além de adotar todas as medidas de proteção, a recomendação mais importante é não interromper o tratamento da asma e, em caso de dúvida, pedir auxílio e orientações ao médico que acompanha o paciente.

A entidade também adverte que os pacientes deverão utilizar seus dispositivos inalatórios de forma individual, sem compartilhamento, uma vez que os reservatórios de nebulizadores são potenciais fontes de contaminação.

Leia mais aqui e acesse o documento na íntegra com orientações aos pacientes e cuidadores de crianças com asma para prevenir o contágio pelo coronavírus durante a pandemia da COVID-19.

 

Causas da Asma

 

Ainda não se sabe exatamente o que provoca a asma infantil, uma vez que cada pessoa apresenta uma sensibilidade a gatilhos diferentes. Os fatores de risco são uma combinação de predisposição genética, infecções respiratórias e exposição ambiental a substâncias e partículas inaladas que podem provocar reações alérgicas ou irritar as vias aéreas. Dessa forma, é importante entender o que causa seus ataques de asma e tentar reduzir a exposição a esses agentes ou buscar tratamentos mais adequados. Os gatilhos mais comuns da asma são:

  • Alérgenos domiciliares: por exemplo, ácaros da poeira doméstica, fungos e pelos de animais;
  • Alérgenos externos: tais como polens, fungos e pelos de animais;
  • Fumaça de cigarro e outros tipos de fumaça;
  • Poluição do ar ou exposição a irritantes químicos;

Alguns outros estímulos podem desencadear as crises, embora não sejam os causadores da asma, como: exposição ao ar frio, excitação emocional extrema, odores fortes, exercício físico e uso de certos medicamentos, como aspirina e outros anti-inflamatórios.

Assim, as medidas de cuidados com o ambiente tornam-se fundamentais para controle da doença.

 

Cuidados

 

  • Manter a residência ventilada e dormir em quarto arejado. Usar diariamente aspirador de pó ou pano úmido em toda a residência, principalmente nos locais em que permaneça por mais tempo;
  • O paciente deve abster-se de espanar, varrer, arrumar camas, gavetas, estantes, etc.
  • Revestir o travesseiro e o colchão com capa impermeável à passagem de ácaros e suas secreções. Lavar a capa 1X/mês;
  • Evite usar acolchoados de lã, penas ou algodão, pois se tornam depósito de poeira e são de difícil lavagem;
  • Evitar ambientes empoeirados, como bibliotecas, sótãos, porões, adegas, tulhas, celeiros, etc;
  • Se o paciente dormir no mesmo quarto com outra pessoa, esta deverá seguir as mesmas orientações;
  • Retirar tapetes e carpetes do ambiente;
  • Evitar o uso de inseticidas, “spray” e aparelhos elétricos repelentes de insetos;
  • Evitar odores fortes: desinfetantes, água sanitária, fumaça, gasolina, ceras e solventes orgânicos. Evitar ficar em casas pintadas recentemente ou fechadas por muito tempo;
  • Evitar animais como cão e gato dentro de casa;
  • Afastar a criança da inalação de fumaça de cigarro;
  • Retirar os bichos de pelúcia do ambiente.

 

Tratamento

 

Ainda não há cura para a asma, mas é possível controlá-la a partir do diagnóstico correto, tratamento, informação e orientação médica. Assim, o paciente pode reduzir o risco de novas crises, o que pode proporcionar boa qualidade de vida.

Atualmente, existem tratamentos preventivos, eficazes e seguros que ajudam a diminuir a inflamação dos brônquios e a criança consegue levar uma vida normal e ativa, sem entrar em crises. A duração do tratamento é variável e depende do grau (classificação) da doença. Conforme a criança vai crescendo, as crises vão diminuindo e na maioria dos casos o tratamento é suspenso.

 

Importante

 

A asma na infância não deve ser negligenciada esperando-se que ela desapareça à medida que a criança cresça. Em geral, crianças com asma leve tem bom prognóstico. Entretanto, as com formas moderada ou grave provavelmente continuarão a ter, no transcorrer da vida, sintomas e, consequentemente, complicações decorrentes da doença não controlada.

 

*Com informações dos portais de saúde Minha VidaMinistério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria.

Equilíbrio emocional: especialista explica o que pode fazer a diferença neste momento 1024 403 Andre

Equilíbrio emocional: especialista explica o que pode fazer a diferença neste momento

A busca pelo equilíbrio emocional é um passo importante para lidar com tantas mudanças e com o medo e as incertezas do que virá neste momento tão delicado que estamos vivendo por causa da pandemia. Pensando nisso, conversamos com a psicóloga e arteterapeuta especializada em perinatalidade e parentalidade, Erika Novaes, e trouxemos alguns pontos que merecem uma reflexão e podem ajudar as famílias a tocarem esses dias de forma mais leve.

Compreender os próprios sentimentos, focar em fazer aquilo que der conta e pensar em ser um pai ou uma mãe possível e não ideal são alguns dos destaques elencados pela psicóloga para evitar trazer para si uma sobrecarga excessiva. Confira a entrevista!

 

MQA: O que as famílias precisam saber para manter o equilíbrio emocional nesse período de isolamento por causa da pandemia?

ERIKA NOVAES: O que mais fica marcante para mim, pelo que tenho escutado das famílias, é a questão da produtividade. Vivemos em uma sociedade que cobra dos indivíduos, de modo geral, um nível de produtividade e de excelência que, parecem não combinar com cuidar de um bebê ou uma criança. As mulheres, principalmente, ainda são muito exigidas em relação a como cuidam de seus filhes [a psicóloga refere-se aos filhos assim mesmo com ”e”, como forma neutra e inclusiva, para agregar todos os gêneros. E faz o mesmo com outras palavras no decorrer da entrevista].
Penso que, sobretudo no momento que estamos vivendo, carregar consigo o mantra “vou fazer aquilo que eu der conta”, e pensar em ser um pai ou uma mãe possível, e não ideal, pode ajudar a não trazer para si uma sobrecarga excessiva, neste momento tão delicado coletivamente.

MQA: Como lidar com tantas mudanças e principalmente com o medo e as incertezas do que virá?

ERIKA NOVAES: Pode ser muito difícil lidar com a falta de controle que, coletivamente, estamos sentindo frente ao futuro. Sentir medo é normal. Penso que, para além de pequenos atos cotidianos que quero trazer ao fim da entrevista, falar sobre o que sente é, talvez, uma das coisas que mais pode ajudar a compreender os próprios sentimentos e lidar com eles. É muito importante poder contar com uma rede de apoio (agora mediada pela tecnologia). Família, amigues… incluindo aqui a possibilidade de ser escutade por um profissional. Hoje, existem muitos serviços e profissionais de psicologia, que estão atuando no atendimento focal e emergencial, justamente para questões decorrentes da crise que estamos vivendo.

MQA: No caso das gestantes e puerperes (e não puérperas, como nos sugere), alguma recomendação específica para cuidar da saúde mental nesse período?

ERIKA NOVAES: Para além de tudo que está sendo dito, quem está esperando filhes ou quem acabou de receber um bebê ou uma criança (incluo sempre as famílias de adoção), pode contar com os grupos de apoio. Grupos de pré-natal psicológico, de puerpério, de adoção… Estes grupos formam redes de apoio importantes para que estas pessoas possam compartilhar experiências, medos e angústias específicas da fase de vida que estão vivendo, além de serem parte de uma continuidade de cuidados e de contato social, e estão, em sua maioria, funcionando online.

MQA: E como agir com as crianças para que essa situação seja encarada de forma mais leve e equilibrada?

ERIKA NOVAES: Pensar em coisas que sejam possíveis de serem mantidas na rotina é algo que pode fazer sentido e trazer uma sensação do conhecido e de conforto. Manter, por exemplo, os horários das refeições, dos tempos antes da quarentena. Ou manter um determinado ritual feito com as crianças, como ler uma história antes de dormir. Enfim, manter aceso tudo que seja possível, e que remeta àquilo que conhecíamos como confortável e “normal”, pode ajudar. Poder falar com as crianças sobre o que está acontecendo, sinalizando para elas os motivos pelos quais a nossa vida mudou em tantos aspectos, também pode fazer sentido.
Além disso, ter um momento de escutar delas como estão se sentindo e poder falar de como se sentem, junto com elas, as ajuda a auxilia também aos adultes, a elaborar e dar significado ao que estamos vivendo.

MQA: O que pode fazer a diferença nesse momento para a família manter a saúde mental?

ERIKA NOVAES: Um pouco de tudo que já foi dito. Falar sobre o que sente, escutar outres, tentar manter alguma rotina possível, atividade física, tomar sol, fazer planos de curto prazo ao invés de planejar à longo prazo, manter algum contato social quando sentir que é possível, dentre outras coisas. Mas principalmente, construir ou manter vínculos que formem rede de apoio. Essa rede, em tempos de isolamento não irá, muitas vezes, ofertar ajuda para troca de fraldas ou para segurar o bebê enquanto se descansa, mas vai ofertar acolhimento, escuta, contato social, sorrisos, compartilhamento de sentimentos de todos os tipos e, principalmente, a noção de que em alguma instância, estamos juntes e vamos passar por esta grande crise e transformação assim, estando juntes.

MQA: Fala-se muito sobre oportunidades na crise. Como você vê essa questão no contexto da saúde mental da família, essa crise provocada pela pandemia é mesmo uma oportunidade de algo? Você diria que dá para tirar alguma “lição” de tudo isso que estamos vivendo?

ERIKA NOVAES: Essa é uma proposta de reflexão longa. O que estamos vivendo é uma grande crise global. Esta crise afeta, do macro ao micro, do planeta ao nosso universo interno. Todas as instâncias estão lidando com os abismos e incertezas em que fomos lançados. Lidar com algo assim, requer que busquemos internamente e coletivamente, os recursos que temos para nos adaptar e formular novos meios de fazer absolutamente tudo.
Nosso “jeito” de existir está sendo chamado para um convite de mudança. Porque o jeito antigo não cabe mais, e não sabemos o que dele, ainda caberá. Portanto, como em todo período de crise, ao encontrarmos potências e recursos internos e externos para lidar com o que está acontecendo, uma nova oportunidade se apresenta à nós.
No entanto, este conceito de “lição de vida”, me parece falacioso. Esta possibilidade de re-significar o mundo, é um tanto elitista, visto que pessoas em maior situação de vulnerabilidade, estão ocupadas em usar seus recursos internos e externos para sobreviver. Então, tomar cuidado para não cairmos na onda “good vibes” e gastarmos tempo procurando as grandes lições positivistas que podemos tirar da situação atual, é importante.
Por agora, penso que é momento de re-conhecer os próprios recursos e buscar ajuda caso esteja difícil de fazer isso sozinhe. E usar estes recursos para lidar com as questões mais urgentes, como a elaboração dos lutos simbólicos de tudo que perdemos com a pandemia, e lutos reais, de todas as pessoas que já perdemos e que iremos, possivelmente perder. O que vem a partir daí, vai depender de como cada família, cada pessoa, irá se reorganizar. E o quanto, cada pessoa, vai dar conta de enxergar oportunidades em meio ao caos, vai depender dessas elaborações, da rede de apoio que tiver e das condições socioeconômicas que estiverem disponíveis.
Em suma, toda crise pode trazer mudanças positivas, mas romantizar as crises, colocando nelas, essa carga de caldeirão de possibilidades de um mundo melhor e de grandes transformações internas e/ou externas, pode mais gerar ansiedades e sentimentos de incapacidade, do que algo positivo de fato.

 

SOBRE A ENTREVISTADA:

Erika S. de Novaes (CRP. 06/102892) – Psicóloga e arteterapeuta, especializada em perinatalidade e parentalidade pelo Instituto Gerar de Psicologia Perinatal e Parental. Atua na área clínica com atendimento a gestantes, casais e puérperas, e facilitando grupos e oficinas terapêuticas. Também tem formação em educação perinatal, e ministra aulas, oficinas e palestras para profissionais da área e para famílias. É Curadora do Siaparto há 3 anos e diretora do Núcleo Anima há 6 anos. Instagram: @parentalidadepossivel / erika.parentalidadepossivel@gmail.com .

 

O que é Pré-eclâmpsia? Especialista explica, assista ao vídeo 1024 359 Andre

O que é Pré-eclâmpsia? Especialista explica, assista ao vídeo

Maio é o mês de conscientização da Pré-eclâmpsia. Você sabe o que é essa condição?

Exclusiva da gravidez, a Pré-eclâmpsia é caracterizada pela elevação da pressão arterial, associada ao inchaço e perda de proteína na urina, e pode surgir também sem apresentar sintomas e evoluir para quadros graves como a Eclâmpsia e a Síndrome de Hellp.

É muito importante fazer o acompanhamento pré-natal corretamente para um diagnóstico logo no início, evitando complicações e consequências mais graves para mãe e bebê. No vídeo, o Ginecologista e Obstetra Dr. Mário Burlacchini, especialista em Medicina Fetal e Gestação de Alto Risco, explica a Pré-eclâmpsia.

Assista e compartilhe. A informação pode salvar vidas! 😉

 

O que são as Imunodeficiências Primárias? 1024 184 Andre

O que são as Imunodeficiências Primárias?

As imunodeficiências primárias (IDPs), identificadas como erros inatos da imunidade, são um grupo de doenças congênitas, bem diferentes umas das outras, que têm em comum o fato de afetarem o funcionamento do sistema imunológico. Diferem de muitas doenças adquiridas que afetam o sistema imunológico (a mais conhecida delas a AIDS), pois são determinadas por alterações genéticas. De modo individual, as IDPs são consideradas doenças raras. Elas são classificadas de acordo com o componente do sistema imunológico primariamente comprometido e abrangem mais de 350 doenças genéticas, apresentando infecções de repetição, autoimunidade, alergias e neoplasias.

*Não é possível afirmar que pacientes diagnosticados com imunodeficiências primárias estão mais suscetíveis à Covid19, mas algumas dessas doenças comprometem a defesa do organismo contra qualquer tipo de vírus, por isso, o cuidado é fundamental.

 

Sintomas

Como essas doenças afetam o sistema imunológico, que tem como principais funções nos defender de microrganismos, assim como vigiar e controlar o aparecimento de células tumorais, além de vigiar e controlar células e anticorpos que podem nos agredir, as manifestações ocorrem como infecções que acontecem de forma recorrente, doenças oportunistas ou infecções com maior gravidade em relação as que acontecem com pessoas saudáveis.

Os problemas mais frequentes são respiratórios – como pneumonia e sinusite– ou acometem o trato intestinal, causando diarreias crônicas. Mas também é possível que o problema se manifeste no ouvido, na garganta, na verdade, não há órgãos definidos.

Então, quando a criança fica sempre doente, precisa constantemente de antibióticos, não melhora com medicamentos de rotina e demora um tempo mais longo para se recuperar, a família precisa ficar alerta e desconfiar. Reações anormais e inesperadas a vacinas de microrganismos vivos e atenuados, principalmente a BCG, também podem ser um sinal de alerta para um defeito de imunidade.

Os sintomas podem começar a aparecer já nos primeiros meses de vida ou só durante a vida adulta, quando se considera que a manifestação é tardia. As formas mais graves costumam se manifestar ainda no primeiro ano de vida.

*Fique atento!

É importante ficar alerta se a criança ou o adolescente apresentar dois ou mais destes sinais:

  • Quatro ou mais otites (infecções de ouvido) em um ano;
  • Duas ou mais sinusites em um ano;
  • Dois ou mais meses com antibiótico com pouco efeito;
  • Duas ou mais pneumonias em um ano;
  • Atraso no crescimento ou ganho de peso;
  • Abcessos de repetição de pele ou órgãos;
  • Estomatites de repetição ou sapinho na boca por mais de dois meses;
  • Necessidade de antibiótico intravenoso para tratar infecções;
  • Duas ou mais infecções graves, incluindo septicemia;
  • Histórico de infecções de repetição ou diagnóstico de IDP na família.

*Fonte: Complexo Pequeno Príncipe e Fundação Jeffrey Modell

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico deste grupo de doenças é feito com exames de sangue desde os mais simples, como um hemograma (contagem de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas do sangue), até os mais complexos, utilizando sequenciamento genético (estudo do DNA). Os exames que mais comumente são necessários são dosagens no sangue de anticorpos e de células chamadas linfócitos.

Segundo a médica Magda Carneiro Sampaio, do Instituto da Criança – Hospital das Clínicas da FMUSP, a SCID – Imunodeficiência Combinada Grave está entre as mais comuns nas crianças antes dos 2 anos de idade. E esta pode ser detectada pelo teste do pezinho na versão ampliada, que, infelizmente, ainda não está disponível pelo SUS, apenas na rede privada.

“As imunodeficiências primárias são um grupo crescente, grande parte tem tudo a ver com a consanguinidade e apresentam situações pouco graves e muito graves, são consideradas emergências pediátricas. Em alguns casos, o único tratamento é o transplante de medula, que deve ser feito imediatamente. E o maior desafio do pediatra é a detecção precoce”, explica Dra. Magda. “É um grupo nada raro, na verdade, são mais comuns do que se imagina, com a estimativa de mais de 165 mil pacientes no Brasil, ou seja, deve ser a doença de base de muitas pessoas que chegam a morrer sem o diagnóstico identificado. É um grupo de doenças de elevada morbidade por falta de acesso ao diagnóstico e ao tratamento corretos”, lamenta a médica.

O diagnóstico e o tratamento precoces destas doenças são essenciais para garantir a sobrevida e prevenir sequelas. Além disso, a identificação do defeito genético responsável pela Imunodeficiência primária torna possível o aconselhamento das famílias e o diagnóstico pré-natal e do estado de portador do defeito.

O reconhecimento tardio das IDPs ocorre, geralmente, após internações prolongadas para tratamentos com antibióticos, antifúngicos e antivirais, o que pode deixar as crianças com sequelas definitivas, incapacitando-as para o trabalho, ou ainda por complicações das vacinas vivas atenuadas que algumas dessas crianças não podem receber, além de acarretar custos elevados para o sistema de saúde. A criança diagnosticada precocemente tem mais chance de sobreviver, pois inicia o tratamento cedo, e também representa uma redução considerável de gastos aos cofres públicos.

O tratamento das IDPs varia de acordo com o tipo e a gravidade da doença e é feito geralmente com a reposição de imunoglobulina humana, grupos de anticorpos produzidos pelo organismo que são coletados por doação, e outros imunobiológicos, além do uso de antibióticos preventivos e o transplante de medula óssea ou cordão umbilical.

Com o diagnóstico cada vez mais preciso, o tratamento acontece de uma maneira mais assertiva, melhor, mais eficiente. “O diagnóstico mais preciso leva a possibilidades de tratamentos diferentes de tudo que a gente faz classicamente, a gente consegue resolver, tratar e basicamente curar os pacientes. O tratamento imunológico muda completamente a evolução da doença no paciente e pode melhor muito a qualidade de vida”, explica Dr. Dewton de Moraes Vasconcelos também do Hospital das Clínicas FMUSP, do Ambulatório de Manifestações Dermatológicas das Imunodeficiências Primárias e Laboratório de Investigação Médica.

 

Pezinho no Futuro e a SCID – Imunodeficiência Combinada Grave

Como falamos, a SCID já pode ser diagnosticada nos primeiros dias de vida do bebê pelo teste do pezinho na versão ampliada, disponível na rede privada de saúde. No SUS, essa ainda não é uma realidade, mas você pode assinar a petição online em prol da ampliação do teste do pezinho no sistema público de saúde do Brasil, tornando o exame possível e acessíveis a todos. Acesse www.pezinhonofuturo.com.br.

 

*Com informações da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e do Instituto da Criança, Hospital das Clínicas – FMUSP.

Febre! E agora? 1024 184 Andre

Febre! E agora?

A febre é uma indicação de que o organismo está combatendo algum tipo de infecção. A elevação da temperatura faz parte do processo natural de combate à infecção e ela, em si, não é necessariamente prejudicial ao bebê.

Apesar de ser um processo natural e comum, que pode se repetir muitas vezes na vida da criança, a febre sempre deixa os pais preocupados e em alerta, principalmente nesse momento de pandemia, já que é considerada um dos sinais da Covid-19.  Mas nem sempre ela é sinal de doença grave e, sozinha, não caracteriza um diagnóstico de Covid-19, que possivelmente vem acompanhada também de tosse, cansaço e dificuldade para respirar, ou para qualquer outra doença. É preciso observar o conjuntos dos sintomas. 

A febre acontece quando a temperatura está acima de 37,5°C, mas nem sempre é sinal de doença e alarde, pois pode ser provocada pelo calor, excesso de roupa ou até mesmo uma reação à vacina.

Quando a febre acontece devido a uma infecção com vírus, fungos ou bactérias, o mais comum é ela surgir rápido e alta e não ceder com medidas simples como o banho morno, por exemplo, sendo necessário o uso de medicamentos.

 

Como distinguir uma febre sem gravidade de uma mais grave?

Além da temperatura, é ainda mais importante considerar o comportamento e a idade da criança. Se ela estiver com febre de até 38 graus, mas estiver comendo bem, brincando e tranquila, há menos razão de preocupação que no caso de uma criança com febre de 37,8 graus junto com choro inconsolável, prostração, palidez, sintomas respiratórios. Essa é a febre que preocupa. 

Para bebês acima de 3 meses, a orientação é observar por 48 horas se ele tiver febre, e procurar o médico depois disso. Mas busque ajuda imediatamente se ele estiver prostrado demais, ou com dificuldade de respirar. E no caso de febres acima de 39 graus, é melhor falar com o pediatra mesmo antes das 48 horas.

E mais: se isso estiver causando muita preocupação, vale a pena procurar o pediatra de qualquer jeito, para se tranquilizar. Só evite levar a criança sem necessidade ao pronto-socorro, para não expô-la a outros vírus e bactérias num momento em que o organismo dela já está um pouco fragilizado.

 


Quando ir ao médico imediatamente?

 

É recomendado ir ao hospital, pronto-socorro ou consultar o pediatra:

– Se o bebê tem menos de 3 meses de vida;
– A febre passa de 38ºC e a temperatura chega rapidamente a 39,5° C, indicando uma possibilidade de infecção bacteriana;
– Houver perda do apetite, havendo recusa da mamadeira, se o bebê dormir muito e quando acordado, mostra sinais de irritação intensa e não habitual, o que pode indicar uma infecção grave;
– Manchas ou pintinhas na pele;
– Surgirem outros sintomas como o bebê estar sempre choramingando ou gemendo;
– O bebê chora muito ou fica muito tempo parado, sem nenhuma reação aparente;
– Se houver sinais de que o bebê está com dificuldade para respirar;
– Se não for possível alimentar o bebê por mais de 3 refeições;
– Se houver sinais de desidratação;
– O bebê ficar muito apático e não conseguir ficar de pé ou caminhar;
– Se o bebê não conseguir dormir por mais de 2 horas, acordando várias vezes durante o dia ou noite, porque é esperado que ele durma mais, devido a febre.

*Em caso de suspeita de Covid-19, informe imediatamente ao médico para que sejam adotadas as medidas necessárias e passadas as orientações corretas de proteção e cuidados, conforme preconizado pelos órgãos oficiais de saúde. 

 

Remédios

 

Os remédios para baixar a febre só devem ser usados sob indicação do médico ou do pediatra e geralmente são indicados antitérmicos como Acetominofeno, Dipirona, Ibuprofeno de 4 em 4 horas, por exemplo. A dose varia de acordo com o peso da criança, por isso deve-se estar atento a quantidade certa.

O médico também pode receitar algum antibiótico em caso de infecção causada por determinados vírus ou bactérias.

Normalmente só é indicado dar cada dose após as 4 horas e se a criança tiver mais 37,5°C de febre, porque a febre mais baixa que isso também é um mecanismo de defesa do corpo, no combate à vírus e bactérias e por isso, não se deve dar remédio quando a febre está mais baixa que isso.

Sempre fale com o pediatra antes de dar qualquer remédio pela primeira vez. O melhor é, na consulta de rotina, já perguntar o que fazer no caso de febre.

Atenção!

 

Durante a febre, mantenha seu filho vestido com as roupas adequadas para a temperatura ambiente, nem agasalhado demais nem de menos.

Capriche na ingestão de líquidos — seja leite materno, fórmula de leite em pó ou, para bebês mais velhos, sopas leves e suco de fruta.

Uma criança com febre pode ficar desidratada só pela transpiração, mesmo que não esteja com diarreia ou vômitos. Quando a criança está desidratada, o uso de antitérmicos é menos eficaz e pode ser até mais tóxico. Portanto, use e abuse dos líquidos, nem que precise dar de colherinha.

Você também pode dar um banho morno. Se tiver usado um antitérmico, pode dar o banho cerca de 40 minutos depois. Mas o banho não é imprescindível — só dê se você achar que seu filho vai se sentir melhor. É melhor baixar a temperatura aos poucos que muito rápido. O banho precisa ser confortável para a criança, e nunca coloque nada na água da banheira.

Também não use álcool para baixar a febre.


*Com informações do BabyCenter e Pediatria descomplicada.

 

Teste do Pezinho é feito na alta da maternidade em Goiás 1024 403 Andre

Teste do Pezinho é feito na alta da maternidade em Goiás

👣Em Goiás-GO, o Teste do Pezinho agora é feito na maternidade, no momento da alta hospitalar, para que mamães e bebês não precisem ir à unidade de saúde depois para fazer a coleta, evitando a circulação e o possível risco de contaminação pelo coronavírus‼️🙂
 A medida de proteção adotada em Goiás segue a recomendação do Ministério da Saúde para todas as Secretarias Estaduais de Saúde do país, como foi informado pelo órgão em nota oficial enviada à nossa equipe e divulgada aqui.
O exemplo reforça a importância do exame continuar sendo feito no prazo ideal para que o diagnóstico precoce de algumas doenças em recém-nascidos seja efetivo, mesmo durante a pandemia.
➡️Assista à reportagem da TV Record e conte pra gente:
➡️Como o Teste do Pezinho está sendo feito na sua cidade? 👣

Teste do Pezinho em tempos de Covid-19: veja nota do Ministério da Saúde 1024 403 Andre

Teste do Pezinho em tempos de Covid-19: veja nota do Ministério da Saúde

O Teste do Pezinho é um exame para diagnóstico precoce de doenças raras e, por isso, não pode deixar de ser feito! Diante das diversas restrições por causa da Covid-19, perguntamos ao Ministério da Saúde qual é a orientação neste momento para que o teste do pezinho continue sendo realizado, respeitando as medidas de segurança.

Em nota oficial enviada no dia 07 de abril de 2020, o órgão informou à equipe do Mãe Que Ama que está recomendando às Secretarias Estaduais de Saúde que passem a realizar o teste do pezinho, preferencialmente, nas maternidades públicas ou privadas no momento da alta hospitalar, considerando as particularidades do exame e dentro das possibilidades locais. Além disso, em outros casos de coletas nas unidades básicas de saúde ou domiciliares, a recomendação é que sejam agendadas de forma individualizada, respeitando o prazo ideal, depois das 48h até o quinto dia do nascimento.

Veja a nota completa:

 

NOTA

O Ministério da Saúde informa que, durante a vigência do período de epidemia de COVID-19, as Secretarias Estaduais de Saúde passem a realizar o teste do pezinho, preferencialmente, nas maternidades dos hospitais, públicos ou privados. Essa medida deve ser adotada, dentro das possibilidades locais, durante o período de quarentena nacional a fim de garantir a menor circulação de puérperas e recém-nascidos.

Cabe esclarecer que essas coletas devem ser, preferencialmente, realizadas no momento da alta hospitalar considerando as particularidades dos testes com vistas à maior exatidão. Em caso de coletas, recoletas ou coleta domiciliar nas Unidades Básicas de Saúde (postos de saúde) devem ser criadas agendas individualizadas, respeitando o prazo ideal para as mesmas (das 48 horas até ao quinto dia de vida).

 

A pediatra, alergista e imunologista Dra. Kelly Oliveira, do Pediatria Descomplicada, reitera as recomendações do Ministério da Saúde e reforça porque é tão importante fazer o exame nos recém-nascidos:

“O Teste do Pezinho é um exame extremamente importante para a triagem de algumas doenças logo nos primeiros dias de vida do recém-nascido, entre o terceiro e o quinto dia, o que permite o início imediato do tratamento adequado, fazendo toda a diferença no prognóstico da doença e na qualidade de vida desse bebê. Por isso, atendendo as recomendações do Ministério da Saúde, mesmo nesse período de pandemia que estamos vivendo, é muito importante que ele continue sendo realizado, de preferência nas maternidades, para evitar que mãe e bebê tenham que sair para a coleta em outros locais ficando mais expostos e vulneráveis à possível contaminação”, explica.

 

Atenção!

Futura mamãe, informe-se com seu médico e na unidade de saúde local onde você faz o acompanhamento sobre o procedimento na sua cidade para que o seu bebê não fique sem o exame. Lembre-se também de cobrar o resultado o quanto antes! Fique alerta! 

COVID-19, gripe e resfriado: qual a diferença? 1024 403 Andre

COVID-19, gripe e resfriado: qual a diferença?

A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, tem alguns sintomas semelhantes à gripe e ao resfriado, que são mais comuns no nosso cotidiano, e isso pode confundir um pouco. Para evitar essa confusão e também a superlotação nos hospitais e outras unidades de atendimento, os órgãos oficiais de saúde estão orientando sobre as diferenças entre os sintomas dessas doenças, o que é mais comum e mais raro em cada uma delas, para manter a população bem informada.

• Febre, tosse seca e dificuldade para respirar são os sintomas mais comuns da COVID-19;
• Febre é uma das reações que pode aparecer em quem tem covid-19 e gripe, mas raramente ocorre em quem está resfriado;
• Já os espirros, são mais comuns em resfriados, mas raros nos casos de gripes e covid-19;
• Nariz entupido é recorrente no resfriado, pode aparecer nas gripes, mas não é comum em quem tem covid-19;
• Por sua vez, dor de cabeça é rara em resfriados, surge com frequência nas gripes e pode atingir os infectados por covid-19.

 

Entenda:

 

ATENÇÃO!

Os órgãos oficiais de saúde reforçam que, caso uma pessoa se enquadre na maioria dos sintomas comuns à COVID-19, é primordial que siga as orientações corretas e procure orientação especializada. Se os sintomas forem de gripe comum, a orientação é ficar em isolamento domiciliar por 14 dias mantendo todos os cuidados.

 

Lembre-se:

É possível estar infectado pelo vírus e não desenvolver sintomas e isso vale para as crianças também! E mesmo nesses casos, o vírus pode ser transmitido para outras pessoas. Por isso, é preciso evitar a exposição.

 

Saiba mais aqui.